“Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim
também andai nele.” - Paulo - ( Colossenses, 2: 6 )
Amados irmãos, bom dia!
"É indispensável, contudo, que os beneficiários do Cristo, tanto quanto
experimentam alegria na dádiva, sintam igual prazer no trabalho e no testemunho de
fé. Não bastará fartarmo-nos de bênçãos. É necessário colaborarmos, por nossa
vez, no serviço do Evangelho, atendendo-lhe o programa santificador." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
No começo do Cristianismo havia cinco patriarcas. Cada um deles
era o cabeça de um centro de expansão da nova fé, e cada um deles
tinha como função expandir o Cristianismo numa certa direção
geográfica.
Primeiro o Patriarca de Jerusalém, no Centro, onde Jesus
morreu e ressuscitou. Ao norte, o Patriarca de Constantinopla. Ao
sul, o Patriarca de Alexandria, no Egito. Ao Oriente, o Patriarca de
Antioquia. E a Ocidente, o Patriarca de Roma.
O Patriarca de Roma, nos séculos posteriores, passou a ser
chamado de Papa. A Igreja Ortodoxa, uma das três grandes divisões
do Cristianismo, “[...] também denominada Igreja do Oriente (ou
Igreja Ortodoxa do Oriente), designa o grupo de igrejas que se consideram
depositárias da doutrina e do ritual dos padres apostólicos
[guardiões da moral cristã].” Foram eles: Clemente de Roma, Inácio
de Antioquia, Policarpo de Esmirna, Hermes de Roma e Barnabé de
Alexandria.
Representando a fé histórica da cristandade oriental a Igreja Ortodoxa
é mais limitativa do que as Igrejas orientais, não somente por excluir
os cristãos orientais que se reuniram à Igreja Católica Apostólica Romana
uniatas, como também por não compreender as Igrejas que se
separaram no século V por motivos doutrinários (nestorianismo, monofisismo).
Oficialmente chamada Igreja Católica Apostólica Ortodoxa,
ou Igreja grega, em oposição à Igreja latina, católica e romana. A Igreja
Ortodoxa abrange os grupos que se originaram do grande cisma de
1054 e que dependem historicamente de Bizâncio (Constantinopla).
As igrejas orientais se subdividem, por sua vez, em três grupos:
a Ortodoxa do Oriente, as igrejas nestorianas e as dos monofisistas.
As igrejas orientais, embora se aglutinem em torno da igreja Romana,
apresentam diferenças quanto aos ritos e às normas disciplinares.
As igrejas orientais nestorianas têm como base as interpretações de Nestor (ou Nestório), patriarca de Constantinopla no ano de
428. Nestor afirmava que em Jesus havia dois “Eu” ou duas pessoas:
uma divina, com a sua natureza divina, e outra, humana, com a sua
natureza humana.
Ele rejeitava a utilização do termo Theotokos, uma palavra muito usada
para referir-se a Maria e que significa literalmente Mãe de Deus. Nestor
se opôs ao termo não porque exaltasse a pessoa da Virgem Maria, mas
porque abordava a divindade de Cristo de tal maneira que poderia ofuscar
sua natureza humana. Para solucionar o problema Nestor sugeriu um
novo termo — Cristotokos (Mãe de Cristo), querendo com isso afirmar
que Maria não era progenitora da divindade mas apenas da humanidade
de Cristo. A discussão promoveu intrigas e manobras políticas que
terminaram na convocação do terceiro concílio ecumênico, que ocorreu
em Éfeso no dia 7 de junho de 431. A polêmica ficou mais uma vez em
torno dos alexandrinos e antiocanos, estes apoiavam Nestor enquanto
os primeiros se opuseram fortemente. O concílio terminou em 433 com
parecer favorável a Alexandria, quando o patriarca de Constantinopla
foi exilado e posteriormente transferido para um oásis no deserto do
Líbano onde ficou até o fim de sua vida. O termo Theotokos, designado
a Virgem Maria, se tornou dogma da igreja, como sinal de ortodoxia,
tanto para a igreja do Oriente quanto à do Ocidente.
Os monofisistas representavam uma corrente — ainda relativamente
numerosa nos dias atuais — de teólogos cristãos, dirigida por
Dióscoro de Alexandria, que propôs (século quinto) uma doutrina
contrária à de Nestor: que em Jesus haveria um só Eu divino e uma
só natureza divina. A sua tese foi rejeitada, em 451, pelo Concílio de
Calcedônia, que decretou: em Jesus há uma só pessoa divina, ou um
só Eu, mas duas naturezas (a divina e a humana). Historicamente, essas igrejas têm origem nas comunidades cristãs
de Antioquia, Alexandria, Corinto e Tessalônica. A cisão, ocorrida
definitivamente no século XI, se deu pelo fato de os cristãos orientais
não aceitarem a supremacia dos bispos de Roma, quando a sede do
Império Romano foi transferida para Constantinopla, no ano 330. As divergências se acentuam doutrinária e politicamente, sobretudo
nos séculos V e VI. Após o segundo Concílio de Niceia (em 787), os
orientais não aceitam mais o ecumenismo dos concílios, o celibato
dos padres nem a santíssima trindade.
A hierarquia sacerdotal é composta de diáconos, padres, bispos,
arcebispos, metropolitas e patriarcas. O celibato é obrigatório apenas
para os bispos, não para os padres, embora o casamento deva ocorrer
antes da ordenação. A Igreja Ortodoxa tem claustros e monges.
Costuma ser chamada de Igreja da Ressurreição, porque dá ênfase
à ressurreição do Cristo, em suas prédicas. Tem sete sacramentos e
acredita no Dia do Juízo Final. Os serviços religiosos atraem a curiosidades
popular pela beleza que oferecem. As igrejas são construídas
como o Templo de Salomão, em Jerusalém: há um vestíbulo com a
pia batismal; a nave, onde a congregação permanece durante o ofício
religioso; o santuário, oculto atrás de um biombo, e que corresponde
ao “Santo dos santos” do templo judaico. Apenas o padre tem permissão
de entrar no santuário. Durante o serviço religioso a congregação
pode ver, a distância, o santuário. O biombo que oculta o santuário se
chama iconostas (parede de imagens), porque é coberto de pinturas
religiosas, ou ícones, típicos da Igreja Ortodoxa." -(FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
260. Como pode o Espírito desejar nascer entre gente de
má vida?
“Forçoso é que seja posto num meio onde possa sofrer
a prova que pediu. Pois bem! É necessário que haja analogia.
Para lutar contra o instinto do roubo, preciso é que se
ache em contacto com gente dada à prática de roubar.”
a) — Assim, se não houvesse na Terra gente de maus
costumes, o Espírito não encontraria aí meio apropriado ao
sofrimento de certas provas?
“E seria isso de lastimar-se? É o que ocorre nos mundos
superiores, onde o mal não penetra. Eis por que, nesses
mundos, só há Espíritos bons. Fazei que em breve o
mesmo se dê na Terra.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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