“E o que de mim, diante de muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem a outros.” - Paulo - ( I Timóteo, 2:2 )
Amados irmãos, bom dia!
"Distribuamos a luz do amor com os nossos companheiros de jornada;
todavia, defendamos o nosso íntimo santuário contra as arremetidas das trevas.
Trabalhemos em benefício de todos, estendamos os laços fraternais, compreendendo, porém, que cada criatura tem o seu degrau na infinita escala da
vida." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
"O Espiritismo é compreendido como a manifestação da misericórdia
divina em benefício da humanidade terrestre.
O Espiritismo [termo criado por Allan Kardec] é, ao mesmo tempo,
uma ciência de observação e uma doutrina filosófica.
Como ciência
prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os
Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais
que dimanam dessas mesmas relações.
[...] É a essas relações que o Cristo alude em muitas circunstâncias e
daí vem que muito do que ele disse permaneceu ininteligível ou falsamente
interpretado. O Espiritismo é a chave com o auxílio da qual
tudo se explica de modo fácil.
As orientações da Doutrina Espírita são seguras e diretas,
nos projetando na horizontalidade do conhecimento das leis que
nos regem. O alcance de suas claridades nos revela o impositivo da
renovação imprescindível e inadiável. Como Cristianismo Redivivo,
faz ecoar a palavra de Jesus veiculada nos primeiros tempos, sem as
contaminações nela impregnadas pela insensatez e irreflexões dos
homens ao longo dos tempos.
[...] o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido:
conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para
onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios
da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.
Em vários arraiais da atividade espírita séria, já se ouve que a
hora atual é a da vivência do Evangelho. Não mais como uma norma
religiosa, superada e fanatizante, mas como cartilha de vida.
Percebemos,
[...] com íntima satisfação, que a imensa maioria dos espiritistas entende
e aceita o Evangelho de Jesus, à luz do Consolador, como o grande
roteiro da redenção humana, no esforço continuado de cada um para
aumentar a capacidade de amar, servir e compreender.
Com lucidez, assim fala Emmanuel: Muitos discípulos, nas várias escolas cristãs, entregaram-se a perquirições
teológicas, transformando os ensinos do Senhor em relíquia
morta dos altares de pedra; no entanto, espera o Cristo venhamos
todos a converter-lhe o Evangelho de amor e sabedoria em companheiro
da prece, em livro escolar no aprendizado de cada dia, em fonte
inspiradora de nossas mais humildes ações no trabalho comum e em
código de boas maneiras no intercâmbio fraternal. Investindo neste terreno substancioso e desafiador, acrescenta
Vicente de Paulo numa mensagem dada em Paris, em 8 de junho de
1858:
Não vos disse Jesus tudo o que concerne às virtudes da caridade e
do amor? Por que desprezar os seus ensinamentos divinos? Por que
fechar o ouvido às suas divinas palavras, o coração a todos os seus
bondosos preceitos? Quisera eu que dispensassem mais interesse, mais
fé às leituras evangélicas. Desprezam, porém, esse livro, consideram-
-no repositório de palavras ocas, uma carta fechada; deixam no
esquecimento esse código admirável. Vossos males provêm todos do
abandono voluntário a que votais esse resumo das leis divinas. Lede-lhe as páginas cintilantes do devotamento de Jesus, e meditai-as.
Ensinos e parábolas de Jesus, segundo tomo do Programa Religião
à Luz do Espiritismo, tem como proposta realizar o estudo dos principais
temas do Evangelho de Jesus, segundo a ótica espírita. Sendo assim,
guardemos com zelo as seguintes orientações de Emmanuel:
Muitos escutam a palavra do Cristo, entretanto, muito poucos são os
que colocam a lição nos ouvidos.
Não se trata de registrar meros vocábulos e sim fixar apontamentos
que devem palpitar no livro do coração.
Não se reportava Jesus à letra morta, mas ao verbo criador.
Os círculos
doutrinários do Cristianismo estão repletos de aprendizes que não
sabem atender a esse apelo. Comparecem às atividades espirituais,
sintonizando a mente com todas as inquietações inferiores, menos com
o Espírito do Cristo. Dobram joelhos, repetem fórmulas verbalistas,
concentram-se em si mesmos, todavia, no fundo, atuam em esfera
distante do serviço justo.
A maioria não pretende ouvir o Senhor e, sim, falar ao Senhor, qual se
Jesus desempenhasse simples função de pajem subordinado aos caprichos
de cada um. São alunos que procuram subverter a ordem escolar. Pronunciam longas orações, gritam protestos, alinhavam promessas
que não podem cumprir.
Não estimam ensinamentos. Formulam imposições.
E, à maneira de loucos, buscam agir em nome do Cristo.
Os resultados não se fazem esperar. O fracasso e a desilusão, a esterilidade
e a dor vão chegando devagarinho, acordando a alma dormente
para as realidades eternas.
Não poucos se revoltam, desencantados...
Não se queixem, contudo, senão de si mesmos.
“Ponde minhas palavras em vossos ouvidos”, disse Jesus.
O próprio vento possui uma direção. Teria, pois, o divino Mestre
transmitido alguma lição, ao acaso?" -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
AS RELAÇÕES NO ALÉM-TÚMULO
274. Da existência de diferentes ordens de Espíritos, resulta
para estes alguma hierarquia de poderes? Há entre
eles subordinação e autoridade?
“Muito grande. Os Espíritos têm uns sobre os outros a
autoridade correspondente ao grau de superioridade que
hajam alcançado, autoridade que eles exercem por um
ascendente moral irresistível.”
a) — Podem os Espíritos inferiores subtrair-se à autoridade
dos que lhes são superiores?
“Eu disse: irresistível.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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