domingo, 31 de março de 2019

O livro dos médiuns


"Que alegria quando me vieram dizer: Vamos subir à casa do Senhor". -( Salmos, 121: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
Que nossos corações se alegrem ao comparecermos à casa do Senhor e no praticar seus ensinamentos.




299. Para se compreenderem a causa e o valor das contradições de origem espírita, é preciso estar-se identificado com a natureza do mundo invisível e tê-lo estudado por todas as suas faces. À primeira vista, parecerá talvez estranho que os Espíritos não pensem todos da mesma maneira, mas isso não pode surpreender a quem quer que se haja compenetrado de que infinitos são os degraus que eles têm de percorrer antes de chegarem ao alto da escada. Supor-lhes igual apreciação das coisas fora imaginá-los todos no mesmo nível; pensar que todos devam ver com justeza fora admitir que todos já chegaram à perfeição, o que não é exato e não o pode ser, desde que se considere que eles não são mais do que a Humanidade despida do envoltório corporal. Podendo manifestar-se Espíritos de todas as categorias, resulta que suas comunicações trazem o cunho da ignorância ou do saber que lhes seja peculiar no momento, o da inferioridade, ou da superioridade moral que alcançaram. A distinguir o verdadeiro do falso, o bom do mau, é a que devem conduzir as instruções que temos dado. Cumpre não esqueçamos que, entre os Espíritos, há, como entre os homens, falsos sábios e semi sábios, orgulhosos, presunçosos e sistemáticos. Como só aos Espíritos perfeitos é dado conhecerem tudo, para os outros há, do mesmo modo que para nós, mistérios que eles explicam à sua maneira, segundo suas idéias, e a cujo respeito podem formar opiniões mais ou menos exatas, que se empenham, levados pelo amor-próprio, por que prevaleçam e que gostam de reproduzir em suas comunicações. O erro está em terem alguns de seus intérpretes esposado muito levianamente opiniões contrárias ao bom-senso e se haverem feito os editores responsáveis delas. Assim, as contradições de origem espírita não derivam de outra causa, senão da diversidade, quanto à inteligência, aos conhecimentos, ao juízo e à moralidade, de alguns Espíritos que ainda não estão aptos a tudo conhecerem e a tudo compreenderem. (Veja-se:O Livro dos Espíritos — “Introdução”, § XIII; “Conclusão”, §IX.)




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 30 de março de 2019

O livro dos médiuns


"Para os montes levanto os olhos: de onde me virá socorro". -( Salmos, 120: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
Aos que confiam no Senhor, lhes é dado saber que só dele vem o socorro para todos os momentos. Seja louvado eternamente o Senhor.




298. As contradições de origem humana já foram suficientemente explicadas no capítulo referente aos Sistemas, nº 36, ao qual nos reportamos. Todos compreenderão que, no princípio, quando as observações ainda eram incompletas, hajam surgido opiniões divergentes sobre as causas e as consequências dos fenômenos espíritas, opiniões cujos três quartos já caíram diante de um estudo mais sério e mais aprofundado. Com poucas exceções e postas de lado certas pessoas que não se desprendem facilmente das idéias que hão acariciado ou engendrado, pode dizer-se que hoje há unidade de vistas na imensa maioria dos espíritas, ao menos quanto aos princípios gerais, salvo pequenos detalhes insignificantes.





Que a graça e a paz sejam conosco!





sexta-feira, 29 de março de 2019

O livro dos médiuns


"Na hora da tribulação, clamei ao Senhor e Ele me atendeu". -( Salmos, 119: 1 )-





Amados irmãos, bom dia!
Quando nossa confiança está no Senhor, nossa caminhada é segura e feliz, pois, ele jamais nos deixa sós.




DAS CONTRADIÇÕES 

297. Os adversários do Espiritismo não deixam de objetar que seus adeptos não se acham entre si de acordo; que nem todos partilham das mesmas crenças; numa palavra: que se contradizem. Ponderam eles: se o ensino vos é dado pelos espíritos, como não se apresenta idêntico? Só um estudo sério e aprofundado da ciência pode reduzir estes argumentos ao seu justo valor. Apressemo-nos em dizer desde logo que essas contradições, de que algumas pessoas fazem grande cabedal, são, em regra, mais aparentes que reais; que elas quase sempre existem mais na superfície do que no fundo mesmo das coisas e que, por consequência, carecem de importância. De duas fontes provêm: dos homens e dos Espíritos.




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 28 de março de 2019

O livro dos médiuns


"Felizes aqueles cuja vida é pura e seguem a lei do Senhor". -( Salmos, 118: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
Que nossa alegria seja viver os ensinamentos do Senhor. Que eles sejam nossa direção e nossa alegria.




296. SOBRE OUTROS MUNDOS

32ª Que confiança se pode depositar nas descrições que os Espíritos fazem dos diferentes mundos?
“Depende do grau de adiantamento real dos Espíritos que dão essas descrições, pois bem deveis compreender que Espíritos vulgares são tão incapazes de vos informarem a esse respeito, quanto o é, entre vós, um ignorante, de descrever todos os países da Terra. Formulais muitas vezes, sobre esses mundos, questões científicas que tais Espíritos não podem resolver. Se eles estiverem de boa-fé falarão disso de acordo com suas idéias pessoais; se forem Espíritos levianos divertir-se-ão em dar-vos descrições estranhas e fantásticas, tanto mais facilmente quanto esses Espíritos, que na erraticidade não são menos providos de imaginação do que na Terra, tiram dessa faculdade a narração de muitas coisas que nada têm de real. Entretanto, não julgueis absolutamente impossível obterdes, sobre os outros mundos, alguns esclarecimentos. Os bons Espíritos se comprazem mesmo em descrever-vos os que eles habitam, como ensino tendente a vos melhorar, induzindo-vos a seguir o caminho que vos conduzirá a esses mundos. É um meio de vos fixarem as idéias sobre o futuro e não vos deixarem na incerteza.”

a) Como se pode verificar a exatidão dessas descrições? 
“A melhor verificação reside na concordância que haja entre elas. Porém, lembrai-vos de que semelhantes descrições têm por fim o vosso melhoramento moral e que, por conseguinte, é sobre o estado moral dos habitantes dos outros mundos que podeis ser mais bem informados e não sobre o estado físico ou geológico de tais esferas. Com os vossos conhecimentos atuais, não poderíeis mesmo compreendê-lo; semelhante estudo de nada serviria para o vosso progresso na Terra e toda a possibilidade tereis de fazê-lo, quando nelas estiverdes.”

Nota. As questões sobre a constituição física e os elementos astronômicos dos mundos se compreendem no campo das pesquisas científicas, para cuja efetivação não devem os Espíritos poupar-nos os trabalhos que demandam. Se não fosse assim, muito cômodo se tornaria para um astrônomo pedir aos Espíritos que lhe fizessem os cálculos, o que, no entanto, depois, sem dúvida, esconderia. Se os Espíritos pudessem, por meio da revelação, evitar o trabalho de uma descoberta, é provável que o fizessem para um sábio que, por bastante modesto, não hesitaria em proclamar abertamente o meio pelo qual o alcançara e não para os orgulhosos que os renegam e a cujo amor-próprio, ao contrário, eles muitas vezes poupam decepções.




Que a graça e a paz sejam conosco!










quarta-feira, 27 de março de 2019

O livro dos médiuns


"Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque eterna é a sua misericórdia". -( Salmos, 117: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
Busquemos a presença do Senhor em nossa caminhada diária, pois, só ele é bom e eterna é a sua misericórdia.




295. SOBRE OS TESOUROS OCULTOS

30ª Podem os Espíritos fazer que se descubram tesouros?
“Os Espíritos superiores não se ocupam com essas coisas; mas, os zombeteiros frequentemente indicam tesouros que não existem, ou se comprazem em apontá-los num lugar, quando se acham em lugar oposto. Isso tem a sua utilidade, para mostrar que a verdadeira riqueza está no trabalho. Se a Providência destina tesouros ocultos a alguém, esse os achará naturalmente; de outra forma, não.”

31ª Que se deve pensar da crença nos Espíritos guardiães de tesouros ocultos? 
“Os Espíritos que ainda não estão desmaterializados se apegam às coisas. Avarentos, que ocultaram seus tesouros, podem, depois de mortos, vigiá-los e guardá-los; e o temor em que vivem, de que alguém os venha arrebatar, constitui um de seus castigos, até que compreendam a inutilidade dessa atitude. Também há os Espíritos da Terra, incumbidos de lhe dirigirem as transformações interiores, dos quais, por alegoria, hão feito guardas das riquezas naturais.”

Nota. A questão dos tesouros ocultos está na mesma categoria da das heranças desconhecidas. Bem louco seria aquele que conteste com as pretendidas revelações, que lhe possam fazer os gaiatos do mundo invisível. Já tivemos ocasião de dizer que, quando os Espíritos querem ou podem fazer semelhantes revelações, eles as fazem espontaneamente, sem precisarem de médiuns para isso. Aqui está um exemplo: Uma senhora acabava de perder o marido, depois de trinta anos de vida conjugal, e se encontrava prestes a ser despejada do seu domicílio, sem nenhum recurso, pelos enteados, para com os quais desempenhara o papel de mãe. Chegara ao cúmulo o seu desespero, quando, uma noite, o marido lhe apareceu e disse que ela o acompanhasse ao seu gabinete. Lá lhe mostrou a secretária, que ainda estava selada com os selos judiciais, e, por um efeito de dupla vista, lhe fez ver o interior, indicando-lhe uma gaveta secreta que ela não conhecia e cujo mecanismo lhe explica, acrescentando: Previ o que está acontecendo e quis assegurar a tua sorte; nessa gaveta estão as minhas últimas disposições. Deixei-te o usufruto desta casa e uma renda de... Depois, desapareceu. No dia em que foram levantados os selos, ninguém pôde abrir a gaveta. A Senhora, então, narrou o que lhe sucedera. Abriu-a, de acordo com as indicações de seu marido, e lá estava o testamento, conforme ao que ele lhe anunciara.





Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 26 de março de 2019

O livro dos médiuns


"Louvai ao Senhor todas as nações, louvai-o todos os  povos. Porque sem limites é a sua misericórdia para conosco e eterna a fidelidade do Senhor". -( Salmos, 116: 1 - 2 )-




Amados irmãos, bom dia!
A felicidade só pode ser vivida quando temos os ensinamentos do Senhor em nossas vidas. Ele é a vida e nos quer a todos, eternamente vivos e plenos.




294. SOBRE AS INVENÇÕES E DESCOBERTAS 

28ª Podem os Espíritos guiar os homens nas pesquisas científicas e nas descobertas? 
“A ciência é obra do gênio; só pelo trabalho deve ser adquirida, pois só pelo trabalho é que o homem se adianta no seu caminho. Que mérito teria ele, se não lhe fosse preciso mais do que interrogar os Espíritos para saber tudo? A esse preço, qualquer imbecil poderia tornar-se sábio. O mesmo se dá com as invenções e descobertas que interessam à indústria. Há ainda uma outra consideração e é que cada coisa tem que vir a seu tempo e quando as idéias estão maduras para a receber. Se o homem dispusesse desse poder, subverteria a ordem das coisas, fazendo que os frutos brotassem antes da estação própria.“ Disse Deus ao homem: tirarás da terra o teu alimento, com o suor do teu rosto. Admirável figura, que pinta a condição em que ele se encontra nesse mundo. Tem que progredir em tudo, pelo esforço no trabalho. Se lhe dessem as coisas inteiramente prontas, de que lhe serviria a inteligência? Seria como o estudante cujos deveres um outro faça.”

29ª. O sábio e o inventor nunca são assistidos, em suas pesquisas, pelos Espíritos? 
“Oh! isto é muito diferente. Quando há chegado o tempo de uma descoberta, os Espíritos encarregados de lhe dirigirem a marcha procuram o homem capaz de a levar a efeito e lhe inspiram as idéias necessárias, mas de maneira a lhe deixarem todo o mérito da obra, porquanto essas idéias preciso é que ele as elabore e ponha em execução. O mesmo se dá com todos os grandes trabalhos da inteligência humana. Os Espíritos deixam cada homem na sua esfera. Daquele que só é apto a cavar a terra, não farão depositário dos segredos de Deus; mas, sabem tirar da obscuridade aquele que seja capaz de lhes secundar os desígnios. Não deixeis, pois, que a curiosidade ou a ambição vos arrastem por um caminho que não corresponde aos fins do Espiritismo e que vos conduziria às mais ridículas mistificações.” 

Nota. O conhecimento mais aprofundado do Espiritismo acalmou a febre das descobertas que, no princípio, toda gente imaginava poder fazer por meio dele. Houve até quem chegasse a pedir aos Espíritos receitas para tingir e fazer nascer os cabelos, curar os calos dos pés, etc. Conhecemos muitas pessoas que, convencidas de que assim fariam fortuna, nada conseguiram senão processos mais ou menos ridículos. O mesmo acontece quando se pretende, com a ajuda dos Espíritos, penetrar os mistérios de origem das coisas. Alguns deles têm, sobre essas matérias, seus sistemas, que não valem mais do que os dos homens e aos quais é prudente não dar acolhida, senão com a maior reserva.




Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 25 de março de 2019

O livro dos médiuns


"Conservei a confiança ainda quando podia dizer: em verdade sou extremamente infeliz"> -( Salmos, 115: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
O ouro precisa passar pelo fogo para que se transforme em jóia preciosa. Assim também somos nós; quando nos sentimos infelizes e confiamos nos desígnios do Senhor, compreendemos que tudo concorre para o nosso bem, de acordo com sua vontade.




293. SOBRE A SAÚDE

24ª Podem os Espíritos dar conselhos relativos à saúde?
“A saúde é uma condição necessária para o trabalho que se deve executar na Terra, pelo que os Espíritos se ocupam de boa vontade com ela. Mas, como há ignorantes e sábios entre eles, convém que, para isso, como para qualquer outra coisa, ninguém se dirija ao primeiro que apareça.” 

25ª Se nos dirigirmos ao Espírito de uma celebridade médica, poderemos estar mais certos de obter um bom conselho?
“As celebridades terrenas não são infalíveis e alimentam, às vezes, idéias sistemáticas, que nem sempre são justas e das quais a morte não as liberta imediatamente. A ciência terrestre bem pouca coisa é, ao lado da ciência celeste. Só os Espíritos superiores possuem esta última ciência. Sem usarem de nomes que conheçais, podem eles saber, sobre todas as coisas, muito mais do que os vossos sábios. Não é só a ciência o que torna superiores os Espíritos e muito espantados ficareis da categoria que alguns sábios ocupam entre nós. O Espírito de um sábio pode, pois, não saber mais do que quando estava na Terra, desde que não haja progredido como Espírito.” 

26ª O sábio, ao se tornar Espírito, reconhece seus erros científicos?
“Se chegou a um grau bastante elevado, para se achar livre da sua vaidade e compreender que o seu desenvolvimento não é completo, reconhece-os e os confessa sem pejo. Mas, se ainda se não desmaterializou bastante, pode conservar alguns dos preconceitos de que se achava imbuídona Terra.”

27ª Poderia um médico, evocando os Espíritos de seus clientes que morreram, obter esclarecimentos sobre o que lhes determinou a morte, sobre as faltas que haja porventura cometido no tratamento deles e adquirir assim um acréscimo de experiência? 
“Pode e isso lhe seria muito útil, sobretudo se conseguisse a assistência de Espíritos esclarecidos, que supririam a falta de conhecimentos de certos doentes. Mas, para tal, fora mister que ele fizesse esse estudo de modo sério, assíduo, com um fim humanitário e não como meio de adquirir, sem trabalho, saber e riqueza.”




Que a graça e a paz sejam conosco!




domingo, 24 de março de 2019

O livro dos médiuns


"Amo o Senhor porque ele ouviu a voz da minha súplica". -( Salmos, 114: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
O Senhor jamais deixa de nos ouvir e de cuidar de nós. Que nosso coração rejubile de alegria por sabê-lo assim e não deixemos de render-lhe graças por tanto amor a nos dispensado.




292. SOBRE A SORTE DOS ESPÍRITOS

21ª Podem pedir-se aos Espíritos esclarecimentos sobre a situação em que se encontram no mundo espiritual? 
“Sim, e eles os dão de boa vontade, quando é a simpatia que dita o pedido, ou o desejo de lhes ser útil, e não asimples curiosidade.”

22ª Podem os Espíritos descrever a natureza de seus sofrimentos ou da felicidade de que gozam? 
“Perfeitamente e as revelações desta espécie são um grande ensinamento para vós outros, porquanto vos iniciam no conhecimento da verdadeira natureza das penas e das recompensas futuras. Destruindo as falsas idéias que hajais formado a tal respeito, elas tendem a reanimar a vossa fé e a vossa confiança na bondade de Deus. Os bons Espíritos se sentem felizes em vos descreverem a felicidade dos eleitos; os maus podem ser constrangidos a descrever seus sofrimentos, a fim de que o arrependimento os ganhe. Nisso encontram eles, às vezes, até uma espécie de alívio: é o desgraçado que se lamenta, na esperança de obter compaixão.“Não esqueçais que o fim essencial, exclusivo, do Espiritismo é a vossa melhora e que, para o alcançardes, é que os Espíritos têm a permissão de vos iniciarem na vida futura, oferecendo-vos dela exemplos de que podeis aproveitar. Quanto mais vos identificardes com o mundo que vos espera, tanto menos saudosos vos sentireis desse onde agora estais. Eis, em suma, o fim atual da revelação.” 

23ª Evocando-se uma pessoa, cuja sorte seja desconhecida, poder-se-á saber dela mesma se ainda existe?
“Sim, se a incerteza de sua morte não constituir uma necessidade, ou uma prova para os que tenham interesse em sabê-lo.”

a) Se estiver morta, poderá dar a conhecer as circunstâncias de sua morte, de modo que esta possa ser verificada?
“Se ligar a isso alguma importância, falo-á. Se assim não for, pouco se incomodará com semelhante fato.” 

Nota. A experiência demonstra que, nesse caso, o Espírito de nenhum modo se acha empolgado pelos motivos do interesse que possam ter os vivos de conhecerem as circunstâncias em que sedeu a sua morte. Se ele tiver empenho em as revelar, falo-á por si mesmo, quer mediunicamente, quer por meio de visões ou aparições. No caso contrário, pode perfeitamente um Espírito mistificador enganar os inquiridores e divertir-se com os induzir a procederem a pesquisas inúteis.Acontece frequentemente que o desaparecimento de uma pessoa, cuja morte não pode ser oficialmente comprovada, traz embaraços aos negócios da família. Só excepcionalmente, em casos muito raros, temos visto os Espíritos indicarem a pista da verdade, nesse terreno, atendendo a pedidos que lhes são feitos. Se o quisessem, é fora de dúvida que o poderiam; porém, as mais das vezes, isso não lhes é permitido, desde que tais embaraços representem provas para os que anseiam por vê-los removidos. É, pois, embalar-se em quimérica esperança o pretender alguém conseguir, por esse meio, entrar na posse de heranças, das quais o único traço positivo que lhes fica é o dinheiro despedido para tal fim. Não faltam Espíritos dispostos a alimentar semelhantes esperanças e que nenhum escrúpulo têm em induzir, os que lhes dão crédito, a pesquisas, com as quais os que a elas se entregam devem dar-se por muito felizes, quando daí lhes resulte apenas um pouco de ridículo.




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 23 de março de 2019

O livro dos médiuns


"Por quem o rochedo se mudou em lençol de água e a pedra em fonte de água viva". -( Salmos, 113: 8 )-



Amados irmãos, bom dia!
Quando nos permitimos conhecer o Senhor e nele buscamos a direção e sentido para as nossas vidas, somos transformados pelo seu amor e nos tornamos novas criaturas.




291.SOBRE INTERESSES MORAIS E MATERIAIS

17ª Podem pedir-se conselhos aos Espíritos?
“Certamente. Os bons Espíritos jamais recusam auxílio aos que os invocam com confiança, principalmente no que concerne à alma. Repelem, porém, os hipócritas, os que simulam pedir a luz e se comprazem nas trevas .”

18ª Podem os Espíritos dar conselhos sobre coisas de interesse privado? 
“Algumas vezes, conforme o motivo. Isso também depende daqueles a quem tais conselhos são pedidos. Os que se relacionam com a vida privada são dados com mais exatidão pelos Espíritos familiares, que são os que se acham mais ligados à pessoa que os pede e se interessam pelo que lhes diz respeito; é o amigo, o confidente dos vossos mais secretos pensamentos. Mas, é tão frequente os cansardes com perguntas banais, que eles vos deixam. Tão absurdo fora perguntardes, sobre coisas íntimas, Espíritos que vos são estranhos, como seria o vos dirigirdes, para isso, ao primeiro indivíduo que encontrásseis no vosso caminho. Jamais deveríeis esquecer que a puerilidade das perguntas é incompatível com a superioridade dos Espíritos. Preciso igualmente é leveis em conta as qualidades do Espírito familiar, que pode ser bom, ou mau, conforme suas simpatias pela pessoa a quem se ligue. O Espírito familiar de um homem mau é mau Espírito, cujos conselhos podem ser perniciosos, mas que se afasta e cede o lugar a um Espírito melhor, se o próprio homem se melhora. Unem-se os que se assemelham.” 

19ª Podem os Espíritos familiares favorecer os interesses materiais por meio de revelações?
“Podem e algumas vezes o fazem, de acordo com as circunstâncias; mas, ficai certos de que os bons Espíritos nunca se prestam a servir à cupidez. Os maus vos fazem brilhar diante dos olhos mil atrativos, a fim de vos espicaçarem e, depois, mistificarem, pela decepção. Ficai também sabendo que, se é da vossa prova passar por tal ou tal vicissitude, os vossos Espíritos protetores poderão ajudar-vos a suportá-la com mais resignação, poderão mesmo, às vezes, suavizá-la; mas, no próprio interesse do vosso futuro, não lhes é lícito isentar-vos dela. Um bom pai não concede ao filho tudo o que este deseja.” 

Nota. Os nossos Espíritos protetores podem, em muitas circunstâncias, indicar-nos o melhor caminho, sem, entretanto, nos conduzirem pela mão, porque, se assim fizessem, perderíamos o mérito da iniciativa e não ousaríamos dar um passo sem a eles recorrermos, com prejuízo do nosso aperfeiçoamento. Para progredir, precisa o homem, muitas vezes, adquirir experiência à sua própria custa. Por isso é que os Espíritos ponderados nos aconselham, mas quase sempre nos deixam entregues às nossas próprias forças, como faz o educador hábil, com seus alunos. Nas circunstâncias ordinárias da vida, eles nos aconselham pela inspiração, deixando-nos assim todo o mérito do bem que façamos, como toda a responsabilidade do mal que pratiquemos. Fora abusar da condescendência dos Espíritos familiares e equivocar-se quanto à missão que lhes cabe o interrogá-los a cada instante sobre as coisas mais vulgares, como o fazem certos médiuns. Alguns há que, por um sim, por um não, tomam o lápis e pedem conselho para o ato mais simples. Esta mania denota pequenez nas idéias, ao mesmo tempo que a presunção de supor, quem quer que seja, que tem sempre um Espírito servidor às suas ordens, sem outra coisa mais a fazer senão cuidar dele e dos seus mínimos interesses. Além disso, quem assim procede aniquila o seu próprio juízo e se reduz a um papel passivo, sem utilidade para a vida presente e indubitavelmente prejudicial ao adiantamento futuro. Se há puerilidade em interrogarmos os Espíritos sobre coisas fúteis, menos puerilidade não há da parte dos Espíritos que se ocupam espontaneamente com o que se pode chamar — negócios caseiros. Em tal caso, eles poderão ser bons, mas, inquestionavelmente, ainda são muito terrestres. 

20ª Se uma pessoa, ao morrer, deixar embaraçados seus negócios, poder-se-á pedir a seu Espírito que ajude a desembaraçá-los? Poder-se-á também interrogá-lo sobre o quanto dos haveres que deixou, dado o caso de se não conhecer esse quanto, desde que isso se faça no interesse da justiça?
“Esqueceis que a morte é a libertação dos cuidados terrenos. Julgais então que o Espírito, ditoso com a liberdade de que goza, venha de boa vontade retomar a cadeia de que se livrou e ocupar-se com coisas que já não o interessam, apenas para satisfazer à cupidez de seus herdeiros, que talvez hajam rejubilado com a sua morte, na esperança de que lhes fosse ela proveitosa? Falais de justiça; mas, a justiça, para esses herdeiros, está na decepção que lhes sofre a cobiça. É o começo das punições que Deus lhes reserva à avidez dos bens da Terra. Demais, os embaraços em que às vezes a morte de uma pessoa deixa seus herdeiros, fazem parte das provas da vida, e no poder de nenhum Espírito está o libertar-vos delas, porque se acham compreendidas nos decretos de Deus.” 

Nota. A resposta acima desapontará sem dúvida os que imaginam que os Espíritos nada de melhor tem a fazer do que nos servirem de auxiliares clarividentes e nos ajudarem, não a subirmos para o Céu, mas a nos prendermos à Terra. Outra consideração vem em apoio dessa resposta. Se um homem, por incúria durante a vida, deixou seus negócios em desordem, não é de crer que, depois da morte, tenha com eles mais cuidados, porquanto feliz deve sentir-se de estar livre dos aborrecimentos que tais negócios lhe causavam e, por pouco elevado que seja, ainda menos importância lhes ligará como Espírito do que como homem. Quanto aos bens desconhecidos que haja podido deixar, nenhum motivo lhe dão para que se interesse por herdeiros ávidos, que provavelmente já não pensariam nele, se alguma coisa não esperassem colher. Se estiver ainda imbuído das paixões humanas, poderá mesmo encontrar malicioso prazer no desapontamento dos que lhe cobiçavam a herança. Se, no interesse da justiça e das pessoas que lhe são caras, um Espírito julgar conveniente fazer revelações deste gênero,falas-á espontaneamente e, para obtê-las, ninguém precisa ser médium nem recorrer a um médium. O próprio Espírito dará conhecimento das coisas, por meio de circunstâncias fortuitas, não, todavia, por efeito de pedidos que se lhe façam, visto que semelhantes pedidos de modo algum podem mudar a natureza das provas que os encarnados devam sofrer. Eles constituiriam antes uma maneira de as agravar, porque são quase sempre indício de cupidez e dão a ver ao Espírito que os que os formulam só se ocupam com ele por interesse. (Veja-se o nº 295.)





Que a graça e a paz sejam conosco!