"Ponho a minha esperança no Senhor. Minha alma tem confiança em sua palavra." -( Salmos, 129: 5 )-
Amados irmãos, bom dia!
O Senhor tem cuidado de mim a vida inteira. Ele cuida de todos nós, desde sempre. Que a gratidão habite nossos corações.
10. De tudo quanto foi dito resulta que, em consequência do movimento de translação que executam no espaço, os corpos celestes exercem, uns sobre os outros, maior ou menor influência, conforme a proximidade em que se achem entre si e as suas respectivas posições; que essa influência pode acarretar uma perturbação momentânea nos seus elementos constitutivos e modificar as condições de vitalidade de seus habitantes; que a regularidade dos movimentos determina a volta periódica das mesmas causas e dos mesmos efeitos; que, se a duração de certos períodos é curta demais para que os homens os apreciem, outros veem passar gerações e raças que deles não se apercebem e às quais se afigura normal o estado de coisas que observam. Ao contrário, as gerações contemporâneas da transição lhe sofrem o contragolpe e tudo lhes parece fora das leis ordinárias. Essas gerações veem uma causa sobrenatural, maravilhosa, miraculosa, que não passa, na verdade, da execução das leis da natureza. Se, pelo encadeamento e a solidariedade das causas e dos efeitos, os períodos de renovação moral da humanidade coincidem, como tudo leva a crer, com as revoluções físicas do globo, podem os referidos períodos ser acompanhados ou precedidos de fenômenos naturais, insólitos para os que não se acham familiarizados com eles, de meteoros que parecem estranhos, de recrudescência e intensidade fora do comum dos flagelos destruidores, que não são nem causa, nem presságios sobrenaturais, mas uma consequência do movimento geral que se opera no mundo físico e no mundo moral. Anunciando a época de renovação que se havia de abrir para a humanidade e determinar o fim do velho mundo, Jesus pôde dizer que ela se assinalaria por fenômenos extraordinários, tremores de terra, flagelos diversos, sinais no céu, que mais não são do que meteoros, sem derrogação das leis naturais. Entretanto, o vulgo ignorante viu nessas palavras a predição de fatos miraculosos.205
205 Nota de Allan Kardec: A terrível epidemia que, de 1866 a 1868, dizimou a população da Ilha Maurício, foi precedida por uma chuva tão extraordinária quão abundante de estrelas cadentes, em novembro de 1866, que aterrorizou os habitantes daquela ilha. A partir desse momento, a doença, que reinava desde alguns meses de forma muito benigna, transformou-se em verdadeiro flagelo devastador. Aquele fora bem um sinal no céu e talvez nesse sentido é que se deva entender a frase — estrelas caindo do céu, de que fala o Evangelho, como um dos sinais dos tempos. (Pormenores sobre a epidemia da Ilha Maurício: Revista espírita de julho de 1867 e de novembro de 1868.)
Que a graça e a paz sejam conosco!
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