sábado, 21 de abril de 2018

O evangelho segundo o espiritismo


"Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor e prepara a tua alma para a provação." -( Eclesiástico, 2: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
"São muitos os convidados, mas, poucos os escolhidos."
Sabemos que a prece nos liga ao Criador e a doutrina sugere que ela seja feita com amor e sinceridade. A seguir, disponibilizamos uma série de orações que tem por finalidade, ajudar aqueles que ainda precisam e que foram feitas para diversos fins e nos servem de direção.




Coletânea de preces espíritas

Preâmbulo

Os Espíritos hão dito sempre: “A forma nada vale, o pensamento é tudo. Ore, pois, cada um segundo suas convicções e da maneira que mais o toque. Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração.”

Os Espíritos jamais prescreveram qualquer fórmula absoluta de preces. Quando dão alguma, é apenas para fixar as ideias e, sobretudo, para chamar a atenção sobre certos princípios da Doutrina Espírita. Fazem-no também com o fim de auxiliar os que sentem embaraço para externar suas ideias, pois alguns há que não acreditariam ter orado realmente, desde que não formulassem seus pensamentos.
A coletânea de preces, que este capítulo encerra, representa uma escolha feita entre muitas que os Espíritos ditaram em várias circunstâncias.
Eles, sem dúvida, podem ter ditado outras e em termos diversos, apropriadas a certas ideias ou a casos especiais; mas pouco importa a forma, se o pensamento é essencialmente o mesmo. O objetivo da prece consiste em elevar nossa alma a Deus; a diversidade das fórmulas nenhuma diferença deve criar entre os que nele creem, nem, ainda menos, entre os adeptos do Espiritismo, porquanto Deus as aceita todas quando sinceras.
Não há, pois, considerar esta coletânea como um formulário absoluto e único, mas apenas uma variedade no conjunto das instruções que os Espíritos ministram. É uma aplicação dos princípios da moral evangélica desenvolvidos neste livro, um complemento aos ditados deles, relativos aosdeveres para com Deus e o próximo, complemento em que são lembrados todos os princípios da Doutrina.

O Espiritismo reconhece como boas as preces de todos os cultos, quando ditas de coração, e não de lábios somente. Nenhuma impõe, nem reprova nenhuma. Deus, segundo ele, é sumamente grande para repelir a voz que lhe suplica ou lhe entoa louvores, porque o faz de um modo, e não de outro.
Quem quer que lance anátema às preces que não estejam no seu formulário provará que desconhece a grandeza de Deus.
Crer que Deus se atenha a uma fórmula é emprestar-lhe a pequenez e as paixões da Humanidade.

Condição essencial à prece, segundo Paulo (cap. XXVII, item 16), é que seja inteligível, a fim de que nos possa falar ao espírito. Para isso, não basta seja dita numa língua que aquele que ora compreenda. Há preces em língua vulgar que não dizem ao pensamento muito mais do que se fossem proferidas em língua estrangeira, e que, por isso mesmo, não chegam ao coração. As raras ideias que elas contêm ficam, as mais das vezes, abafadas pela superabundância das palavras e pelo misticismo da linguagem. A qualidade principal da prece é ser clara, simples e concisa, sem fraseologia inútil, nem luxo de epítetos, que são meros adornos de lentejoulas. Cada palavra deve ter alcance próprio, despertar uma ideia, pôr em vibração uma fibra da alma. Numa palavra: deve fazer refletir. Somente sob essa condição pode a prece alcançar o seu objetivo; de outro modo, não passa de ruído. Entretanto, notai com que ar distraído e com que volubilidade elas são ditas na maioria dos casos. Veem-se lábios a mover-se; mas, pela expressão da fisionomia, pelo som mesmo da voz, verifica-se que ali apenas há um ato maquinal, puramente exterior, ao qual se conserva indiferente a alma.
Estão divididas em cinco categorias as preces constantes nesta coletânea; 
1a) Preces gerais; 
2a) Preces por aquele mesmo que ora; 
3a) Preces pelos vivos; 
4a) Preces pelos mortos; 
5a) Preces especiais pelos enfermos e pelos obsidiados.

Com o propósito de chamar, de maneira especial, a atenção sobre o objeto de cada prece e de lhe tornar mais compreensível o alcance, vão todas precedidas de uma instrução preliminar, de uma espécie de exposição de motivos, sob o título de prefácio.




Estudo do Livro dos Espíritos



DESIGUALDADE DAS APTIDÕES

804. Por que não outorgou Deus as mesmas aptidões a todos os homens?

“Deus criou iguais todos os Espíritos, mas cada um destes vive há mais ou menos tempo, e, conseguintemente, tem feito maior ou menor soma de aquisições. A diferença entre eles está na diversidade dos graus da experiência alcançada e da vontade com que obram, vontade que é o livre-arbítrio. Daí o se aperfeiçoarem uns mais rapidamente do que outros, o que lhes dá aptidões diversas. Necessária é a variedade das aptidões, a fim de que cada um possa concorrer para a execução dos desígnios da Providência, no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais. O que um não faz, fá-lo outro. Assim é que cada qual tem seu papel útil a desempenhar. Demais, sendo solidários entre si todos os mundos, necessário se torna que os habitantes dos mundos superiores, que, na sua maioria, foram criados antes do vosso, venham habitá-lo, para vos dar o exemplo.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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