“Tudo posso naquele que me fortalece.” - Paulo - ( Filipenses, 4:13 )
Amados irmãos, bom dia!
"O “mas” é a conjunção que, nos processos verbalistas, habitualmente nos
define a posição íntima perante o Evangelho. Colocada à frente do Santo Nome, exprime-nos a firmeza e a confiança, a fé e o valor, contudo, localizada depois dele, situa-nos a indecisão e a ociosidade, a impermeabilidade e a indiferença.
Lembremo-nos de que Paulo de Tarso, não obstante apedrejado e
perseguido, conseguiu afirmar, vitorioso, aos filipenses: – “Tudo posso naquele que
me fortalece.” -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
"A doutrina Islã possui três princípios, ou artigos de fé,
indissociáveis:
» o credo: trata-se de uma revelação divina e de uma religião monoteísta;
» os deveres religiosos: estão resumidos em cinco, sendo considerados
os pilares da revelação;
» as relações pessoais: são princípios éticos e políticos ensinados pelo
islamismo.
O credo Islã
Sempre se julga mal uma religião quando se toma como ponto de partida
exclusivo suas crenças pessoais, porque então é difícil justificar-se
um sentimento de parcialidade na apreciação dos princípios. [...] Se
nos reportarmos ao meio onde ela surgiu, aí encontramos quase sempre,
se não uma justificativa completa, ao menos uma razão de ser. É
necessário, sobretudo, penetrar-se no pensamento inicial do fundador
e dos motivos que o guiaram. Longe de nós a intenção de absolver
Maomé de todas as suas faltas, nem sua religião de todos os erros que
chocam o mais vulgar bom senso. Mas a bem da verdade, devemos
dizer que também seria pouco lógico julgar essa religião conforme o
que dela faz o fanatismo, como o seria julgar o Cristianismo segundo
a maneira por que alguns cristãos o praticam. É bem certo que, se
os mulçumanos seguissem em espírito o Alcorão, que o Profeta lhes
deu por guia, seriam, sob muitos aspectos, completamente diferentes
do que são.
Para apreciar a obra de Maomé é preciso remontar à sua
fonte, conhecer o homem e o povo ao qual ele se havia dado a missão
de regenerar, e só então se compreende que, para o meio onde ele
vivia, seu código religioso era um progresso real.
A revelação divina, base da crença islâmica, está resumida no
seguinte artigo de fé: Não há um Deus senão Alá, e Maomé é seu Profeta.
Esta coluna mestra da religião islâmica é a unicidade de Allah,
chamada de Tauhid. A crença na unicidade de Deus é entendida sob três enfoques:
a) unicidade do Criador ou Arububia. Significa que Alá
criou e mantém o universo, coisas e seres, pois Ele é o Senhor de tudo
e de todos;
b) unicidade da divindade ou Tahid al uluhia. Expressa que
Alá é o Único que devemos adorar e somente a Ele devemos dirigir
nossas súplicas, dispensando intermediários entre Ele e os homens;
c)
unicidade dos nomes e atributos de Alá ou Tauhid al assmá ua sifát.
Esclarece que a Alá pertencem todos os nomes e atributos da perfeição,
razão suficiente para nos submetermos totalmente a Ele, pois é “Allah,
o Único! O Absoluto! Jamais gerou ou foi gerado. E nada é comparável
a Ele’’ (Alcorão, surata 112).
O credo em Deus único produz, como consequência, a crença na
existência de anjos que, nos livros sagrados do Islamismo, são entendidos
como mensageiros divinos que executam as determinações de Alá. Esses
mensageiros são feitos de luz, possuem mãos, pés e asas. Incansáveis,
jamais agridem; possuem poderes sobrenaturais, são extremamente
virtuosos, têm várias ocupações e podem assumir a forma humana.
Quando revestidos de corpo físico, os mensageiros divinos se
revelam como pessoas especiais, portadoras de uma missão divina,
apesar de possuírem corpos de carne e ossos, de sentirem o que nós
sentimos, de adoecerem e morrerem, como qualquer um de nós.
O credo islâmico aceita e venera alguns livros, considerados
sagrados, porque foram revelados por Alá, por meio dos mensageiros
que assumiram a forma física. Os principais livros sagrados são:
Torah, de Moisés; Salmos, de Davi; Evangelho, de Jesus e Alcorão,
o último dos livros santos, o qual permanece inalterado. Abraão,
Moisés, Jesus e Maomé são mensageiros divinos, entre os 25 citados
no Corão.
A crença no Dia do Juízo Final é outro artigo de fé islâmica.
Acredita-se que, após a morte, seremos ressuscitados, e, nesse dia,
todos os nossos atos serão julgados por Alá. A justiça, então, será
feita e quem tiver seguido o caminho revelado por Alá, terá o paraíso
como morada eterna. As pessoas que preferiram atender os desejos
inferiores e os caprichos terão o inferno como morada na eternidade.
Os mortos aguardam, dormindo, o dia do julgamento.
A crença na predestinação, outro artigo de fé, significa ter
convicção que Alá é o Senhor e que Ele colocou tudo no seu devido
lugar, criando a felicidade e o sofrimento. Dessa forma, o tempo da
vida de cada um está nas mãos de Alá. O homem possui livre-arbítrio, mas não pode sair do círculo permitido por Ele; deve esforçar-se para
conseguir de maneira lícita o que deseja para mudar uma situação,
não devendo acomodar-se e nem culpar o destino pela sorte ou azar.
O céu e o inferno estão descritos com detalhes no Corão, e dão
margem a diferentes tipos de interpretação muçulmana. Uma das críticas mais severas do Islamismo contra o Cristianismo
é que, por este centralizar a palavra de Deus em Jesus (“E o Verbo se
fez carne, e habitou entre nós’’ — João 1:14), a religião cristã teria
produzido uma ruptura na essência do monoteísmo. Tal fato não
aconteceu com o Islamismo, já que o Corão é, literalmente, a palavra
de Deus. Na verdade, são equívocos de interpretação, pois, se no
Cristianismo a palavra de Deus está centralizada numa pessoa (Jesus),
no Islamismo está num livro (Alcorão). Sendo assim, os muçulmanos
não consideram correto comparar Jesus com Maomé e a Bíblia com
o Corão. Aceitam que há um paralelo entre o Evangelho e o Corão,
porque ambos são de origem divina, revelados por mensageiros de Alá.
Consideram a Bíblia, como um todo, mais como um texto histórico,
ao passo que o Corão é “incriado e existe de sempre’’.
É ofensivo chamar os seguidores do Islã de maometanos. Eles
se dizem muçulmanos, ou seguidores do Islã, uma vez que Maomé
foi apenas um profeta (o maior deles), não criou uma religião, mas
revelou a religião verdadeira." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
266. Não parece natural que se escolham as provas menos
dolorosas?
“Pode parecer-vos a vós; ao Espírito, não. Logo que
este se desliga da matéria, cessa toda ilusão e outra passa
a ser a sua maneira de pensar.”
Sob a influência das idéias carnais, o homem, na Terra, só
vê das provas o lado penoso. Tal a razão de lhe parecer natural
sejam escolhidas as que, do seu ponto de vista, podem coexistir
com os gozos materiais. Na vida espiritual, porém, compara esses
gozos fugazes e grosseiros com a inalterável felicidade que lhe é
dado entrever e desde logo nenhuma impressão mais lhe causam
os passageiros sofrimentos terrenos. Assim, pois, o Espírito pode
escolher prova muito rude e, conseguintemente, uma angustiada
existência, na esperança de alcançar depressa um estado melhor,
como o doente escolhe muitas vezes o remédio mais desagradável
para se curar de pronto. Aquele que intenta ligar seu
nome à descoberta de um país desconhecido não procura trilhar
estrada florida. Conhece os perigos a que se arrisca, mas também
sabe que o espera a glória, se lograr bom êxito.
A doutrina da liberdade que temos de escolher as nossas
existências e as provas que devamos sofrer deixa de parecer singular,
desde que se atenda a que os Espíritos, uma vez desprendidos
da matéria, apreciam as coisas de modo diverso da nossa
maneira de apreciá-los. Divisam a meta, que bem diferente é para
eles dos gozos fugitivos do mundo. Após cada existência, vêem o
passo que deram e compreendem o que ainda lhes falta em pureza
para atingirem aquela meta. Daí o se submeterem voluntariamente
a todas as vicissitudes da vida corpórea, solicitando as
que possam fazer que a alcancem mais presto. Não há, pois, motivo
de espanto no fato de o Espírito não preferir a existência mais
suave. Não lhe é possível, no estado de imperfeição em que se encontra,
gozar de uma vida isenta de amarguras. Ele o percebe e,
precisamente para chegar a fruí-la, é que trata de se melhorar.
Não vemos, aliás, todos os dias, exemplos de escolhas tais?
Que faz o homem que passa uma parte de sua vida a trabalhar
sem trégua, nem descanso, para reunir haveres que lhe assegurem
o bem-estar, senão desempenhar uma tarefa que a si mesmo
se impôs, tendo em vista melhor futuro? O militar que se oferece
para uma perigosa missão, o navegante que afronta não menores
perigos, por amor da Ciência ou no seu próprio interesse, que fazem, também eles, senão sujeitar-se a provas voluntárias, de
que lhes advirão honras e proveito, se não sucumbirem? A que se
não submete ou expõe o homem pelo seu interesse ou pela sua
glória? E os concursos não são também todos provas voluntárias
a que os concorrentes se sujeitam, com o fito de avançarem na
carreira que escolheram?
Ninguém galga qualquer posição nas
ciências, nas artes, na indústria, senão passando pela série das
posições inferiores, que são outras tantas provas. A vida humana
é, pois, cópia da vida espiritual; nela se nos deparam em ponto
pequeno todas as peripécias da outra. Ora, se na vida terrena
muitas vezes escolhemos duras provas, visando posição mais elevada,
por que não haveria o Espírito, que enxerga mais longe que
o corpo e para quem a vida corporal é apenas incidente de curta
duração, de escolher uma existência árdua e laboriosa, desde
que o conduza à felicidade eterna? Os que dizem que pedirão
para ser príncipes ou milionários, uma vez que ao homem é que
caiba escolher a sua existência, se assemelham aos míopes, que
apenas vêem aquilo em que tocam, ou a meninos gulosos, que, a
quem os interroga sobre isso, respondem que desejam ser
pasteleiros ou doceiros.
O viajante que atravessa profundo vale ensombrado por espesso
nevoeiro não logra apanhar com a vista a extensão da estrada
por onde vai, nem os seus pontos extremos. Chegando, porém,
ao cume da montanha, abrange com o olhar quanto percorreu
do caminho e quanto lhe resta dele a percorrer. Divisa-lhe o termo,
vê os obstáculos que ainda terá de transpor e combina então
os meios mais seguros de atingi-lo. O Espírito encarnado é qual
viajante no sopé da montanha. Desenleado dos liames terrenais,
sua visão tudo domina, como a daquele que subiu à crista da
serrania. Para o viajor, no termo da sua jornada está o repouso
após a fadiga; para o Espírito, está a felicidade suprema, após as
tribulações e as provas.
Dizem todos os Espíritos que, na erraticidade, eles se aplicam
a pesquisar, estudar, observar, a fim de fazerem a sua escolha. Na vida corporal não se nos oferece um exemplo deste fato?
Não levamos, frequentemente, anos a procurar a carreira pela
qual afinal nos decidimos, certos de ser a mais apropriada a nos
facilitar o caminho da vida? Se numa o nosso intento se malogra,
recorremos a outra. Cada uma das que abraçamos representa
uma fase, um período da vida. Não nos ocupamos cada dia em
cogitar do que faremos no dia seguinte? Ora, que são, para o
Espírito, as diversas existências corporais, senão fases, períodos,
dias da sua vida espírita, que é, como sabemos, a vida normal,
visto que a outra é transitória, passageira?
Que a graça e a paz sejam conosco!
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