"O Senhor é rei e se revestiu de majestade, ele se cingiu com um cinto de poder. A terra, que com firmeza ele estabeleceu, não será abalada". -( Salmos, 92: 1 )-
Amados irmãos, bom dia!
Os que confiam no Senhor, assim como a terra, jamais serão abalados.
6. Se Jesus ameaçou os culpados com o fogo eterno, também os ameaçou de serem lançados na Geena. Ora, que vem a ser a Geena? Nada mais nada menos que um lugar nos arredores de Jerusalém, um monturo onde se despejavam as imundícies da cidade. Dever-se-ia interpretar isso também ao pé da letra? Entretanto era uma dessas figuras enérgicas de que ele se servia para impressionar as massas. O mesmo se dá com o fogo eterno. E se tal não fora o seu pensar, ele estaria em contradição, exaltando a clemência e misericórdia de Deus, pois clemência e inexorabilidade são sentimentos antagônicos que se anulam. Desconhecer-se-ia, pois, o sentido das palavras de Jesus, atribuindo-lhes a sanção do dogma das penas eternas, quando todo o seu ensino proclamou a mansidão do Criador, a sua benignidade. No Pai-Nosso Jesus nos ensina a dizer: — Perdoai-nos, Senhor, as nossas faltas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Pois se o culpado não devesse esperar algum perdão, inútil seria pedi-lo. Esse perdão é, porém, incondicional? É uma remissão pura e simples da pena em que se incorre? Não; a medida desse perdão subordina-se ao modo pelo qual se haja perdoado, o que equivale dizer que não seremos perdoados desde que não perdoemos. Deus, fazendo do esquecimento das ofensas uma condição absoluta, não podia exigir do homem fraco o que Ele, onipotente, não fizesse. O Pai-Nosso é um protesto cotidiano contra a eterna vingança de Deus.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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