"O Senhor há de dar fortaleza ao seu povo! O Senhor abençoará o seu povo, dando-lhe a paz!" -( Salmos, 28 : 11 )-
Amados irmãos, bom dia!
Só no Senhor encontramos a vida plena. Ele é o Senhor da vida e a todos a dá com amor.
27. Necessariamente incompleta e imperfeita é a vista espiritual nos Espíritos encarnados e, por conseguinte, sujeita a aberrações. Tendo por sede a própria alma, o estado desta há de influir nas percepções que aquela vista faculte. Segundo o grau de desenvolvimento, as circunstâncias e o estado moral do indivíduo, pode ela dar, quer durante o sono, quer no estado de vigília:
1o a percepção de certos fatos materiais e reais, como o conhecimento de alguns que ocorram a grande distância, os detalhes descritivos de uma localidade, as causas de uma enfermidade e os remédios convenientes;
2o a percepção de coisas igualmente reais do mundo espiritual, como a presença dos Espíritos;
3o imagens fantásticas criadas pela imaginação, análogas às criações fluídicas do pensamento (veja-se, acima, o item 14). Estas criações se acham sempre em relação com as disposições morais do Espírito que as gera.
É assim que o pensamento de pessoas fortemente imbuídas de certas crenças religiosas e com elas preocupadas lhes apresenta o inferno, suas fornalhas, suas torturas e seus demônios, tais quais essas pessoas os imaginam. Às vezes, é toda uma epopeia. Os pagãos viam o Olimpo e o Tártaro, como os cristãos veem o inferno e o paraíso. Se, ao despertarem, ou ao saírem do êxtase, conservam lembrança exata de suas visões, os que as tiveram tomam-nas como realidades confirmativas de suas crenças, quando tudo não passa de produto de seus próprios pensamentos.150 Cumpre, pois, se faça uma distinção muito rigorosa nas visões extáticas, antes que se lhes dê crédito. A tal propósito, o remédio para a excessiva credulidade é o estudo das leis que regem o mundo espiritual.
150 Nota de Allan Kardec: Podem explicar-se assim as visões da irmã Elmerich que, reportando-se ao tempo da paixão do Cristo, diz ter visto coisas materiais, que nunca existiram, senão nos livros que ela leu; as da Sra. Cantanille (Revista espírita de agosto de 1866) e uma parte das de Swedenborg.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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