quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O que é o Espiritismo


"Ouve a minha oração, ó Deus! Não deixes de atender o meu pedido." -( Salmos, 55: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
O Senhor está sempre disponível a nos ouvir. A fé nos garante isso.






146. A alma, que deixa o corpo, pode ver a Deus?

As faculdades perceptivas da alma são proporcionais à sua purificação: só as de escol podem gozar da presença de Deus.

147. Se Deus está em toda parte, por que nem todos os Espíritos podem vê-lo?

Deus está em toda parte, porque em toda parte Ele irradia, podendo dizer-se que o universo está mergulhado na divindade, como nós o estamos na luz solar; os Espíritos atrasados, porém, estão envolvidos numa espécie de nevoeiro que o oculta a seus olhos, e que se não dissipa senão à medida que eles se desmaterializam e se purificam. Os Espíritos inferiores são, pela vista, em relação a Deus, o que os encarnados são em relação aos Espíritos: verdadeiros cegos.

148. Depois da morte, tem a alma consciência de sua individualidade? Como a constata e como podemos constatá-la?

Se as almas não tivessem sua individualidade depois da morte, isto, para elas, como para nós, seria o mesmo que não existirem; não teriam caráter algum distintivo; a do criminoso estaria na mesma altura que a do homem de bem, donde resultaria não haver interesse algum em fazermos o bem.
A individualidade da alma é mostrada de modo material, por assim dizer, nas manifestações espíritas, pela linguagem e qualidades próprias de cada qual; uma vez que elas pensam e agem de modo diferente, umas são boas e outras más, umas sábias e outras ignorantes, querendo umas o que outras não querem, o que prova evidentemente não estarem confundidas em um todo homogêneo, isso sem falar das provas patentes que nos dão, de terem animado tal ou tal indivíduo na Terra. Graças ao Espiritismo experimental, a individualidade da alma não é mais uma coisa vaga, porém o resultado da observação. A própria alma reconhece sua individualidade, porque tem pensamento e volição próprios, que distinguem umas das outras; verificando ainda a sua individualidade por seu invólucro fluídico ou perispírito, espécie de corpo limitado, que faz dela um ser distinto.

Observação – Há quem pense poder fugir à pecha de materialista por admitir um princípio inteligente universal, do qual uma parte absorveríamos ao nascermos, formando dela a nossa alma e restituindo-a depois da morte à massa comum, onde com outras se confundiria, tal como gotas de água no oceano. Este sistema, espécie de transição, não merece mesmo o nome de Espiritualismo, pois é tão desolador quanto o materialismo. O reservatório comum do conjunto universal equivaleria ao aniquilamento, porquanto ali não haveria mais individualidades.




Estudo do Livro dos Espíritos



630. Como se pode distinguir o bem do mal?

“O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 24 de outubro de 2017

O que é o Espiritismo


"Ó Deus, salva-me pelo teu poder! Livra-me com a tua força." -( Salmos, 54: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
Que saibamos buscar no Senhor o entendimento e a coragem para nossa reforma interior, a fim de que tenhamos vida plena e caminhemos apressadamente em nossa jornada evolutiva.








O homem depois da morte

144. Como se opera a separação da alma e do corpo? É brusca ou gradual?

O desprendimento opera-se gradualmente e com lentidão variável, segundo os indivíduos e as circunstâncias da morte. 
Os laços que prendem a alma ao corpo não se rompem senão aos poucos, e tanto menos rapidamente quanto mais a vida foi material e sensual. (Ver O livro dos espíritos, questão 155.)

145. Qual a situação da alma imediatamente depois da morte do corpo? Tem ela instantaneamente a consciência de si? Em uma palavra, que vê? Que experimenta ela?

No momento da morte, tudo se apresenta confuso; é-lhe preciso algum tempo para se reconhecer; ela conserva-se tonta, no estado do homem que sai de profundo sono e que procura compreender a sua situação. A lucidez das ideias e a memória do passado lhe voltam, à medida que se destrói a influência da matéria de que ela acaba de separar-se, e que se dissipa o nevoeiro que lhe obscurece os pensamentos. O tempo da perturbação, sequente à morte, é muito variável; pode ser de algumas horas somente, como de muitos dias, meses ou, mesmo, de muitos anos. É menos longa, entretanto, para aqueles que, quando vivos, se identificaram com o seu estado futuro, porque esses compreendem imediatamente a sua situação; porém, é tanto mais longa quanto mais materialmente o indivíduo viveu.
A sensação que a alma experimenta nesse momento é também muito variável; a perturbação, sequente à morte, nada tem de penosa para o homem de bem; é calma e em tudo semelhante à que acompanha um despertar plácido. Para aquele cuja consciência não é pura e amou mais a vida corporal que a espiritual, esse momento é cheio de ansiedade e de angústias, que vão aumentando à medida que ele se reconhece, porque então sente medo e certo terror diante do que vê e sobretudo do que entrevê. A sensação, a que podemos chamar física, é a de grande alívio e de imenso bem-estar, fica-se como que livre de um fardo, e o Espírito sente-se feliz por não mais experimentar as dores corporais que o atormentavam alguns instantes antes; sente-se livre, desembaraçado, como aquele a quem tirassem as cadeias que o prendiam.

Em sua nova situação, a alma vê e ouve ainda outras coisas que escapam à grosseria dos órgãos corporais. Tem, então, sensações e percepções que nos são desconhecidas. ( Revista espírita, setembro de 1859, Morte de um espírita; Idem, outubro de 1860, O despertar do Espírito; Idem, maio de 1862, Exéquias do Sr. Sanson; Idem, junho de 1862, Sr. Sanson.)

Observação – Estas respostas e todas as relativas à situação da alma depois da morte ou durante a vida não são o resultado de uma teoria ou de um sistema, mas de estudos diretos feitos sobre milhares de indivíduos, observados em todas as fases e períodos da sua existência espiritual, desde o mais baixo ao mais alto grau da escala, segundo seus hábitos durante a vida terrena, gênero de morte etc.
Muitas vezes diz-se, falando da vida futura, que não se sabe o que nela se passa, porque ninguém no-lo veio contar; é um erro, pois são precisamente os que nela já se acham, que, a respeito, nos vêm instruir, e Deus o permite hoje, mais que em nenhuma outra época, como último aviso à incredulidade e ao materialismo. O reservatório comum do conjunto universal equivaleria ao aniquilamento, porquanto ali não haveria mais individualidades.




Estudo do Livro dos Espíritos






O BEM E O MAL

629. Que definição se pode dar da moral? 

“A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O que é o Espiritismo


"Os tolos pensam assim: “Para mim, Deus não tem importância.”
Todos são corruptos e cometem injustiças horríveis;
não há uma só pessoa que faça o bem." -( Salmos, 53: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
É com grande alegria que completamos hoje 1.000 publicações! Agradecemos a todos que nos tem sustentado com suas orações, bem como à Espiritualidade Maior que sempre nos tem dirigido e animado na execução desse trabalho. Pedimos que continuem orando para que possamos continuar a levar os ensinamentos do nosso mestre Jesus na esperança de nos tornarmos melhores a cada novo dia.








138. Donde vêm os pressentimentos?
São recordações vagas e intuitivas do que o Espírito aprendeu em seus momentos de liberdade e algumas vezes avisos ocultos dados por Espíritos benévolos.
139. Por que há na Terra selvagens e homens civilizados?
Sem a preexistência da alma, esta questão é insolúvel, a menos que admitamos tenha Deus criado almas selvagens e almas civilizadas, o que seria a negação da sua justiça. Além disso, a razão recusa admitir que, depois da morte, a alma do selvagem fique perpetuamente em estado de inferioridade, bem como se ache na mesma elevação que a do homem esclarecido.
Admitindo para as almas um mesmo ponto de partida — única doutrina compatível com a Justiça de Deus —, a presença simultânea da selvageria e da civilização, na Terra, é um fato material que prova o progresso que uns já fizeram e que os outros têm de fazer. 
A alma do selvagem atingirá, pois, com o tempo, o mesmo grau da alma esclarecida, mas como todos os dias morrem selvagens, essa alma não pode atingir esse grau senão em encarnações sucessivas, cada vez mais aperfeiçoadas e apropriadas ao seu adiantamento, seguindo todos os graus intermediários a esses dois extremos.
140. Não será admissível, segundo pensam algumas pessoas, que a alma, não encarnando mais que uma vez, faça o seu progresso no estado de Espírito ou em outras esferas?
Esta proposição seria admissível, se todos os habitantes da Terra se achassem no mesmo nível moral e intelectual; caso em que se poderia dizer ser a Terra destinada a determinado grau; ora, quantas vezes temos diante de nós a prova do contrário! Com efeito, não é compreensível que o selvagem não pudesse conseguir civilizar-se aqui na Terra, quando vemos almas mais adiantadas encarnadas ao lado dele; do que resulta a possibilidade da pluralidade das existências terrenas, demonstrada por exemplos que temos à vista.
Se fosse de outro modo, era preciso explicar: 1o, por que só a Terra teria o monopólio das encarnações;
2o, por que, tendo esse monopólio, nela se apresentam almas encarnadas de todos os graus.
141. Por que, no meio das sociedades civilizadas, se mostram seres de ferocidade comparável à dos mais bárbaros selvagens?
São Espíritos muito inferiores, saídos das raças bárbaras, que experimentam reencarnar em meio que não é o seu, e onde estão deslocados, como estaria um rústico colocado de repente numa cidade adiantada.
Observação – Não é possível admitir-se, sem negar a Deus os atributos de bondade e justiça, que a alma do criminoso endurecido tenha, na vida atual, o mesmo ponto de partida que a de um homem cheio de virtudes. Se a alma não é anterior ao corpo, a do criminoso e a do homem de bem são tão novas uma como a outra; por que razão, então, uma delas é boa e a outra má?
142. Donde vem o caráter distintivo dos povos?
São Espíritos que têm mais ou menos os mesmos gostos e inclinações, que encarnam em um meio simpático e, muitas vezes, no mesmo meio em que podem satisfazer as suas inclinações.
143. Como progridem e como degeneram os povos?
Se a alma é criada juntamente com o corpo, as dos homens de hoje são tão novas, tão primitivas, como a dos homens da Idade Média, e, desde então, pergunta-se por que têm elas costumes mais brandos e inteligência mais desenvolvida?
Se na morte do corpo a alma deixa definitivamente a Terra, pergunta-se, ainda, qual seria o fruto do trabalho feito para melhoramento de um povo, se este tivesse de ser recomeçado com as almas novas que diariamente chegam?
Os Espíritos encarnam em um meio simpático e em relação com o grau do seu adiantamento. Um chinês, por exemplo, que progredisse suficientemente e não encontrasse mais na sua raça um meio correspondente ao grau que atingiu, encarnará entre um povo mais adiantado. À medida que uma geração dá um passo para frente, atrai por simpatia Espíritos mais avançados, os quais são, talvez, os mesmos que já haviam vivido no mesmo país e que, por seu progresso, dele se tinham afastado; é assim que, passo a passo, uma nação avança. Se a maioria dos seus novos habitantes fosse de natureza inferior e os antigos emigrassem diariamente e não mais descessem a um meio inferior, o povo acabaria por degenerar, e, afinal, por extinguir-se.
Observação – Essas questões provocam outras que encontram solução no mesmo princípio; por exemplo, donde vem a diversidade de raças, na Terra? — Há raças rebeldes ao progresso? — A raça negra é suscetível de subir ao nível das raças europeias? — A escravidão é útil ao progresso das raças inferiores? — Como se pode operar a transformação da humanidade? (Ver O livro dos espíritos, questão 776 e seguintes. Revista espírita, janeiro de 1862, Ensaio de interpretação sobre a doutrina dos anjos decaídos; Idem, abril de 1862, Perfectibilidade da raça negra.)
Estudo do Livro dos Espíritos







628. Por que a verdade não foi sempre posta ao alcance de toda gente?
“Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. 
“Jamais permitiu Deus que o homem recebesse comunicações tão completas e instrutivas como as que hoje lhe são dadas. Havia, como sabeis, na antiguidade alguns indivíduos possuidores do que eles próprios consideravam uma ciência sagrada e da qual faziam mistério para os que, aos seus olhos, eram tidos por profanos. Pelo que conheceis das leis que regem estes fenômenos, deveis compreender que esses indivíduos apenas recebiam algumas verdades esparsas, dentro de um conjunto equívoco e, na maioria dos casos, emblemático. Entretanto, para o estudioso, não
há nenhum sistema antigo de filosofia, nenhuma tradição, nenhuma religião, que seja desprezível, pois em tudo há germens de grandes verdades que, se bem pareçam contraditórias entre si, dispersas que se acham em meio de acessórios sem fundamento, facilmente coordenáveis se vos apresentam, graças à explicação que o Espiritismo dá de uma imensidade de coisas que até agora se vos afiguraram sem razão alguma e cuja realidade está hoje irrecusavelmente demonstrada. Não desprezeis, portanto, os objetos de estudo que esses materiais oferecem. Ricos eles são de tais objetos e podem contribuir grandemente para vossa instrução.”
Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 22 de outubro de 2017

O que é o Espiritismo


"Homem poderoso, por que você se gaba da sua maldade? O amor de Deus dura para sempre." -( Salmos, 52: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
Fomos criados pelo amor e para o amor; não há em nós lugar para a maldade. Devemos observar nossas escolhas, pois, delas dependerá nossa felicidade.






123. Por que há maus pais e maus filhos?

São Espíritos que não se ligaram na mesma família por simpatia, mas com o fim de servirem de instrumentos de provas uns aos outros e, muitas vezes, para punição do que foram em existência anterior; a um é dado um mau filho, porque também ele o foi; a outro, um mau pai, pelo mesmo motivo, a fim de que sofram a pena de talião. (Ver Revista espírita, setembro de 1861, A pena de talião.)

124. Por que encontramos em certas pessoas, nascidas em condição servil, instintos de dignidade e grandeza, enquanto outras, nascidas nas classes superiores, só apresentam instintos de baixeza? É uma reminiscência intuitiva da posição social que o Espírito já ocupou, e do seu caráter na existência precedente.

125. Qual a causa das simpatias e antipatias que se manifestam entre pessoas que se veem pela primeira vez?

São quase sempre entes que se conheceram e, algumas vezes, se amaram em uma existência anterior, e que, encontrando-se nesta, são atraídos um para o outro. As antipatias instintivas provêm também, muitas vezes, de relações anteriores.
Esses dois sentimentos podem ainda ter outra causa. O perispírito irradia ao redor do corpo, formando uma espécie de atmosfera impregnada das qualidades boas ou más do Espírito encarnado. Duas pessoas que se encontram, experimentam, pelo contato desses fluidos, a impressão sensitiva, impressão que pode ser agradável ou desagradável; os fluidos tendem a confundir-se ou a repelir-se, segundo sua natureza semelhante ou dessemelhante. É assim que se pode explicar o fenômeno da transmissão de pensamento. Pelo contato desses fluidos, duas almas, de algum modo, leem uma na outra; elas se adivinham e compreendem, sem se falarem.

126. Por que não conserva o homem a lembrança de suas anteriores existências? Não será ela necessária ao seu progresso futuro? (Vede a parte que trata do “Esquecimento do passado”.)

127. Qual a origem do sentimento a que chamamos consciência? É uma recordação intuitiva do progresso feito nas precedentes existências e das resoluções tomadas pelo Espírito antes de encarnar, resoluções que ele, muitas vezes, esquece como homem.

128. Tem o homem o livre-arbítrio, ou está sujeito à fatalidade?

Se a conduta do homem fosse sujeita à fatalidade, não haveria para ele nem responsabilidade do mal, nem mérito do bem que pratica. Toda punição seria uma injustiça, toda recompensa um contrassenso. O livre arbítrio do homem é uma consequência da Justiça de Deus, é o atributo que a divindade imprime àquele e o eleva acima de todas as outras criaturas. É isto tão real que a estima dos homens, uns pelos outros, baseia-se na admissão desse livre-arbítrio; quem, por uma enfermidade, loucura, embriaguez ou idiotismo, perde acidentalmente essa faculdade, é lastimado ou desprezado.
O materialista que faz todas as faculdades morais e intelectuais dependerem do organismo, reduz o homem ao estado de máquina, sem livre arbítrio e, por consequência, sem responsabilidade do mal e sem mérito do bem que pratica. (Ver Revista espírita, março de 1861, A cabeça de Garibaldi; Idem, abril de 1862, Frenologia espiritualista e espírita.)

129. Será Deus o criador do mal? Deus não criou o mal; Ele estabeleceu leis, e estas são sempre boas, porque Ele é soberanamente bom; aquele que as observasse fielmente seria perfeitamente feliz; porém, os Espíritos, tendo seu livre-arbítrio, nem sempre as observam, e é dessa infração que provém o mal.

130. O homem já nasce bom ou mau?

É preciso fazermos uma distinção entre a alma e o homem. A alma é criada simples e ignorante, isto é, nem boa nem má, porém suscetível, em razão do seu livre-arbítrio, de seguir o bom ou o mau caminho, ou, por outra, de observar ou infringir as Leis de Deus. O homem nasce bom ou mau, segundo seja ele a encarnação de um Espírito adiantado ou atrasado.

131. Qual a origem do bem e do mal na Terra e por que este predomina?

A imperfeição dos Espíritos que aqui se encarnam é a origem do mal na Terra; quanto à predominância deste, provém da inferioridade do planeta, cujos habitantes são, na maioria, Espíritos inferiores ou que pouco têm progredido. Em mundos mais adiantados, onde só encarnam Espíritos depurados, o mal não existe ou está em minoria.

132. Qual a causa dos males que afligem a humanidade?

O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa humanidade são a consequência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.

133. Por que vemos tantas vezes o mau prosperar, enquanto o homem de bem vive em aflição?

Para aquele cujo pensamento não transpõe as raias da vida presente, para quem a acredita única, isto deve parecer clamorosa injustiça. Não se dá, porém, o mesmo com quem admite a pluralidade das existências e pensa na brevidade de cada uma delas, em relação à eternidade. O estudo do Espiritismo prova que a prosperidade do mau tem terríveis consequências em suas seguintes existências; que as aflições do homem de bem são, pelo contrário, seguidas de uma felicidade, tanto maior e duradoura, quanto mais resignadamente ele soube suportá-las; não lhe será mais que um dia mau em uma existência próspera.

134. Por que nascem alguns na indigência e outros na opulência? Porque vemos tantas pessoas nascerem cegas, surdas, mudas ou afetadas de moléstias incuráveis, quando outras possuem todas as vantagens físicas? Será um efeito do acaso, ou um ato da Providência?

Se fosse do acaso, a Providência não existiria. Admitida, porém, a Providência, perguntamos como se conciliam esses fatos com a sua bondade e justiça? É por falta de compreensão da causa de tais males que muitos se arrojam a acusar Deus. Compreende-se que quem se torna miserável ou enfermo, por suas imprudências ou por excessos, seja punido por onde pecou: porém, se a alma é criada ao mesmo tempo que o corpo, que fez ela para merecer tais aflições, desde o seu nascimento, ou para ficar isenta delas? Se admitimos a Justiça de Deus, não podemos deixar de admitir que esse efeito tem uma causa; e se esta causa não se encontra na vida presente, deve achar-se antes desta, porque em todas as coisas a causa deve preceder ao efeito; há, pois, necessidade de a alma já ter vivido, para que possa merecer uma expiação. Os estudos espíritas nos mostram, de fato, que mais de um homem, nascido na miséria, foi rico e considerado em uma existência anterior, na qual fez mau uso da fortuna que Deus o encarregara de gerir; que mais de um, nascido na abjeção, foi anteriormente orgulhoso e prepotente, abusou do poder para oprimir os fracos. Esses estudos no-los fazem ver, muitas vezes, sujeitos àqueles a quem trataram com dureza, entregues aos maus tratos e à humilhação a que submeteram os outros. Nem sempre uma vida penosa é expiação; muitas vezes é prova escolhida pelo Espírito, que vê um meio de avançar mais rapidamente, conforme a coragem com que saiba suportá-la.
A riqueza é também uma prova, mas muito mais perigosa que a miséria, pelas tentações que dá e pelos abusos que enseja; também o exemplo dos que viveram, demonstra ser ela uma prova em que a vitória é mais difícil. A diferença das posições sociais seria a maior das injustiças — quando não seja o resultado da conduta atual —, se ela não tivesse uma compensação. A convicção que dessa verdade adquirimos, pelo Espiritismo, nos dá força para suportarmos as vicissitudes da vida e aceitarmos a nossa sorte, sem invejar a dos outros.

135. Por que há homens idiotas e imbecis?

A posição dos idiotas e dos imbecis seria a menos conciliável com a Justiça de Deus, na hipótese da unicidade da existência. Por miserável que seja a condição em que o homem nasça, ele poderá sair dela por sua inteligência e trabalho; o idiota e o imbecil, porém, são votados, desde o nascimento até a morte, ao embrutecimento e ao desprezo; para eles não há compensação possível. Por que foi, então, sua alma criada idiota?

Os estudos espíritas, feitos acerca dos imbecis e idiotas, provam que suas almas são tão inteligentes como as dos outros homens; que essa enfermidade é uma expiação infligida a Espíritos que abusaram da inteligência, e sofrem cruelmente por se sentirem presos, em laços que não podem quebrar, e pelo desprezo de que se veem objeto, quando, talvez, tenham sido tão considerados em encarnação precedente. (Ver Revista espírita, junho de 1860, O Espírito de um idiota; Idem, outubro de 1861, Os cretinos.)

136. Qual o estado da alma durante o sono?

No sono é só o corpo que repousa, mas o Espírito não dorme. As observações práticas provam que, nessas condições, o Espírito goza de toda a liberdade e da plenitude das suas faculdades; aproveita-se do repouso do corpo, dos momentos em que este lhe dispensa a presença, para agir separadamente e ir aonde quer. Durante a vida, qualquer que seja a distância a que se transporte, o Espírito fica sempre preso ao corpo por um cordão fluídico, que serve para chamá-lo, quando a sua presença se torna necessária. Só a morte rompe esse laço.

137. Qual a causa dos sonhos?

Os sonhos são o resultado da liberdade do Espírito durante o sono; às vezes, são a recordação dos lugares e das pessoas que o Espírito viu ou visitou nesse estado. (Ver O livro dos espíritos, Da emancipação da alma, “sono, sonhos, sonambulismo, vista dupla, letargia” etc., questão 400 e seguintes. O livro dos médiuns: “Evocação das pessoas vivas”, item 284. Revista espírita, janeiro de 1860, O Espírito de um lado, o corpo do outro; Idem, março de 1860, Estudo sobre o Espírito de pessoas vivas.)




Estudo do Livro dos Espíritos






627. Uma vez que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual a utilidade do ensino que os Espíritos dão? Terão que nos ensinar mais alguma coisa?

“Jesus empregava amiúde, na sua linguagem, alegorias e parábolas, porque falava de conformidade com os tempos e os lugares. Faz-se mister agora que a verdade se torne inteligível para todo mundo. Muito necessário é que aquelas leis sejam explicadas e desenvolvidas, tão poucos são os que as compreendem e ainda menos os que as praticam. A nossa missão consiste em abrir os olhos e os ouvidos a todos, confundindo os orgulhosos e desmascarando os hipócritas: os que vestem a capa da virtude e da religião, a fim de ocultarem suas torpezas. O ensino dos Espíritos tem que ser claro e sem equívocos, para que ninguém possa pretextar ignorância e para que todos o possam julgar e apreciar com a razão. Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que Jesus anunciou. Daí a necessidade de que a ninguém seja possível interpretar a lei de Deus ao sabor de suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 21 de outubro de 2017

O que é o Espiritismo


"Por causa do teu amor, ó Deus, tem misericórdia de mim. Por causa da tua grande compaixão apaga os meus pecados." -( Salmos, 51: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
Quando buscamos a sabedoria do Senhor nosso caminho se torna plano e suave. Ele nos quer evoluindo e buscando seus exemplos.






116. Como e em que momento se opera a união da alma ao corpo?

Desde a concepção, o Espírito, ainda que errante, está, por um cordão fluídico, preso ao corpo com o qual se deve unir. Este laço se estreita cada vez mais, à medida que o corpo se vai desenvolvendo. Desde esse momento, o Espírito sente uma perturbação que cresce sempre; ao aproximar-se do nascimento, ocasião em que ela se torna completa, o Espírito perde a consciência de si e não recobra as ideias senão gradualmente, a partir do momento em que a criança começa a respirar; a união então é completa e definitiva.

117. Qual o estado intelectual da alma da criança no momento de nascer?

Seu estado intelectual e moral é o que tinha antes da união ao corpo, isto é, a alma possui todas as ideias anteriormente adquiridas, mas, em razão da perturbação que acompanha a mudança de estado, suas ideias se acham momentaneamente em estado latente. Elas se vão esclarecendo aos poucos, mas não se podem manifestar senão proporcionalmente ao desenvolvimento dos órgãos.

118. Qual a origem das ideias inatas, das disposições precoces, das aptidões instintivas para uma arte ou ciência, abstração feita da instrução?

As ideias inatas não podem ter senão duas fontes: a criação das almas mais perfeitas umas que as outras, no caso de serem criadas ao mesmo tempo que o corpo, ou um progresso por elas adquirido anteriormente à encarnação.
Sendo a primeira hipótese incompatível com a Justiça de Deus, só fica de pé a segunda.
As ideias inatas são o resultado dos conhecimentos adquiridos nas existências anteriores, são ideias que se conservaram no estado de intuição, para servirem de base à aquisição de outras novas.

119. Como se podem revelar gênios nas classes da sociedade inteiramente privadas de cultura intelectual?

É um fato que prova serem as ideias inatas independentes do meio em que o homem foi educado. O ambiente e a educação desenvolvem as ideias inatas, mas não no-las podem dar. O homem de gênio é a encarnação de um Espírito adiantado que muito houvera já progredido. A educação pode fornecer a instrução que falta, mas não o gênio, quando este não exista.

120. Por que encontramos crianças instintivamente boas em um meio perverso, apesar dos maus exemplos que colhem, ao passo que outras são instintivamente viciosas em um meio bom, apesar dos bons conselhos que recebem?

É o resultado do progresso moral adquirido, como as ideias inatas são o resultado do progresso intelectual.

121. Por que de dois filhos do mesmo pai, educados nas mesmas condições, um é às vezes inteligente e o outro estúpido, um bom e o outro mau? Por que o filho de um homem de gênio é, algumas vezes, um tolo, e o de um tolo, um homem de gênio?

É um fato esse que vem em abono da origem das ideias inatas; prova, além disso, que a alma do filho não procede, de sorte alguma, da dos pais; se assim não fosse, em virtude do axioma que a parte é da mesma natureza que o todo, os pais transmitiriam aos filhos as suas qualidades e defeitos próprios, como lhes transmitem o princípio das qualidades corporais. Na geração, somente o corpo procede do corpo, mas as almas são independentes umas das outras.

122. Se as almas são independentes umas das outras, donde vem o amor dos pais pelos filhos e o destes por aqueles?

Os Espíritos se ligam por simpatia, e o nascimento em tal ou tal família não é um efeito do acaso, mas depende muitas vezes da escolha feita pelo Espírito, que vem juntar-se àqueles a quem amou no mundo espiritual ou em suas precedentes existências. Por outro lado, os pais têm por missão ajudar o progresso dos Espíritos que encarnam como seus filhos, e, para excitá-los a isso, Deus lhes inspira uma afeição mútua; muitos, porém, faltam a essa missão, sendo por isso punidos. (Ver O livro dos espíritos, questão 379.)




Estudo do Livro dos Espíritos








626. Só por Jesus foram reveladas as leis divinas e naturais? Antes do seu aparecimento, o conhecimento dessas leis só por intuição os homens o tiveram?
 
“Já não dissemos que elas estão escritas por toda parte? Desde os séculos mais longínquos, todos os que meditaram sobre a sabedoria hão podido compreendê-las e ensiná-las. Pelos ensinos, mesmo incompletos, que espalharam, prepararam o terreno para receber a semente. Estando as leis divinas escritas no livro da natureza, possível foi ao homem conhecê-las, logo que as quis procurar. Por isso é que os preceitos que consagram foram, desde todos os tempos, proclamados pelos homens de bem; e também
por isso é que elementos delas se encontram, se bem que incompletos ou adulterados pela ignorância, na doutrina moral de todos os povos saídos da barbárie.”
 
 
 
 
Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

O que é o Espiritismo


"Deus, o Senhor Deus, fala e chama todos os moradores do mundo, de um lado da terra ao outro." -( Salmos, 50: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
"E chama a todos os moradores do mundo..."






108. Qual a sede da alma? A alma não está, como geralmente se crê, localizada num ponto particular do corpo; ela forma com o perispírito um conjunto fluídico, penetrável, assimilando-se ao corpo inteiro, com o qual ela constitui um  ser complexo, do qual a morte não é, de alguma sorte, mais que um desdobramento. Podemos figuradamente supor dois corpos semelhantes na forma, um encaixado no outro, confundidos durante a vida e separados  depois da morte. Nessa ocasião um deles é destruído, ao passo que o outro subsiste.
Durante a vida a alma age mais especialmente sobre os órgãos do pensamento e do sentimento. Ela é, ao mesmo tempo, interna e externa, isto é, irradia exteriormente, podendo mesmo isolar-se do corpo, transportar-se ao longe e aí manifestar sua presença, como o provam a observação e os fenômenos sonambúlicos.

109.  Será a alma criada ao mesmo tempo que o corpo, ou anteriormente a este?

Depois da questão da existência da alma, é esta uma das questões mais capitais, porque de sua solução dimanam as mais importantes consequências; ela é a única capaz de explicar uma multidão de problemas até  hoje insolúveis, por não se ter nela acreditado. De duas uma: ou a alma existia, ou não existia antes da formação do corpo; não pode haver meio-termo.
Com a preexistência da alma tudo se explica lógica e naturalmente; sem ela, encontram-se tropeços a cada passo, e, mesmo, certos dogmas da Igreja ficam sem justificação, o que tem conduzido muitos pensadores à incredulidade.
Os Espíritos resolveram a questão afirmativamente, e os fatos, como  a lógica, não podem deixar dúvidas a esse respeito. Admita-se, ao menos como hipótese, a preexistência da alma, e veremos aplainar-se a maioria das dificuldades.

110. Se a alma já existia antes da sua união com o corpo, tinha ela sua individualidade e consciência de si?

Sem individualidade e sem consciência de si mesma, seria como se não existisse.

111.  Antes da sua união com o corpo, já tinha a alma feito algum progresso, ou estava estacionária?

O progresso anterior da alma é simultaneamente demonstrado pela  observação dos fatos e pelo ensino dos Espíritos.

112.  Criou Deus as almas iguais moral e intelectualmente, ou fê-las  mais perfeitas e inteligentes umas que as outras?

Se Deus as houvesse feito umas mais perfeitas que as outras, não  conciliaria essa preferência com a justiça. Sendo todas as criaturas obra sua, por que dispensaria Ele do trabalho umas, quando o impõe a outras para alcançarem a felicidade eterna? A desigualdade das almas em sua origem seria a negação da Justiça de Deus.

113. Se as almas são criadas iguais, como explicar a diversidade de aptidões e predisposições naturais que notamos entre os homens na Terra?

Essa diversidade é a consequência do progresso feito pela alma, antes da sua união ao corpo. As almas mais adiantadas, em inteligência e moralidade, são as que têm vivido mais e mais progredido antes de sua encarnação.

114. Qual o estado da alma em sua origem?

As almas são criadas simples e ignorantes, isto é, sem ciência e sem conhecimento do bem e do mal, mas com igual aptidão para tudo. A princípio, encontram-se numa espécie de infância, sem vontade própria e sem consciência perfeita de sua existência. Pouco a pouco o livre-arbítrio se desenvolve, ao mesmo tempo que as ideias. (Ver O livro dos espíritos, questão 114 e seguintes.)

115. Fez a alma esse progresso anterior, no estado de alma propriamente dita, ou em precedente existência corporal?

Além do ensino dos Espíritos sobre esse ponto, o estudo dos diferentes graus de adiantamento do homem, na Terra, prova que o progresso anterior da alma deve fazer-se em uma série de existências corporais, mais ou menos numerosas, segundo o grau a que ele chegou; a prova disto está na observação dos fatos que diariamente estão sob os nossos olhos. (Ver O livro dos espíritos, questão 166 a 222. Revista espírita, abril de 1862.)




Estudo do Livro dos Espíritos








625.Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?

“Jesus.” Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral aque a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.

Quanto aos que, pretendendo instruir o homem na lei de Deus, o têm transviado, ensinando-lhe falsos princípios, isso aconteceu por haverem deixado que os dominassem sentimentos demasiado terrenos e por terem confundido as leis que regulam as condições da vida da alma, com as que regem a vida do corpo. Muitos hão apresentado como leis divinas simples leis humanas estatuídas para servir às paixões e dominar os homens.




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

O que é o Espiritismo


"Povos, escutem bem isto! Ouçam, todos os moradores do mundo, tanto os poderosos como os humildes, tanto os ricos como os pobres!" -( Salmos, 49: 1 - 2 )-




Amados irmãos, bom dia!
A mensagem do Criador é para todos. Ele não faz escolhas entre seus filhos. Seu amor é para todos e a vida plena também o é. Saibamos escutar e viver segundo suas orientações, pois, para isso fomos criados.






Solução de alguns problemas pela Doutrina Espírita

• Pluralidade dos mundos • Da alma • O homem durante a vida terrena • O homem depois da morte

Pluralidade dos mundos

105. Os diferentes mundos que circulam no espaço terão habitantes como a Terra?

Todos os Espíritos o afirmam e a razão diz que assim deve ser. A Terra não ocupa no universo nenhuma posição especial, nem por sua colocação, nem pelo seu volume, e nada justificaria o privilégio exclusivo de ser habitada. Além disso, Deus não teria criado milhares de globos, com o fim único de recrear-nos a vista, tanto mais que o maior número deles se acha fora de nosso alcance. (Ver O livro dos espíritos, questão 55. Revista espírita, março de 1858, Pluralidade dos mundos, por Flammarion.)

106. Se os mundos são povoados, serão seus habitantes, em tudo, semelhantes aos da Terra? Em uma palavra, poderiam eles viver entre nós, e nós entre eles?

A forma geral poderia ser, mais ou menos, a mesma, mas o organismo deve ser adaptado ao meio em que eles têm de viver, como os peixes são feitos para viver na água e as aves no ar.
Se o meio for diverso, como tudo leva a crê-lo e como parece demonstrá-lo as observações astronômicas, a organização deve ser diferente; não é, pois, provável que, em seu estado normal, eles possam mudar de mundo com os mesmos corpos. Isto é confirmado por todos os Espíritos.

107. Admitindo que esses mundos sejam povoados, estarão na mesma colocação que o nosso, sob o ponto de vista intelectual e moral?

Segundo o ensino dos Espíritos, os mundos se acham em graus de adiantamento muito diferentes; alguns estão no mesmo ponto que o nosso; outros são mais atrasados, sendo sua humanidade mais bruta, mais material e mais propensa ao mal. Pelo contrário, outros são muito mais adiantados moral, intelectual e fisicamente; neles, o mal moral é desconhecido, as Artes e as Ciências já atingiram um grau de perfeição que foge à nossa apreciação; a organização física, menos material, não está sujeita aos sofrimentos, moléstias e enfermidades; aí os homens vivem em paz, sem buscar o prejuízo uns dos outros, isentos dos desgostos, cuidados, aflições e necessidades que os apoquentam na Terra. Há, finalmente, outros ainda mais adiantados, onde o invólucro corporal, quase fluídico, se aproxima cada vez mais da natureza dos anjos.
Na série progressiva dos mundos, o nosso nem ocupa o primeiro nem o último lugar, mas é um dos mais materializados e atrasados. ( Revista espírita, 1858; Idem , 1860. O evangelho segundo o espiritismo, cap. III.)




Estudo do Livro dos Espíritos







624. Qual o caráter do verdadeiro profeta?

“O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo pelas suas palavras e pelos seus atos. Impossível é que Deus se sirva da boca do mentiroso para ensinar a verdade.”




Que a graça e a paz sejam conosco!