segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Critérios e estudo e interpretação do Evangelho II


“Assim  devem  os  maridos  amar  a  suas  próprias  mulheres,  como  a  seus  próprios  corpos.  Quem  ama  a  sua  mulher, ama-­se a si mesmo.” - Paulo - ( Efésios, 5:28 )




Amados irmãos, bom dia!
"O Evangelho, porém, inaugura nova era para as esperanças femininas. Nele vemos a consagração da Mãe Santíssima, a sublime conversão de Madalena, a dedicação das irmãs de Lázaro, o espírito abnegado das senhoras de Jerusalém que acompanham o Senhor até o instante extremo. Desde Jesus, observamos crescente respeito na Terra pela missão feminil. Paulo de Tarso foi o consolidador  desse movimento regenerativo. Apesar da energia áspera que lhe assinala as palavras, procurava levantar  a mulher  da condição de aviltada, confiando-­a ao homem, na qualidade de mãe, irmã, esposa ou filha, associada aos seus destinos e, como criatura de Deus, igual a ele." -( Pão Nosso - Chico Xavier /Emmauel )-







"Situar-se na mensagem para simplificá-la 

A nossa localização no seio das narrativas evangélicas, escoimada de interesses pessoais e dosada da vontade de aprender, supera o sentido puramente histórico da mensagem do Cristo, e nos conduz ao esforço concreto no plano da renovação espiritual, porque nos facilita o raciocínio e entendimento, na assimilação da insuperável mensagem cristã, agora compreendida e sentida à luz da Doutrina Espírita. 


» E aconteceu que, chegando Ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando. E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. E disseram-lhe que Jesus, o Nazareno, passava (Lc 18:35-37). Neste exemplo identificamos vários registros suscetíveis de espelhar a nossa posição atual. “Aproximando Ele (Jesus) de Jericó...” indica que qualquer pessoa disposta a realizar o processo autoeducativo terá de manter, inspirada no Cristo, incessante atividade renovadora no íntimo do ser, para que as suas ações beneficiem os demais. É óbvio que não possuímos a capacidade, revelada pelo Cristo, na sua constante movimentação construtiva, muitas vezes expressa em formas verbais, tais como: chegando, partindo, continuando, parando para atender, curando, levantando-se. 

Entretanto, é necessário reconhecer que essas atitudes indicam ação construtiva ou ativa no bem. Tais ações não apresentam um simples movimento, deslocamento de um lugar para outro, em termos físicos. Representa, sim, o rompimento  das algemas da inércia, da acomodação e do desinteresse, as quais nos mantêm cativos de sofrimentos. 


“Estava um cego assentado junto do caminho, mendigando...” 

Se Jesus é a mais viva expressão de realização e atividade no bem, que ainda não temos capacidade de imitar, nos é mais lógico, natural e cabível, tomar a posição do cego que vivia da esmola e da caridade dos transeuntes, revelando, assim, as nossas dificuldades de visão no campo da alma. A posição do cego é uma circunstância que ocorre à maioria das criaturas. 

Interagindo com as ideias expressas no texto, aprendemos a movimentar as mínimas reservas de boa vontade e de decisão para colocá-las a serviço de nossa cura. O cego, reconhecendo o próprio estado de necessidade, se aventurou a perguntar o que estava acontecendo. Esta simples indagação revela uma disposição de sair do estado de imobilidade em que se encontrava, reunindo o que possuía de melhor, pedindo a Jesus que lhe concedesse condições de “ver”. 


“E, ouvindo passar a multidão.” 

Se a posição de cego não é ideal, ainda que demonstre consciência do que carece, não é muito tranquila também a nossa colocação perante a multidão. Quantas vezes, até mesmo como espíritas, já cônscios de nossas necessidades, ainda integramos impensadamente a massa, sempre indecisa e sem posição definida: a mesma que repreendia o cego para que não importunasse Jesus. 


“Disseram-lhe que Jesus Nazareno passava...” 

Indica que em meio a nossa indiferença, conseguimos identificar emoções, fatos e circunstâncias que nos encaminham para o bem, e que podem ser aproveitadas como lições valiosas. Este é o papel ocupado por pessoas que, aparentemente, surgem por acaso na nossa vida, mas que nos impulsionam para frente, realizando às vezes, cooperação mínima, porém eficiente. Em geral, são pessoas anônimas que nos indicam ser o momento propício para a nossa melhoria, ou cura, porque Jesus está passando." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






280. De que natureza são as relações entre os bons e os maus Espíritos? 

“Os bons se ocupam em combater as más inclinações dos outros, a fim de ajudá-los a subir. É sua missão.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 6 de novembro de 2016

Critérios e estudo e interpretação do Evangelho I


“E  dei-­lhe  tempo  para  que  se  arrependesse  da  sua  prostituição e não se arrependeu.” -( Apocalipse, 2:21 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Se o Apocalipse está repleto de símbolos profundos, isso não  impede venhamos a examinar-­lhe as expressões, compatíveis com o nosso entendimento, extraindo as lições suscetíveis de ampliar-­nos o progresso espiritual.
Os prisioneiros da concepção de justiça implacável ignoram os poderosos auxílios do Todo­ Poderoso, que se manifestam através de mil modos diferentes; contudo, os que procuram a própria iluminação pelo amor universal sabem que Deus dá sempre e que é necessário aprender a receber." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








"O estudo e a interpretação do Evangelho deve, necessariamente, considerar o seu sentido espiritual. É preciso aprender separar a exposição puramente literal — de entendimento relativo e às vezes controvertido — do sentido espiritual que oferece conclusões lógicas à nossa perquirição. Se apegados à letra, poderemos ser conduzidos a caminhos complicados, a conclusões totalmente equivocadas e até mesmo contrárias aos ensinamentos de Jesus. 

O entendimento espírita nos fornece excelente base para compreensão do significado das lições evangélicas, pois nos ensina: 


a) retirar o espírito da letra; 

b) situar-se no conteúdo da mensagem, no tempo e no espaço; 

c) elaborar esquema de estudo que considere aspectos históricos e geográficos, sentido geral e particular das circunstâncias ou da ocorrência de um fato, atribuições relativas a cargos e ocupações, assim como a interpretação de palavras e expressões utilizadas no texto. 


Extrair o espírito da letra 

O exemplo, apresentado em seguida, ilustra como retirar o espírito da letra. 

» Replicou-lhe, porém, Jesus: Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus mortos (Mt 8:22). Repugna-nos à razão, pelo senso natural de caridade, a ideia de não darmos a bênção da sepultura ao corpo de alguém que morreu. Entretanto, Jesus orienta “deixa aos mortos o sepultar os mortos”. Obviamente, cadáver não pode enterrar cadáver. Logo, não é este o sentido da orientação de Jesus. O Mestre se refere aos “mortos de espírito’’ que ainda não se despertaram para o trabalho de conscientização espíritual. “Os mortos que sepultam mortos” são Espíritos prisioneiros das ilusões da matéria, que trazem a consciência adormecida. 

O benfeitor Emmanuel nos esclarece, a propósito: Espiritualmente falando, apenas conhecemos um gênero temível de morte — a da consciência denegrida no mal, torturada de remorso ou  paralítica nos despenhadeiros que marginam a estrada da insensatez e do crime.

Ainda segundo Emmanuel: No concerto das lições divinas que recebe, o cristão, a rigor, apenas conhece, de fato, um gênero de morte, a que sobrevém à consciência culpada pelo desvio da Lei; e os contemporâneos do Cristo, na maioria, eram criaturas sem atividade espiritual edificante, de alma endurecida e coração paralítico. Nesse sentido, é proveitosa a advertência contida em João: “O Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são Espírito e são Vida.” (Jo 6:63). -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






279. Todos os Espíritos têm reciprocamente acesso aos diferentes grupos ou sociedades que eles formam? 

“Os bons vão a toda parte e assim deve ser, para que possam influir sobre os maus. As regiões, porém, que os bons habitam estão interditadas aos Espíritos imperfeitos, a fim de que não as perturbem com suas paixões inferiores.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 5 de novembro de 2016

Critérios de estudo e interpretação do Evangelho


“E  disse:  Pequei,  traindo  o  sangue  inocente.  Eles,  porém, responderam. Que nos importa? Isso é contigo.” -( Mateus, 27:4 )- 




Amados irmãos, bom dia!
"Há quem ouça delituosas insinuações da malícia ou da indisciplina, no que concerne à tranqüilidade interior, às questões de família e ao trabalho comum. Por  vezes, o homem respira em paz, desenvolvendo as tarefas que lhe são necessárias; todavia, é alcançado pelo conselho da inveja ou da desesperação e perturba-­se com falsas perspectivas, penetrando, inadvertidamente, em labirintos escuros e ingratos. Quando reconhece o equívoco do cérebro ou do coração, volta-­se, ansioso, para os conselheiros da véspera, mas o mundo inferior, refazendo a observação  a Judas, exclama em zombaria: – “Que nos importa? Isso é contigo.”  -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








"Esclarece-nos o evangelho segundo o espiritismo, em sua Introdução: Muitos pontos dos Evangelhos, da Bíblia e dos autores sacros em geral só são ininteligíveis, parecendo alguns até irracionais, por falta da chave que faculte se lhes apreenda o verdadeiro sentido. Essa chave está completa no Espiritismo [...].

A chave espírita analisa os textos bíblicos em espírito e em verdade, ou seja, não considera os sentidos literais. Allan Kardec nos apresentou a Doutrina Espírita perfeitamente ajustada aos novos tempos. Erguida sobre os fundamentos da mensagem do Cristo, dela não se pode distanciar. A propósito, esta citação de João nos faz refletir a respeito: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo, 14:26). Esclarece-nos também o Codificador que se [...] o Cristo não pôde desenvolver o seu ensino de maneira completa, é que faltavam aos homens conhecimentos que eles só podiam adquirir com o tempo e sem os quais não o compreenderiam; há muitas coisas que teriam parecido absurdas no estado dos conhecimentos de então. Completar o seu ensino deve entender-se no sentido de explicar e desenvolver, não no de ajuntar-lhe verdades novas, porque tudo nele se encontra em estado de gérmen, faltando-lhe só a chave para se apreender o sentido das palavras.


Pontos Principais do Espiritismo úteis ao estudo do Evangelho 

1. Deus – “Inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.” Eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.

2. Jesus – Guia e modelo mais perfeito para o homem.

3. Espírito – Seres inteligentes da criação.

4. Perispírito – substância semimaterial que serve de primeiro envoltório ao Espírito e liga a alma ao corpo. “Tem a forma que o Espírito queira.”

5. Evolução – “São os próprios Espíritos que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem inferior para outra mais elevada.”

6. Livre-arbítrio – O homem tem “[...] a liberdade de pensar, tem igualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio, o homem seria máquina.”

7. Causa e efeito – “Deus tem suas leis a regerem todas as vossas ações. Se as violais, vossa é a culpa.” A punição é o resultado da infração da lei.

8. Reencarnação – “[...] consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas [...].”  São existências ao “[...] melhoramento da humanidade. Sem isto, onde a Justiça?” 

9. Pluralidade dos mundos habitados – São habitados todos os globos que se movem no espaço. E o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição.

10. Imortalidade da alma – A existência dos Espíritos não tem fim. É tudo o que podemos, por agora, dizer.

11. Vida futura – “O sentimento de uma existência melhor reside no foro íntimo de todos os homens [...]. A vida futura implica a conservação de nossa individualidade, após a morte.”

12. Plano espiritual – No instante da morte, a alma volta “[...] a ser Espírito, isto é, volve ao mundo dos Espíritos, donde se apartara momentaneamente”.  “Os Espíritos estão por toda parte.”

13. Mediunidade – Faculdade inerente ao homem. “Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium.”

14. Influência dos Espíritos na nossa vida – “Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.” “Tendes muitos deles de contínuo a vosso lado, observando-vos e sobre vós atuando, sem o perceberdes.”

15. Ação dos Espíritos na natureza – “Deus não exerce ação direta sobre a matéria”. “[...] Os Espíritos são uma das potências da natureza  e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais.” -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






278. Os Espíritos das diferentes ordens se acham misturados uns com os outros? 

“Sim e não. Quer dizer: eles se vêem, mas se distinguem uns dos outros. Evitam-se ou se aproximam, conforme à simpatia ou à antipatia que reciprocamente uns inspiram aos outros, tal qual sucede entre vós. Constituem um mundo do qual o vosso é pálido reflexo. Os da mesma categoria se reúnem por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias, unidos pelos laços da simpatia e pelos fins a que visam: os bons, pelo desejo de fazerem o bem; os maus, pelo de fazerem o mal, pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se acharem entre os que se lhes assemelham.” 

Tal uma grande cidade onde os homens de todas as classes e de todas as condições se vêem e encontram, sem se confundirem; onde as sociedades se formam pela analogia dos gostos; onde a virtude e o vício se acotovelam, sem trocarem palavra.




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Obras básicas e subsidiárias da Codificação Espírita


“Ele tem a pá na sua mão; limpará a sua eira e ajuntará  o  trigo  no seu  celeiro, mas  queimará  a  palha  com  o fogo  que  nunca se apaga.” - João Batista - ( Lucas, 3:17 )





Amados irmãos, bom dia!
"Todos vós que viveis empenhados nos serviços terrestres, por uma era melhor, mantende aceso no coração o devotamento à causa do Evangelho do Cristo. Não nos cerceiem dificuldades ou ingratidões. Desdobremos nossas atividades sob o precioso  estímulo da fé, porque conosco vai à frente, abençoando­-nos a humilde cooperação, aquele trabalhador divino que limpará a eira do mundo." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-











Os livros da Codificação Kardequiana, aos quais se acrescenta obras subsidiárias, devidamente selecionadas, são os instrumentos de que se serve o aprendiz na tarefa interpretativa da mensagem de Jesus. 

Por esta razão, terá que se dedicar com afinco a esse estudo, abrindo novas perspectivas quanto aos seus objetivos de aprendizado. 

As obras da Codificação Espírita, traduzidas e publicadas pela Federação Espírita Brasileira (FEB) são: 

» O livro dos espíritos. 1a edição: 1857. 

» O livro dos médiuns. 1a edição: 1861.  

» O evangelho segundo o espiritismo. 1a edição: 1864. Obs.: a tradução da FEB é a da 3a edição francesa, de 1866, revista e corrigida por Kardec. 

» O céu e o inferno. 1a edição: 1865. 

» A gênese. 1a edição: 1868. 

Além dessas obras, que formam o núcleo básico da Codificação, Allan Kardec escreveu outras obras, também publicadas pela FEB: 

» Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. 12 exemplares anuais, publicados no período de 1858 a 1869. 

» Instrução prática sobre as manifestações espíritas. 1a edição: 1858. » O que é o espiritismo. 1a edição: 1859. 

» O espiritismo na sua expressão mais simples. 1a edição: 1862. 

» Viagem espírita de 1862. 1a edição: 1862. 

» Obras póstumas. 1a edição: 1890.




Estudo do Livro dos Espíritos







277. O soldado que depois da batalha se encontra com o seu general, no mundo dos Espíritos, ainda o tem por seu superior? 

“O título nada vale, a superioridade real é que tem valor.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O tríplice aspecto da Doutrina Espírita


“Bem-­aventurados  sereis  quando  os  homens  vos  aborrecerem,  e  quando  vos  separarem,  vos  injuriarem  e  rejeitarem  o  vosso  nome  como  mau,  por  causa  do  Filho  do  homem.”  - Jesus - ( Lucas, 6:22 ) 




Amados irmãos, bom dia!
"O Mestre, na supervisão que lhe assinala os ensinamentos, reporta­-se às bem-­aventuranças eternas; entretanto, são raros os que se aproximam delas, com a perfeita compreensão de quem se avizinha de tesouro imenso. A maioria dos menos favorecidos no  plano terrestre, se visitados pela dor, preferem a lamentação e o  desespero; se convidados ao testemunho de renúncia, resvalam para a exigência descabida e, quase sempre, ao invés de trabalharem pacificamente, lançam-­se às aventuras indignas de quantos se perdem na desmesurada ambição. Ofereceu  Jesus muitas bem-­aventuranças. Raros, porém, desejam-­nas. É por isto que existem muitos pobres e muitos aflitos que podem ser grandes necessitados no mundo, mas que ainda não são benditos no Céu."






"Elegendo a fé raciocinada como fator básico de evolução, a Doutrina Espírita se expressa no tríplice aspecto de ciência, filosofia e religião, proporcionando-nos segura orientação e clareando-nos a mente no rumo das legítimas conquistas espirituais. 

Assevera Emmanuel: Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais. 

A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao céu. No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual, que visam o aperfeiçoamento da humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos







276. Aquele que foi grande na Terra e que, como Espírito, vem a achar-se entre os de ordem inferior, experimenta com isso alguma humilhação? 

“Às vezes bem grande, mormente se era orgulhoso e invejoso.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

As revelações divinas - Moisés, Jesus e Kardec


“Se suportais a correção, Deus vos trata como a filhos;  pois que filho há a quem o pai não corrija?” - Paulo - ( Hebreus, 12:7 )




Amados irmãos, bom dia!
"Bem-­aventurado o espírito que compreende a correção do Senhor e aceita-­a sem relutar. Raras, todavia, são as criaturas que conseguem entendê-­la e suportá-­la.
Aqueles que compreendem as correções do  Todo ­Misericordioso  reajustam-­se em círculo de vida nova e promissora. Vencida a tempestade íntima, revalorizam as oportunidades de aprender, servir e construir e, fundamentados nas amargas experiências de ontem, aplicam as graças da vida superior, com vistas ao amanhã. Não te esqueças de que o mal não pode oferecer retificações a ninguém. Quando a correção do Senhor alcançar-­te o caminho, aceita-­a, humildemente, convicto de que constitui verdadeira mensagem do Céu." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-







"Examinando a presença de Jesus no processo evolutivo da humanidade, recordemos as esclarecedoras informações do benfeitor Emmanuel: Até agora, a humanidade da Era Cristã recebeu a grande Revelação em três aspectos essenciais: Moisés trouxe a missão da Justiça; o Evangelho, a revelação insuperável do Amor, e o Espiritismo, em sua feição de Cristianismo Redivivo, traz, por sua vez, a sublime tarefa da Verdade. 

No centro das três revelações encontra-se Jesus Cristo, como o fundamento de toda luz e de toda sabedoria. 

É que, com o Amor, a Lei manifestou-se na Terra no seu esplendor máximo; a Justiça e a Verdade nada mais são que os instrumentos divinos de sua exteriorização [...]. A Justiça, portanto, lhe aplainou os caminhos, e a Verdade, conseguintemente, esclarece os seus divinos ensinamentos. Eis porque, com o Espiritismo simbolizando a Terceira Revelação da Lei, o homem terreno se prepara, aguardando as sublimadas realizações do seu futuro espiritual, nos milênios porvindouros.

Cada Revelação representa uma síntese dos ensinamentos espirituais necessários ao aprimoramento da humanidade. O Velho Testamento é a revelação da Lei. O Novo é a revelação do amor. O primeiro consubstancia as elevadas experiências dos homens de Deus que procuravam a visão verdadeira do Pai e de sua Casa de infinitas maravilhas. O segundo representa a mensagem de Deus a todos os que O buscam no caminho do mundo.

Esclarece André Luiz que Moisés instalara o princípio da Justiça, coordenando a vida e influenciando-a de fora para dentro. Jesus inaugurou na Terra o princípio do amor, a exteriorizar-se do coração, de dentro para fora, traçando-lhe a rota para Deus.

Detectada a maturidade espiritual da humanidade terrestre, novas luzes chegam ao campo terrestre, marcando o advento da terceira revelação divina: a Doutrina Espírita. Caberia a Allan Kardec, o seu codificador, a laboriosa e abençoada tarefa de reunir as verdades anteriormente reveladas para, então, estruturar o corpo doutrinário do Espiritismo, sob a assistência desvelada dos trabalhadores da seara de Jesus." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






275. O poder e a consideração de que um homem gozou na Terra lhe dão supremacia no mundo dos Espíritos? 

“Não; pois que os pequenos serão elevados e os grandes rebaixados. Lê os salmos.” 

a) — Como devemos entender essa elevação e esse rebaixamento? 

“Não sabes que os Espíritos são de diferentes ordens, conforme seus méritos? Pois bem! O maior da Terra pode pertencer à última categoria entre os Espíritos, ao passo que o seu servo pode estar na primeira. Compreendes isto? Não disse Jesus: aquele que se humilhar será exaltado e aquele que se exaltar será humilhado?” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 1 de novembro de 2016

A doutrina Espírita e o Evangelho


“E o que de mim, diante de muitas testemunhas, ouviste,  confia-­o  a  homens  fiéis,  que  sejam  idôneos  para  também  ensinarem a outros.” - Paulo - ( I Timóteo, 2:2 )  




Amados irmãos, bom dia!
"Distribuamos a luz do amor com os nossos companheiros de jornada; todavia, defendamos o nosso íntimo santuário contra as arremetidas das trevas.
Trabalhemos em benefício de todos, estendamos os laços fraternais, compreendendo, porém, que cada criatura tem o seu  degrau  na infinita escala da vida." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








"O Espiritismo é compreendido como a manifestação da misericórdia divina em benefício da humanidade terrestre. O Espiritismo [termo criado por Allan Kardec] é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica
Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações.

 [...] É a essas relações que o Cristo alude em muitas circunstâncias e daí vem que muito do que ele disse permaneceu ininteligível ou falsamente interpretado. O Espiritismo é a chave com o auxílio da qual tudo se explica de modo fácil.

As orientações da Doutrina Espírita são seguras e diretas, nos projetando na horizontalidade do conhecimento das leis que nos regem. O alcance de suas claridades nos revela o impositivo da renovação imprescindível e inadiável. Como Cristianismo Redivivo, faz ecoar a palavra de Jesus veiculada nos primeiros tempos, sem as contaminações nela impregnadas pela insensatez e irreflexões dos homens ao longo dos tempos. [...] o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.

Em vários arraiais da atividade espírita séria, já se ouve que a hora atual é a da vivência do Evangelho. Não mais como uma norma religiosa, superada e fanatizante, mas como cartilha de vida. Percebemos, [...] com íntima satisfação, que a imensa maioria dos espiritistas entende e aceita o Evangelho de Jesus, à luz do Consolador, como o grande roteiro da redenção humana, no esforço continuado de cada um para aumentar a capacidade de amar, servir e compreender. 

Com lucidez, assim fala Emmanuel: Muitos discípulos, nas várias escolas cristãs, entregaram-se a perquirições teológicas, transformando os ensinos do Senhor em relíquia morta dos altares de pedra; no entanto, espera o Cristo venhamos todos a converter-lhe o Evangelho de amor e sabedoria em companheiro da prece, em livro escolar no aprendizado de cada dia, em fonte inspiradora de nossas mais humildes ações no trabalho comum e em código de boas maneiras no intercâmbio fraternal. Investindo neste terreno substancioso e desafiador, acrescenta Vicente de Paulo numa mensagem dada em Paris, em 8 de junho de 1858: Não vos disse Jesus tudo o que concerne às virtudes da caridade e do amor? Por que desprezar os seus ensinamentos divinos? Por que fechar o ouvido às suas divinas palavras, o coração a todos os seus bondosos preceitos? Quisera eu que dispensassem mais interesse, mais fé às leituras evangélicas. Desprezam, porém, esse livro, consideram- -no repositório de palavras ocas, uma carta fechada; deixam no esquecimento esse código admirável. Vossos males provêm todos do abandono voluntário a que votais esse resumo das leis divinas. Lede-lhe as páginas cintilantes do devotamento de Jesus, e meditai-as.

Ensinos e parábolas de Jesus, segundo tomo do Programa Religião à Luz do Espiritismo, tem como proposta realizar o estudo dos principais temas do Evangelho de Jesus, segundo a ótica espírita. Sendo assim, guardemos com zelo as seguintes orientações de Emmanuel: Muitos escutam a palavra do Cristo, entretanto, muito poucos são os que colocam a lição nos ouvidos. Não se trata de registrar meros vocábulos e sim fixar apontamentos que devem palpitar no livro do coração. Não se reportava Jesus à letra morta, mas ao verbo criador. 

Os círculos doutrinários do Cristianismo estão repletos de aprendizes que não sabem atender a esse apelo. Comparecem às atividades espirituais, sintonizando a mente com todas as inquietações inferiores, menos com o Espírito do Cristo. Dobram joelhos, repetem fórmulas verbalistas, concentram-se em si mesmos, todavia, no fundo, atuam em esfera distante do serviço justo. A maioria não pretende ouvir o Senhor e, sim, falar ao Senhor, qual se Jesus desempenhasse simples função de pajem subordinado aos caprichos de cada um. São alunos que procuram subverter a ordem escolar. Pronunciam longas orações, gritam protestos, alinhavam promessas que não podem cumprir. Não estimam ensinamentos. Formulam imposições. E, à maneira de loucos, buscam agir em nome do Cristo. Os resultados não se fazem esperar. O fracasso e a desilusão, a esterilidade e a dor vão chegando devagarinho, acordando a alma dormente para as realidades eternas. Não poucos se revoltam, desencantados... Não se queixem, contudo, senão de si mesmos. “Ponde minhas palavras em vossos ouvidos”, disse Jesus. O próprio vento possui uma direção. Teria, pois, o divino Mestre transmitido alguma lição, ao acaso?" -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos







AS RELAÇÕES NO ALÉM-TÚMULO 

274. Da existência de diferentes ordens de Espíritos, resulta para estes alguma hierarquia de poderes? Há entre eles subordinação e autoridade? 

“Muito grande. Os Espíritos têm uns sobre os outros a autoridade correspondente ao grau de superioridade que hajam alcançado, autoridade que eles exercem por um ascendente moral irresistível.” 

a) — Podem os Espíritos inferiores subtrair-se à autoridade dos que lhes são superiores? 

“Eu disse: irresistível.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!