"Meu pé está firme no caminho reto; nas assembleias, bendirei o Senhor," -( Salmos, 25: 12 )-
Amados irmãos, bom dia!
Como é maravilhoso andar sob a direção do Senhor. Tudo em nós irradia paz e, mesmo nas dificuldades, não nos sentimos fracos e abandonados.
23. Embora, durante a vida, o Espírito se encontre preso ao corpo pelo perispírito, não se lhe acha tão escravizado, que não possa alongar a cadeia que o prende e transportar-se a um ponto distante, quer sobre a Terra, quer do espaço. Repugna ao Espírito estar ligado ao corpo, porque a sua vida normal é a de liberdade e a vida corporal é a do servo preso à gleba. Ele, por conseguinte, se sente feliz em deixar o corpo, como o pássaro em se encontrar fora da gaiola, pelo que aproveita todas as ocasiões que se lhe oferecem para dela se escapar, de todos os instantes em que a sua presença não é necessária à vida de relação. Tem-se então o fenômeno a que se dá o nome de emancipação da alma, fenômeno que se produz sempre durante o sono. De todas as vezes que o corpo repousa, que os sentidos ficam inativos, o Espírito se desprende. (O livro dos espíritos, Parte 2a , cap. VIII.) Nesses momentos ele vive da vida espiritual, enquanto que o corpo vive apenas da vida vegetativa; acha-se, em parte, no estado em que se achará após a morte: percorre o espaço, confabula com os amigos e outros Espíritos, livres ou encarnados também. O laço fluídico que o prende ao corpo só por ocasião da morte se rompe definitivamente; a separação completa somente se dá por efeito da extinção absoluta da atividade vital. Enquanto o corpo vive, o Espírito, a qualquer distância que esteja, é instantaneamente chamado à sua prisão, desde que a sua presença aí se torne necessária. Ele, então, retoma o curso da vida exterior de relação. Por vezes, ao despertar, conserva das suas peregrinações uma lembrança, uma imagem mais ou menos precisa, que constitui o sonho. Quando nada, traz delas intuições que lhe sugerem ideias e pensamentos novos e justificam o provérbio: A noite é boa conselheira. Assim igualmente se explicam certos fenômenos característicos do sonambulismo natural e magnético, da catalepsia, da letargia, do êxtase etc., e que mais não são do que manifestações da vida espiritual.149
149 Nota de Allan Kardec: Casos de letargia e de catalepsia: Revista espírita: “Senhora Schwabenhaus”, setembro de 1858; “A jovem cataléptica da Suábia”, janeiro de 1866.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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