segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

O lvro dos médiuns


"Feliz o homem a quem o Senhor não argui de falta e em cujo coração não há dolo." -( Salmos, 31: 2 )-




Amados irmãos, bom dia!
Ao encerrarmos mais um ano, que também seja encerrado mais um ciclo de progresso e que para o novo tempo que nos chega, que o saibamos aproveitar para nos aperfeiçoarmos no caminho e na sabedoria do Senhor.




210. O primeiro indício de disposição para escrever é uma espécie de frêmito no braço e na mão. Pouco a pouco, a mão é arrastada por uma impulsão que ela não logra dominar. Muitas vezes, não traça senão riscos insignificantes; depois, os caracteres se desenham cada vez mais nitidamente e a escrita acaba por adquirir a rapidez da escrita ordinária. Em todos os casos, deve-se entregar a mão ao seu movimento natural e não oferecer resistência, nem propeli-la.
Alguns médiuns escrevem desde o princípio correntemente com facilidade, às vezes mesmo desde a primeira sessão, o que é muito raro. Outros, durante muito tempo, traçam riscos e fazem verdadeiros exercícios caligráficos.
Dizem os Espíritos que é para lhes soltar a mão. Em se prolongando demasiado esses exercícios, ou degenerando na grafia de sinais ridículos, não há duvidar de que se trata de um Espírito que se diverte, porquanto os bons Espíritos nunca fazem nada que seja inútil. Nesse caso, cumpre redobrar de fervor no apelo à assistência destes. Se, apesar de tudo, nenhuma alteração houver, deve o médium parar, uma vez reconheça que nada de sério obtém. A tentativa pode ser feita todos os dias, mas convém cesse aos primeiros sinais equívocos, a fim de não ser dada satisfação aos Espíritos zombeteiros.
A estas observações, acrescenta um Espírito: “Há médiuns cuja faculdade não pode produzir senão esses sinais. Quando, ao cabo de alguns meses, nada mais obtém do que coisas insignificantes, ora um sim, ora um não ou letras sem conexão, é inútil continuarem, será gastar papel em pura perda. São médiuns, mas médiuns improdutivos.
Demais, as primeiras comunicações obtidas devem considerar-se meros exercícios, tarefa que é confiada a Espíritos secundários. Não se lhes deve dar muita importância, visto que procedem de Espíritos empregados, por assim dizer, como mestres de escrita, para desembaraçarem o médium principiante. Não creiais sejam alguma vez Espíritos elevados os que se aplicam a fazer com o médium esses exercícios preparatórios; acontece, porém, que, se o médium não colima um fim sério, esses Espíritos continuam e acabam por se lhe ligarem. Quase todos os médiuns passaram por este cadinho, para se desenvolverem; cabe-lhes fazer o que seja preciso a captarem a simpatia dos Espíritos verdadeiramente superiores.”





Que a graça e a paz sejam conosco!
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domingo, 30 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Pois que só vós sois minha rocha e fortaleza, haveis de me guiar e dirigir, por amor de vosso nome." -( Salmos, 30: 4 )-




Amados irmãos, bom dia!
Contra nossa ignorância, busquemos o Senhor que nos dirige, orienta e fortalece em nossa caminhada evolutiva.




209. No médium aprendiz, a fé não é a condição rigorosa; sem dúvida lhe secunda os esforços, mas não é indispensável; a pureza de intenção, o desejo e a boa vontade bastam.
Têm-se visto pessoas inteiramente incrédulas ficarem espantadas de escrever a seu mau grado, enquanto que crentes sinceros não o conseguem, o que prova que esta faculdade se prende a uma disposição orgânica.




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 29 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Eu vos exaltarei, Senhor, porque me livrastes, não permitistes que exultassem sobre mm meus inimigos." -( Salmos, 29: 2 )-




Amados irmãos, bom dia!
Mesmo que acordemos abalados, o Senhor irá acalentar nossos corações, pois, só ele é amor.




208. Têm-se procurado processos para a formação dos médiuns, como se têm procurado diagnósticos; mas, até hoje nenhum conhecemos mais eficaz do que os que indicamos. Na persuasão de ser uma resistência de ordem toda material o obstáculo que encontra o desenvolvimento da faculdade, algumas pessoas pretendem vencê-la por meio de uma espécie de ginástica quase deslocadora do braço e da cabeça. Não descrevemos esse processo, que nos vem do outro lado do Atlântico, não só porque nenhuma prova possuímos da sua eficiência, como também pela convicção que nutrimos de que há de oferecer perigo para os de compleição delicada, pelo abalo do sistema nervoso. Se não existirem rudimentos da faculdade, nada poderá produzi-los, nem mesmo a eletrização, que já foi empregada, sem êxito, com o mesmo objetivo.




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Rendei-lhe a glória devida ao seu nome; adorai ao Senhor com ornamentos sagrados." -( Salmos, 28: 2 )-




Amados irmãos, bom dia!
O melhor ornamento que podemos usar é um coração puro e um desejo inabalável de evoluir. Sejamos assim.




207. Outro meio, que também pode contribuir fortemente para desenvolver a faculdade, consiste em reunir-se certo número de pessoas, todas animadas do mesmo desejo e comungando na mesma intenção. Feito isso, todas simultaneamente, guardando absoluto silêncio e num recolhimento religioso, tentem escrever, apelando cada um para o seu anjo de guarda, ou para qualquer Espírito simpático.
Ou, então, uma delas poderá dirigir, sem designação especial e por todos os presentes, um apelo aos bons Espíritos em geral, dizendo por exemplo:
Em nome de Deus todo-poderoso, pedimos aos bons Espíritos que se dignem de comunicar-se por intermédio das pessoas aqui presentes.
É raro que entre estas não haja algumas que dêem prontos sinais de mediunidade, ou que até escrevam correntemente em pouco tempo.
Compreende-se o que em tal caso ocorre. Os que se reúnem com um intento comum formam um todo coletivo, cuja força e sensibilidade se encontram acrescidas por uma espécie de influência magnética, que auxilia o desenvolvimento da faculdade. Entre os Espíritos atraídos por esse concurso de vontades estarão, provavelmente, alguns que descobrirão nos assistentes o instrumento que lhes convenha. Se não for este, será outro e eles se aproveitarão desse.
Este meio deve sobretudo ser empregado nos grupos espíritas a que faltam médiuns, ou que não os possuam em número suficiente.





Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Salvai, Senhor, vosso povo e abençoai a vossa herança; sêde seu pastor, levai-o nos braços eternamente." -( Salmos, 27: 9 )-




Amados irmãos, bom dia!
Busquemos nosso pastor continuamente, só com ele nossa caminhada tem destino.




206. Um meio que muito frequentemente dá bom resultado consiste em empregar-se, como auxiliar de ocasião, um bom médium escrevente, maleável, já formado. Pondo ele a mão, ou os dedos, sobre a mão do que deseja escrever, raro é que este último não o faça imediatamente. Compreende-se o que em tal circunstância se passa: a mão que segura o lápis se torna, de certo modo, um apêndice da mão do médium, como o seria uma cesta, ou uma prancheta. Isto, porém, não impede que esse exercício seja muito útil, quando é possível empregá-lo, visto que, repetido amiúde e regularmente, ajuda a vencer o obstáculo material e provoca o desenvolvimento da faculdade. Algumas vezes, basta mesmo que o médium magnetize, com essa intenção, a mão e o braço daquele que quer escrever. Não raro até limitando-se o magnetizador a colocar a mão no ombro daquele, temo-lo visto escrever prontamente sob essa influência. Idêntico efeito pode também produzir-se sem nenhum contacto, apenas por ato da vontade do auxiliar. Concebe-se facilmente que a confiança do magnetizador no seu poder, para produzir tal resultado, há de aí desempenhar papel importante e que um magnetizador incrédulo fraca ação ou nenhuma, exercerá.
O concurso de um guia experimentado é, além disso, muito útil, às vezes, para apontar ao principiante uma porção de precauçõezinhas que ele frequentemente despreza, em detrimento da rapidez de seus progressos. Sobretudo o é para esclarecê-lo sobre a natureza das primeiras questões e sobre a maneira de propô-las. Seu papel é o de um professor, que o aprendiz dispensará logo que esteja bem habilitado.





Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Espera no Senhor e sê forte! Fortifique-se o teu coração e espera no Senhor! -( Salmos, 26: 14 )-




Amados irmãos, bom dia!
A cada amanhecer renovemos nossa confiança no Senhor que zela por nós e cuida de tudo o que necessitamos.




205. Para se evitarem tentativas inúteis, pode consultar-se, por outro médium, um Espírito sério e adiantado. Deve, porém, notar-se que, quando alguém inquire dos Espíritos se é médium ou não, eles quase sempre respondem afirmativamente, o que não impede que os ensaios resultem infrutíferos. Isso se explica naturalmente. Desde que se faça ao Espírito uma pergunta de ordem geral, ele responde de modo geral. Ora, como se sabe, nada é mais elástico do que a faculdade mediúnica, pois que pode apresentar-se sob as mais variadas formas e em graus muito diferentes. Pode, portanto, uma pessoa ser médium, sem dar por isso, e num sentido diverso daquele que imagina. A esta pergunta vaga: Sou médium? O Espírito pode responder — Sim. A esta outra mais precisa: Sou médium escrevente? Pode responder — Não.
Deve também levar-se em conta a natureza do Espírito a quem é feita a pergunta. Há os tão levianos e ignorantes, que respondem a torto e a direito, como verdadeiros estúrdios. Por isso aconselhamos se dirija o interrogante a Espíritos esclarecidos, que, geralmente, respondem de boa vontade a essas perguntas e indicam o melhor caminho a seguir-se, desde que haja possibilidade de bom êxito.





Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Meu pé está firme no caminho reto; nas assembléias bendirei o Senhor." -( Salmos, 25: 12 )-




Amados irmãos, bom dia!
Celebramos hoje o nascimento do nosso mestre Jesus e pedimos ao Pai que o abençoe e mantenha seu coração feliz, pelas maravilhas que tem-nos feito desde o princípio.




204. Coisa ainda mais importante a ser observada, do que o modo da evocação, são a calma e o recolhimento, juntas ao desejo ardente e à firme vontade de conseguir-se o intuito. Por vontade, não entendemos aqui uma vontade efêmera, que age com intermitências e que outras preocupações interrompem a cada momento; mas, uma vontade séria, perseverante, contínua, sem impaciência, sem febricitação. A solidão, o silêncio e o afastamento de tudo o que possa ser causa de distração favorecem o recolhimento.
Então, uma só coisa resta a fazer: renovar todos os dias a tentativa, por dez minutos, ou um quarto de hora, no máximo, de cada vez, durante quinze dias, um mês, dois meses e mais, se for preciso. Conhecemos médiuns que só se formaram depois de seis meses de exercício, ao passo que outros escrevem correntemente logo da primeira vez.





Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Para vós, Senhor, elevo a minha alma." -( Salmos, 24: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
O Senhor nos quer prontos; elevados espiritualmente para com ele cuidar do universo e de tudo o que nele há. Elevemos nossos corações a ele.




203. O desejo natural de todo aspirante a médium é o de poder confabular com os Espíritos das pessoas que lhe são caras; deve, porém, moderar a sua impaciência, porquanto a comunicação com determinado Espírito apresenta muitas vezes dificuldades materiais que a tornam impossível ao principiante. Para que um Espírito possa comunicar-se, preciso é que haja entre ele e o médium relações fluídicas, que nem sempre se estabelecem instantaneamente. Só à medida que a faculdade se desenvolve, é que o médium adquire pouco a pouco a aptidão necessária para pôr-se em comunicação com o Espírito que se apresente. Pode dar-se, pois, que aquele com quem o médium deseje comunicar-se, não esteja em condições propícias a fazê-lo, embora se ache presente, como também pode acontecer que não tenha possibilidade, nem permissão para acudir ao chamado que lhe é dirigido. Convém, por isso, que no começo ninguém se obstine em chamar determinado Espírito, com exclusão de qualquer outro, pois amiúde sucede não ser com esse que as relações fluídicas se estabelecem mais facilmente, por maior que seja a simpatia que lhe vote o encarnado. Antes, pois, de pensar em obter comunicações de tal ou tal Espírito, importa que o aspirante leve a efeito o desenvolvimento da sua faculdade, para o que deve fazer um apelo geral e dirigir-se principalmente ao seu anjo guardião.
Não há, para esse fim, nenhuma fórmula sacramental. Quem quer que pretenda indicar alguma pode ser tachado, sem receio, de impostor, visto que para os Espíritos a forma nada vale. Contudo, a evocação deve sempre ser feita em nome de Deus. Poder-se-á fazê-la nos termos seguintes, ou outros equivalentes:

Rogo a Deus todo-poderoso que permita venha um bom Espírito comunicar-se comigo e fazer-me escrever; peço também ao meu anjo de guarda se digne de me assistir e de afastar os maus Espíritos. 

Formulada a súplica, é esperar que um Espírito se manifeste, fazendo escrever alguma coisa. Pode acontecer venha aquele que o impetrante deseja, como pode ocorrer também venha um Espírito desconhecido ou o anjo de guarda. Qualquer que ele seja, em todo caso, dar-se-á conhecer, escrevendo o seu nome. Mas, então apresenta-se a questão da identidade, uma das que mais experiência requerem, por isso que poucos principiantes haverá que não estejam expostos a ser enganados. Dela trataremos adiante, em capítulo especial.
Quando queira chamar determinados Espíritos, é essencial que o médium comece por se dirigir somente aos que ele sabe serem bons e simpáticos e que podem ter motivo para acudir ao apelo, como parentes, ou amigos. Neste caso, a evocação pode ser formulada assim: 

Em nome de Deus todo-poderoso peço que tal Espírito se comunique comigo, ou então:

Peço a Deus todo-poderoso permita que tal Espírito se comunique comigo; ou qualquer outra fórmula que corresponda ao mesmo pensamento. Não é menos necessário que as primeiras perguntas sejam concebidas de tal sorte que as respostas possam ser dadas por um sim ou um não, como por exemplo:
Estas aí? Queres responder-me? Podes fazer-me escrever? etc. Mais tarde essa precaução se torna inútil. No princípio, trata-se de estabelecer assim uma relação. O essencial é que a pergunta não seja fútil, não diga respeito a coisas de interesse particular e, sobretudo, seja a expressão de um sentimento de benevolência e simpatia para com o Espírito a quem é dirigida. (Veja-se adiante o capítulo especial sobre as Evocações.)




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 23 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Do Senhor é a terra e tudo o que ela contém, a órbita terrestre e todos os que nela habitam." -( Salmos, 23: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
Somos obras de suas mãos, criados à sua imagem e semelhança; eis o quanto nos ama o nosso Criador.




203. O desejo natural de todo aspirante a médium é o de poder confabular com os Espíritos das pessoas que lhe são caras; deve, porém, moderar a sua impaciência, porquanto a comunicação com determinado Espírito apresenta muitas vezes dificuldades materiais que a tornam impossível ao principiante. Para que um Espírito possa comunicar-se, preciso é que haja entre ele e o médium relações fluídicas, que nem sempre se estabelecem instantaneamente. Só à medida que a faculdade se desenvolve, é que o médium adquire pouco a pouco a aptidão necessária para pôr-se em comunicação com o Espírito que se apresente. Pode dar-se, pois, que aquele com quem o médium deseje comunicar-se, não esteja em condições propícias a fazê-lo, embora se ache presente, como também pode acontecer que não tenha possibilidade, nem permissão para acudir ao chamado que lhe é dirigido. Convém, por isso, que no começo ninguém se obstine em chamar determinado Espírito, com exclusão de qualquer outro, pois amiúde sucede não ser com esse que as relações fluídicas se estabelecem mais facilmente, por maior que seja a simpatia que lhe vote o encarnado. Antes, pois, de pensar em obter comunicações de tal ou tal Espírito, importa que o aspirante leve a efeito o desenvolvimento da sua faculdade, para o que deve fazer um apelo geral e dirigir-se principalmente ao seu anjo guardião.
Não há, para esse fim, nenhuma fórmula sacramental. Quem quer que pretenda indicar alguma pode ser tachado, sem receio, de impostor, visto que para os Espíritos a forma nada vale. Contudo, a evocação deve sempre ser feita em nome de Deus. Poder-se-á fazê-la nos termos seguintes, ou outros equivalentes:

Rogo a Deus todo-poderoso que permita venha um bom Espírito comunicar-se comigo e fazer-me escrever; peço também ao meu anjo de guarda se digne de me assistir e de afastar os maus Espíritos. 

Formulada a súplica, é esperar que um Espírito se manifeste, fazendo escrever alguma coisa. Pode acontecer venha aquele que o impetrante deseja, como pode ocorrer também venha um Espírito desconhecido ou o anjo de guarda. Qualquer que ele seja, em todo caso, dar-se-á conhecer, escrevendo o seu nome. Mas, então apresenta-se a questão da identidade, uma das que mais experiência requerem, por isso que poucos principiantes haverá que não estejam expostos a ser enganados. Dela trataremos adiante, em capítulo especial.
Quando queira chamar determinados Espíritos, é essencial que o médium comece por se dirigir somente aos que ele sabe serem bons e simpáticos e que podem ter motivo para acudir ao apelo, como parentes, ou amigos. Neste caso, a evocação pode ser formulada assim:

Em nome de Deus todo-poderoso peço que tal Espírito se comunique comigo, ou então:

Peço a Deus todo-poderoso permita que tal Espírito se comunique comigo; ou qualquer outra fórmula que corresponda ao mesmo pensamento. Não é menos necessário que as primeiras perguntas sejam concebidas de tal sorte que as respostas possam ser dadas por um sim ou um não, como por exemplo:
Estas aí? Queres responder-me? Podes fazer-me escrever? etc. Mais tarde essa precaução se torna inútil. No princípio, trata-se de estabelecer assim uma relação. O essencial é que a pergunta não seja fútil, não diga respeito a coisas de interesse particular e, sobretudo, seja a expressão de um sentimento de benevolência e simpatia para com o Espírito a quem é dirigida. (Veja-se adiante o capítulo especial sobre as Evocações.)




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 22 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"O Senhor é o meu pastor, nada me faltará." -( Salmos 22: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
Somos obras de suas mãos e o seu amor por nós é infinito, portanto, descansemos nele.




202. É indiferente que se use da pena ou do lápis. Alguns médiuns preferem a pena que, todavia, só pode servir para os que estejam formados e escrevem pausadamente. Outros, porém, escrevem com tal velocidade, que o uso da pena seria quase impossível, ou, pelo menos, muito incômodo. O mesmo sucede, quando a escrita e feita às arrancadas e irregularmente, ou quando se manifestam Espíritos violentos, que batem com a ponta do lápis e a quebram, rasgando o papel.




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Para ele viverá a minha alma, há de servi-lo minha descendência. Ela falará do Senhor às gerações futuras e proclamará sua justiça ao povo que vai nascer. Eis o que fez o Senhor." -( Salmos, 21: 31 )-




Amados irmãos, bom dia!
Sejamos gratos ao Senhor por tudo o que tem nos dado desde sempre e para sempre. Que nossos lábios proclamem sua glória e nossos corações lhe entreguem amor.




201. Como disposição material, recomendamos se evite tudo o que possa embaraçar o movimento da mão. É mesmo preferível que esta não descanse no papel. A ponta do lápis deve encostar neste o bastante para traçar alguma coisa, mas não tanto que ofereça resistência. Todas essas precauções se tornam inúteis, desde que se tenha chegado a escrever correntemente, porque então nenhum obstáculo detém mais a mão. São meras preliminares para o aprendiz.




Que a graça e a paz sejam conosco!



quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Senhor, alegra-se o rei com o vosso poder e muito exulta com o vosso auxílio." -( Salmos, 20: 2 )-




Amados irmãos, bom dia!
O rei sábio busca no Senhor a direção para sua caminhada. Todo o povo exulta com ele, pois, só o Senhor nos faz caminhar com sabedoria.




DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE

200. Ocupar-nos-emos aqui, especialmente, com os médiuns escreventes, por ser o gênero de mediunidade mais espalhado e, além disso, porque é, ao mesmo tempo, o mais simples, o mais cômodo, o que dá resultados mais satisfatórios e completos. É também o que toda gente ambiciona possuir. Infelizmente, até hoje, por nenhum diagnóstico se pode inferir, ainda que aproximadamente, que alguém possua essa faculdade. Os sinais físicos, em os quais algumas pessoas julgam ver indícios, nada têm de infalíveis. Ela se manifesta nas crianças e nos velhos, em homens e mulheres, quaisquer que sejam o temperamento, o estado de saúde, o grau de desenvolvimento intelectual e moral. Só existe um meio de se lhe comprovar a existência. É experimentar.
Pode obter-se a escrita, como já vimos, com o auxílio das cestas e pranchetas, ou, diretamente, com a mão. Sendo o mais fácil e, pode dizer-se, o único empregado hoje, este último modo é o que recomendamos à preferência de todos. O processo é dos mais simples: consiste unicamente em a pessoa tomar de um lápis e de papel e colocar-se na posição de quem escreve, sem qualquer outro preparativo.
Entretanto, para que alcance bom êxito, muitas recomendações se fazem indispensáveis.




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Uns põem sua forças nos carros, outros nos cavalos; nós, porém, a temos em o nome do Senhor, nosso Deus." -( Salmos, 19: 8 )-




Nossa felicidade depende das nossas escolhas; colheremos o que plantarmos, portanto que as saibamos fazer.




199. O estudo da especialidade dos médiuns não só lhes é necessário, como também ao evocador. Conforme a natureza do Espírito que se deseja chamar e as perguntas que se lhe quer dirigir, convém se escolha o médium mais apto ao que se tem em vista. Interrogar o primeiro que apareça é expor-se a receber respostas incompletas, ou errôneas.
Tomemos aos fatos comuns um exemplo. Ninguém confiará a redação de qualquer trabalho, nem mesmo uma simples cópia, ao primeiro que encontre, apenas porque saiba escrever. Suponhamos um músico, que queira seja executado um trecho de canto por ele composto. Muitos cantores, hábeis todos, se acham à sua disposição. Ele, entretanto, não os tomará ao acaso: escolherá, para seu intérprete, aquele cuja voz, cuja expressão, cujas qualidades todas, numa palavra, digam melhor com a natureza do trecho musical. O mesmo fazem os Espíritos, com relação aos médiuns, e nós devemos fazer como os Espíritos.
Cumpre, além disso, notar que os matizes que a mediunidade apresenta e aos quais outros mais se poderiam acrescentar, nem sempre guardam relação com o caráter do médium. Assim, por exemplo, um médium naturalmente alegre, jovial, pode obter comumente comunicações graves, mesmo severas e vice-versa. É ainda uma prova evidente de que ele age sob a impulsão de uma influência estranha. Voltaremos ao assunto, no capítulo que trata da influência moral do médium.




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Narram os céus a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos." -( Salmos, 18: 1 )-





Amados irmãos, bom dia!
A natureza nos revela o encanto de sua criação.




198. Todas estas variedades de médiuns apresentam uma infinidade de graus em sua intensidade. Muitas há que, a bem dizer, apenas constituem matizes, mas que, nem por isso, deixam de ser efeito de aptidões especiais. Concebe-se que há de ser muito raro esteja a faculdade de um médium rigorosamente circunscrita a um só gênero. Um médium pode, sem dúvida, ter muitas aptidões, havendo, porém, sempre uma dominante. Ao cultivo dessa é que, se for útil, deve ele aplicar-se. Em erro grave incorre quem queira forçar de todo modo o desenvolvimento de uma faculdade que não possua. Deve a pessoa cultivar todas aquelas de que reconheça possuir os gérmens. Procurar ter as outras é, acima de tudo, perder tempo e, em segundo lugar, perder talvez, enfraquecer com certeza, as de que seja dotado.

“Quando existe o princípio, o gérmen de uma faculdade, esta se manifesta sempre por sinais inequívocos. Limitando-se à sua especialidade, pode o médium tornar-se excelente e obter grandes e belas coisas; ocupando-se de todo, nada de bom obterá.
Notai, de passagem, que o desejo de ampliar indefinidamente o âmbito de suas faculdades é uma pretensão orgulhosa, que os Espíritos nunca deixam impune. Os bons abandonam o presunçoso, que se torna então joguete dos mentirosos. Infelizmente, não é raro verem-se médiuns que, não contentes com os dons que receberam, aspiram, por amor-próprio, ou ambição, a possuir faculdades excepcionais, capazes de os tornarem notados.
Essa pretensão lhes tira a qualidade mais preciosa: a de médiuns seguros.” (SÓCRATES.)




Que a graça e a paz sejam conosco!
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Na minha angústia, invoquei o Senhor, gritei para meu Deus: do seu templo ele ouviu a minha voz e o meu clamor em sua presença chegou aos seus ouvidos." -( Salmos, 17: 7 )-




Amados irmãos, bom dia!
Os que esperam no Senhor jamais serão abandonados. Ele é o nosso refúgio e sempre nos sustenta em tudo. Sejamos gratos a ele, sempre!




197. BONS MÉDIUNS

Médiuns sérios: os que unicamente para o bem se servem de suas faculdades e para fins verdadeiramente úteis. Acreditam profaná-las, utilizando-se delas para satisfação de curiosos e de indiferentes, ou para futilidades.

Médiuns modestos: os que nenhum reclamo fazem das comunicações que recebem, por mais belas que sejam. Consideram-se estranhos a elas e não se julgam ao abrigo das mistificações. Longe de evitarem as opiniões desinteressadas, solicitam-nas.

Médiuns devotados: os que compreendem que o verdadeiro médium tem uma missão a cumprir e deve, quando necessário, sacrificar gostos, hábitos, prazeres, tempo e mesmo interesses materiais ao bem dos outros.

Médiuns seguros: os que, além da facilidade de execução, merecem toda a confiança, pelo próprio caráter, pela natureza elevada dos Espíritos que os assistem; os que, portanto, menos expostos se acham a ser iludidos. Veremos mais tarde que esta segurança de modo algum depende dos nomes mais ou menos respeitáveis com que os Espíritos se manifestem.

“É incontestável, bem o sentis, que, epilogando assim as qualidades e os defeitos dos médiuns, isto suscitará contrariedades e até a animosidade de alguns; mas, que importa? A mediunidade se espalha cada vez mais e o médium que levasse a mal estas reflexões, apenas uma coisa provaria: que não é bom médium, isto é, que tem a assisti-lo Espíritos maus. Ao demais, como já eu disse, tudo isto será passageiro e os maus médiuns, os que abusam, ou usam mal de suas faculdades, experimentarão tristes consequências, conforme já se tem dado com alguns. Aprenderão à sua custa o que resulta de aplicarem, no interesse de suas paixões terrenas, um dom que Deus lhes outorgara unicamente para o adiantamento moral deles. Se os não puderdes reconduzir ao bom caminho, lamentai-os, porquanto, posso dizê-lo, Deus os reprova.” (ERASTO.)

“Este quadro é de grande importância, não si para os médiuns sinceros que, lendo-o, procurarem de boa-fé preservar-se dos escolhos a que estão expostos, mas também para todos os que se servem dos médiuns, porque lhes dará a medida do que podem racionalmente esperar. Ele deverá estar constantemente sob as vistas de todo aquele que se ocupa de manifestações, do mesmo modo que a escala espírita , a que serve de complemento.

Esses dois quadros reúnem todos os princípios da Doutrina e contribuirão, mais do que o supondes, para trazer o Espiritismo ao verdadeiro caminho.”(SÓCRATES.)




Que a graça e a paz sejam conosco!
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domingo, 16 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Mas eu, confiado na vossa justiça, contemplarei a vossa face; ao me despertar, saciar-me-ei com a visão de vosso ser." -( Salmos, 16: 15 )-




Amados irmãos, bom dia!
A melhor coisa dessa vida é acordar e ter a certeza que estamos sendo cuidados pelo nosso Deus. Merecendo ou não, ele jamais nos abandona, pois, nosso objetivo é evoluir conforme sua vontade.





196. MÉDIUNS IMPERFEITOS

Médiuns obsidiados: os que não podem desembaraçar-se de Espíritos importunos e enganadores, mas não se iludem.

Médiuns fascinados: os que são iludidos por Espíritos enganadores e se iludem sobre a natureza das comunicações que recebem.

Médiuns subjugados: os que sofrem uma dominação moral e, muitas vezes, material da parte de maus Espíritos.

Médiuns levianos: os que não tomam a sério suas faculdades e delas só se servem por divertimento, ou para futilidades.

Médiuns indiferentes: os que nenhum proveito moral tiram das instruções que obtêm e em nada modificam o proceder e os hábitos.

Médiuns presunçosos:os que têm a pretensão de se acharem em relação somente com Espíritos superiores.
Crêem-se infalíveis e consideram inferior e errôneo tudo o que deles não provenha.

Médiuns orgulhosos: os que se envaidecem das comunicações que lhes são dadas; julgam que nada mais têm que aprender no Espiritismo e não tomam para si as lições que recebem frequentemente dos Espíritos. Não se contentam com as faculdades que possuem, querem tê-las todas.

Médiuns suscetíveis: variedade dos médiuns orgulhosos, suscetibilizam-se com as críticas de que sejam objeto suas comunicações; zangam-se com a menor contradição e, se mostram o que obtêm, é para que seja admirado e não para que se lhes dê um parecer. Geralmente, tomam aversão às pessoas que os não aplaudem sem restrições e fogem das reuniões onde não possam impor-se e dominar.
“Deixai que se vão pavonear algures e procurar ouvidos mais complacentes, ou que se isolem; nada perdem as reuniões que da presença deles ficam privadas.”
— ERASTO.

Médiuns mercenários: os que exploram suas faculdades.

Médiuns ambiciosos: os que, embora não mercadejem com as faculdades que possuem, esperam tirar delas quaisquer vantagens.

Médiuns de má-fé: os que, possuindo faculdades reais, simulam as de que carecem, para se darem importância. Não se podem designar pelo nome de médium as pessoas que, nenhuma faculdade mediúnica possuindo, só produzem certos efeitos por meio da charlatanaria.

Médiuns egoístas: os que somente no seu interesse pessoal se servem de suas faculdades e guardam para si as comunicações que recebem.

Médiuns invejosos: os que se mostram despeitados com o maior apreço dispensado a outros médiuns, que lhes são superiores.
Todas estas más qualidades têm necessariamente seu oposto no bem.




Que a graça e a paz sejam conosco!




sábado, 15 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Vós me ensinareis o caminho da vida, há abundância de alegria, junto de vós, e delícias eternas, a vossa direita." -( Salmos, 15: 11 )-




Amados irmãos, bom dia!
A sabedoria do Senhor nos dirige como seres escatológicos; nosso destino é a felicidade eterna a seu lado e dos irmãos.




195. 5º — SEGUNDO AS QUALIDADES MORAIS DOS MÉDIUNS

Mencionamo-las sumariamente e de memória, apenas para completar o quadro, visto que serão desenvolvidas adiante, nos capítulos:
Da influência moral do médium,
Da obsessão,
Da identidade dos Espíritos e outros, para os quais chamamos particularmente a atenção do leitor. Aí se verá a influência que as qualidades e os defeitos dos médiuns pode exercer na segurança das comunicações e quais os que com razão se podem considerar médiuns imperfeitos ou bons médiuns.





Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Senhor, quem há de morar em vosso tabernáculo? Quem habitará em vossa montanha santa?" -( Salmos, 14: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
Só os que tem o coração puro e que buscam sua reforma interior conseguirão, pois, fomos criados para sermos conforme nosso Pai.




194. 4º — SEGUNDO AS QUALIDADES FÍSICAS DO MÉDIUM

Médiuns calmos : escrevem sempre com certa lentidão e sem experimentar a mais ligeira agitação.

Médiuns velozes: escrevem com rapidez maior do que poderiam voluntariamente, no estado ordinário. Os Espíritos se comunicam por meio deles com a rapidez do relâmpago. Dir-se-ia haver neles uma superabundância de fluido, que lhes permite identificarem-se instantaneamente com o Espírito. Esta qualidade apresenta às vezes seu inconveniente: o de que a rapidez da escrita a torna muito difícil de ser lida, por quem quer que não seja o médium.
“É mesmo muito fatigante, porque desprende muito fluido inutilmente.”

Médiuns convulsivos: ficam num estado de sobreexcitação quase febril. A mão e algumas vezes todo o corpo se lhes agitam num tremor que é impossível dominar. A causa primária desse fato está sem dúvida na organização, mas também depende muito da natureza dos Espíritos que por eles se comunicam. Os bons e benévolos produzem sempre uma impressão suave e agradável; os maus, ao contrário, produzem-na penosa.
“É preciso que esses médiuns só raramente se sirvam de sua faculdade mediúnica, cujo uso frequente lhes poderia afetar o sistema nervoso.” (Capítulo “Da identidade dos Espíritos”, diferenciação dos bons e maus Espíritos.)




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"O Senhor, do alto do céu, observa os filhos dos homens, para ver se, acaso, existe alguém sensato, que busque a Deus." -( Salmos, 13: 2 )-




Amados irmãos, bom dia!
Os corações sinceros buscam ao Senhor, e a esses, a estrada evolutiva será menor.




193. 3º — SEGUNDO O GÊNERO E A PARTICULARIDADE DAS COMUNICAÇÕES

Médiuns versejadores: obtêm, mais facilmente do que outros, comunicações em verso. Muito comuns, para maus versos; muito raros, para versos bons.

Médiuns poéticos: sem serem versificadas, as comunicações que recebem têm qualquer coisa de vaporoso, de sentimental; nada que mostre rudeza. São, mais do que os outros, próprios para a expressão de sentimentos ternos e afetuosos. Tudo, nas suas comunicações, é vago; fora inútil pedir-lhes idéias precisas. Muito comuns.

Médiuns positivos: suas comunicações têm, geralmente, um cunho de nitidez e precisão, que muito se presta às minúcias circunstanciadas, aos informes exatos. Muito raros.

Médiuns literários: não apresentam nem o que há de impreciso nos médiuns poéticos, nem o terra-a-terra dos médiuns positivos; porém, dissertam com sagacidade. Têm o estilo correto, elegante e, frequentemente, de notável eloquência.

Médiuns incorretos: podem obter excelentes coisas, pensamentos de inatacável moralidade, mas num estilo prolixo, incorreto, sobrecarregado de repetições e de termos impróprios.
“A incorreção material do estilo decorre geralmente de falta de cultura intelectual do médium que, então, não é, sob esse aspecto, um bom instrumento para o Espírito, que a isso, aliás, pouca importância liga. Tendo como essencial o pensamento, ele vos deixa a liberdade de dar-lhe a forma que convenha. Já assim não é com relação às idéias falsas e ilógicas que uma comunicação possa conter, as quais constituem sempre um índice da inferioridade do Espírito que se manifesta.”

Médiuns historiadores: os que revelam aptidão especial para as explanações históricas. Esta faculdade, como todas as demais, independe dos conhecimentos do médium, porquanto não é raro verem-se pessoas sem instrução e até crianças tratar de assuntos que lhes não estão ao alcance. Variedade rara dos médiuns positivos.

Médiuns científicos: não dizemos sábios, porque podem ser muito ignorantes e, apesar disso, se mostram especialmente aptos para comunicações relativas às ciências.

Médiuns receitistas: têm a especialidade de servirem mais facilmente de intérpretes aos Espíritos para as prescrições médicas. Importa não os confundir com os médiuns curadores, visto que absolutamente não fazem mais do que transmitir o pensamento do Espírito, sem exercerem por si mesmos influência alguma. Muito comuns.

Médiuns religiosos: recebem especialmente comunicações de caráter religioso, ou que tratam de questões religiosas, sem embargo de suas crenças, ou hábitos.

Médiuns filósofos e moralistas: as comunicações que recebem têm geralmente por objeto as questões de moral e de alta filosofia. Muito comuns, quanto à moral.

“Todos estes matizes constituem variedades de aptidões dos médiuns bons. Quanto aos que têm uma aptidão especial para comunicações científicas, históricas, médicas e outras, fora do alcance de suas especialidades atuais, fica certo de que possuíram, em anterior existência, esses conhecimentos, que permaneceram neles em estado latente, fazendo parte dos materiais cerebrais de que necessita o Espírito que se manifesta; são os elementos que a este abrem caminho para a transmissão de idéias que lhe são próprias, porquanto, em tais médiuns encontra ele instrumentos mais inteligentes e mais maleáveis do que num ignaro.”     (Erasto.)

Médiuns de comunicações triviais e obscenas: estas palavras indicam o gênero de comunicações que alguns médiuns recebem habitualmente e a natureza dos Espíritos que as dão. Quem haja estudado o mundo espírita, em todos os graus da escala, sabe que Espíritos há, cuja perversidade iguala à dos homens mais depravados e que se comprazem em exprimir seus pensamentos nos mais grosseiros termos. Outros, menos abjetos, se contentam com expressões triviais. É natural que esses médiuns sintam o desejo de se verem livres da preferência de que são objeto por parte de semelhantes Espíritos e que devem invejar os que, nas comunicações que recebem, jamais escreveram uma palavra inconveniente. Fora necessário uma estranha aberração de idéias e estar divorciado do bom-senso, para acreditar que semelhante linguagem possa ser usada por Espíritos bons.




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Iluminai meus olhos com vossa luz, para eu não adormecer na morte." -( Salmos, 12: 5a )-




Amados irmãos, bom dia!
A luz do Senhor é nossa direção; ela nos dá entendimento para nossa transformação evolutiva.




192. 2º — SEGUNDO O DESENVOLVIMENTO DA FACULDADE

Médiuns novatos: aqueles cujas faculdades ainda não estão completamente desenvolvidas e que carecem da necessária experiência.

Médiuns improdutivos: os que não chegam a obter mais do que coisas insignificantes, monossílabos, traços ou letras sem conexão. (Veja-se o capítulo “Da formação dos médiuns”.)

Médiuns feitos ou formados: aqueles cujas faculdades mediúnicas estão completamente desenvolvidas, que transmitem as comunicações com facilidade e presteza, sem hesitação. Concebe-se que este resultado só pelo hábito pode ser conseguido, porquanto nos médiuns novatos as comunicações são lentas e difíceis.

Médiuns lacônicos: aqueles cujas comunicações, embora recebidas com facilidade, são breves e sem desenvolvimento.

Médiuns explícitos: as comunicações que recebem têm toda a amplitude e toda a extensão que se podem esperar de um escritor consumado.
“Esta aptidão resulta da expansão e da facilidade de combinação dos fluidos. Os Espíritos os procuram para tratar de assuntos que comportam grandes desenvolvimentos.”

Médiuns experimentados: a facilidade de execução é uma questão de hábito e que muitas vezes se adquire em pouco tempo, enquanto que a experiência resulta de um estudo sério de todas as dificuldades que se apresentam na prática do Espiritismo. A experiência dá ao médium o tato necessário para apreciar a natureza dos Espíritos que se manifestam, para lhes apreciar as qualidades boas ou más, pelos mais minuciosos sinais, para distinguir o embuste dos Espíritos zombeteiros, que se acobertam com as aparências da verdade. Facilmente se compreende a importância desta qualidade, sem a qual todas as outras ficam destituídas de real utilidade. O mal é que muitos médiuns confundem a experiência, fruto do estudo, com a aptidão, produto da organização física. Julgam-se mestres, porque escrevem com facilidade; repelem todos os conselhos e se tornam presas de Espíritos mentirosos e hipócritas, que os captam, lisonjeando-lhes o orgulho. (Veja-se, adiante, o capítulo “Da obsessão”.)

Médiuns maleáveis: aqueles cuja faculdade se presta mais facilmente aos diversos gêneros de comunicações e pelos quais todos os Espíritos, ou quase todos, podem manifestar-se, espontaneamente, ou por evocação.
“Esta espécie de médiuns se aproxima muito da dos médiuns sensitivos.”

Médiuns exclusivos: aqueles pelos quais se manifesta de preferência um Espírito, até com exclusão de todos os demais, o qual responde pelos outros que são chamados.
“Isto resulta sempre de falta de maleabilidade. Quando o Espírito é bom, pode ligar-se ao médium, por simpatia, ou com um intento louvável; quando mau, é sempre objetivando pôr o médium na sua dependência. É mais um defeito do que uma qualidade e muito próximo da obsessão.” (Veja-se o capítulo “Da obsessão”.)

Médiuns para evocação: os médiuns maleáveis são naturalmente os mais próprios para este gênero de comunicação e para as questões de minudências que se podem propor aos Espíritos. Sob este aspecto, há médiuns inteiramente especiais.
“As respostas que dão não saem quase nunca de um quadro restrito, incompatível com o desenvolvimento dos assuntos gerais.”

Médiuns para ditados espontâneos: recebem comunicações espontâneas de Espíritos que se apresentam sem ser chamados. Quando esta faculdade é especial num médium, torna-se difícil, às vezes impossível mesmo, fazer-se por ele uma evocação.
“Entretanto, são mais bem aparelhados que os da classe precedente. Atenta em que o aparelhamento de que aqui se trata é o de materiais do cérebro, pois mister se faz, frequentemente, direi mesmo — sempre, maior soma de inteligência para os ditados espontâneos, do que para as evocações. Entende por ditados espontâneos os que verdadeiramente merecem essa denominação e não algumas frases incompletas ou algumas idéias corriqueiras, qu se deparam em todos os escritos humanos.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Porque o Senhor é justo, ele ama a justiça; e os homens retos contemplarão a sua face." -( Salmos, 10: 7 )-




Amados irmãos, bom dia!
Terminamos o estudo do Livro dos Espíritos e, a partir de hoje, iremos nos dedicar exclusivamente, ao estudo do livro dos médiuns, pois, muito exigirá de nós para a sua compreensão.
Nos instruirmos é o que fará a verdadeira transformação moral, e, assim, estaremos caminhando em nosso processo evolutivo.





VARIEDADES DOS MÉDIUNS ESCREVENTES

191. 1º — SEGUNDO O MODO DE EXECUÇÃO

Médiuns escreventes ou psicógrafos: os que têm a faculdade de escrever por si mesmos sob a influência dos Espíritos.

Médiuns escreventes mecânicos : aqueles cuja mão recebe um impulso involuntário e que nenhuma consciência têm do que escrevem. Muito raros. (Nº 179).

Médiuns semimecânicos: aqueles cuja mão se move involuntariamente, mas que têm, instantaneamente, consciência das palavras ou das frases, à medida que escrevem. São os mais comuns. (Nº 181.)

Médiuns intuitivos: aqueles com quem os Espíritos se comunicam pelo pensamento e cuja mão é conduzida voluntariamente. Diferem dos médiuns inspirados em que estes últimos não precisam escrever, ao passo que o médium intuitivo escreve o pensamento que lhe é sugerido instantaneamente sobre um assunto determinado e provocado. (Nº 180.)
“São muito comuns, mas também muito sujeitos a erro, por não poderem, muitas vezes, discernir o que provém dos Espíritos do que deles próprios emana.”

Médiuns polígrafos: aqueles cuja escrita muda com o Espírito que se comunica, ou aptos a reproduzir a escrita que o Espírito tinha em vida. O primeiro caso é muito vulgar; o segundo, o da identidade da escrita, é mais raro. (Nº 219.

Médiuns poliglotas: os que têm a faculdade de falar, ou escrever, em línguas que lhes são desconhecidas. Muito raros.

Médiuns iletrados: os que escrevem, como médiuns, sem saberem ler, nem escrever, no estado ordinário.
“Mais raros do que os precedentes; há maior dificuldade material a vencer.”





Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Porque o Senhor é justo, ele ama a justiça; e os homens retos contemplarão a sua face." -( Salmos, 10: 7 )-




Amados irmãos, bom dia!
É tão simples agradar ao Senhor; é fazendo o bem aos irmãos que estaremos construindo nossa estrada para a vida plena.




190. MÉDIUNS ESPECIAIS PARA EFEITOS INTELECTUAIS. APTIDÕES DIVERSAS

Médiuns audientes: os que ouvem os Espíritos. Muito comuns. (Nº 165.)
“Muitos há que imaginam ouvir o que apenas lhes está na imaginação.”

Médiuns falantes: os que falam sob a influência dos Espíritos. Muito comuns. (Nº 166.)

Médiuns videntes: os que, em estado de vigília, vêem os Espíritos. A visão acidental e fortuita de um Espírito, numa circunstância especial, é muito frequente; mas, a visão habitual, ou facultativa dos Espíritos, sem distinção, é excepcional. (Nº 167.)
“É uma aptidão a que se opõe o estado atual dos órgãos visuais. Por isso é que cumpre nem sempre acreditar na palavra dos que dizem ver os Espíritos.”

Médiuns inspirados: aqueles a quem, quase sempre mau grado seu, os Espíritos sugerem idéias, quer relativas aos atos ordinários da vida, quer com relação aos grandes trabalhos da inteligência. (Nº 182.)

Médiuns de pressentimentos: pessoas que, em dadas circunstâncias, têm uma intuição vaga de coisas vulgares que ocorrerão no futuro. (Nº 184.)

Médiuns proféticos: variedade dos médiuns inspirados, ou de pressentimentos. Recebem, permitindo-o Deus, com mais precisão do que os médiuns de pressentimentos, a revelação de futuras coisas de interesse geral e são incumbidos de dá-las a conhecer aos homens, para instrução destes.
“Se há profetas verdadeiros, mais ainda os há falsos, que consideram revelações os devaneios da própria imaginação, quando não são embusteiros que, por ambição, se apresentam como tais.” (Veja-se, em O Livro dos Espíritos, o nº 624 — “Características do verdadeiro profeta”.)

Médiuns sonâmbulos: os que, em estado de sonambulismo, são assistidos por Espíritos. (Nº 172.)

Médiuns extáticos: os que, em estado de êxtase, recebem revelações da parte dos Espíritos.
“Muitos extáticos são joguetes da própria imaginação e de Espíritos zombeteiros que se aproveitam da exaltação deles. São raríssimos os que mereçam inteira confiança.”

Médiuns pintores ou desenhistas: os que pintam ou desenham sob a influência dos Espíritos. Falamos dos que obtêm trabalhos sérios, visto não se poder dar esse nome a certos médiuns que Espíritos zombeteiros levam a fazer coisas grotescas, que desabonariam o mais atrasado estudante. Os Espíritos levianos se comprazem em imitar. Na época em que apareceram os notáveis desenhos de Júpiter, surgiu grande número de pretensos médiuns desenhistas, que Espíritos levianos induziram a fazer as coisas mais ridícuas. Um deles, entre outros, querendo eclipsar os desenhos de Júpiter, ao menos nas dimensões, quando não fosse na qualidade, fez que um médium desenhasse um monumento que ocupava muitas folhas de papel para chegar à altura de dois andares. Muitos outros se divertiram fazendo que os médiuns pintassem supostos retratos, que eram verdadeiras caricaturas. ( Revue Spirite, agosto de 1858.)

Médiuns músicos: os que executam, compõem, ou escrevem músicas, sob a influência dos Espíritos. Há médiuns músicos, mecânicos, semimecânicos, intuitivos e inspirados, como os há para as comunicações literárias. (Veja-se — Médiuns para efeitos musicais.)




Estudo do Livro dos Espíritos




Conclusão IX

Os adversários do Espiritismo não se esqueceram de armar-se contra ele de algumas divergências de opiniões sobre certos pontos de doutrina. Não é de admirar que, no início de uma ciência, quando ainda são incompletas as observações e cada um a considera do seu ponto de vista, apareçam sistemas contraditórios. Mas, já três quartos desses sistemas caíram diante de um estudo mais aprofundado, a começar pelo que atribuía todas as comunicações ao Espírito do mal, como se a Deus fora impossível enviar bons Espíritos aos homens: doutrina absurda, porque os fatos a desmentem; ímpia, porque importa na negação do poder e da bondade do Criador.
Os Espíritos sempre disseram que nos não inquietássemos com essas divergências e que a unidade se estabeleceria. Ora, a unidade já se fez quanto à maioria dos pontos e as divergências tendem cada vez mais a desaparecer. Tendo-se-lhes perguntado: Enquanto se não faz a unidade, sobre que pode o homem, imparcial e desinteressado, basear-se para formar juízo? Eles responderam:
“Nuvem alguma obscurece a luz verdadeiramente pura; o diamante sem jaça é o que tem mais valor: julgai, pois, dos Espíritos pela pureza de seus ensinos. Não olvideis que, entre eles, há os que ainda se não despojaram das idéias que levaram da vida terrena. Sabei distingui-los pela linguagem de que usam. Julgai-os pelo conjunto do que vos dizem, vede se há encadeamento lógico nas suas idéias; se nestas nada revela ignorância, orgulho ou malevolência; em suma, se suas palavras trazem todas o cunho de sabedoria que a verdadeira superioridade manifesta. Se o vosso mundo fosse inacessível ao erro, seria perfeito, e longe disso se acha ele. Ainda estais aprendendo a distinguir do erro a verdade. Faltam-vos as lições da experiência para exercitar o vosso juízo e fazer-vos avançar. A unidade se produzirá do lado em que o bem jamais esteve de mistura com o mal; desse lado é que os homens se coligarão pela força mesma das coisas, porquanto reconhecerão que aí é que está a verdade.
“Aliás, que importam algumas dissidências, mais de forma que de fundo! Notai que os princípios fundamentais são os mesmos por toda parte e vos hão de unir num pensamento comum: o amor de Deus e a prática do bem. Quaisquer que se suponham ser o modo de progressão ou as condições normais da existência futura, o objetivo final é um só: fazer o bem. Ora, não há duas maneiras de fazê-lo.”
Se é certo que, entre os adeptos do Espiritismo, se contam os que divergem de opinião sobre alguns pontos da teoria, menos certo não é que todos estão de acordo quanto aos pontos fundamentais. Há, portanto, unidade, excluídos apenas os que, em número muito reduzido, ainda não admitem a intervenção dos Espíritos nas manifestações; os que as atribuem a causas puramente físicas, o que é contrário a este axioma: Todo efeito inteligente há de ter uma causa inteligente; ou ainda a um reflexo do nosso próprio pensamento, o que os fatos desmentem. Os outros pontos são secundários e em nada comprometem as bases fundamentais. Pode, pois, haver escolas que procurem esclarecer-se acerca das partes ainda controvertidas da ciência; não deve haver seitas rivais umas das outras. Antagonismo só poderia existir entre os que querem o bem e os que quisessem ou praticassem o mal. Ora, não há espírita sincero e compenetrado das grandes máximas morais, ensinadas pelos Espíritos, que possa querer o mal, nem desejar mal ao seu próximo, sem distinção de opiniões. Se errônea for alguma destas, cedo ou tarde a luz para ela brilhará, se a buscar de boa-fé e sem prevenções. Enquanto isso não se dá, um laço comum existe que as deve unir a todos num só pensamento; uma só meta para todas. Pouco, por conseguinte, importa qual seja o caminho, uma vez que conduza a essa meta. Nenhuma deve impor-se por meio do constrangimento material ou moral e em caminho falso estaria unicamente aquela que lançasse anátema sobre outra, porque então procederia evidentemente sob a influência de maus Espíritos.
O argumento supremo deve ser a razão. A moderação garantirá melhor a vitória da verdade do que as diatribes envenenadas pela inveja e pelo ciúme. Os bons Espíritos só pregam a união e o amor ao próximo, e nunca um pensamento malévolo ou contrário à caridade pode provir de fonte pura. Ouçamos sobre este assunto, e para terminar, os conselhos do Espírito Santo Agostinho:
“Por bem largo tempo, os homens se têm estraçalhado e anatematizado mutuamente em nome de um Deus de paz e misericórdia, ofendendo-o com semelhante sacrilégio. O Espiritismo é o laço que um dia os unirá, porque lhes mostrará onde está a verdade, onde o erro. Durante muito tempo, porém, ainda haverá escribas e fariseus que o negarão, como negaram o Cristo. Quereis saber sob a influência de que Espíritos estão as diversas seitas que entre si fizeram partilha do mundo? Julgai-o pelas suas obras e pelos seus princípios. Jamais os bons Espíritos foram os instigadores do mal; jamais aconselharam ou legitimaram o assassínio e a violência; jamais estimularam os ódios dos partidos, nem a sede das riquezas e das honras, nem a avidez dos bens da Terra. Os que são bons, humanitários e benevolentes para com todos, esses os seus prediletos e prediletos de Jesus, porque seguem a estrada que este lhes indicou para chegarem até ele.”

                                                                                                       Santo Agostinho 




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 9 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"Eu vos louvarei, Senhor, de todo o coração. Todas as vossas maravilhas narrarei." -( Salmos, 9: 2 )-




Amados irmãos, bom dia!
O perfeito louvor está em seguir os ensinamentos do Senhor; somos operários da sua causa.




189.VARIEDADES ESPECIAIS PARA OS EFEITOS FÍSICOS

Médiuns tiptólogos: aqueles pela influência dos quais se produzem os ruídos, as pancadas. Variedade muito comum, com ou sem intervenção da vontade.

Médiuns motores: os que produzem o movimento dos corpos inertes. Muito comuns. (Nº 61.)

Médiuns de translações e de suspensões: os que produzem a translação aérea e a suspensão dos corpos inertes no espaço, sem ponto de apoio. Entre eles há os que podem elevar-se a si mesmos. Mais ou menos raros, conforme a amplitude do fenômeno; muito raros, no último caso. (Nos 75 e seguintes; nº 80.)

Médiuns de efeitos musicais: provocam a execução de composições, em certos instrumentos de música, sem contacto com estes. Muito raros. (Nº 74, perg. 24.)

Médiuns de aparições: os que podem provocar aparições fluídicas ou tangíveis, visíveis para os assistentes. Muito excepcionais. (Nº 100, perg. 27; nº 104.)

Médiuns de transporte: os que podem servir de auxiliares aos Espíritos para o transporte de objetos materiais. Variedade dos médiuns motores e de translações. Excepcionais. (Nº 96.)

Médiuns noturnos: os que só na obscuridade obtêm certos efeitos físicos. É a seguinte a resposta que nos deu um Espírito à pergunta que fizemos sobre se se podem considerar esses médiuns como constituindo uma variedade:
“Certamente se pode fazer disso uma especialidade, mas esse fenômeno é devido mais às condições ambientes do que à natureza do médium, ou dos Espíritos. Devo acrescentar que alguns escapam a essa influência do meio e que os médiuns noturnos, em sua maioria, poderiam chegar, pelo exercício, a operar tão bem no claro, quanto na obscuridade. É pouco numerosa esta espécie de médiuns. E, cumpre dizê-lo, graças a essa condição, que oferece plena liberdade ao emprego dos truques da ventriloquia e dos tubos acústicos, é que os charlatães hão abusado muito da credulidade, fazendo-se passar por médiuns, a fim de ganharem dinheiro. Mas, que importa? Os trampolineiros de gabinete, como os da praça pública, serão cruelmente desmascarados e os Espíritos lhes provarão que andam mal, imiscuindo-se na obra deles. Repito: alguns charlatães receberão, de modo bastante rude, o castigo que os desgostará do oficio de falsos médiuns. Aliás, tudo isso pouco durará.” — ERASTO.

Médiuns pneumatógrafos: os que obtêm a escrita direta. Fenômeno muito raro e, sobretudo, muito fácil de ser imitado pelos trapaceiros. (Nº 177.)

Nota. Os Espíritos insistiram, contra a nossa opinião, em incluir a escrita direta entre os fenômenos de ordem física, pela razão, disseram eles, de que: “Os efeitos inteligentes são aqueles para cuja produção o Espírito se serve dos materiais existentes no cérebro do médium, o que não se dá na escrita direta. A ação do médium é aqui toda material, ao passo que no médium escrevente, ainda que completamente mecânico, o cérebro desempenha sempre um papel ativo.”

Médiuns curadores: os que têm o poder de curar ou de aliviar o doente, pela só imposição das mãos, ou pela prece.
“Esta faculdade não é essencialmente mediúnica; possuem-na todos os verdadeiros crentes, sejam médiuns ou não. As mais das vezes, é apenas uma exaltação do poder magnético, fortalecido, se necessário, pelo concurso de bons Espíritos.” (Nº 175.)

Médiuns excitadores: pessoas que têm o poder de, por sua influência, desenvolver nas outras a faculdade de escrever.
“Aí há antes um efeito magnético do que um caso de mediunidade propriamente dita, porquanto nada prova a intervenção de um Espírito. Como quer que seja, pertence à categoria dos efeitos físicos.” (Veja-se o capítulo Da formação dos médiuns.)




Estudo do Livro dos Espíritos



Conclusão VIII

Perguntam algumas pessoas: Ensinam os Espíritos qualquer moral nova, qualquer coisa superior ao que disse o Cristo? Se a moral deles não é senão a do Evangelho, de que serve o Espiritismo? Este raciocínio se assemelha notavelmente ao do califa Omar, com relação à biblioteca de Alexandria: “Se ela não contém, dizia ele, mais do que o que está no Alcorão, é inútil. Logo deve ser queimada.
Se contém coisa diversa, é nociva. Logo, também deve ser queimada.”
Não, o Espiritismo não traz moral diferente da de Jesus. Mas, perguntamos, por nossa vez: Antes que viesse o Cristo, não tinham os homens a lei dada por Deus a Moisés?
A doutrina do Cristo não se acha contida no Decálogo? Dir-se-á, por isso, que a moral de Jesus era inútil? Perguntaremos, ainda, aos que negam utilidade à moral espírita: Por que tão pouco praticada é a do Cristo? E por que, exatamente os que com justiça lhe proclamam a sublimidade, são os primeiros a violar-lhe o preceito capital: o da caridade universal? Os Espíritos vêm não só confirmá-la, mas também mostrar-nos a sua utilidade prática. Tornam inteligíveis e patentes verdades que haviam sido ensinadas sob a forma alegórica. E, justamente com a moral, trazem-nos a definição dos mais abstratos problemas da psicologia. Jesus veio mostrar aos homens o caminho do verdadeiro bem. Por que, tendo-o enviado para fazer lembrada sua lei que estava esquecida, não havia Deus de enviar hoje os Espíritos, a fim de a lembrarem novamente aos homens, e com maior precisão, quando eles a olvidam, para tudo sacrificar ao orgulho e à cobiça? Quem ousaria pôr limites ao poder de Deus e traçar-lhe normas? Quem nos diz que, como o afirmam os Espíritos, não estão chegados os tempos preditos e que não chegamos aos em que verdades mal compreendidas, ou falsamente interpretadas, devam ser ostensivamente reveladas ao gênero humano, para lhe apressar o adiantamento? Não haverá alguma coisa de providencial nessas manifestações que se produzem simultaneamente em todos os pontos do globo?
Não é um único homem, um profeta quem nos vem advertir. A luz surge por toda parte. É todo um mundo novo que se desdobra às nossas vistas. Assim como a invenção do microscópio nos revelou o mundo dos infinitamente pequenos, de que não suspeitávamos; assim como o telescópio nos revelou milhões de mundos de cuja existência também não suspeitávamos, as comunicações espíritas nos revelam o mundo invisível que nos cerca, nos acotovela constantemente e que, à nossa revelia, toma parte em tudo o que fazemos.
Decorrido que seja mais algum tempo, a existência desse mundo, que nos espera, se tornará tão incontestável como a do mundo microscópico e dos globos disseminados pelo espaço. Nada, então, valerá o nos terem feito conhecer um mundo todo; o nos haverem iniciado nos mistérios da vida de além-túmulo? É exato que essas descobertas, se se lhes pode dar este nome, contrariam algum tanto certas idéias aceitas. Mas, não é real que todas as grandes descobertas científicas hão igualmente modificado, subvertido até, as mais correntes idéias? E o nosso amor-próprio não teve que se curvar diante da evidência? O mesmo acontecerá com relação ao Espiritismo, que, em breve, gozará do direito de cidade entre os conhecimentos humanos.
As comunicações com os seres de além-túmulo deram em resultado fazer-nos compreender a vida futura, fazer-nos vê-la, iniciar-nos no conhecimento das penas e gozos que nos estão reservados, de acordo com os nossos méritos e, desse modo, encaminhar para o espiritualismo os que no homem somente viam a matéria, a máquina organizada.
Razão, portanto, tivemos para dizer que o Espiritismo, com os fatos, matou o materialismo. Fosse este único resultado por ele produzido e já muita gratidão lhe deveria a ordem social. Ele, porém, faz mais: mostra os inevitáveis efeitos do mal e, conseguintemente, a necessidade do bem. Muito maior do que se pensa é, e cresce todos os dias, o número daqueles em que ele há melhorado os sentimentos, neutralizado as más tendências e desviado do mal. É que para esses o futuro deixou de ser coisa imprecisa, simples esperança, por se haver tornado uma verdade que se compreende e explica, quando se vêem e ouvem os que partiram lamentar-se ou felicitar-se pelo que fizeram na Terra. Quem disso é testemunha entra a refletir e sente a necessidade de a si mesmo se conhecer, julgar e emendar.




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 8 de dezembro de 2018

O livro dos médiuns


"O Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra! Vossa majestade se estende triunfante, por cima de todos os céus." -( Salmos, 8: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
Nosso Deus está sempre disposto a nos ajudar em nossa caminhada, pois, o seu amor se estende de geração em geração.




188. ESPÉCIES COMUNS A TODOS OS GÊNEROS DE MEDIUNIDADE

Médiuns sensitivos: pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos, por uma impressão geral ou local, vaga ou material. A maioria dessas pessoas distingue os Espíritos bons dos maus, pela natureza da impressão. (Nº 164.)

“Os médiuns delicados e muito sensitivos devem abster-se das comunicações com os Espíritos violentos, ou cuja impressão é penosa, por causa da fadiga que daí resulta.”

Médiuns naturais ou inconscientes: os que produzem espontaneamente os fenômenos, sem intervenção da própria vontade e, as mais das vezes, à sua revelia. (Nº 161.)

Médiuns facultativos ou voluntários: os que têm o poder de provocar os fenômenos por ato da própria vontade. (Nº 160.)

“Qualquer que seja essa vontade, eles nada podem, se os Espíritos se recusam, o que prova a intervenção de uma força estranha.”




Estudo do Livro dos Espíritos




Conclusão VII

O Espiritismo se apresenta sob três aspectos diferentes: o das manifestações, o dos princípios e da filosofia que delas decorrem e o da aplicação desses princípios. Daí, três classes, ou, antes, três graus de adeptos: 

1º os que crêem nas manifestações e se limitam a comprová-las; para esses, o Espiritismo é uma ciência experimental; 

2º os que lhe percebem as consequências morais; 

3º os que praticam ou se esforçam por praticar essa moral. Qualquer que seja o ponto de vista, científico ou moral, sob que considerem esses estranhos fenômenos, todos compreendem constituírem eles uma ordem, inteiramente nova de idéias, que surge e da qual não pode deixar de resultar uma profunda modificação no estado da Humanidade e compreendem igualmente que essa modificação não pode deixar, de operar-se no sentido do bem.
Quanto aos adversários, também podemos classificá-los em três categorias. 

1ª — A dos que negam sistematicamente tudo o que é novo, ou deles não venha, e que falam sem conhecimento de causa. A esta classe pertencem todos os que não admitem senão o que possa ter o testemunho dos sentidos. Nada viram, nada querem ver e ainda menos aprofundar. Ficariam mesmo aborrecidos se vissem as coisas muito claramente, porque forçoso lhes seria convir em que não têm razão. Para eles, o Espiritismo é uma quimera, uma loucura, uma utopia, não existe: está dito tudo. São os incrédulos de caso pensado. Ao lado desses, podem colocar-se os que não se dignam de dar aos fatos a mínima atenção, sequer por desencargo de consciência, a fim de poderem dizer: Quis ver e nada vi. Não compreendem que seja preciso mais de meia hora para alguém se inteirar de uma ciência. 

2ª — A dos que, sabendo muito bem o que pensar da realidade dos fatos, os combatem, todavia, por motivos de interesse pessoal. Para estes, o Espiritismo existe, mas lhe receiam as consequências. Atacam-no como a um inimigo. 

3ª — A dos que acham na moral espírita uma censura por demais severa aos seus atos ou às suas tendências. Tomado ao sério, o Espiritismo os embaraçaria; não o rejeitam, nem o aprovam: preferem fechar os olhos. Os primeiros são movidos pelo orgulho e pela presunção; os segundos, pela ambição; os terceiros, pelo egoísmo. Concebe-se que, nenhuma solidez tendo, essas causas de oposição venham a desaparecer com o tempo, pois em vão procuraríamos uma quarta classe de antagonistas, a dos que em patentes provas contrárias se apoiassem demonstrando estudo laborioso e porfiado da questão. Todos apenas opõem a negação, nenhum aduz demonstração séria e irrefutável. Fora presumir demais da natureza humana supor que ela possa transformar-se de súbito, por efeito das idéias espíritas. A ação que estas exercem não é certamente idêntica, nem do mesmo grau, em todos os que as professam. Mas, o resultado dessa ação, qualquer que seja, ainda que extremamente fraco, representa sempre uma melhora. Será, quando menos, o de dar a prova da existência de um mundo extracorpóreo, o que implica a negação das doutrinas materialistas. Isto deriva da só observação dos fatos, porém, para os que compreendem o Espiritismo filosófico e nele vêem outra coisa, que não somente fenômenos mais ou menos curiosos, diversos são os seus efeitos.

O primeiro e mais geral consiste em desenvolver o sentimento religioso até naquele que, sem ser materialista, olha com absoluta indiferença para as questões espirituais. Daí lhe advém o desprezo pela morte. Não dizemos o desejo de morrer; longe disso, porquanto o espírita defenderá sua vida como qualquer outro, mas uma indiferença que o leva a aceitar, sem queixa, nem pesar, uma morte inevitável, como coisa mais de alegrar do que de temer, pela certeza que tem do estado que se lhe segue.

O segundo efeito, quase tão geral quanto o primeiro, é a resignação nas vicissitudes da vida. O Espiritismo dá a ver as coisas de tão alto, que, perdendo a vida terrena três quartas partes da sua importância, o homem não se aflige tanto com as tribulações que a acompanham. Daí, mais coragem nas aflições, mais moderação nos desejos. Daí, também, o banimento da idéia de abreviar os dias da existência, por isso que a ciência espírita ensina que, pelo suicídio, sempre se perde o que se queria ganhar. A certeza de um futuro, que temos a faculdade de tornar feliz, a possibilidade de estabelecermos relações com os entes que nos são caros, oferecem ao espírita suprema consolação. O horizonte se lhe dilata ao infinito, graças ao espetáculo, a que assiste incessantemente, da vida de além-túmulo, cujas misteriosas profundezas lhe é facultado sondar.

O terceiro efeito é o de estimular no homem a indulgência para com os defeitos alheios. Todavia, cumpre dizê-lo, o princípio egoísta e tudo que dele decorre são o que há de mais tenaz no homem e, por conseguinte, de mais difícil de desarraigar. Toda gente faz voluntariamente sacrifícios, contanto que nada custem e de nada privem. Para a maioria dos homens, o dinheiro tem ainda irresistível atrativo e bem poucos compreendem a palavra supérfluo, quando de suas pessoas se trata. Por isso mesmo, a abnegação da personalidade constitui sinal de grandíssimo progresso.




Que a graça e a paz sejam conosco!