"Louvai, ó servos do Senhor, louvai o nome do Senhor." -( Salmos, 112: 1 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Desde o nascer ao por do sol, seja louvado o nome do Senhor"
9. Moisés, evidentemente, partilhava das mais primitivas crenças sobre a cosmogonia. Como os do seu tempo, ele acreditava na solidez da abóbada celeste e em reservatórios superiores para as águas. Essa ideia se acha expressa sem alegoria, nem ambiguidade, neste passo (versículos 6 e seguintes): “Deus disse: ‘Faça-se o firmamento no meio das águas para separar das águas as águas.’ Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das que estavam por cima do firmamento.” (Veja-se: cap. V, Antigos e modernos sistemas do mundo, itens 3 a 5.) Segundo uma crença antiga, a água era tida como o princípio primitivo, o elemento gerador, pelo que Moisés não fala da criação das águas, parecendo que já elas existiam. “As trevas cobriam o abismo”, isto é, as profundezas do espaço, que a imaginação imprecisamente figurava ocupada pelas águas e em trevas, antes da criação da luz. Eis aí por que Moisés diz: “O Espírito de Deus era levado (ou boiava) sobre as águas.” Tida a Terra como formada no meio das águas, era preciso insulá-la. Imaginou-se então que Deus fizera o firmamento, uma abóbada sólida, para separar as águas de cima das que estavam sobre a Terra. A fim de compreendermos certas partes da Gênese, faz-se indispensável que nos coloquemos no ponto de vista das ideias cosmogônicas da época que ela reflete.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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