"Cria em mim um coração puro, ó Deus e renova dentro de mim um espírito estável." -( Salmos, 51: 10 )-
Amados irmãos, bom dia!
Desculpem a ausência. Estive com sérios problemas de saúde, mas, com a graça do nosso Criador, aqui estamos novamente na busca do conhecimento partilhado, buscando nossa evolução conjunta.
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E o adúltero?
“E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.” -( João, 8:4 )-
O caso da pecadora apresentada pela multidão a Jesus envolve considerações muito significativas, referentemente ao impulso do homem para ver o mal nos semelhantes, sem enxergá-lo em si mesmo.
Entre as reflexões que a narrativa sugere, identificamos a do errôneo conceito de adultério unilateral.
Se a infeliz fora encontrada em pleno delito, onde se recolhera o adúltero que não foi trazido a julgamento pelo cuidado popular?
Seria ela a única responsável? Se existia uma chaga no organismo coletivo, requisitando intervenção a fim de ser extirpada, em que furna se ocultava aquele que ajudava a fazê-la?
A atitude do Mestre, naquela hora, caracterizou-se por infinita sabedoria e inexcedível amor.
Jesus não podia centralizar o peso da culpa na mulher desventurada e, deixando perceber o erro geral, indagou dos que se achavam sem pecado. O grande e espontâneo silêncio, que então se fez, constituiu resposta mais eloquente que qualquer declaração verbal. Ao lado da mulher adúltera permaneciam também os homens pervertidos, que se retiraram envergonhados.
O homem e a mulher surgem no mundo com tarefas específicas que se integram, contudo, num trabalho essencialmente uno, dentro do plano da evolução universal. No capítulo das experiências inferiores, um não cai sem o outro, porque a ambos foi concedido igual ensejo de santificar. Se as mulheres desviadas da elevada missão que lhes cabe prosseguem sob triste destaque no caminho social, é que os adúlteros continuam ausentes da hora de juízo, tanto quanto no momento da célebre sugestão de Jesus.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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