“E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição e não se arrependeu.” -( Apocalipse, 2:21 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Se o Apocalipse está repleto de símbolos profundos, isso não impede
venhamos a examinar-lhe as expressões, compatíveis com o nosso entendimento, extraindo as lições suscetíveis de ampliar-nos o progresso espiritual.
Os prisioneiros da concepção de justiça implacável ignoram os poderosos
auxílios do Todo Poderoso, que se manifestam através de mil modos diferentes;
contudo, os que procuram a própria iluminação pelo amor universal sabem que Deus
dá sempre e que é necessário aprender a receber." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
"O estudo e a interpretação do Evangelho deve, necessariamente,
considerar o seu sentido espiritual. É preciso aprender separar a
exposição puramente literal — de entendimento relativo e às vezes
controvertido — do sentido espiritual que oferece conclusões lógicas
à nossa perquirição. Se apegados à letra, poderemos ser conduzidos
a caminhos complicados, a conclusões totalmente equivocadas e até
mesmo contrárias aos ensinamentos de Jesus.
O entendimento espírita nos fornece excelente base para
compreensão do significado das lições evangélicas, pois nos ensina:
a) retirar o espírito da letra;
b) situar-se no conteúdo da mensagem,
no tempo e no espaço;
c) elaborar esquema de estudo que considere
aspectos históricos e geográficos, sentido geral e particular das circunstâncias
ou da ocorrência de um fato, atribuições relativas a cargos
e ocupações, assim como a interpretação de palavras e expressões
utilizadas no texto.
Extrair o espírito da letra
O exemplo, apresentado em seguida, ilustra como retirar o
espírito da letra.
» Replicou-lhe, porém, Jesus: Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os
seus mortos (Mt 8:22).
Repugna-nos à razão, pelo senso natural de caridade, a ideia de
não darmos a bênção da sepultura ao corpo de alguém que morreu.
Entretanto, Jesus orienta “deixa aos mortos o sepultar os mortos”.
Obviamente, cadáver não pode enterrar cadáver. Logo, não é este o
sentido da orientação de Jesus. O Mestre se refere aos “mortos de espírito’’ que ainda não se despertaram para o trabalho de conscientização
espíritual. “Os mortos que sepultam mortos” são Espíritos prisioneiros
das ilusões da matéria, que trazem a consciência adormecida.
O benfeitor Emmanuel nos esclarece, a propósito:
Espiritualmente falando, apenas conhecemos um gênero temível de
morte — a da consciência denegrida no mal, torturada de remorso ou paralítica nos despenhadeiros que marginam a estrada da insensatez
e do crime.
Ainda segundo Emmanuel:
No concerto das lições divinas que recebe, o cristão, a rigor, apenas
conhece, de fato, um gênero de morte, a que sobrevém à consciência
culpada pelo desvio da Lei; e os contemporâneos do Cristo, na maioria,
eram criaturas sem atividade espiritual edificante, de alma endurecida
e coração paralítico. Nesse sentido, é proveitosa a advertência contida em João: “O
Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que
eu vos tenho dito são Espírito e são Vida.” (Jo 6:63). -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
279. Todos os Espíritos têm reciprocamente acesso aos
diferentes grupos ou sociedades que eles formam?
“Os bons vão a toda parte e assim deve ser, para que
possam influir sobre os maus. As regiões, porém, que os
bons habitam estão interditadas aos Espíritos imperfeitos, a
fim de que não as perturbem com suas paixões inferiores.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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