sexta-feira, 14 de agosto de 2020

A Gênese


"Bendito seja eternamente seu nome glorioso e que toda a terra se encha de sua glória. Amém! Amém! -( Salmos, 71: 19 )- 



Amados irmãos, bom dia!

Que a gratidão seja presente em nossos corações, a fim de que seja ela ao nosso Deus único.



10. Sob o céu puro da Caldeia, da Índia e do Egito, berço das mais antigas civilizações, o movimento dos astros foi observado com tanta exatidão, quanto o permitia a falta de instrumentos especiais. Notou-se, primeiramente, que certas estrelas tinham movimento próprio, independente da massa, o que não consentia a suposição de que se achassem presas à abóbada. Chamaram-lhes estrelas errantes ou planetas, para distingui-las das estrelas fixas. Calcularam-se-lhes os movimentos e os retornos periódicos. No movimento diurno da esfera estrelada, foi notada a imobilidade da Estrela Polar, em cujo derredor as outras descreviam, em vinte e quatro horas, círculos oblíquos paralelos, uns maiores, outros menores, conforme a distância em que se encontravam da estrela central. Foi o primeiro passo para o conhecimento da obliquidade do eixo do mundo. Viagens mais longas deram lugar a que se observasse a diferença dos aspectos do céu, segundo as latitudes e as estações. A verificação de que a elevação da Estrela Polar acima do horizonte variava com a latitude, abriu caminho para a percepção da redondeza da Terra. Foi assim que,  pouco a pouco, chegaram a fazer uma ideia mais exata do sistema do mundo. Pelo ano 600 a.C., Tales, de Mileto (Ásia Menor), descobriu a esfericidade da Terra, a obliquidade da eclíptica e a causa dos eclipses. Um século depois, Pitágoras, de Samos, descobre o movimento diurno da Terra, sobre o próprio eixo, seu movimento anual em torno do Sol e incorpora os planetas e os cometas ao sistema solar. Hiparco, de Alexandria (Egito), em 160 a.C. inventa o astrolábio, calcula e prediz os eclipses, observa as manchas do Sol, determina o ano trópico, a duração das revoluções da Lua. Embora preciosíssimas para o progresso da Ciência, essas descobertas levaram perto de 2.000 anos a se popularizarem. Não dispondo senão de raros manuscritos para se propagarem, as ideias novas permaneciam como patrimônio de alguns filósofos, que as ensinavam a discípulos privilegiados. As massas, que ninguém cuidava de esclarecer, nenhum proveito tiravam das ideias novas e continuavam a nutrir-se das velhas crenças. 



Que a graça e a paz sejam conosco!

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