"O sábio escala o caminho da vida, para evitar a descida à morada dos mortos." -( Provérbios, 15: 24 )-
Amados irmãos, bom dia!
Busquemos de todo o coração, o caminho do Senhor. Só assim, teremos a vida plena.
14. Outra hipótese que, em suma, se conjuga perfeitamente à ideia
da unidade de princípio, ressalta do caráter essencialmente previdente do
instinto e concorda com o que o Espiritismo ensina, no tocante às relações
do mundo espiritual com o mundo corpóreo.
Sabe-se agora que muitos Espíritos desencarnados têm por missão
velar pelos encarnados, dos quais se constituem protetores e guias; que os
envolvem nos seus eflúvios fluídicos; que o homem age muitas vezes de
modo inconsciente, sob a ação desses eflúvios.
Sabe-se, ademais, que o instinto, que por si mesmo produz atos inconscientes, predomina nas crianças e, em geral, nos seres cuja razão é
fraca. Ora, segundo esta hipótese, o instinto não seria atributo nem da
alma, nem da matéria; não pertenceria propriamente ao ser vivo, seria efeito da ação direta dos protetores invisíveis que supririam a imperfeição da
inteligência, provocando os atos inconscientes necessários à conservação
do ser. Seria qual a andadeira com que se amparam as crianças que ainda
não sabem andar. Então, do mesmo modo que se deixa gradualmente de
usar a andadeira, à medida que a criança se equilibra sozinha, os Espíritos
protetores deixam entregues a si mesmos os seus protegidos, à medida que
estes se tornam aptos a guiar-se pela própria inteligência.
Assim, o instinto, longe de ser produto de uma inteligência rudimentar e incompleta, sê-lo-ia de uma inteligência estranha, na plenitude
da sua força, inteligência protetora, que supriria a insuficiência, quer de uma inteligência mais jovem, que aquela compeliria a fazer, inconscientemente, para seu bem, o que ainda fosse incapaz de fazer por si mesma,
quer de uma inteligência madura, porém, momentaneamente tolhida no
uso de suas faculdades, como se dá com o homem na infância e nos casos
de idiotia e de afecções mentais.
Diz-se proverbialmente que há um deus para as crianças, para os
loucos e para os ébrios. É mais veraz do que se supõe esse ditado. Aquele
deus, outro não é senão o Espírito protetor, que vela pelo ser incapaz de se
proteger, utilizando-se da sua própria razão.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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