terça-feira, 31 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"E haverá uma vereda pura, que se chamará o caminho santo; nenhum ser impuro passará por ele e os insensatos não rondarão por ali. -( Isaías, 35: 8 )-




Amados irmãos, bom dia!
Quer o Senhor que nos instruamos a fim de podermos usufruir as maravilhas que nos tem preparado.




59. Perguntar-se-á, talvez, como pode o Espírito, com o auxílio de matéria tão sutil, atuar sobre corpos pesados e compactos, suspender mesas, etc. Semelhante objeção certo que não será formulada por um homem de ciência, visto que, sem falar das propriedades desconhecidas que esse novo agente pode possuir, não temos exemplos análogos sob as vistas? Não é nos gases mais rarefeitos, nos fluidos imponderáveis que a indústria encontra os seus mais possantes motores? Quando vemos o ar abater edifícios, o vapor deslocar enormes massas, a pólvora gaseificada levantar rochedos, a eletricidade lascar árvores e fender paredes, que dificuldades acharemos em admitir que o Espírito, com o auxílio do seu perispírito, possa levantar uma mesa, sobretudo sabendo que esse perispírito pode tornar-se visível, tangível e comportar-se como um corpo sólido?




Estudo do Livro dos Espíritos



897. Merecerá reprovação aquele que faz o bem, sem visar a qualquer recompensa na Terra, mas esperando que lhe seja levado em conta na outra vida e que lá venha a ser melhor a sua situação? E essa preocupação lhe prejudicará o progresso?

“O bem deve ser feito caritativamente, isto é, com desinteresse.”

a) — Contudo, todos alimentam o desejo muito natural de progredir, para forrar-se à penosa condição desta vida. Os próprios Espíritos nos ensinam a praticar o bem com esse objetivo. Será, então, um mal pensarmos que, praticando o bem, podemos esperar coisa melhor do que temos na Terra?

“Não, certamente; mas aquele que faz o bem, sem idéia preconcebida, pelo só prazer de ser agradável a Deus e ao seu próximo que sofre, já se acha num certo grau de progresso, que lhe permitirá alcançar a felicidade muito mais depressa do que seu irmão que, mais positivo, faz o bem por cálculo e não impelido pelo ardor natural do seu coração.”

b) — Não haverá aqui uma distinção a estabelecer-se entre o bem que podemos fazer ao nosso próximo e o cuidado que pomos em corrigir-nos dos nossos defeitos? Concebemos que seja pouco meritório fazermos o bem com a idéia de que nos seja levado em conta na outra vida; mas será igualmente indício de inferioridade emendarmo-nos, vencermos as nossas paixões, corrigirmos o nosso caráter, com o propósito de nos aproximarmos dos bons Espíritos e de nos elevarmos?

“Não, não. Quando dizemos — fazer o bem, queremos significar — ser caridoso. Procede como egoísta todo aquele que calcula o que lhe possa cada uma de suas boas ações render na vida futura, tanto quanto na vida terrena. Nenhum egoísmo, porém, há em querer o homem melhorar-se, para se aproximar de Deus, pois que é o fim para o qual devem todos tender.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 30 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"O deserto e a terra árida regozijar-se-ão. A estepe vai alegrar-se e florir." -( Isaías, 35: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
É com grande alegria e com renovado ânimo que voltamos ao nosso estudo. Que a Espiritualidade nos ajude a compreender e a viver os santos ensinamentos que são fonte de vida plena e força para a nossa caminhada.




58. A natureza íntima do Espírito propriamente dito, isto é, do ser pensante, desconhecemo-la por completo. Apenas pelos seus atos ele se nos revela e seus atos não nos podem impressionar os sentidos, a não ser por um intermediário material. O Espírito precisa, pois, de matéria, para atuar sobre a matéria. Tem por instrumento direto de sua ação o perispírito, como o homem tem o corpo. Ora, o perispírito é matéria, conforme acabamos de ver. Depois, serve-lhe também de agente intermediário o fluido universal, espécie de veículo sobre que ele atua, como nós atuamos sobre o ar, para obter determinados efeitos, por meio da dilatação, da compressão, da propulsão, ou das vibrações.
Considerada deste modo, facilmente se concebe a ação do Espírito sobre a matéria. Compreende-se, desde então, que todos os efeitos que daí resultam cabem na ordem dos fatos naturais e nada têm de maravilhosos. Só pareceram sobrenaturais, porque se lhes não conhecia a causa. Conhecida esta, desaparece o maravilhoso e essa causa se inclui toda nas propriedades semimateriais do perispírito.
É uma ordem nova de fatos que uma nova lei vem explicar e dos quais, dentro de algum tempo, ninguém mais se admirará como ninguém se admira hoje de se corresponder com outra pessoa, a grande distância, em alguns minutos, por meio da eletricidade.




Estudo do Livro dos Espíritos




896. Há pessoas desinteressadas, mas sem discernimento, que prodigalizam seus haveres sem utilidade real, por lhes não saberem dar emprego criterioso. Têm algum merecimento essas pessoas?

“Têm o do desinteresse, porém não o do bem que poderiam fazer. O desinteresse é uma virtude, mas a prodigalidade irrefletida constitui sempre, pelo menos, falta de juízo.
A riqueza, assim como não é dada a uns para ser aferrolhada num cofre forte, também não o é a outros para ser dispersada ao vento. Representa um depósito de que uns e outros terão de prestar contas, porque terão de responder por todo o bem que podiam fazer e não fizeram, por todas as lágrimas que podiam ter estancado com o dinheiro que deram aos que dele não precisavam.”





Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 22 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Então se abrirão os olhos dos cegos e se desimpedirão os ouvidos dos surdos." -( Isaías, 35: 5 )-




Amados irmãos, bom dia!
O Senhor deseja repartir sua sabedoria com todos. Cumpre a nós nos colocarmos disponíveis.

Gostaríamos de informar que nossa equipe estará de férias no período de 23 a 29 de Julho. A partir do dia 30 retornaremos aos nossos estudos. Sugerimos aos interessados que aproveitem esse período para fazer uma revisão sobre os artigos publicados para uma melhor compreensão e entendimento.
Aguardamos a todos. Abraço fraterno!




57. Voltemos à natureza do perispírito, pois que isto é essencial para a explicação que temos de dar. Dissemos que, embora fluídico, o perispírito não deixa de ser uma espécie de matéria, o que decorre do fato das aparições tangíveis, a que volveremos. Sob a influência de certos médiuns, tem-se visto aparecerem mãos com todas as propriedades de mãos vivas, que, como estas, denotam calor, podem ser palpadas, oferecem a resistência de um corpo sólido, agarram os circunstantes e, de súbito, se dissipam, quais sombras. A ação inteligente dessas mãos, que evidentemente obedecem a uma vontade, executando certos movimentos, tocando até melodias num instrumento, prova que elas são parte visível de um ser inteligente invisível. A tangibilidade que revelam, a temperatura, a impressão, em suma, que causam aos sentidos, porquanto se há verificado que deixam marcas na pele, que dão pancadas dolorosas, que acariciam delicadamente, provam que são de uma matéria qualquer. Seus desaparecimentos repentinos provam, além disso, que essa matéria é eminentemente sutil e se comporta como certas substâncias que podem alternativamente passar do estado sólido ao estado fluídico e vice-versa.




Estudo do Livro dos Espíritos



895. Postos de lado os defeitos e os vícios acerca dos quais ninguém se pode equivocar, qual o sinal mais característico da imperfeição?

“O interesse pessoal. Frequentemente, as qualidades morais são como, num objeto de cobre, a douradura que não resiste à pedra de toque. Pode um homem possuir qualidades reais, que levem o mundo a considerá-lo homem de bem. Mas, essas qualidades, conquanto assinalem um progresso, nem sempre suportam certas provas e às vezes basta que se fira a corda do interesse pessoal para que o fundo fique a descoberto. O verdadeiro desinteresse é coisa ainda tão rara na Terra que, quando se patenteia, todos o admiram como se fora um fenômeno.

“O apego às coisas materiais constitui sinal notório de inferioridade, porque, quanto mais se aferrar aos bens deste mundo, tanto menos compreende o homem o seu destino. Pelo desinteresse, ao contrário, demonstra que encara de um ponto mais elevado o futuro.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 21 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Aproximai-vos, nações para ouvir, e vós povos estais atentos! Que ouça a terra e tudo o que ela contém, o mundo e tudo o que ele produz." -( Isaías, 34: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
Estejamos atentos ao chamado do Senhor e aos seus ensinamentos. São fonte de renovação e vida para nós.




56. Ele tem a forma humana e, quando nos aparece, é geralmente com a que revestia o Espírito na condição de encarnado. Daí se poderia supor que o perispírito, separado de todas as partes do corpo, se modela, de certa maneira, por este e lhe conserva o tipo; entretanto, não parece que seja assim. Com pequenas diferenças quanto às particularidades e exceção feita das modificações orgânicas exigidas pelo meio em o qual o ser tem que viver, a forma humana se nos depara entre os habitantes de todos os globos. Pelo menos, é o que dizem os Espíritos. Essa igualmente a forma de todos os Espíritos não encarnados, que só têm o perispírito; a com que, em todos os tempos, se representaram os anjos, ou Espíritos puros. Devemos concluir de tudo isto que a forma humana é a forma tipo de todos os seres humanos, seja qual foro grau de evolução em que se achem. Mas a matéria sutil do perispírito não possui a tenacidade, nem a rigidez da matéria compacta do corpo; é, se assim nos podemos exprimir, flexível e expansível, donde resulta que a forma que toma, conquanto decalcada na do corpo, não é absoluta, amolga-se à vontade do Espírito, que lhe pode dar a aparência que entenda, ao passo que o invólucro sólido lhe oferece invencível resistência.
Livre desse obstáculo que o comprimia, o perispírito se dilata ou contrai, se transforma: presta-se, numa palavra, a todas as metamorfoses, de acordo com a vontade que sobre ele atua. Por efeito dessa propriedade do seu envoltório fluídico, é que o Espírito que quer dar-se a conhecer pode, em sendo necessário, tomar a aparência exata que tinha quando vivo, até mesmo com os acidentes corporais que possam constituir sinais para o reconhecerem.
Os Espíritos, portanto, são, como se vê, seres semelhantes a nós, constituindo, ao nosso derredor, toda uma população, invisível no estado normal. Dizemos — no estado normal, porque, conforme veremos, essa invisibilidade nada tem de absoluta.




Estudo do Livro dos Espíritos




894. Há pessoas que fazem o bem espontaneamente, sem que precisem vencer quaisquer sentimentos que lhes sejam opostos. Terão tanto mérito, quanto as que se vêem na contingência de lutar contra a natureza que lhes é própria e a vencem?

“Só não têm que lutar aqueles em quem já há progresso realizado. Esses lutaram outrora e triunfaram. Por isso é que os bons sentimentos nenhum esforço lhes custam e suas ações lhes parecem simplíssimas. O bem se lhes tornou um hábito. Devidas lhes são as honras que se costuma tributar a velhos guerreiros que conquistaram seus altos postos. “Como ainda estais longe da perfeição, tais exemplos vos espantam pelo contraste com o que tendes à vista e tanto mais os admirais, quanto mais raros são. Ficai sabendo, porém, que, nos mundos mais adiantados do que o vosso, constitui a regra o que entre vós representa a exceção. Em todos os pontos desses mundos, o sentimento do bem é espontâneo, porque somente bons Espíritos os habitam. Lá, uma só intenção maligna seria monstruosa exceção. Eis por que neles os homens são ditosos. O mesmo se dará na Terra, quando a Humanidade se houver transformado, quando compreender e praticar a caridade na sua verdadeira acepção.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 20 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Senhor, tende piedade de nós, pois esperamos em vós. Sede nosso auxílio cada manhã e nosso socorro em tempos a tribulação." -( Isaías, 33: 2 )-




Amados irmãos, bom dia!
Onde iremos sem o Senhor, certamente pereceremos.




55. Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. Mas, qualquer que seja o grau em que se encontre, o Espírito está sempre revestido de um envoltório, ou perispírito, cuja natureza se eteriza, à medida que ele se depura e eleva na hierarquia espiritual.
De sorte que, para nós, a idéia de forma é inseparável da de Espírito e não concebemos uma sem a outra. O perispírito faz, portanto, parte integrante do Espírito, como o corpo o faz do homem. Porém, o perispírito, só por só, não é o Espírito, do mesmo modo que só o corpo não constitui o homem, porquanto o perispírito não pensa. Ele é para o Espírito o que o corpo é para o homem: o agente ou instrumento de sua ação.





Estudo do Livro dos Espíritos




AS VIRTUDES E OS VÍCIOS

893. Qual a mais meritória de todas as virtudes?

“Toda virtude tem seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 19 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Até que sobre nós se derrame o espírito do alto. Então o deserto se mudará em vergel e o vergel tomará o aspecto de uma floresta." -( Isaías, 32: 15 )-




Amados irmãos, bom dia!
Somos seres criados para a evolução. Nosso destino é a eternidade e ela já é real e presente, portanto, vivamos com alegria a vida que nos foi dada pelo Criador.




54. Numerosas observações e fatos irrecusáveis, de que mais tarde falaremos, levaram à consequência de que há no homem três componentes: 

1º, a alma, ou Espírito, princípio inteligente, onde tem sua sede o senso moral; 

2º, o corpo,invólucro grosseiro, material, de que ele se revestiu temporariamente, em cumprimento de certos desígnios providenciais; 

3º, o perispírito, envoltório fluídico, semimaterial, que serve de ligação entre a alma e o corpo.

A morte é a destruição, ou, antes, a desagregação do envoltório grosseiro, do invólucro que a alma abandona. O outro se desliga deste e acompanha a alma que, assim, fica sempre com um envoltório. Este último, ainda que fluídico, etéreo, vaporoso, invisível, para nós, em seu estado normal, não deixa de ser matéria, embora até ao presente não tenhamos podido assenhorear-nos dela e submetê-la à análise.
Esse segundo invólucro da alma, ou perispírito, existe, pois, durante a vida corpórea; é o intermediário de todas as sensações que o Espírito percebe e pelo qual transmite sua vontade ao exterior e atua sobre os órgãos do corpo. Para nos servirmos de uma comparação material, diremos que é o fio elétrico condutor, que serve para a recepção e a transmissão do pensamento; é, em suma, esse agente misterioso, imperceptível, conhecido pelo nome de fluido nervoso, que desempenha tão grande papel na economia orgânica e que ainda não se leva muito em conta nos fenômenos fisiológicos e patológicos.
Tomando em consideração apenas o elemento material ponderável, a Medicina, na apreciação dos fatos, se priva de uma causa incessante de ação. Não cabe, aqui, porém, o exame desta questão. Somente faremos notar que no conhecimento do perispírito está a chave de inúmeros problemas até hoje insolúveis.
O perispírito não constitui uma dessas hipóteses de que a ciência costuma valer-se, para a explicação de um fato. Sua existência não foi apenas revelada pelos Espíritos, resulta de observações, como teremos ocasião de demonstrar. Por ora e por nos não anteciparmos, no tocante aos fatos que havemos de relatar, limitar-nos-emos a dizer que, quer durante a sua união com o corpo, quer depois de separar-se deste, a alma nunca está desligada do seu perispírito.




Estudo do Livro dos Espíritos




892. Quando os filhos causam desgostos aos pais, não têm estes desculpa para o fato de lhes não dispensarem a ternura de que os fariam objeto, em caso contrário?

“Não, porque isso representa um encargo que lhes é confiado e a missão deles consiste em se esforçarem por encaminhar os filhos para o bem. Demais, esses desgostos são, amiúde, a consequência do mau feitio que os pais deixaram que seus filhos tomassem desde o berço. Colhem o que semearam.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 18 de julho de 2018

O livro dos médiuns

"Eis que um rei reinará segundo a justiça e os príncipes governarão com equidade." -( Isaías, 32: 1 )-



Amados irmãos, bom dia!
Só haverá paz quando a justiça for para todos. Estamos vivendo tempos sombrios devido à dureza dos corações.



53. A idéia que geralmente se faz dos Espíritos torna à pri- meira vista incompreensível o fenômeno das manifestações. Como estas não podem dar-se, senão exercendo o Espírito ação sobre a matéria, os que julgam que a idéia de Espírito implica a de ausência completa de tudo o que seja matéria perguntam, com certa aparência de razão, como pode ele obrar materialmente. Ora, aí o erro, pois que o Espírito não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscri- to. O Espírito encarnado no corpo constitui a alma. Quan- do o deixa, por ocasião da morte, não sai dele despido de todo o envoltório. Todos nos dizem que conservam a forma humana e, com efeito, quando nos aparecem, trazem as que lhes conhecíamos.
Observemo-los atentamente, no instante em que acabem de deixar a vida; acham-se em estado de perturbação; tudo se lhes apresenta confuso, em torno; vêem perfeito ou mutilado, conforme o gênero da morte, o corpo que tiveram; por outro lado se reconhecem e sentem vivos; alguma coisa lhes diz que aquele corpo lhes pertence e não compreendem como podem estar separados dele. Continuam a ver-se sob a forma que tinham antes de morrer e esta visão, nalguns, produz, durante certo tempo, singular ilu- são: a de se crerem ainda vivos. Falta-lhes a experiência do novo estado em que se encontram, para se convencerem da realidade. Passado esse primeiro momento de perturbação, o corpo se lhes torna uma veste imprestável de que se despiram e de que não guardam saudades. Sentem-se mais leves e como que aliviados de um fardo. Não mais experiência - mentam as dores físicas e se consideram felizes por pode- rem elevar-se, transpor o espaço, como tantas vezes o fize- ram em sonho, quando vivos1. Entretanto, malgrado à falta do corpo, comprovam suas personalidades; têm uma for- ma, mas que os não importuna nem os embaraça; têm, finalmente, a consciência de seu eu e de sua individualidade. Que devemos concluir daí? Que a alma não deixa tudo no túmulo, que leva consigo alguma coisa.  









Estudo do Livro dos Espíritos 






891. Estando em a Natureza o amor materno, como é que há mães que odeiam os filhos e, não raro, desde a infância destes?
“Às vezes, é uma prova que o Espírito do filho escolheu, ou uma expiação, se aconteceu ter sido mau pai, ou mãe perversa, ou mau filho, noutra existência (392). Em todos os casos, a mãe má não pode deixar de ser animada por um mau Espírito que procura criar embaraços ao filho, a fim de que sucumba na prova que buscou. Mas, essa violação das leis da Natureza não ficará impune e o Espírito do filho será recompensado pelos obstáculos de que haja triunfado.” 





Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 17 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, eles seguem um plano que não vem de mim. Concluem alianças sem o meu consentimento, acumulando, assim, falta sobre falta." -( Isaías, 30: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
Os olhos do Senhor estão sobre nós o tempo todo. Seus cuidados são tudo o que precisamos, mas, devemos procurar merecer.






52. Posta de lado a opinião materialista, porque condenada pela razão e pelos fatos, tudo se resume em saber se a alma, depois da morte, pode manifestar-se aos vivos. Reduzida assim à sua expressão mais singela, a questão fica extraordinariamente desembaraçada. Caberia, antes de tudo, perguntar por que não poderiam seres inteligentes, que de certo modo vivem no nosso meio, se bem que invisíveis por natureza, atestar-nos de qualquer forma sua presenca. A simples razão diz que nisto nada absolutamente há de impossível, o que já é alguma coisa. Demais, esta crença tem a seu favor o assentimento de todos os povos, porquanto com ela deparamos em toda parte e em todas as épocas. Ora, nenhuma intuição pode mostrar-se tão generalizada, nem sobreviver ao tempo, se não tiver algum fundamento. Acresce que se acha sancionada pelo testemunho dos livros sagrados e pelo dos Pais da Igreja, tendo sido preciso o cepticismo e o materialismo do nosso século  para que fosse lançada ao rol das idéias supersticiosas. Se estamos em erro, aquelas autoridades o estão igualmente.para que fosse lançada ao rol das idéias supersticiosas. Se estamos em erro, aquelas autoridades o estão igualmente.
Mas, isso não passa de considerações de ordem mo- ral. Uma causa, especialmente, há contribuído para fortalevei a dúvida, numa época tão positiva como a nossa, em que toda gente faz questão de se inteirar de tudo, em que se quer saber o porquê e o como de todas as coisas. Essa causa é a ignorância da natureza dos Espíritos e dos meios pelos quais se podem manifestar. Adquirindo o conhecimento daquela natureza e destes meios, as manifestações nada mais apresentam de espantosas e entram no cômputo dos fatos naturais. 




Estudo do Livro dos Espíritos 




AMOR MATERNO E FILIAL



890. Será uma virtude o amor materno, ou um sentimento instintivo, comum aos homens e aos animais?



“Uma e outra coisa. A Natureza deu à mãe o amor a seus filhos no interesse da conservação deles. No animal, porém, esse amor se limita às necessidades materiais; cessa quando desnecessários se tornam os cuidados. No homem, persiste pela vida inteira e comporta um devotamento e uma abnegação que são virtudes. Sobrevive mesmo à morte e acompanha o filho até no além-túmulo. Bem vedes que há nele coisa diversa do que há no amor do animal.” 






Que a graça e a paz sejam conosco!







segunda-feira, 16 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Naquele tempo  os surdos ouvirão as palavras de um livro; e, livres da obscuridade e das trevas, os olhos dos cegos verão." -( Isaías, 29: 18 )-




Amados irmãos, bom dia!
Todos os dias nos é dada a oportunidade de rever nossa caminhada e investir em nossa reforma interior. Busquemos a Luz e vivamos!




51. Eis aqui a resposta que, sobre este assunto, deu um Espírito:

“O que uns chamam perispírito não é senão o que outros chamam envoltório material fluídico. Direi, de modo mais lógico, para me fazer compreendido, que esse fluido é a perfectibilidade dos sentidos, a extensão da vista e das idéias. Falo aqui dos Espíritos elevados. Quanto aos Espíritos inferiores, os fluidos terrestres ainda lhes são de todo inerentes; logo, são, como vedes, matéria. Daí os sofrimentos da fome, do frio, etc., sofrimentos que os Espíritos superiores não podem experimentar, visto que os fluidos terrestres se acham depurados em torno do pensamento, isto é, da alma. Esta, para progredir, necessita sempre de um agente; sem agente, ela nada é, para vós, ou, melhor, não a podeis conceber. O perispírito, para nós outros Espíritos errantes, é o agente por meio do qual nos comunicamos convosco, quer indiretamente, pelo vosso corpo ou pelo vosso perispírito, quer diretamente, pela vossa alma; donde, infinitas modalidades de médiuns e de comunicações.

“Agora o ponto de vista científico, ou seja: a essência mesma do perispírito. Isso é outra questão. Compreendei primeiro moralmente. Resta apenas uma discussão sobre a natureza dos fluidos, coisa por ora inexplicável. A ciência ainda não sabe bastante, porém lá chegará, se quiser caminhar com o Espiritismo. O perispírito pode variar e mudar ao infinito. A alma é o pensamento: não muda de natureza. Não vades mais longe, por este lado; trata-se de um ponto que não pode ser explicado. Supondes que, como vós, também eu não perquiro? Vós pesquisais o perispírito; nós outros, agora, pesquisamos a alma. Esperai, pois.” — Lamennais.

Assim, Espíritos, que podemos considerar adiantados, ainda não conseguiram sondar a natureza da alma. Como poderíamos nós fazê-lo? É, portanto, perder tempo querer perscrutar o princípio das coisas que, como foi dito em O Livro dos Espíritos (nos 17 e 49), está nos segredos de Deus.

Pretender esquadrinhar, com o auxílio do Espiritismo, o que escapa à alçada da humanidade, é desviá-lo do seu verdadeiro objetivo, é fazer como a criança que quisesse saber tanto quanto o velho. Aplique o homem o Espiritismo em aperfeiçoar-se moralmente, eis o essencial. O mais não passa de curiosidade estéril e muitas vezes orgulhosa, cuja satisfação não o faria adiantar um passo. O único meio de nos adiantarmos consiste em nos tornarmos melhores. Os Espíritos que ditaram o livro que lhes traz o nome demonstraram a sua sabedoria, mantendo-se, pelo que concerne ao princípio das coisas, dentro dos limites que Deus não permite sejam ultrapassados e deixando aos Espíritos sistemáticos e presunçosos a responsabilidade das teorias prematuras e errôneas, mais sedutoras do que sólidas, e que um dia virão a cair, ante a razão, como tantas outras surgidas dos cérebros humanos. Eles, ao justo, só disseram o que era preciso para que o homem compreendesse o futuro que o aguarda e para, por essa maneira, animá-lo à prática do bem. (Vede, aqui, adiante, na 2ª parte, o cap. 1º: Da ação dos Espíritos sobre a matéria.)




Estudo do Livro dos Espíritos




889. Não há homens que se vêem condenados a mendigar por culpa sua?

“Sem dúvida; mas, se uma boa educação moral lhes houvera ensinado a praticar a lei de Deus, não teriam caído nos excessos causadores da sua perdição. Disso, sobretudo, é que depende a melhoria do vosso planeta.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 15 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Aplicai os ouvidos para ouvir minha voz, sede atentos para escutar minha palavra." -( Isaías, 28: 23 )-




Amados irmãos, bom dia!
O Senhor deseja estar conosco a todo instante. Que seja esse o nosso prazer e a nossa alegria.




50. Sistema da alma material. 

— Consiste apenas numa opinião particular sobre a natureza íntima da alma. Segundo esta opinião, a alma e o perispírito não seriam distintos uma do outro, ou, melhor, o perispírito seria a própria alma, a se depurar gradualmente por meio de transmigrações diversas, como o álcool se depura por meio de diversas destilações, ao passo que a Doutrina Espírita considera o perispírito simplesmente como o envoltório fluídico da alma, ou do Espírito. Sendo matéria o perispírito, se bem que muito etérea, a alma seria de uma natureza material mais ou menos essencial, de acordo com o grau da sua purificação.
Este sistema não infirma qualquer dos princípios fundamentais da Doutrina Espírita, pois que nada altera com relação ao destino da alma; as condições de sua felicidade futura são as mesmas; formando a alma e o perispírito um todo, sob a denominação de Espírito, como o gérmen e o perisperma o formam sob a de fruto, toda a questão se reduz a considerar homogêneo o todo, em vez de considerá-lo formado de duas partes distintas.
Como se vê, isto não leva a consequência alguma e de tal opinião não houvéramos falado, se não soubéssemos de pessoas inclinadas a ver uma nova escola no que não é, em definitivo, mais do que simples interpretação de palavras.
Semelhante opinião, restrita, aliás, mesmo que se achasse mais generalizada, não constituiria uma cisão entre os espíritas, do mesmo modo que as duas teorias da emissão e das ondulações da luz não significam uma cisão entre os físicos. Os que se decidissem a formar grupo à parte, por uma questão assim pueril, provariam, só com isso, que ligam mais importância ao acessório do que ao principal e que se acham compelidos à desunião por Espíritos que não podem ser bons, visto que os bons Espíritos jamais insuflam a acrimônia, nem a cizânia. Daí o concitarmos todos os verdadeiros espíritas a se manterem em guarda contra tais sugestões e a não darem a certos pormenores mais importância do que merecem. O essencial é o fundo. Julgamo-nos, entretanto, na obrigação de dizer algumas palavras acerca dos fundamentos em que repousa a opinião dos que consideram distintos a alma e o perispírito. Ela se baseia no ensino dos Espíritos, que nunca divergiam a esse respeito. Referimo-nos aos esclarecidos, porquanto, entre os Espíritos em geral, muitos há que não sabem mais, que sabem mesmo menos do que os homens, ao passo que a teoria contraria é de concepção humana.
Não inventamos, nem imaginamos o perispírito, para explicar os fenômenos. Sua existência nos foi revelada pelos Espíritos e a experiência no-la confirmou ( O Livro dos Espíritos, nº 93). Apóia-se também no estudo das sensações dos Espíritos ( O Livro dos Espíritos, nº 257) e, sobretudo, no fenômeno das aparições tangíveis, fenômeno que, de conformidade com a opinião que estamos apreciando, implicaria a solidificação e a desagregação das partes constituti- vas da alma e, pois, a sua desorganização.
Fora mister, além disso, admitir-se que esta matéria, que pode ser percebida pelos nossos sentidos, é, ela própria, o princípio inteligente, o que não nos parece mais racional do que confundir o corpo com a alma, ou a roupa com o corpo. Quanto à natureza intima da alma, essa desconhecemo-la. Quando se diz que a alma é imaterial, deve-se entendê-lo em sentido relativo, não em sentido absoluto, por isso que a imaterialidade absoluta seria o nada.
Ora, a alma, ou o Espírito, são alguma coisa. Qualificando-a de imaterial, quer-se dizer que sua essência é de tal modo superior, que nenhuma analogia tem com o que chamamos matéria e que, assim, para nós, ela é imaterial. ( O Livro dos Espíritos, números 23 e 82 ).




Estudo do Livro dos Espíritos




888. Que se deve pensar da esmola?

“Condenando-se a pedir esmola, o homem se degrada física e moralmente: embrutece-se. Uma sociedade que se baseie na lei de Deus e na justiça deve prover à vida do fraco, sem que haja para ele humilhação. Deve assegurar a existência dos que não podem trabalhar, sem lhes deixar a vida à mercê do acaso e da boa vontade de alguns.”

a) — Dar-se-á reproveis a esmola?

“Não; o que merece reprovação não é a esmola, mas a maneira por que habitualmente é dada. O homem de bem, que compreende a caridade de acordo com Jesus, vai ao encontro do desgraçado, sem esperar que este lhe estenda a mão.

“A verdadeira caridade é sempre bondosa e benévola; está tanto no ato, como na maneira por que é praticado. Duplo valor tem um serviço prestado com delicadeza. Se o for com altivez, pode ser que a necessidade obrigue quem o recebe a aceitá-lo, mas o seu coração pouco se comoverá.

“Lembrai-vos também de que, aos olhos de Deus, a ostentação tira o mérito ao benefício. Disse Jesus: ‘Ignore a vossa mão esquerda o que a direita der.’ Por essa forma, ele vos ensinou a não tisnardes a caridade com o orgulho.

“Deve-se distinguir a esmola, propriamente dita, da beneficência. Nem sempre o mais necessitado é o que pede. O temor de uma humilhação detém o verdadeiro pobre, que muita vez sofre sem se queixar. A esse é que o homem verdadeiramente humano sabe ir procurar, sem ostentação.

“Amai-vos uns aos outros, eis toda a lei, lei divina, mediante a qual governa Deus os mundos. O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados. A atração é a lei de amor para a matéria inorgânica.

“Não esqueçais nunca que o Espírito, qualquer que sejam o grau de seu adiantamento, sua situação como reencarnado, ou na erraticidade, está sempre colocado entre um superior, que o guia e aperfeiçoa, e um inferior, para com o qual tem que cumprir esses mesmos deveres. Sede, pois, caridosos, praticando, não só a caridade que vos faz dar friamente o óbolo que tirais do bolso ao que vo-lo ousa pedir, mas a que vos leve ao encontro das misérias ocultas.
Sede indulgentes com os defeitos dos vossos semelhantes. Em vez de votardes desprezo à ignorância e ao vício, instruí os ignorantes e moralizai os viciados. Sede brandos e benevolentes para com tudo o que vos seja inferior. Sede-o para com os seres mais ínfimos da criação e tereis obedecido à lei de Deus.” São Vicente de Paulo




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 14 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Naquele dia o Senhor dos exércitos será uma coroa resplandecente, um diadema explêndido para o resto do seu povo." -( Isaías, 28: 5 )-




Amados irmãos, bom dia!
A coroa da sabedoria a nos renovar em nosso melhor para o bem de todos.




49. Sistema multispírita ou polispírita.

 — Todos os sistemas a que temos passado revista, sem excetuar os que se orientam no sentido de negar, fundam-se em algumas observações, porém, incompletas ou mal interpretadas. Se uma casa for vermelha de um lado e branca do outro, aquele que a houver visto apenas por um lado afirmará que ela é branca, outro declarará que é vermelha. Ambos estarão em erro e terão razão. No entanto, aquele que a tenha visto dos dois lados dirá que a casa é branca e vermelha e só ele estará com a verdade. O mesmo sucede com a opinião que se forme do Espiritismo: pode ser verdadeira, a certos respeitos, e falsa, se se, generalizar o que é parcial, se se tomar como regra o que constitui exceção, como o todo o que é apenas a parte. Por isso dizemos que quem deseje estudar esta ciência deve observar muito e durante muito tempo. Só o tempo lhe permitirá apreender os pormenores, notar os matizes delicados, observar uma imensidade de fatos característicos, que lhe serão outros tantos raios de luz.
Se, porém, se detiver na superfície, expõe-se a formular juízo prematuro e, conseguintemente, errôneo. Eis aqui as consequências gerais deduzidas de uma observação completa e que agora formam a crença, pode-se dizer, da universalidade dos espíritas, visto que os sistemas restritivos não passam de opiniões insuladas:

1º Os fenômenos espíritas são produzidos por inteligências extracorpóreas, às quais também se dá o nome de Espíritos;

2º Os Espíritos constituem o mundo invisível; estão em toda parte; povoam infinitamente os espaços; temos muitos, de contínuo, em torno de nós, com os quais nos achamos em contacto;

3º Os Espíritos reagem incessantemente sobre o mundo físico e sobre o mundo moral e são uma das potências da Natureza;

4º Os Espíritos não são seres à parte, dentro da criação, mas as almas dos que hão vivido na Terra, ou em outros mundos, e que despiram o invólucro corpóreo; donde se segue que as almas dos homens são Espíritos encarnados e que nós, morrendo, nos tornamos Espíritos;

5º Há Espíritos de todos os graus de bondade e de malícia, de saber e de ignorância;

6º Todos estão submetidos à lei do progresso e podem todos chegar à perfeição; mas, como têm livre-arbítrio, lá chegam em tempo mais ou menos longo, conforme seus esforços e vontade;

7º São felizes ou infelizes, de acordo com o bem ou o mal que praticaram durante a vida e com o grau de adiantamento que alcançaram. A felicidade perfeita e sem mescla é partilha unicamente dos Espíritos que atingiram o grau supremo da perfeição;

8º Todos os Espíritos, em dadas circunstâncias, podem manifestar-se aos homens; indefinido é o número dos que podem comunicar-se;

9º Os Espíritos se comunicam por médiuns, que lhes servem de instrumentos e intérpretes;

10º Reconhecem-se a superioridade ou a inferioridade dos Espíritos pela linguagem de que usam; os bons só aconselham o bem e só dizem coisas proveitosas; tudo neles lhes atesta a elevação; os maus enganam e todas as suas palavras trazem o cunho da imperfeição e da ignorância.

Os diferentes graus por que passam os Espíritos se acham indicados na
Escala Espírita ( O Livro dos Espíritos, parte II, capítulo I, nº 100). O estudo dessa classificação é indispensável para se apreciar a natureza dos Espíritos que se manifestam, assim como suas boas e más qualidades.




Estudo do Livro dos Espíritos




887. Jesus também disse: Amai mesmo os vossos inimigos. Ora, o amor aos inimigos não será contrário às nossas tendências naturais e a inimizade não provirá de uma falta de simpatia entre os Espíritos?

“Certo ninguém pode votar aos seus inimigos um amor terno e apaixonado. Não foi isso o que Jesus entendeu de dizer. Amar os inimigos é perdoar-lhes e lhes retribuir o mal com o bem. O que assim procede se torna superior aos seus inimigos, ao passo que abaixo deles se coloca, se procura tomar vingança.”





Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 13 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Eu, o Senhor, sou o vinhateiro, no momento oportuno eu a rego, a fim de que seus sarmentos não murchem. Dia e noite eu a vigio." -( Isaías, 27: 3 )-




Amados irmãos, bom dia!
Os cuidados do Senhor estão sobre nós, portanto, alegremo-nos e busquemos ser a alegria dele.




48. Sistema unispírita, ou mono-espírita. 

— Como variedade do sistema otimista, temos o que se baseia na crença de que um único Espírito se comunica com os homens, sendo esse Espírito o Cristo, que é o protetor da Terra. Diante das comunicações da mais baixa trivialidade, de revoltante grosseria, impregnadas de malevolência e de maldade, haveria profanação e impiedade em supor-se que pudessem emanar do Espírito do bem por excelência. Se os que assim o crêem nunca tivessem obtido senão comunicações inatacáveis, ainda se lhes conceberia a ilusão. A maioria deles, porém, concordam em que têm recebido algumas muito ruins, o que explicam dizendo ser uma prova a que o bom Espírito os sujeita, com o lhes ditar coisas absurdas. Assim, enquanto uns atribuem todas as comunicações ao diabo, que pode dizer coisas excelentes para tentar, pensam outros que só Jesus se manifesta e que pode dizer coisas detestáveis, para experimentar os homens. Entre estas duas opiniões tão opostas, quem sentenciará? O bom senso e a experiência. Dizemos: a experiência, por ser impossível que os que professam idéias tão exclusivas tudo tenham visto e visto bem.
Quando se lhes objeta com os fatos de identidade, que atestam, por meio de manifestações escritas, visuais, ou outras, a presença de parentes ou conhecidos dos circunstantes, respondem que é sempre o mesmo Espírito, o diabo, segundo aqueles, o Cristo, segundo estes, que toma todas as formas. Porém, não nos dizem por que motivo os outros Espíritos não se podem comunicar, com que fim o Espírito da Verdade nos viria enganar, apresentando-se sob falsas aparências, iludir uma pobre mãe, fazendo-lhe crer que tem ao seu lado o filho por quem derrama lágrimas. A razão se nega a admitir que o Espírito, entre todos santo, desça a representar semelhante comédia. Demais, negar a possibilidade de qualquer outra comunicação não importa em subtrair ao Espiritismo o que este tem de mais suave: a consolação dos aflitos? Digamos, pura e simplesmente, que tal sistema é irracional e não suporta exame sério.




Estudo do Livro dos Espíritos



CARIDADE E AMOR DO PRÓXIMO

886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade , como a entendia Jesus?

“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos.
A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque de indulgência precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados, contrariamente ao que se costuma fazer. Apresente-se uma pessoa rica e todas as atenções e deferências lhe são dispensadas. Se for pobre, toda gente como que entende que não precisa preocupar-se com ela. No entanto, quanto mais lastimosa seja a sua posição, tanto maior cuidado devemos pôr em lhe não aumentarmos o infortúnio pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos seus próprios olhos, aquele que lhe é inferior, diminuindo a distância que os separa.




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 12 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"O caminho do justo é reto; vós aplainais a senda do justo." -( Isaías, 26: 7 )-




Amados irmãos, bom dia!
O justo é agradável ao Senhor; nele regozija o coração do Pai.




47. Sistema otimista.

 — Ao lado dos que nestes fenômenos unicamente vêem a ação do demônio, estão outros que tão somente hão visto a dos bons Espíritos. Supuseram que, estando liberta da matéria a alma, nenhum véu mais lhe encobre coisa alguma, devendo ela, portanto, possuir a ciência e a sabedoria supremas. A confiança cega, nessa superioridade absoluta dos seres do mundo invisível, tem sido, para muitos, a causa de não poucas decepções. Esses aprenderão à sua custa a desconfiar de certos Espíritos, quanto de certos homens.




Estudo do Livro dos Espíritos




885. Será ilimitado o direito de propriedade?

“É fora de dúvida que tudo o que legitimamente se adquire constitui uma propriedade. Mas, como havemos dito, a legislação dos homens, porque imperfeita, consagra muitos direitos convencionais, que a lei de justiça reprova. Essa a razão por que eles reformam suas leis, à medida que o progresso se efetua e que melhor compreendem a justiça.
O que num século parece perfeito, afigura-se bárbaro no século seguinte.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 11 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Abri as portas, deixai entrar um povo justo, que respeita a fidelidade." -( Isaías, 26: 2 )-




Amados irmãos, bom dia!
Abramos nossos corações para que nele reine a vontade santa do Senhor e assim sejamos o seu povo.




46. Sistema pessimista, diabólico ou demoníaco.

— Entramos aqui numa outra ordem de idéias. Comprovada a intervenção de uma inteligência estranha, tratava-se de saber de que natureza era essa inteligência. Sem dúvida que o meio mais simples consistia em lhe perguntar isso. Algumas pessoas, contudo, entenderam que esse processo não oferecia garantias bastantes e assentaram de ver em todas as manifestações, unicamente, uma obra diabólica. Segundo essas pessoas, só o diabo, ou os demônios, podem comunicar-se. Conquanto fraco eco encontre hoje este sistema, é inegável que gozou, por algum tempo, de certo crédito, devido mesmo ao caráter dos que tentaram fazer que ele prevalecesse. Faremos, entretanto, notar que os partidários do sistema demoníaco não devem ser classificados entre os adversários do Espiritismo: ao contrário. Sejam demônios ou anjos, os seres que se comunicam são sempre seres incorpóreos. Ora, admitir a manifestação dos demônios é admitir a possibilidade da comunicação do mundo visível com o mundo invisível, ou, pelo menos, com uma parte deste último.
Compreende-se que a crença na comunicação exclusiva dos demônios, por muito irracional que seja, não houvesse parecido impossível, quando se consideravam os Espíritos como seres criados fora da humanidade. Mas, desde que se sabe que os Espíritos são simplesmente as almas dos que hão vivido, ela perdeu todo o seu prestígio e pode-se dizer que toda a verossimilhança, porquanto, admitida, o que se seguiria é que todas essas almas eram demônios, embora fossem as de um pai, de um filho, ou de um amigo e que nós mesmos, morrendo, nos tornaríamos demônios, doutrina pouco lisonjeira e nada consoladora para muita gente. Bem difícil será persuadir a uma mãe de que o filho querido, que ela perdeu e que lhe vem dar, depois da morte, provas de sua afeição e de sua identidade, é um suposto satanás. Sem dúvida, entre os Espíritos, há os muito maus e que não valem mais do que os chamados demônios, por uma razão bem simples: a de que há homens muito maus que, pelo fato de morrerem, não se tornam bons. A questão está em saber se só eles podem comunicar-se conosco. Aos que assim pensem, dirigimos as seguintes perguntas:

1º Há ou não Espíritos bons e maus?

2º Deus é ou não mais poderoso do que os maus Espíritos, ou do que os demônios, se assim lhes quiserdes chamar?

3º Afirmar que só os maus se comunicam é dizer que os bons não o podem fazer. Sendo assim, uma de duas: ou isto se dá pela vontade, ou contra a vontade de Deus. Se contra a Sua vontade, é que os maus Espíritos podem mais do que Ele; se, por vontade Sua, por que, em Sua bondade, não permitiria Ele que os bons fizessem o mesmo, para contrabalançar a influência dos outros?

4º Que provas podeis apresentar da impossibilidade em que estão os bons Espíritos de se comunicarem?

5º Quando se vos opõe a sabedoria de certas comunicações, respondeis que o demônio usa de todas as máscaras para melhor seduzir. Sabemos, com efeito, haver Espíritos hipócritas, que dão à sua linguagem um verniz de sabedoria; mas, admitis que a ignorância pode falsificar o verdadeiro saber e uma natureza má imitar a verdadeira virtude, sem deixar vestígio que denuncie a fraude?

6º Se só o demônio se comunica, sendo ele o inimigo de Deus e dos homens, por que recomenda que se ore a Deus, que nos submetamos à vontade de Deus, que suportemos sem queixas as tribulações da vida, que não ambicionemos as honras, nem as riquezas, que pratiquemos a caridade e todas as máximas do Cristo, numa palavra: que façamos tudo o que é preciso para lhe destruir o império, dele, demônio? Se tais conselhos o demônio é quem os dá, forçoso será convir em que, por muito manhoso que seja, bastante inábil é ele, fornecendo armas contra si mesmo.

7º Pois que os Espíritos se comunicam, é que Deus o permite. Em presença das boas e das más comunicações, não será mais lógico admitir-se que umas Deus as permite para nos experimentar e as outras para nos aconselhar ao bem?

8º Que direis de um pai que deixasse o filho à mercê dos exemplos e dos conselhos perniciosos, e que o afastasse de si; que o privasse do contacto com as pessoas que o pudessem desviar do mal? Ser-nos-á lícito supor que Deus procede como um bom pai não procederia, e que, sendo ele a bondade por excelência, faça menos do que faria um homem?

9º A Igreja reconhece como autênticas certas manifestações da Virgem e de outros santos, em aparições, visões, comunicações orais, etc. Essa crença não está em contradição com a doutrina da comunicação exclusiva dos demônios?

Acreditamos que algumas pessoas hajam professado de boa-fé essa teoria; mas, também cremos que muitas a adotaram unicamente com o fito de fazer que outras fugissem de ocupar-se com tais coisas, pelo temor das comunicações más, a cujo recebimento todos estão sujeitos. Dizendo que só o diabo se manifesta, quiseram aterrorizar, quase como se faz com uma criança a quem se diz: não toques nisto, porque queima. A intenção pode ter sido louvável; porém, o objetivo falhou, porquanto a só proibição basta para excitar a curiosidade e bem poucos são aqueles a quem o medo do diabo tolhe a iniciativa. Todos querem vê-lo, quando mais não seja para saber como é feito e muito espantados ficam por não o acharem tão feio como o imaginavam. E não se poderia achar também outro motivo para essa teoria exclusiva do diabo? Gente há, para quem todos os que não lhe são do mesmo parecer estão em erro. Ora, os que pretendem que todas as comunicações provêm do demônio não serão a isso induzidos pelo receio de que os Espíritos não estejam de acordo com eles sobre todos os pontos, mais ainda sobre os que se referem aos interesses deste mundo, do que sobre os que concernem aos do outro? Não podendo negar os fatos, entenderam de apresentá-los sob forma apavorante. Esse meio, entretanto, não produziu melhor resultado do que os outros. Onde o temor do ridículo se mostre impotente, forçoso é se deixem passar as coisas.
O muçulmano, que ouvisse um Espírito falar contra certas leis do Alcorão, certamente acreditaria tratar-se de um mau Espírito. O mesmo se daria com um judeu, pelo que toca a certas práticas da lei de Moisés. Quanto aos católicos, de um ouvimos que o Espírito que se comunica não podia deixar de ser o diabo, porque se permitira a liberdade de pensar de modo diverso do dele, acerca do poder temporal, se bem que, em suma, o Espírito não houvesse pregado senão a caridade, a tolerância, o amor do próximo e a abnegação das coisas deste mundo, preceitos todos ensinados pelo Cristo. Não sendo os Espíritos mais do que as almas dos homens e não sendo estes perfeitos, o que se segue é que há Espíritos igualmente imperfeitos, cujos caracteres se refletem nas suas comunicações. É fato incontestável haver, entre eles, maus, astuciosos, profundamente hipócritas, contra os quais preciso se faz que estejamos em guarda.
Mas, porque se encontram no mundo homens perversos, é isto motivo para nos afastarmos de toda a sociedade? Deus nos outorgou a razão e o discernimento para apreciarmos, assim os Espíritos, como os homens. O melhor meio de se obviar aos inconvenientes da prática do Espiritismo não consiste em proibi-la, mas em fazê-lo compreendido. Um receio imaginário apenas por um instante impressiona e não atinge a todos. A realidade claramente demonstrada,todos a compreendem.




Estudo do Livro dos Espíritos




884. Qual o caráter da legítima propriedade? 

“Propriedade legítima só é a que foi adquirida sem prejuízo de outrem.”

Proibindo-nos que façamos aos outros o que não desejáramos que nos fizessem, a lei de amor e de justiça nos proíbe, ipso facto, a aquisição de bens por quaisquer meios que lhe sejam contrários.




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 10 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Senhor, vós sois meu Deus; exaltar-vos-ei e obrarei vosso nome, porque executastes maravilhosos desígnios, concebidos, de há muito, com firme constância." -( Isaías, 25: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
O Senhor sempre cumpre suas promessas e assim também devemos fazer.




45. Sistema sonambúlico. 

— Mais adeptos teve este, que ainda conta alguns. Admite, como o anterior, que todas as comunicações inteligentes provêm da alma ou Espírito do médium. Mas, para explicar o fato de o médium tratar de assuntos que estão fora do âmbito de seus conhecimentos, em vez de supor a existência, nele, de uma alma múltipla, atribui essa aptidão a uma sobreexcitação momentânea de suas faculdades mentais, a uma espécie de estado sonambúlico, ou extático, que lhe exalta e desenvolve a inteligência. Não há negar, em certos casos, a influência desta causa. Porém, a quem tenha observado como opera a maioria dos médiuns, essa observação basta para lhe tornar evidente que aquela causa não explica todos os fatos, que ela constitui exceção e não regra.
Poder-se-ia acreditar que fosse assim, se o médium tivesse sempre ar de inspirado ou de extático, aspecto que, aliás, lhe seria fácil aparentar perfeitamente, se quisesse representar uma comédia. Como, porém, se há de crer na inspiração, quando o médium escreve como uma máquina, sem ter a mínima consciência do que está obtendo, sem a menor emoção, sem se ocupar com o que faz, distraído, rindo e conversando de uma coisa e de outra? Concebe-se a sobreexcitação das idéias, mas não se compreende possa fazer que uma pessoa escreva sem saber escrever e, ainda menos, quando as comunicações são transmitidas por pancadas, ou com o auxílio de uma prancheta, de uma cesta.
No curso desta obra, teremos ocasião de mostrar a parte que se deve atribuir à influência das idéias do médium. Todavia, tão numerosos e evidentes são os fatos em que a inteligência estranha se revela por meio de sinais incontestáveis, que não pode haver dúvida a respeito. O erro da maior parte dos sistemas, que surgiram nos primeiros tempos do Espiritismo, está em haverem deduzido, de fatos insulados, conclusões gerais.




Estudo do Livro dos Espíritos




883. É natural o desejo de possuir? 

“Sim, mas quando o homem deseja possuir para si somente e para sua satisfação pessoal, o que há é egoísmo.”

a) — Não será, entretanto, legítimo o desejo de possuir, uma vez que aquele que tem de que viver a ninguém é pesado?

“Há homens insaciáveis, que acumulam bens sem utilidade para ninguém, ou apenas para saciar suas paixões. Julgas que Deus vê isso com bons olhos? Aquele que, ao contrário, junta pelo trabalho, tendo em vista socorrer os seus semelhantes, pratica a lei de amor e caridade, e Deus abençoa o seu trabalho.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 9 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Eis que vem a cavalaria, cavaleiros dois a dois. Tomam a palavra e dizem-me: Caiu, caiu Babilônia! Todos os simulacros de seus deuses foram despedaçados contra a terra."  -( Isaías, 21: 9 )-




Amados irmãos, bom dia!
Tudo o que não é plano de Deus passará; somente sua santa vontade irá continuar, pois, Ele sabe todas as coisas e tudo faz para que sua criação cumpra seus desígnios.




44. Sistema da alma coletiva.

— Constitui uma variante do precedente. Segundo este sistema, apenas a alma do médium se manifesta, porém, identificada com a de muitos outros vivos, presentes ou ausentes, e formando um todo coletivo, em que se acham reunidas as aptidões, a inteligência e os conhecimentos de cada um. Conquanto se intitule A Luz, a brochura onde esta teoria vem exposta, muito obscuro se nos afigura o seu estilo.
Confessamos não ter logrado compreendê-la e dela falamos unicamente de memória. É, em suma, como tantas outras, uma opinião individual, que conta poucos prosélitos. Pelo nome de Emah Tirpsé , o autor designa o ser coletivo criado pela sua imaginação. Por epígrafe, tomou a seguinte sentença:
Nada há oculto que não deva ser conhecido. Esta proposição é evidentemente falsa, porquanto uma imensidade há de coisas que o homem não pode e não tem que saber. Bem presunçoso seria aquele que pretendesse devassar todos os segredos de Deus.




Estudo do Livro dos Espíritos




882. Tem o homem o direito de defender os bens que haja conseguido juntar pelo seu trabalho?

“Não disse Deus: ‘Não roubarás?’ E Jesus não disse: ‘Dai a César o que é de César?’

O que, por meio do trabalho honesto, o homem junta constitui legítima propriedade sua, que ele tem o direito de defender, porque a propriedade que resulta do trabalho é um direito natural, tão sagrado quanto o de trabalhar e de viver.




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 8 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Ide levar água àqueles que tem sede, habitantes da terra de Pemá, ide oferecer pão aos fugitivos." -( Isaías, 21: 14 )-




Amados irmãos, bom dia!
Que sejamos os primeiros a servir.




43. Sistema do reflexo. 

— Reconhecida a ação inteligente, restava saber donde provinha essa inteligência. Julgou-se que bem podia ser a do médium, ou a dos assistentes, a se refletirem, como a luz ou os raios sonoros. Era possível: só a experiência poderia dizer a última palavra. Mas, notemos, antes de tudo, que este sistema já se afasta por completo da idéia puramente materialista. Para que a inteligência dos assistentes pudesse reproduzir-se por via indireta, preciso era se admitisse existir no homem um princípio exterior do organismo.
Se o pensamento externado fora sempre o dos assistentes, a teoria da reflexão estaria confirmada. Mas, embora reduzido a estas proporções, já não seria do mais alto interesse o fenômeno? Já não seria coisa bastante notável o pensamento a repercutir num corpo inerte e a se traduzir pelo movimento e pelo ruído? Já não haveria aí o que excitasse a curiosidade dos sábios? Por que então a desprezaram eles, que se afadigam na pesquisa de uma fibra nervosa?
Só a experiência, dizemos, podia confirmar ou condenar essa teoria, e a experiência a condenou, porquanto demonstra a todos os momentos, e com os mais positivos fatos, que o pensamento expresso, não somente pode ser estranho ao dos assistentes, mas que lhes é, muitas vezes, contrário; que contradiz todas as idéias preconcebidas e frustra todas as previsões. Com efeito, difícil me é acreditar que a resposta provenha de mim mesmo, quando, a pensar no branco, se me fala em preto.
Em apoio da teoria que apreciamos, costumam invocar certos casos em que são idênticos o pensamento manifestado e o dos assistentes. Mas, que prova isso, senão que estes podem pensar como a inteligência que se comunica
Não há por que pretender-se que as duas opiniões devam ser sempre opostas. Quando, no curso de uma conversação, o vosso interlocutor emite um pensamento análogo ao que vos está na mente, direis, por isso, que de vós mesmos vem o seu pensamento? Bastam alguns exemplos em contrário, bem comprovados, para que positivado fique não ser absoluta esta teoria.
Como explicar, pela reflexão do pensamento, as escritas feitas por pessoas que não sabem escrever; as respostas do mais alto alcance filosófico, obtidas por indivíduos iletrados; as respostas dadas a perguntas mentais, ou em língua que o médium desconhece e mil outros fatos que não permitem dúvida sobre a independência da inteligência que se manifesta? A opinião oposta não pode deixar de resultar de falta de observação.
Provada, como está, moralmente, pela natureza das respostas, a presença de uma inteligência diversa da do médium e da dos assistentes, provada também o está, materialmente, pelo fato da escrita direta, isto é, da escrita obtida espontaneamente, sem lápis, nem pena, sem contacto e malgrado a todas as precauções tomadas contra qualquer subterfúgio. O caráter inteligente do fenômeno não pode ser posto em dúvida: logo, há nele mais alguma coisa do que uma ação fluídica. Depois, a espontaneidade do pensamento expresso contra toda expectativa e sem que alguma questão tenha sido formulada, não consente se veja nele um reflexo do dos assistentes.
Em alguns casos, o sistema do reflexo é bastante descortês. Quando, numa reunião de pessoas honestas, surge inopinadamente uma dessas comunicações de revoltante grosseria, fora desatencioso, para com os assistentes, pretender-se que ela haja provindo de um deles, sendo provável que cada um se daria pressa em repudiá-la.




Estudo do Livro dos Espíritos




881. O direito de viver dá ao homem o de acumular bens que lhe permitam repousar quando não mais possa trabalhar?

“Dá, mas ele deve fazê-lo em família, como a abelha, por meio de um trabalho honesto, e não como egoísta. Há mesmo animais que lhe dão o exemplo de previdência."




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 7 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Vós que povoais o mundo e habitais a terra, quando o estandarte se erguer nas alturas, olhai! E quando soar a trombeta, ouvi!" -( Isaías, 18: 3 )-




Amados irmãos, bom dia!
Estejamos atentos aos chamados do Senhor. Ele nos fala de infinitas formas, portanto, estejamos atentos.




42. Sistema das causas físicas.

— Aqui, estamos fora do sistema da negação absoluta. Averiguada a realidade dos fenômenos, a primeira idéia que naturalmente acudiu ao espírito dos que os verificaram foi a de atribuir os movimentos ao magnetismo, à eletricidade, ou à ação de um fluido qualquer; numa palavra, a uma causa inteiramente física e material. Nada apresentava de irracional esta opinião e teria prevalecido, se o fenômeno houvera ficado adstrito a efeitos puramente mecânicos. Uma circunstância parecia mesmo corroborá-la: a do aumento que, em certos casos, experimentava a força atuante, na razão direta do número das pessoas presentes. Assim, cada uma destas podia ser considerada como um dos elementos de uma pilha elétrica humana. Já dissemos que o que caracteriza uma teoria verdadeira é poder dar a razão de tudo. Se, porém, um só fato que seja a contradiz, é que ela é falsa, incompleta, ou por demais absoluta. Ora, foi o que não tardou a reconhecer-se, quanto a esta.
Os movimentos e as pancadas deram sinais inteligentes, obedecendo à vontade e respondendo ao pensamento.
Haviam, pois, de originar-se de uma causa inteligente. Desde que o efeito deixava de ser puramente físico, outra, por isso mesmo, tinha que ser a causa. Tanto assim, que o sistema da ação exclusiva de um agente material foi abandonado, para só ser esposado ainda pelos que julgam a priori, sem haver visto coisa alguma. O ponto capital, portanto, está em verificar-se a ação inteligente, de cuja realidade se pode convencer quem quiser dar-se ao trabalho de observar.




Estudo do Livro dos Espíritos



DIREITO DE PROPRIEDADE. ROUBO


880. Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem?

“O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 6 de julho de 2018

O livro dos médiuns


"Naquele dia o homem voltará seus olhares para o seu Criador, seus olhos verão o Santo de Israel." -( Isaías, 17: 7 )-




Amados irmãos, bom dia!
Os que confiam e esperam no Senhor, certamente o encontrarão.




41. Sistema do músculo estalante. 

— Sendo assim, pelo que toca à visão, de outro modo não poderia ser, pelo que concerne à audição. Quando as pancadas são ouvidas por todas as pessoas reunidas em determinado lugar, não há como atribuí-las razoavelmente a uma ilusão. Pomos de parte, está claro, toda idéia de fraude e supomos que uma atenta observação tenha verificado não serem as pancadas atribuíveis a qualquer causa fortuita ou material.
É certo que um sábio médico deu desse fenômeno uma explicação, ao seu parecer, peremptória . “A causa, disse ele, reside nas contrações voluntárias, ou involuntárias, do tendão do músculo curto-perônio.” A este propósito, desce às mais completas minúcias anatômicas, para demonstrar por que mecanismo pode esse tendão produzir os ruídos de que se trata, imitar os rufos do tambor e, até, executar árias ritmadas. Conclui daí que os que julgam ouvir pancadas numa mesa são vítimas de uma mistificação, ou de uma ilusão.
O fato, em si mesmo, não é novo. Infelizmente para o autor dessa pretendida descoberta, sua teoria é incapaz de explicar todos os casos. Digamos, antes de tudo, que os que gozam da estranha faculdade de fazer que o seu músculo curto-perônio, ou qualquer outro, estale à vontade, da de executar árias por esse meio, são indivíduos excepcionais, enquanto que muito comum é a de fazer-se que uma mesa dê pancadas e que nem todos, dado que algum exista, dos que gozam desta última faculdade, possuem a primeira.
Em segundo lugar, o sábio doutor esqueceu de explicar como o estalido muscular de uma pessoa imóvel e afastada da mesa pode produzir nesta vibrações sensíveis a quem a toque; como pode esse ruído repercutir, à vontade dos assistentes, nas diferentes partes da mesa, nos outros móveis, nas paredes, no forro, etc.; como, finalmente, a ação daquele músculo pode atingir uma mesa em que ninguém toca e fazê-la mover-se. Em suma, a explicação a que nos reportamos, se de fato o fosse, apenas infirmaria o fenômeno das pancadas, nada adiantando com relação a qualquer dos outros muitos modos de comunicação.
Reconheçamos, pois, que ele julgou sem ter visto, ou sem ter observado tudo e observado bem. É sempre de lamentar que homens de ciência se afoitem a dar, do que não conhecem, explicações que os fatos podem desmentir. O próprio saber que possuem deverá torná-los tanto mais circunspectos em seus juízos, quanto é certo que esse saber afasta deles os limites do desconhecido.




Estudo do Livro dos Espíritos




879. Qual seria o caráter do homem que praticasse a justiça em toda a sua pureza?

“O do verdadeiro justo, a exemplo de Jesus, porquanto praticaria também o amor do próximo e a caridade, sem os quais não há verdadeira justiça.”





Que a graça e a paz sejam conosco!