"Muitos dentre eles vacilarão, cairão e serão despedaçados, serão presos ao laço e apanhados na armadilha." -( Isaías, 8: 15 )-
Amados irmãos, bom dia!
Por isso o Senhor nos orienta: instruí-vos, orai e vigiai.
33. Demais, fora inexato dizer-se que os que começam pela teoria se privam do objeto das observações práticas. Pelo contrário, não só lhes não faltam os fenômenos, como ainda os de que eles dispõem maior peso mesmo têm aos seus olhos, do que os que pudessem vir a operar-se em sua presença. Referimo-nos aos copiosos fatos de manifestações espontâneas, de que falaremos nos capítulos seguintes.
Raros serão os que delas não tenham conhecimento, quando nada, por ouvir dizer. Outros conhecem algumas, consigo mesmo ocorridas, mas a que não prestaram quase nenhuma atenção. A teoria lhes vem dar a explicação. E afirmamos que esses fatos têm grande peso, quando se apóiam em testemunhos irrecusáveis, porque não se pode supô-los devidos a arranjos, nem a conivências. Mesmo que não houvesse os fenômenos provocados, nem por isso deixaria de haver os espontâneos e já seria muito que ao Espiritismo coubesse apenas lhes oferecer uma solução racional. Assim, os que lêem previamente reportam suas recordações a esses fatos, que se lhes apresentam como uma confirmação da teoria.
Estudo do Livro dos Espíritos
871. Pois que Deus tudo sabe, não ignora se um homem sucumbirá ou não em determinada prova. Assim sendo, qual a necessidade dessa prova, uma vez que nada acrescentará ao que Deus já sabe a respeito desse homem?
“Isso equivale a perguntar por que não criou Deus o homem perfeito e acabado; por que passa o homem pela infância, antes de chegar à condição de adulto. A prova não tem por fim dar a Deus esclarecimentos sobre o homem, pois que Deus sabe perfeitamente o que ele vale, mas dar ao homem toda a responsabilidade de sua ação, uma vez que tem a liberdade de fazer ou não fazer. Dotado da faculdade de escolher entre o bem e o mal, a prova tem por efeito pô-lo em luta com as tentações do mal e conferir-lhe todo o mérito da resistência. Ora, conquanto saiba de antemão se ele se sairá bem ou não, Deus não o pode, em sua justiça, punir, nem recompensar, por um ato ainda não praticado.”
Assim sucede entre os homens. Por muito capaz que seja um estudante, por grande que seja a certeza que se tenha de que alcançará bom êxito, ninguém lhe confere grau algum sem exame, isto é, sem prova. Do mesmo modo, o juiz não condena um acusado, senão com fundamento num ato consumado e não na previsão de que ele possa ou deva consumar esse ato.
Quanto mais se reflete nas consequências que teria para o homem o conhecimento do futuro, melhor se vê quanto foi sábia a Providência em lho ocultar. A certeza de um acontecimento venturoso o lançaria na inação. A de um acontecimento infeliz o encheria de desânimo. Em ambos os casos, suas forças ficariam paralisadas. Daí o não lhe ser mostrado o futuro, senão como meta que lhe cumpre atingir por seus esforços, mas ignorando os trâmites por que terá de passar para alcançá-la. O conhecimento de todos os incidentes da jornada lhe tolheria a iniciativa e o uso do livre-arbítrio. Ele se deixaria resvalar pelo declive fatal dos acontecimentos, sem exercer suas faculdades. Quando o feliz êxito de uma coisa está assegurado, ninguém mais com ela se preocupa.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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