quarta-feira, 3 de outubro de 2018

O livro dos médiuns


"O direito é posto de lado, a justiça se mantém afastada, a boa fé tropeça na praça pública e não pode alí entrar a retidão." -( Isaías, 59: 14 )-





Amados irmãos, bom dia!
Estamos vivendo tempos sombrios e só serão superados se nos dispusermos a viver conforme os ensinamentos do Senhor. Sem nascermos em Espírito e em Verdade não conseguiremos nossa reforma interior.




122. Passemos ao segundo fenômeno, o da transfiguração.
Consiste na mudança do aspecto de um corpo vivo. Aqui está um fato dessa natureza cuja perfeita autenticidade podemos garantir, ocorrido durante os anos de 1858 e 1859, nos arredores de Saint-Etienne.
Uma mocinha, de mais ou menos quinze anos, gozava da singular faculdade de se transfigurar, isto é, de tomar, em dados momentos, todas as aparências de certas pessoas mortas. Tão completa era a ilusão, que os que assistiam ao fenômeno julgavam ter diante de si a própria pessoa, cuja aparência ela tomava, tal a semelhança dos traços fisionômicos, do olhar, do som da voz e, até, da maneira particular de falar. Esse fenômeno se repetiu centenas de vezes sem que a vontade da mocinha ali interferisse. Tomou, em várias ocasiões, a aparência de seu irmão, que morrera alguns anos antes. Reproduzia-lhe não somente o semblante, mas também o porte e a corpulência. Um médico do lugar, testemunha que fora, muitas vezes, desses estranhos efeitos, querendo certificar-se de que não havia naquilo ilusionismo, fez a experiência que vamos relatar.

Conhecemos os fatos, pelo que nos referiram ele próprio, o pai da moça e diversas outras testemunhas oculares, muito honradas e dignas de crédito. Veio a esse médico a idéia de pesar a moça no seu estado normal e de fazer-lhe o mesmo no de transfiguração, quando apresentava a aparência do irmão, que contava, ao morrer, vinte e tantos anos, e era mais alto do que ela e de compleição mais forte. Pois bem! verificou que, no segundo estado, o peso da moça era quase duplo do seu peso normal. Concludente se mostra a experiência, tornando impossível atribuir-se aquela aparência a uma simples ilusão de ótica.

Tentemos explicar esse fato, que noutro tempo teria sido qualificado de milagre e a que hoje chamamos muito simplesmente fenômeno.



Estudo do Livro dos Espíritos




959. Donde nasce, para o homem, o sentimento instintivo da vida futura?

“Já temos dito: antes de encarnar, o Espírito conhecia todas essas coisas e a alma conserva vaga lembrança do que sabe e do que viu no estado espiritual.”

Em todos os tempos, o homem se preocupou com o seu futuro para lá do túmulo e isso é muito natural. Qualquer que seja a importância que ligue à vida presente, não pode ele furtar-se a considerar quanto essa vida é curta e, sobretudo, precária, pois que a cada instante está sujeita a interromper-se, nenhuma certeza lhe sendo permitida acerca do dia seguinte. Que será dele, após o instante fatal? Questão grave esta, porquanto não se trata de alguns anos apenas, mas da eternidade. Aquele que tem de passar longo tempo, em país estrangeiro, se preocupa com a situação em que lá se achará. Como, então, não nos havia de preocupar a em que nos veremos, deixando este mundo, uma vez que é para sempre?
A idéia do nada tem qualquer coisa que repugna à razão. O homem que mais despreocupado seja durante a vida, em chegando o momento supremo, pergunta a si mesmo o que vai ser dele e, sem o querer, espera.
Crer em Deus, sem admitir a vida futura, fora um contra-senso. O sentimento de uma existência melhor reside no foro íntimo de todos os homens e não é possível que Deus aí o tenha colocado em vão.
A vida futura implica a conservação da nossa individualidade, após a morte. Com efeito, que nos importaria sobreviver ao corpo, se a nossa essência moral houvesse de perder-se no oceano do infinito? As consequências, para nós, seriam as mesmas que se tivéssemos de nos sumir no nada.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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