"Louvem-no o céu e a terra, os mares e tudo que neles se move." -( Salmos, 68: 35 )-
Amados irmãos, bom dia!
O louvor é um carinho para o coração do Senhor, pois, nos coloca como os filhos que ele criou.
Possessos
29. Vieram em seguida a Cafarnaum e Jesus, entrando primeiramente, em dia de sábado, na sinagoga, os instruía. — Admiravam-se da sua doutrina, porque Ele os instruía como tendo autoridade e não como os escribas. Ora, achava-se na sinagoga um homem possesso de um Espírito impuro, que exclamou: — “Que há entre ti e nós, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei quem és: és o santo de Deus.” — Jesus, porém, falando-lhe ameaçadoramente, disse: “Cala-te e sai desse homem.” — Então, o Espírito impuro, agitando o homem em violentas convulsões, saiu dele. Ficaram todos tão surpreendidos que uns aos outros perguntavam: “Que é isto? Que nova doutrina é esta? Ele dá ordem com império, até os Espíritos impuros, e estes lhe obedecem.” (Marcos, 1:21 a 27.) 30. Tendo eles saído, apresentaram-lhe um homem mudo, possesso do demônio. — Expulso o demônio, o mudo falou, e o povo tomado de admiração, dizia: “Jamais se viu coisa semelhante em Israel.” Mas os fariseus, ao contrário, diziam: “É pelo príncipe dos demônios que Ele expele os demônios.” (Mateus, 9:32 a 34.)
31. Quando Ele foi vindo ao lugar onde estavam os outros discípulos, viu em torno destes uma grande multidão e muitos escribas que com eles disputavam. — Logo que deu com Jesus, todo o povo se tomou de espanto e temor e correram todos a saudá-lo. Perguntou Ele então: “Sobre que disputáveis em assembleia?” — Um homem, do meio do povo, tomando a palavra, disse: “Mestre, trouxe-te meu filho, que está possesso de um Espírito mudo; — em todo lugar onde dele se apossa, atira-o por terra e o menino espuma, rilha os dentes e se torna todo seco. Pedi a teus discípulos que o expulsassem, mas eles não puderam.” Disse-lhes Jesus: “Ó gente incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos suportarei? Trazei-mo.” — Trouxeram-lho e ainda não havia ele posto os olhos em Jesus, e o Espírito entrou a agitá-lo violentamente; ele caiu no chão e se pôs a rolar espumando. Jesus perguntou ao pai do menino: “Desde quando isto lhe sucede?” — “Desde pequenino, diz o pai. — E o Espírito o tem lançado, muitas vezes, ora à água, ora ao fogo, para fazê-lo perecer; se alguma coisa puderes, tem compaixão de nós e socorre-nos.” Respondeu-lhe Jesus: “Se puderes crer, tudo é possível àquele que crê.” — Logo exclamou o pai do menino, banhado em lágrimas: “Senhor, creio, ajuda-me na minha incredulidade.” Jesus, vendo que o povo acorria em multidão, falou em tom de ameaça ao Espírito impuro, dizendo-lhe: “Espírito surdo e mudo sai desse menino e não entres mais nele.” — Então, o Espírito, soltando grande grito e agitando o menino em violentas convulsões, saiu, ficando como morto o menino, de sorte que muitos diziam que ele morrera. — Mas Jesus, tomando-lhe as mãos e amparando-o, fê-lo levantar-se. Quando Jesus voltou para casa, seus discípulos lhe perguntaram, em particular: “Por que não pudemos nós expulsar esse demônio?” — Ele respondeu: “Os demônios desta espécie não podem ser expulsos senão pela prece e pelo jejum.” (Marcos, 9:13 a 28.) 32. Apresentaram-lhe então um possesso cego e mudo e Ele o curou, de modo que o possesso começou a falar e a ver: — Todo o povo ficou presa de admiração e dizia: “Não é esse o filho de Davi?” Mas os fariseus, isso ouvindo, diziam: “Este homem expulsa os demônios com o auxílio de Belzebu, príncipe dos demônios.” Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes: “Todo reino que se dividir contra si mesmo será arruinado e toda cidade ou casa que se divide contra si mesma não pode subsistir. — Se Satanás expulsa a Satanás, ele está dividido contra si mesmo, como, pois, o seu reino poderá subsistir? — E, se é por Belzebu que eu expulso os demônios, por quem os expulsarão vossos filhos? Por isso, eles próprios serão os vossos juízes. — Se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é que o reino de Deus veio até vós.” (Mateus, 12:22 a 28.)
33. Com as curas, as libertações de possessos figuram entre os mais numerosos atos de Jesus. Alguns há, entre os fatos dessa natureza, como os acima narrados, no item 30, em que a possessão não é evidente. Provavelmente, naquela época, como ainda hoje acontece, atribuía-se à influência dos demônios todas as enfermidades cuja causa se não conhecia, principalmente a mudez, a epilepsia e a catalepsia. Outros há, todavia, em que nada tem de duvidosa a ação dos maus Espíritos, casos esses que guardam com os de que somos testemunhas tão frisante analogia, que neles se reconhecem todos os sintomas de tal gênero de afecção. A prova da participação de uma inteligência oculta, em tal caso, ressalta de um fato material: são as múltiplas curas radicais obtidas, nalguns centros espíritas, pela só evocação e doutrinação dos Espíritos obsessores, sem magnetização, nem medicamentos e, muitas vezes, na ausência do paciente e a grande distância deste. A imensa superioridade do Cristo lhe dava tal autoridade sobre os Espíritos imperfeitos, chamados então demônios, que lhe bastava ordenar se retirassem para que não pudessem resistir a essa injunção. (Cap. XIV, item 46.)
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário