sábado, 26 de dezembro de 2020

A Gênese

 

"O Senhor é o meu rochedo, minha fortaleza e meu libertador, meu Deus é minha rocha onde encontro o meu refúgio, meu escudo, força de minha salvação e minha cidadela." -( Salmos, 17: 3 )-



Amados irmãos, bom dia!

Quando nos entregamos ao Senhor, ele cuida de tudo para nós. Não que faça as coisas por nós, mas, cuida de nos inspirar às práticas que nos são úteis e agradáveis.



10. O deslocamento demorado, gradual e periódico do mar é fato que a experiência comprova e numerosos exemplos confirmam, em todos os pontos do globo. Tem por efeito o entretenimento das forças produtivas da Terra. A longa imersão é para os terrenos um tempo de repouso, durante o qual eles recuperam os princípios vitais esgotados por uma não menos longa produção. Os imensos depósitos de matérias orgânicas, formados pela permanência das águas durante séculos e séculos, são  adubações naturais, periodicamente renovadas, e as gerações se sucedem sem se aperceberem de tais mudanças.96


96 Nota de Allan Kardec: Entre os fatos mais recentes que provam o deslocamento do mar, podem citar-se estes: No golfo da Gasconha [ou Golfo de Biscaia, separa a costa oeste da França da costa norte da Espanha], entre o velho Soulac e a Torre de Cordouan, quando o mar está calmo, percebe-se no fundo da água trechos de muralha: são os restos da antiga e grande cidade de Noviomagus, invadida pelas ondas em 580. O rochedo de Cordouan, que se achava então ligado à margem, está agora a 12 quilômetros. No mar da Mancha, sobre a costa do Havre, as águas dia a dia ganham terreno e minam as penedias de Sainte-Adresse, que pouco a pouco desmoronam. A dois quilômetros da costa entre Sainte-Adresse e o cabo de Hève, existe um banco que outrora se achava à vista e ligado à terra firme. Antigos documentos atestam que nesse lugar, por sobre o qual hoje se navega, existia a aldeia de Saint-Denis- -chef-de-Caux. Tendo o mar invadido, no século XIV, o terreno, a igreja foi tragada em 1378. Dizem que, com bom tempo, se lhe veem os restos no fundo do mar. Em quase toda a extensão do litoral da Holanda, o mar só é contido a poder de diques, que de tempos a tempos se rompem. O antigo lago de Flevo, que se reuniu ao mar em 1225, forma hoje o golfo de Zuyderzée. Essa irrupção do oceano tragou muitas povoações. Segundo isto, o território de Paris e da França toda seria de novo ocupado pelo mar, como já o foi muitas vezes, conforme o demonstram as observações geológicas. Então, as partes montanhosas formarão ilhas, como o são agora Jersey, Guernesey e a Inglaterra, outrora contíguas ao continente. Navegar-se-á por sobre regiões que atualmente se percorrem de caminho de ferro; os navios aportarão a Montmartre, ao monte Valeriano, aos outeiros de Saint-Cloud e de Meudon; os bosques e florestas, agora lugares de passeio, ficarão sepultados nas águas, cobertos de limo e povoados de peixes, que substituirão as aves. O dilúvio bíblico não pode ter tido essa causa, pois que foi repentina a invasão das águas e de curta duração a permanência delas, ao passo que, de outro modo, essa permanência houvera sido de muitos milhares de anos e ainda duraria, sem que os homens dessem por isso.



Que a graça e a paz sejam conosco!

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