terça-feira, 1 de novembro de 2016

A doutrina Espírita e o Evangelho


“E o que de mim, diante de muitas testemunhas, ouviste,  confia-­o  a  homens  fiéis,  que  sejam  idôneos  para  também  ensinarem a outros.” - Paulo - ( I Timóteo, 2:2 )  




Amados irmãos, bom dia!
"Distribuamos a luz do amor com os nossos companheiros de jornada; todavia, defendamos o nosso íntimo santuário contra as arremetidas das trevas.
Trabalhemos em benefício de todos, estendamos os laços fraternais, compreendendo, porém, que cada criatura tem o seu  degrau  na infinita escala da vida." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








"O Espiritismo é compreendido como a manifestação da misericórdia divina em benefício da humanidade terrestre. O Espiritismo [termo criado por Allan Kardec] é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica
Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações.

 [...] É a essas relações que o Cristo alude em muitas circunstâncias e daí vem que muito do que ele disse permaneceu ininteligível ou falsamente interpretado. O Espiritismo é a chave com o auxílio da qual tudo se explica de modo fácil.

As orientações da Doutrina Espírita são seguras e diretas, nos projetando na horizontalidade do conhecimento das leis que nos regem. O alcance de suas claridades nos revela o impositivo da renovação imprescindível e inadiável. Como Cristianismo Redivivo, faz ecoar a palavra de Jesus veiculada nos primeiros tempos, sem as contaminações nela impregnadas pela insensatez e irreflexões dos homens ao longo dos tempos. [...] o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.

Em vários arraiais da atividade espírita séria, já se ouve que a hora atual é a da vivência do Evangelho. Não mais como uma norma religiosa, superada e fanatizante, mas como cartilha de vida. Percebemos, [...] com íntima satisfação, que a imensa maioria dos espiritistas entende e aceita o Evangelho de Jesus, à luz do Consolador, como o grande roteiro da redenção humana, no esforço continuado de cada um para aumentar a capacidade de amar, servir e compreender. 

Com lucidez, assim fala Emmanuel: Muitos discípulos, nas várias escolas cristãs, entregaram-se a perquirições teológicas, transformando os ensinos do Senhor em relíquia morta dos altares de pedra; no entanto, espera o Cristo venhamos todos a converter-lhe o Evangelho de amor e sabedoria em companheiro da prece, em livro escolar no aprendizado de cada dia, em fonte inspiradora de nossas mais humildes ações no trabalho comum e em código de boas maneiras no intercâmbio fraternal. Investindo neste terreno substancioso e desafiador, acrescenta Vicente de Paulo numa mensagem dada em Paris, em 8 de junho de 1858: Não vos disse Jesus tudo o que concerne às virtudes da caridade e do amor? Por que desprezar os seus ensinamentos divinos? Por que fechar o ouvido às suas divinas palavras, o coração a todos os seus bondosos preceitos? Quisera eu que dispensassem mais interesse, mais fé às leituras evangélicas. Desprezam, porém, esse livro, consideram- -no repositório de palavras ocas, uma carta fechada; deixam no esquecimento esse código admirável. Vossos males provêm todos do abandono voluntário a que votais esse resumo das leis divinas. Lede-lhe as páginas cintilantes do devotamento de Jesus, e meditai-as.

Ensinos e parábolas de Jesus, segundo tomo do Programa Religião à Luz do Espiritismo, tem como proposta realizar o estudo dos principais temas do Evangelho de Jesus, segundo a ótica espírita. Sendo assim, guardemos com zelo as seguintes orientações de Emmanuel: Muitos escutam a palavra do Cristo, entretanto, muito poucos são os que colocam a lição nos ouvidos. Não se trata de registrar meros vocábulos e sim fixar apontamentos que devem palpitar no livro do coração. Não se reportava Jesus à letra morta, mas ao verbo criador. 

Os círculos doutrinários do Cristianismo estão repletos de aprendizes que não sabem atender a esse apelo. Comparecem às atividades espirituais, sintonizando a mente com todas as inquietações inferiores, menos com o Espírito do Cristo. Dobram joelhos, repetem fórmulas verbalistas, concentram-se em si mesmos, todavia, no fundo, atuam em esfera distante do serviço justo. A maioria não pretende ouvir o Senhor e, sim, falar ao Senhor, qual se Jesus desempenhasse simples função de pajem subordinado aos caprichos de cada um. São alunos que procuram subverter a ordem escolar. Pronunciam longas orações, gritam protestos, alinhavam promessas que não podem cumprir. Não estimam ensinamentos. Formulam imposições. E, à maneira de loucos, buscam agir em nome do Cristo. Os resultados não se fazem esperar. O fracasso e a desilusão, a esterilidade e a dor vão chegando devagarinho, acordando a alma dormente para as realidades eternas. Não poucos se revoltam, desencantados... Não se queixem, contudo, senão de si mesmos. “Ponde minhas palavras em vossos ouvidos”, disse Jesus. O próprio vento possui uma direção. Teria, pois, o divino Mestre transmitido alguma lição, ao acaso?" -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos







AS RELAÇÕES NO ALÉM-TÚMULO 

274. Da existência de diferentes ordens de Espíritos, resulta para estes alguma hierarquia de poderes? Há entre eles subordinação e autoridade? 

“Muito grande. Os Espíritos têm uns sobre os outros a autoridade correspondente ao grau de superioridade que hajam alcançado, autoridade que eles exercem por um ascendente moral irresistível.” 

a) — Podem os Espíritos inferiores subtrair-se à autoridade dos que lhes são superiores? 

“Eu disse: irresistível.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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