segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A filosofia do Islã


“Tudo posso naquele que me fortalece.” - Paulo - ( Filipenses, 4:13 )




Amados irmãos, bom dia!
"O “mas” é a conjunção que, nos processos verbalistas, habitualmente nos define a posição  íntima perante o Evangelho. Colocada à frente do Santo Nome, exprime-­nos a firmeza e a confiança, a fé e o valor, contudo, localizada depois dele, situa-­nos a indecisão e a ociosidade, a impermeabilidade e a indiferença.
Lembremo-­nos de que Paulo de Tarso, não obstante apedrejado  e perseguido, conseguiu afirmar, vitorioso, aos filipenses: – “Tudo posso naquele que me fortalece.” -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-






"A doutrina Islã possui três princípios, ou artigos de fé, indissociáveis: 

» o credo: trata-se de uma revelação divina e de uma religião monoteísta; 

» os deveres religiosos: estão resumidos em cinco, sendo considerados os pilares da revelação; 

» as relações pessoais: são princípios éticos e políticos ensinados pelo islamismo. 

O credo Islã Sempre se julga mal uma religião quando se toma como ponto de partida exclusivo suas crenças pessoais, porque então é difícil justificar-se um sentimento de parcialidade na apreciação dos princípios. [...] Se nos reportarmos ao meio onde ela surgiu, aí encontramos quase sempre, se não uma justificativa completa, ao menos uma razão de ser. É necessário, sobretudo, penetrar-se no pensamento inicial do fundador e dos motivos que o guiaram. Longe de nós a intenção de absolver Maomé de todas as suas faltas, nem sua religião de todos os erros que chocam o mais vulgar bom senso. Mas a bem da verdade, devemos dizer que também seria pouco lógico julgar essa religião conforme o que dela faz o fanatismo, como o seria julgar o Cristianismo segundo a maneira por que alguns cristãos o praticam. É bem certo que, se os mulçumanos seguissem em espírito o Alcorão, que o Profeta lhes deu por guia, seriam, sob muitos aspectos, completamente diferentes do que são. 

Para apreciar a obra de Maomé é preciso remontar à sua fonte, conhecer o homem e o povo ao qual ele se havia dado a missão de regenerar, e só então se compreende que, para o meio onde ele vivia, seu código religioso era um progresso real. 

A revelação divina, base da crença islâmica, está resumida no seguinte artigo de fé: Não há um Deus senão Alá, e Maomé é seu Profeta. Esta coluna mestra da religião islâmica é a unicidade de Allah, chamada de Tauhid. A crença na unicidade de Deus é entendida sob três enfoques: 

a) unicidade do Criador ou Arububia. Significa que Alá criou e mantém o universo, coisas e seres, pois Ele é o Senhor de tudo e de todos; 

b) unicidade da divindade ou Tahid al uluhia. Expressa que Alá é o Único que devemos adorar e somente a Ele devemos dirigir nossas súplicas, dispensando intermediários entre Ele e os homens; 

c) unicidade dos nomes e atributos de Alá ou Tauhid al assmá ua sifát. Esclarece que a Alá pertencem todos os nomes e atributos da perfeição, razão suficiente para nos submetermos totalmente a Ele, pois é “Allah, o Único! O Absoluto! Jamais gerou ou foi gerado. E nada é comparável a Ele’’ (Alcorão, surata 112). 

O credo em Deus único produz, como consequência, a crença na existência de anjos que, nos livros sagrados do Islamismo, são entendidos como mensageiros divinos que executam as determinações de Alá. Esses mensageiros são feitos de luz, possuem mãos, pés e asas. Incansáveis, jamais agridem; possuem poderes sobrenaturais, são extremamente virtuosos, têm várias ocupações e podem assumir a forma humana.

Quando revestidos de corpo físico, os mensageiros divinos se revelam como pessoas especiais, portadoras de uma missão divina, apesar de possuírem corpos de carne e ossos, de sentirem o que nós sentimos, de adoecerem e morrerem, como qualquer um de nós. 

O credo islâmico aceita e venera alguns livros, considerados sagrados, porque foram revelados por Alá, por meio dos mensageiros que assumiram a forma física. Os principais livros sagrados são: Torah, de Moisés; Salmos, de Davi; Evangelho, de Jesus e Alcorão, o último dos livros santos, o qual permanece inalterado. Abraão, Moisés, Jesus e Maomé são mensageiros divinos, entre os 25 citados no Corão. 

A crença no Dia do Juízo Final é outro artigo de fé islâmica. Acredita-se que, após a morte, seremos ressuscitados, e, nesse dia, todos os nossos atos serão julgados por Alá. A justiça, então, será feita e quem tiver seguido o caminho revelado por Alá, terá o paraíso como morada eterna. As pessoas que preferiram atender os desejos inferiores e os caprichos terão o inferno como morada na eternidade. Os mortos aguardam, dormindo, o dia do julgamento. 

A crença na predestinação, outro artigo de fé, significa ter convicção que Alá é o Senhor e que Ele colocou tudo no seu devido lugar, criando a felicidade e o sofrimento. Dessa forma, o tempo da vida de cada um está nas mãos de Alá. O homem possui livre-arbítrio,  mas não pode sair do círculo permitido por Ele; deve esforçar-se para conseguir de maneira lícita o que deseja para mudar uma situação, não devendo acomodar-se e nem culpar o destino pela sorte ou azar. 

O céu e o inferno estão descritos com detalhes no Corão, e dão margem a diferentes tipos de interpretação muçulmana. Uma das críticas mais severas do Islamismo contra o Cristianismo é que, por este centralizar a palavra de Deus em Jesus (“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós’’ — João 1:14), a religião cristã teria produzido uma ruptura na essência do monoteísmo. Tal fato não aconteceu com o Islamismo, já que o Corão é, literalmente, a palavra de Deus. Na verdade, são equívocos de interpretação, pois, se no Cristianismo a palavra de Deus está centralizada numa pessoa (Jesus), no Islamismo está num livro (Alcorão). Sendo assim, os muçulmanos não consideram correto comparar Jesus com Maomé e a Bíblia com o Corão. Aceitam que há um paralelo entre o Evangelho e o Corão, porque ambos são de origem divina, revelados por mensageiros de Alá. Consideram a Bíblia, como um todo, mais como um texto histórico, ao passo que o Corão é “incriado e existe de sempre’’. É ofensivo chamar os seguidores do Islã de maometanos. Eles se dizem muçulmanos, ou seguidores do Islã, uma vez que Maomé foi apenas um profeta (o maior deles), não criou uma religião, mas revelou a religião verdadeira." -( FEB - EADE )-






Estudo do Livro dos Espíritos






266. Não parece natural que se escolham as provas menos dolorosas? 

“Pode parecer-vos a vós; ao Espírito, não. Logo que este se desliga da matéria, cessa toda ilusão e outra passa a ser a sua maneira de pensar.”  

Sob a influência das idéias carnais, o homem, na Terra, só vê das provas o lado penoso. Tal a razão de lhe parecer natural sejam escolhidas as que, do seu ponto de vista, podem coexistir com os gozos materiais. Na vida espiritual, porém, compara esses gozos fugazes e grosseiros com a inalterável felicidade que lhe é dado entrever e desde logo nenhuma impressão mais lhe causam os passageiros sofrimentos terrenos. Assim, pois, o Espírito pode escolher prova muito rude e, conseguintemente, uma angustiada existência, na esperança de alcançar depressa um estado melhor, como o doente escolhe muitas vezes o remédio mais desagradável para se curar de pronto. Aquele que intenta ligar seu nome à descoberta de um país desconhecido não procura trilhar estrada florida. Conhece os perigos a que se arrisca, mas também sabe que o espera a glória, se lograr bom êxito. 

A doutrina da liberdade que temos de escolher as nossas existências e as provas que devamos sofrer deixa de parecer singular, desde que se atenda a que os Espíritos, uma vez desprendidos da matéria, apreciam as coisas de modo diverso da nossa maneira de apreciá-los. Divisam a meta, que bem diferente é para eles dos gozos fugitivos do mundo. Após cada existência, vêem o passo que deram e compreendem o que ainda lhes falta em pureza para atingirem aquela meta. Daí o se submeterem voluntariamente a todas as vicissitudes da vida corpórea, solicitando as que possam fazer que a alcancem mais presto. Não há, pois, motivo de espanto no fato de o Espírito não preferir a existência mais suave. Não lhe é possível, no estado de imperfeição em que se encontra, gozar de uma vida isenta de amarguras. Ele o percebe e, precisamente para chegar a fruí-la, é que trata de se melhorar. Não vemos, aliás, todos os dias, exemplos de escolhas tais? Que faz o homem que passa uma parte de sua vida a trabalhar sem trégua, nem descanso, para reunir haveres que lhe assegurem o bem-estar, senão desempenhar uma tarefa que a si mesmo se impôs, tendo em vista melhor futuro? O militar que se oferece para uma perigosa missão, o navegante que afronta não menores perigos, por amor da Ciência ou no seu próprio interesse, que  fazem, também eles, senão sujeitar-se a provas voluntárias, de que lhes advirão honras e proveito, se não sucumbirem? A que se não submete ou expõe o homem pelo seu interesse ou pela sua glória? E os concursos não são também todos provas voluntárias a que os concorrentes se sujeitam, com o fito de avançarem na carreira que escolheram? 

Ninguém galga qualquer posição nas ciências, nas artes, na indústria, senão passando pela série das posições inferiores, que são outras tantas provas. A vida humana é, pois, cópia da vida espiritual; nela se nos deparam em ponto pequeno todas as peripécias da outra. Ora, se na vida terrena muitas vezes escolhemos duras provas, visando posição mais elevada, por que não haveria o Espírito, que enxerga mais longe que o corpo e para quem a vida corporal é apenas incidente de curta duração, de escolher uma existência árdua e laboriosa, desde que o conduza à felicidade eterna? Os que dizem que pedirão para ser príncipes ou milionários, uma vez que ao homem é que caiba escolher a sua existência, se assemelham aos míopes, que apenas vêem aquilo em que tocam, ou a meninos gulosos, que, a quem os interroga sobre isso, respondem que desejam ser pasteleiros ou doceiros. 

O viajante que atravessa profundo vale ensombrado por espesso nevoeiro não logra apanhar com a vista a extensão da estrada por onde vai, nem os seus pontos extremos. Chegando, porém, ao cume da montanha, abrange com o olhar quanto percorreu do caminho e quanto lhe resta dele a percorrer. Divisa-lhe o termo, vê os obstáculos que ainda terá de transpor e combina então os meios mais seguros de atingi-lo. O Espírito encarnado é qual viajante no sopé da montanha. Desenleado dos liames terrenais, sua visão tudo domina, como a daquele que subiu à crista da serrania. Para o viajor, no termo da sua jornada está o repouso após a fadiga; para o Espírito, está a felicidade suprema, após as tribulações e as provas. 

Dizem todos os Espíritos que, na erraticidade, eles se aplicam a pesquisar, estudar, observar, a fim de fazerem a sua escolha. Na vida corporal não se nos oferece um exemplo deste fato? Não levamos, frequentemente, anos a procurar a carreira pela qual afinal nos decidimos, certos de ser a mais apropriada a nos facilitar o caminho da vida? Se numa o nosso intento se malogra, recorremos a outra. Cada uma das que abraçamos representa uma fase, um período da vida. Não nos ocupamos cada dia em cogitar do que faremos no dia seguinte? Ora, que são, para o Espírito, as diversas existências corporais, senão fases, períodos, dias da sua vida espírita, que é, como sabemos, a vida normal, visto que a outra é transitória, passageira?




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 23 de outubro de 2016

Expressões do Islã


“Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis.” - Paulo - ( Romanos, 8:13 )




Amados irmãos, bom dia!
"Para quem vive segundo a carne, isto é, de conformidade com os impulsos inferiores, a estação de luta terrestre não é mais que uma série de acontecimentos vazios. Em todos os momentos, a limitação ser-­lhe-­á fantasma incessante. Cérebro  esmagado pelas noções negativas, encontrar-­se-­á com a morte, a cada passo." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-






"Umma ou uma: comunidade de crentes islâmicos, coordenadora do movimento islâmico. Quando Maomé sofreu perseguição em Meca, cidade onde vivia, teve que fugir com os seus seguidores para o norte da Península Arábica. Na cidade de Medina, em Yatrib, fundou a primeira umma de crentes islâmicos, que se tornou famosa por suas atividades. Essa cidade ficou conhecida como “a cidade do profeta’’ (Madìnat anabi). 

Muçulmanos ou islamitas: são pessoas que professam o Islamismo. Podem ser árabes, de origem árabe ou de qualquer outra etnia. 

Caaba ou Ka’ba: palavra árabe que significa cubo. Situada em Meca, a caaba é o santuário e a mais antiga mesquita dos muçulmanos. Trata-se de um edifício quadrado coberto por um pano negro, que os muçulmanos acreditam ter vindo do céu. Num canto da Caaba fica uma pedra negra incrustada na parede, de enorme significado simbólico. Essa pedra é adorada como o último pedaço da morada celeste, sucessivamente restaurada por Abraão e por Ismael no fim do Dilúvio Universal.

Mesquita: templo muçulmano de oração e de ofícios religiosos. 

Minarete: torre da mesquita, de onde parte o chamado da oração. Antigamente, ali havia uma pessoa — o muezim — que fazia o chamamento; hoje, porém, ouve-se uma fita gravada. O “chamado da oração’’, feito em diversas horas do dia, é assim: Alá é Grande, não há outro Deus senão Alá, e Maomé é seu profeta. Vinde para a oração, vinde para a salvação, Alá é Grande, não há outro Deus senão Alá. 

Meca, Mekka, Makkat ou Makkah: cidade da Arábia Saudita, capital da província de Hedjaz. É a cidade santa dos muçulmanos, desde o século VII da Era Cristã, por ter sido o local onde Maomé nasceu e onde está localizada a mesquita mais importante dos islâmicos (Caaba). Geograficamente, está localizada na parte ocidental da Península Arábica, próxima do Mar Vermelho, cerca de 72 Km de Djidda (ou Jidda). Ocupa uma área situada entre colinas e o vale do rio Uuede Ibraim. Inicialmente foi chamada Macoraba ou Makoraba, por Ptolomeu, rei do Egito. Depois recebeu o nome de Bakka e, finalmente, Meca. No século XX a cidade foi transformada num emirado árabe e capital do reino de Hedjaz, em 1916. No ano de 1924 Meca foi conquistada por Ibn Saud e passou a fazer parte do seu reino, que ele chamaria de Arábia Saudita, em 1932. 

Din: é, para a religião mulçumana, um sistema de vida, um conjunto de princípios e práticas que regem o relacionamento do homem com o Criador; consigo mesmo, com o seu semelhante, com outros seres da natureza, e com o ambiente em que vive. O Din deve propiciar um estado de equilíbrio às vidas material e espiritual. Os seus  princípios são simples, em harmonia com a lógica, fornecendo respostas a todas as questões, sejam elas referentes à família, ao trabalho, à política, enfim, a tudo que diz respeito à existência do ser humano." -( FEB - EADE )-






Estudo do Livro dos Espíritos




  



265. Havendo Espíritos que, por provação, escolhem o contacto do vício, outros não haverá que o busquem por simpatia e pelo desejo de viverem num meio conforme aos seus gostos, ou para poderem entregar-se materialmente a seus pendores materiais? 

“Há, sem dúvida, mas tão-somente entre aqueles cujo senso moral ainda está pouco desenvolvido. A prova vem por si mesma e eles a sofrem mais demoradamente. Cedo ou tarde, compreendem que a satisfação de suas paixões brutais lhes acarretou deploráveis consequências, que eles sofrerão durante um tempo que lhes parecerá eterno. E Deus os deixará nessa persuasão, até que se tornem conscientes da falta em que incorreram e peçam, por impulso próprio, lhes seja concedido resgatá-la, mediante úteis provações.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 22 de outubro de 2016

Corão ou Alcorão


“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com  sal, para que saibais como responder a cada um.”  - Paulo - ( Colossenses, 4: 6 ) 




Amados irmãos, bom dia!
"Aplicada em porções inadequadas, a verdade poderá destruir, tanto quanto  o amor costuma perder... Ainda que sejas interpelado pelo maior malfeitor do mundo, deves guardar  uma atitude agradável e digna para informar ou esclarecer. Saber responder é virtude do quadro da sabedoria celestial. Em favor de ti mesmo, não olvides o melhor modo  de atender a cada um." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








"Corão ou Alcorão: os vocábulos têm o significado literal de “leitura por excelência’’ ou “recitação’’. É o livro sagrado do Islamismo, escrito em língua árabe, e teria sido revelado por Alá a Maomé por intermédio do anjo Gabriel. Após a revelação, Maomé passou a ser reconhecido pelos mulçumanos como o maior dos profetas, o último mensageiro divino. O Corão foi documentado, durante a vida do profeta, por cerca de 43 escribas, que receberam o título de califas. À medida que Maomé recebia a revelação, os registros eram feitos em pedaços de couro, em folhas de tamareiras e em pedras polidas. Maomé não escreveu nada, por ser iletrado.

O Corão possui 114 suratas ou suras — semelhantes a capítulos bíblicos —, cada uma delas contendo um número variável de versículos. Nas suratas encontramos relatos da história dos povos antigos; leis que regulamentam a vida do muçulmano; fatos científicos; previsões sobre a vida futura, e várias explicações para entender o Criador. As suratas, reveladas, respectivamente, em Meca e em Medina, são classificadas em suratas antes da hégira (dispersão árabe), e em suratas após a hégira. As suratas reveladas em Meca abrangem normas sobre a crença em Deus, em seus anjos, em seus livros, em seus apóstolos (mensageiros) e sobre o Dia do Juízo Final. As suratas reveladas em Medina dizem respeito aos rituais e à jurisprudência da religião Islã.

O Corão só é considerado legítimo se escrito em árabe, uma vez que qualquer tradução significa deturpação do texto original. Assim, o seguidor da doutrina do Islam, ou muçulmano, tem como obrigação saber a língua árabe para poder ler o Corão." -( FEB - EADE )-






Estudo do Livro dos Espíritos






264. Que é o que dirige o Espírito na escolha das provas que queira sofrer? 

“Ele escolhe, de acordo com a natureza de suas faltas, as que o levem à expiação destas e a progredir mais depressa. Uns, portanto, impõem a si mesmos uma vida de misérias e privações, objetivando suportá-las com coragem; outros preferem experimentar as tentações da riqueza e do poder, muito mais perigosas, pelos abusos e má aplicação a que podem dar lugar, pelas paixões inferiores que uma e outros desenvolvem; muitos, finalmente, se decidem a experimentar suas forças nas lutas que terão de sustentar em contacto com o vício.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Mahommad ou Maomé


“Portanto,  nós  também,  pois  que  estamos  rodeados  de  uma  tão  grande  nuvem  de  testemunhas,  deixemos  todo  o  embaraço.”  - Paulo - ( Hebreus, 12:1 ) 




Amados irmãos, bom dia!
"Cada existência humana é sempre valioso dia de luta –  generoso  degrau  para a ascensão infinita – e, em  qualquer posição que permaneça, a criatura estará cercada por enorme legião de testemunhas.
Faze, pois, o bem possível aos teus associados de luta, no dia de hoje, e não  te esqueças dos que te acompanham, em espírito, cheios de preocupação e amor."  -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








"Mahommad ou Maomé: nome que significa “o altamente louvado’’, representa o sumo profeta dos muçulmanos. Descende de Ismael, filho de Abraão com a escrava árabe Hagar. Nasceu por volta de 570 d.C., em Meca, importante centro comercial de Hedjaz — região da Península Arábica, situada ao longo do Mar Vermelho. Faleceu em Medina, com a idade de 63 anos. 

Na época em que Maomé recebeu a revelação Islã, a região era habitada por povos nômades, organizados em estirpes, por sua vez dividas em tribos, linhagens (clãs) e famílias poligâmicas. Maomé — cognominado o Muhamad ou o glorificado — pertencia à estirpe dos Kinanas da tribo de Banu Quraysh, já adaptada à vida urbana, em Meca, e descendente da linhagem de Banu Abd manàf’. 

Maomé vivia do transporte de caravanas e do comércio, em toda a extensão da Península Arábica. Órfão de pai antes do nascimento, Maomé foi criado, até os seis anos, por sua mãe. Após o falecimento desta, foi educado pelo avô e tio paternos, ambos politeístas. Aos 25 anos conheceu Khadija, sua futura esposa, mulher bonita e rica, que também organizava caravanas. Teve muitos filhos com ela. Aos 40 anos sentiu a necessidade de se refugiar nas grutas de Meca para meditar sobre os destinos do homem, uma vez que se encontrava insatisfeito com a prática politeísta da religião de sua família. A história do Islã nos informa que, certa vez, Maomé meditava na caverna do monte Hira, no início do ano 610 d.C., quando o anjo Gabriel lhe apareceu e disse: “Tu és o escolhido’’. Em seguida, lhe transmitiu os primeiros versículos da revelação corânica.

O instante do contato de Maomé com o anjo é chamado de Noite do Poder, porque, segundo a tradição islâmica, nessa noite foi possível “ouvir o mato crescer e as árvores falando, e as pessoas que presenciaram essas coisas enxergavam pelos olhos de Deus”. Maomé relata que durante o contato com Gabriel, entrou em profundo transe e que sua alma foi marcada, como por ferro em brasa, pelas palavras pronunciadas pelo anjo. Desfazendo a sintonia, saiu aterrorizado da caverna, correu para casa, e lá foi tomado de espasmos de agonia, imaginando que, daí em diante, se transformaria num profeta, num louco ou num possesso. Reza a tradição que sua esposa lhe teria dito: “Rejubila-te, caro esposo meu, e enche o teu coração de alegria, pois serás o profeta deste povo”. 

Maomé acreditava que somente o Islamismo conduziria a Humanidade à salvação, porque o Judaísmo e o Cristianismo haviam corrompido o significado da Revelação de Deus." -( FEB - EADE )-






Estudo do Livro dos Espíritos






263. O Espírito faz a sua escolha logo depois da morte? 

“Não, muitos acreditam na eternidade das penas, o que, como já se vos disse, é um castigo.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Islamismo - Informações básicas


“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.”  - Paulo - ( Filipenses, 2:14 )  




Amados irmãos, bom dia!
"Lutemos, quanto estiver em nossas forças, contra essas humilhantes atitudes mentais.Confiados em Deus, dilatemos todas as nossas esperanças, certos de que, conforme asseveram os velhos Provérbios, o coração otimista é medicamento de paz e de alegria." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-







"Allan Kardec nos esclarece que há poucas informações sobre Maomé e a religião que ele fundou: o Islamismo. Mas considera importante estudá-la. Esclarece, ainda, que, a “[...] despeito de suas imperfeições, o Islamismo não deixou de ser um grande benefício para a época em que surgiu e para o país onde nasceu, porque fundou o culto da unidade de Deus sobre as ruínas da idolatria”. Destacamos, em seguida, informações básicas para o entendimento da fé islâmica. 

Islamismo ou Islã: religião monoteísta, supostamente revelada por Deus, ou Allah, ao profeta Maomé, cujos ensinamentos estão contidos no livro Alcorão. Ao contrário do que se pensa, o Islã (ou Islam) não foi enviado a um só povo, os árabes. As suras 21:107 e 7:158 dizem: “E não lhe enviamos, senão como misericórdia para a Humanidade. digo, ó gentes, eu sou o mensageiro de Allah para todos vocês’’. Trata-se de uma religião que não possui o sistema sacerdotal comum a muitas interpretações religiosas, cristãs e não cristãs. Entretanto, os imãs, líderes de orações nas mesquitas e responsáveis por sermões, têm boa educação teológica e são funcionários das mesquitas.

Allah ou Alá: palavra árabe que significa Deus, e que se relaciona, etimologicamente, à palavra hebraica El (ou Al, por corruptela), usada na Bíblia para nomear o “Deus dos hebreus”. Para a religião Islã, Allah é um Juiz Onipotente, mas repleto de amor e de compaixão, daí a razão de todas as suras (versículos) do Corão se iniciarem com as palavras: “Em nome de Alá, o Misericordioso, o Compassivo’’. Alá não é apenas o Deus a que todos os homem devem se submeter, é também o único que pode perdoar e auxiliar.

Islã ou Islam: palavra árabe com dupla significação: paz (sentido etimológico) e submissão (sentido religioso). Trata-se de uma doutrina que teve origem na Arábia e que, ainda hoje, guarda íntima relação com a cultura desse país, embora atualmente só uma minoria dos muçulmanos seja árabe. A palavra “submissão” tem um sentido muito específico para o Islamismo: o de que o homem deve se entregar a Deus e se submeter a Sua vontade em todos os instantes e setores da vida social. Esta é a condição para ser muçulmano." -( FEB - EADE )-






Estudo do Livro dos Espíritos






262. Como pode o Espírito, que, em sua origem, é simples, ignorante e carecido de experiência, escolher uma existência com conhecimento de causa e ser responsável por essa escolha? 

“Deus lhe supre a inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir, como fazeis com a criancinha. Deixa-o, porém, pouco a pouco, à medida que o seu livre-arbítrio se desenvolve, senhor de proceder à escolha e só então é que muitas vezes lhe acontece extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos dos bons Espíritos. A isso é que se pode chamar a queda do homem.” 

a) — Quando o Espírito goza do livre-arbítrio, a escolha da existência corporal dependerá sempre exclusivamente de sua vontade, ou essa existência lhe pode ser imposta, como expiação, pela vontade de Deus? 

“Deus sabe esperar, não apressa a expiação. Todavia, pode impor certa existência a um Espírito, quando este, pela sua inferioridade ou má vontade, não se mostra apto a compreender o que lhe seria mais útil, e quando vê que tal existência servirá para a purificação e o progresso do Espírito, ao mesmo tempo que lhe sirva de expiação.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A Igreja Católica Romana


“Não vos enganeis; as más conversações corrompem os  bons costumes.”  - Paulo -( I Coríntios, 15:33 )




Amados irmãos, bom dia!
"Examina sempre as sugestões verbais que te cercam no caminho  diário. Trouxeram-­te denúncias, más notícias, futilidades, relatórios malsãos da vida alheia? Observa como ages. Em todas as ocasiões, há recurso para retificares amorosamente, porquanto podes renovar todo esse material, em Jesus Cristo." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








A igreja católica é, entre as organizações cristãs, a que possui a mais rígida e organizada hierarquia administrativa, formada pelo papa, pelos bispos e padres. Papa é uma palavra latina, de afeto e respeito, que significa “papai’’. O papa é também denominado “sumo pontífice”, título latino pagão (pontifix = construtor de pontes). A igreja católica destaca a posição do papa porque, segundo a sua teologia, ele é o sucessor de Pedro, o apóstolo. Em 1870, foi proclamado o dogma da infabilidade papal em questões de fé. 

O vocábulo bispo, do grego episcopos, quer dizer “supervisor’’. O bispo, na hierarquia católica, é considerado o principal pastor e centro da igreja cristã. O território sobre o qual governa um bispo é chamado de “diocese’’. O papa é o bispo de Roma. Assim como o papa é sucessor de Pedro, os bispos seguem as pegadas dos apóstolos. Uma das funções mais importantes de um bispo é ordenar padres em sua diocese. 

Pontífice é sinônimo de sacerdote ou padre. Foi um termo amplamente empregado na igreja cristã primitiva para designar os bispos. A principal tarefa de um padre é dirigir sua paróquia ou comunidade pela pregação e pelo serviço divino, sobretudo pela administração dos sacramentos (considerados as manifestações materiais da graça de Deus). Os padres devem dedicar sua vida a Deus, à Igreja e à Humanidade, razão por que permanecem no celibato e não podem constituir família. 

A Igreja Católica se considera uma expressão visível do reino de Deus no plano físico. A teologia católica ensina que a Igreja tem as quatro características que distinguiram a primeira igreja cristã: é única (existe apenas uma Igreja fiel à palavra de Jesus); santa (é santa porque ensina uma doutrina santa e oferece todos os meios para a santidade: os sacramentos); católica (quer dizer universal, mundial, para todos) e apostólica (a Igreja é dirigida por pessoas que são sucessoras dos apóstolos). 

A Igreja Católica possui sete sacramentos, a saber: batismo da criança (por meio dele a criança ingressa na Igreja); confirmação (sacramento administrado por um bispo quando a criança tem, mais ou menos, 12 anos. A criança é untada com óleo e, assim, confirma sua fé católica. Trata-se de uma cerimônia realizada perto da festa de Pentecostes); eucaristia (parte do serviço divino do sacerdote que entrega ao crente o pão consagrado ou hóstia. A hóstia representa o corpo do Cristo. A eucaristia é também chamada comunhão); penitência (consiste na confissão, absolvição e atos de contrição); unção de enfermos (o padre unge a pessoa enferma na testa e nas mãos, para curá-lo); ordem (é a ordenação sacerdotal, realizada por um bispo, utilizando orações e imposição de mãos); matrimônio (aqui o elemento crucial não é a bênção do sacerdote, mas os votos mútuos que os noivos fazem na presença do sacerdote e das testemunhas). 

Os católicos acreditam que o “povo de Deus’’ é formado pela comunidade de crentes, que formam a “comunhão dos santos’’, fazendo parte desta comunidade os vivos, os mortos que se encontram no purgatório e os bem-aventurados do céu. Os católicos oram a Jesus, a Maria santíssima e aos santos. Os santos são pessoas que dedicaram a vida a honrar a Deus de maneira excepcional, por exemplo, morrendo como mártires ou fazendo milagres. Até o ano 1172 os bispos podiam dizer quem podia ser canonizado; a partir de então somente o papa tem autoridade para isso. Desde 1960 a Igreja Católica vem passando uma série de renovações, iniciadas pelo papa João XXIII, quando realizou um encontro geral dos bispos (concílio) no Vaticano. 

Algumas dessas mudanças são significativas: campanha de leitura da Bíblia, formando grupos de estudo; relacionamento com outras igrejas cristãs; participação em atividades ecumênicas, não necessariamente cristãs; participação do Conselho Mundial de Igrejas, como observadora. A Igreja Católica possui vários dogmas de natureza teológica. Dogma (do latim dogma, e do grego dógma), significa ato ou decisão. Trata-se de um ponto fundamental e indiscutível de uma doutrina religiosa, e, por extensão, de qualquer doutrina ou sistema. O dogma da santíssima trindade afirma que há um só Deus em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O dogma do pecado original ensina que os males da humanidade terrestre se reportam a Adão e Eva que comeram o fruto proibido da árvore da vida, razão por que foram expulsos do Paraíso. O homem pecador foi resgatado do erro pela imolação ou crucificação do Cristo. O dogma das penas eternas liberta o homem do sofrimento eterno, em razão dos erros cometido, se este aceitar as instruções do Catolicismo que determina: “Fora da igreja não há salvação”. -( FEB - EADE )-






Estudo do Livro dos Espíritos






261. Nas provações por que lhe cumpre passar para atingir a perfeição, tem o Espírito que sofrer tentações de todas as naturezas? Tem que se achar em todas as circunstâncias que possam excitar-lhe o orgulho, a inveja, a avareza, a sensualidade, etc.? 

“Certo que não, pois bem sabeis haver Espíritos que desde o começo tomam um caminho que os exime de muitas provas. Aquele, porém, que se deixa arrastar para o mau caminho, corre todos os perigos que o inçam. Pode um Espírito, por exemplo, pedir a riqueza e ser-lhe esta concedida. Então, conforme o seu caráter, poderá tornar-se avaro ou pródigo, egoísta ou generoso, ou ainda lançar-se a todos os  gozos da sensualidade. Daí não se segue, entretanto, que haja de forçosamente passar por todas estas tendências.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 18 de outubro de 2016

. Igreja Católica Apostólica Ortodoxa


“Como,  pois,  recebestes  o  Senhor Jesus  Cristo,  assim  também andai nele.”  - Paulo - ( Colossenses, 2: 6 )  




Amados irmãos, bom dia!
"É indispensável, contudo, que os beneficiários do Cristo, tanto  quanto  experimentam alegria na dádiva, sintam igual prazer no trabalho e no testemunho de fé. Não bastará fartarmo-­nos de bênçãos. É necessário colaborarmos, por nossa vez, no serviço do Evangelho, atendendo­-lhe o programa santificador." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








No começo do Cristianismo havia cinco patriarcas. Cada um deles era o cabeça de um centro de expansão da nova fé, e cada um deles tinha como função expandir o Cristianismo numa certa direção geográfica. 

Primeiro o Patriarca de Jerusalém, no Centro, onde Jesus morreu e ressuscitou. Ao norte, o Patriarca de Constantinopla. Ao sul, o Patriarca de Alexandria, no Egito. Ao Oriente, o Patriarca de Antioquia. E a Ocidente, o Patriarca de Roma. 

O Patriarca de Roma, nos séculos posteriores, passou a ser chamado de Papa. A Igreja Ortodoxa, uma das três grandes divisões do Cristianismo, “[...] também denominada Igreja do Oriente (ou Igreja Ortodoxa do Oriente), designa o grupo de igrejas que se consideram depositárias da doutrina e do ritual dos padres apostólicos [guardiões da moral cristã].” Foram eles: Clemente de Roma, Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna, Hermes de Roma e Barnabé de Alexandria. Representando a fé histórica da cristandade oriental a Igreja Ortodoxa é mais limitativa do que as Igrejas orientais, não somente por excluir os cristãos orientais que se reuniram à Igreja Católica Apostólica Romana uniatas, como também por não compreender as Igrejas que se separaram no século V por motivos doutrinários (nestorianismo, monofisismo). Oficialmente chamada Igreja Católica Apostólica Ortodoxa, ou Igreja grega, em oposição à Igreja latina, católica e romana. A Igreja Ortodoxa abrange os grupos que se originaram do grande cisma de 1054 e que dependem historicamente de Bizâncio (Constantinopla). 

As igrejas orientais se subdividem, por sua vez, em três grupos: a Ortodoxa do Oriente, as igrejas nestorianas e as dos monofisistas. As igrejas orientais, embora se aglutinem em torno da igreja Romana, apresentam diferenças quanto aos ritos e às normas disciplinares. As igrejas orientais nestorianas têm como base as interpretações de Nestor (ou Nestório), patriarca de Constantinopla no ano de 428. Nestor afirmava que em Jesus havia dois “Eu” ou duas pessoas: uma divina, com a sua natureza divina, e outra, humana, com a sua natureza humana. Ele rejeitava a utilização do termo Theotokos, uma palavra muito usada para referir-se a Maria e que significa literalmente Mãe de Deus. Nestor se opôs ao termo não porque exaltasse a pessoa da Virgem Maria, mas porque abordava a divindade de Cristo de tal maneira que poderia ofuscar sua natureza humana. Para solucionar o problema Nestor sugeriu um novo termo — Cristotokos (Mãe de Cristo), querendo com isso afirmar que Maria não era progenitora da divindade mas apenas da humanidade de Cristo. A discussão promoveu intrigas e manobras políticas que terminaram na convocação do terceiro concílio ecumênico, que ocorreu em Éfeso no dia 7 de junho de 431. A polêmica ficou mais uma vez em torno dos alexandrinos e antiocanos, estes apoiavam Nestor enquanto os primeiros se opuseram fortemente. O concílio terminou em 433 com parecer favorável a Alexandria, quando o patriarca de Constantinopla foi exilado e posteriormente transferido para um oásis no deserto do Líbano onde ficou até o fim de sua vida. O termo Theotokos, designado a Virgem Maria, se tornou dogma da igreja, como sinal de ortodoxia, tanto para a igreja do Oriente quanto à do Ocidente.

Os monofisistas representavam uma corrente — ainda relativamente numerosa nos dias atuais — de teólogos cristãos, dirigida por Dióscoro de Alexandria, que propôs (século quinto) uma doutrina contrária à de Nestor: que em Jesus haveria um só Eu divino e uma só natureza divina. A sua tese foi rejeitada, em 451, pelo Concílio de Calcedônia, que decretou: em Jesus há uma só pessoa divina, ou um só Eu, mas duas naturezas (a divina e a humana). Historicamente, essas igrejas têm origem nas comunidades cristãs de Antioquia, Alexandria, Corinto e Tessalônica. A cisão, ocorrida definitivamente no século XI, se deu pelo fato de os cristãos orientais não aceitarem a supremacia dos bispos de Roma, quando a sede do Império Romano foi transferida para Constantinopla, no ano 330. As divergências se acentuam doutrinária e politicamente, sobretudo nos séculos V e VI. Após o segundo Concílio de Niceia (em 787), os orientais não aceitam mais o ecumenismo dos concílios, o celibato dos padres nem a santíssima trindade. 

A hierarquia sacerdotal é composta de diáconos, padres, bispos, arcebispos, metropolitas e patriarcas. O celibato é obrigatório apenas para os bispos, não para os padres, embora o casamento deva ocorrer antes da ordenação. A Igreja Ortodoxa tem claustros e monges. Costuma ser chamada de Igreja da Ressurreição, porque dá ênfase à ressurreição do Cristo, em suas prédicas. Tem sete sacramentos e acredita no Dia do Juízo Final. Os serviços religiosos atraem a curiosidades popular pela beleza que oferecem. As igrejas são construídas como o Templo de Salomão, em Jerusalém: há um vestíbulo com a pia batismal; a nave, onde a congregação permanece durante o ofício religioso; o santuário, oculto atrás de um biombo, e que corresponde ao “Santo dos santos” do templo judaico. Apenas o padre tem permissão de entrar no santuário. Durante o serviço religioso a congregação pode ver, a distância, o santuário. O biombo que oculta o santuário se chama iconostas (parede de imagens), porque é coberto de pinturas religiosas, ou ícones, típicos da Igreja Ortodoxa." -(FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






260. Como pode o Espírito desejar nascer entre gente de má vida? 

“Forçoso é que seja posto num meio onde possa sofrer a prova que pediu. Pois bem! É necessário que haja analogia. Para lutar contra o instinto do roubo, preciso é que se ache em contacto com gente dada à prática de roubar.” 

a) — Assim, se não houvesse na Terra gente de maus costumes, o Espírito não encontraria aí meio apropriado ao sofrimento de certas provas? 

“E seria isso de lastimar-se? É o que ocorre nos mundos superiores, onde o mal não penetra. Eis por que, nesses mundos, só há Espíritos bons. Fazei que em breve o mesmo se dê na Terra.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!