sábado, 7 de janeiro de 2017

E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz


“Respondeu-­lhe  Simão  Pedro:  Senhor,  para  quem  iremos nós? tu tens as palavras da vida eterna.” -( João, 6:68 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Quem comunga efetivamente no banquete da revelação cristã, em tempo  algum olvidará o Mestre amoroso que lhe endereçou o convite. É que o mundo permanece repleto de filósofos, cientistas e reformadores de toda espécie, sem dúvida respeitáveis pelas concepções humanas avançadas de que se fazem pregoeiros; na maioria das situações, todavia, não passam de meros expositores de palavras transitórias, com reflexos em experiências efêmeras. Cristo, porém, é o Salvador das almas e o Mestre dos corações e, com Ele, encontramos os roteiros da vida eterna."   -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-









E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz. E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés (Mt 10:13-14). 

"O conceito de dignidade nos padrões do Evangelho extrapola as convenções sociais e as aparências. Deixa de ser uma condição que toca o exterior, atingindo assim, a intimidade do ser. 

“Desça sobre ela a vossa paz”, na ação consequente da sintonia no bem, significa aquilo que desejamos para quem nos abriga ou nos auxilia. Há, neste sentido uma associação de vibrações, quando as ideias ou atitudes de uma pessoa encontram ressonância na outra. A paz não se traduz apenas como expressão de bons votos, ou de vibrações harmônicas, mas no trabalho efetivo e permanente da alegria de conviver. 

“Mas, se não for digna”, explica o cultivo de ideias inferiores ou indignas em nossa casa mental, mantendo-a refratária aos valores espirituais. Mesmo como espíritas, ainda vivemos sob o impacto de recaídas quando, invigilantes, alimentamos “indignidades” e introduzimos desarmonias no psiquismo próprio e alheio. 

“Torne para vós a vossa paz.” É da lei: a doação do bem produz recebimento do bem. Não existe na vida ganhos e perdas; há, sim, ação e reação, causa e efeito. As ações, boas ou más, voltam para nós, acrescidas das vibrações de natureza semelhante. Ainda que bem-intencionados, não devemos menosprezar a ponderação no ato de ajudar, evitando nos guiar por impulsos ou emoções intempestivas. A ausência de esclarecimento e de controle emocional impõe restrições ao exercício da caridade. O benfeitor esclarecido sabe operar com humildade, sem exigências ou constrangimentos, garantindo, em quaisquer circunstâncias, a paz que cultiva nas bases do entendimento e da compreensão. 

“E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras...”, mostra que nem todas as pessoas mantêm sintonia com as nossas ideias e atitudes. Não há motivos para atritos ou conflitos se alguém não nos recebe bem. A reencarnação explica os sentimentos de simpatia e antipatia existentes nos inter-relacionamentos humanos. Exercitemos a capacidade de fixar as lições que as pessoas nos trazem, detendo o que é bom. 

“Saindo daquela casa ou cidade”, revela que no terreno da comunicação humana atuam forças internas, irradiadas pelas próprias pessoas, e forças externas, provenientes do ambiente, bem como de outros personagens que se encontram fora do processo. Tais forças determinam as ações de atração e repulsão, aceitação ou rejeição de ideias e atitudes. “Saindo da casa” implica, também, retirada física ou vibratória do ambiente. Isto é aconselhável quando as paixões são exacerbadas e existe o risco de conflitos desagregadores. Recuar e afastar, nesta situação, é medida de bom senso, ainda que se entenda que as melhores disposições de auxílio ou cooperação foram adiadas. Há situações, porém, que o afastamento pode ser traduzido como “manter-se num compasso de espera”. Nem sempre as pessoas revelam condições para absorver um ensinamento. É preciso, pois, dar tempo ao tempo, a exemplo de como faz Jesus: permanece nos aguardando há milênios até que a maturidade espiritual nos alcance e estejamos prontos a aceitar o seu jugo. 

“Sacudi o pó dos vossos pés” significa não guardar mágoas nem ressentimentos. É esquecer todas as lembranças infelizes, agindo com bom ânimo, empregando energias construtivas no trabalho de todos os dias, evitando compromissos ou vinculações com o mal. Natural é o desejo de confiar a outrem as sementes da verdade e do bem, entretanto, se somos recebidos pela hostilidade do meio a que nos dirigimos, não é razoável nos mantenhamos em longas observações e apontamentos, que, ao invés de conduzir-nos a tarefa a êxito oportuno, estabelecem sombras e dificuldades em torno de nós. Se alguém não reconheceu a tua boa vontade ou intenção, porque perder tempo com sentenças acusatórias? Tal atitude não soluciona problemas nem resolve conflitos. Ignoras, acaso, que o negador e o indiferente serão igualmente chamados pela morte do corpo à nossa pátria de origem? Encomenda-os a Jesus com amor e prossegue, em linha reta, buscando os teus sagrados objetivos. Há muito por fazer na edificação espiritual do mundo e de ti mesmo. Sacode, pois, as más impressões e marcha alegremente." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






341. Na incerteza em que se vê, quanto às eventualidades do seu triunfo nas provas que vai suportar na vida, tem o Espírito uma causa de ansiedade antes da sua encarnação? 

“De ansiedade bem grande, pois que as provas da sua existência o retardarão ou farão avançar, conforme as suporte.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a


"Pois o mesmo Pai vos ama.”  - Jesus - ( João, 16:27 ) 




Amados irmãos, bom dia!
"Ninguém despreze os valores da confiança. Servo algum fuja ao benefício da cooperação. Quem hoje pode dar algo de útil, precisará possivelmente amanhã de alguma colaboração essencial. Conservemos, pois, a luz da consolação, a bênção do concurso fraterno, a confiança em nossos Maiores e a certeza na proteção deles; contudo, não olvidemos o dever natural de seguir para o Alto, utilizando os próprios pés." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí até que vos retireis. E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a... (Mt 10:11-12). 

“E, em qualquer cidade ou aldeia”, Jesus mostra que não devemos ter preferência ou preocupação quanto ao local onde o bem deva ser realizado, pois em todos os lugares existem Espíritos necessitados: nos ambientes pobres ou nos prósperos, em pequenas ou grandes localidades. Da mesma forma, quando estamos identificados com a mensagem do Cristo, somos convocados a agir sem discriminações, nos colocando à disposição do próximo, segundo as determinações do Alto. 

A “cidade” é constituída por aglomeração humana de certa importância, localizada numa área geográfica circunscrita, organizada e com infraestrutura essencial à sobrevivência e às facilidades da vida de seus habitantes. “Aldeia” é uma povoação de pequenas proporções, rural, menor que uma vila. Em geral, é local onde há construções simples e econômicas. O texto evangélico não discrimina o tamanho ou a qualidade do local mas enfatiza a necessidade de nos mantermos filiados a pessoas dignas favorecendo, assim, a manutenção de plano vibratório elevado. Se na dinamização e distribuição dos recursos espirituais somos convocados a sair de nós mesmos, na busca de solução e superação dos problemas que nos são inerentes, necessitamos, por outro lado, “entrar” território adentro da aldeia íntima, selecionando conceitos, pensamentos e tendências, sem prescindir da vigilância. 

“Procurai saber quem nela seja digno”, mostra que cabe a cada um a iniciativa de selecionar padrões morais que garantam sintonia elevada. Esta seleção não implica a busca por privilégios, mas a nossa identificação com quem favoreça a manutenção do processo educativo, uma vez que, na categoria de aprendizes, somos também portadores de numerosas fraquezas e imperfeições. Em qualquer situação de trato com os semelhantes ou no exame de suas ações, é imperioso distinguir o que é digno, porque digno será aquele que se afirma no bem. 

A expressão “e hospedai-vos aí”, implica a ideia de alojamento com infraestrutura mínima para se proteger das intempéries. Hospedar um viajante era um dever, um hábito existente na sociedade judaica, representando um ato de caridade. Implica igualmente em acomodar- -se, estabelecer-se. Espiritualmente, expressa a permanência na pauta da cooperação. É, também, abrigar-se sob o teto dos pensamentos e atitudes dignas, com discernimento, perseverança e bom ânimo. 

“Até que vos retireis” revela que a pessoa identificada com o Evangelho vive em constante dinâmica: auxiliando o próximo ou superando os problemas é lícito, imperioso mesmo, que procure novas experiências. Quando uma situação é resolvida, é preciso que se desligue dela, retendo apenas o aprendizado daí decorrente que, por sua vez, servirá de base para a vivência de novas experiências. 

“E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a” indica entrar em relação ou sintonia com alguém. A sintonia será tanto maior quanto maiores forem os laços de simpatia. A palavra “casa” tem dois sentidos: o de habitação ou abrigo material, local de vivência comum; e o de casa mental, residência íntima em que nos abrigamos, ininterruptamente, todas as horas do dia. Estamos sempre entrando e saindo da casa mental das pessoas: durante uma simples conversa, numa palestra, num estudo; na permuta de vibrações, ideias e sentimentos. O “saudai-a” implica felicitar, testemunhar respeito, louvar o que se nota de positivo, de criativo ou de edificante nas pessoas. 

A saudação indicada por Jesus, extrapola as convenções sociais porque utiliza os ingredientes do amor e do respeito. Esta saudação pode simbolizar um bálsamo que alivia dores; um esclarecimento que elucida ou um apaziguamento que estimula a concórdia. É de bom alvitre que, ao entrar na casa material ou na mental de alguém, tenhamos “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”. É preciso enxergar o que é bom e ouvir o que é útil. Adotar a discrição ou silêncio ante as vibrações inferiores, porventura ali reinantes, é atestar sabedoria." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






340. É solene para o Espírito o instante da sua encarnação? Pratica ele esse ato considerando-o grande e importante? 

“Procede como o viajante que embarca para uma travessia perigosa e que não sabe se encontrará ou não a morte nas ondas que se decide a afrontar.” 

O viajante que embarca sabe a que perigo se lança, mas não sabe se naufragará. O mesmo se dá com o Espírito: conhece o gênero das provas a que se submete, mas não sabe se sucumbirá. Assim como, para o Espírito, a morte do corpo é uma espécie de renascimento, a reencarnação é uma espécie de morte, ou antes, de exílio, de clausura. Ele deixa o mundo dos Espíritos pelo mundo corporal, como o homem deixa este mundo por aquele. Sabe que reencarnará, como o homem sabe que morrerá. Mas, como este com relação à morte, o Espírito só no instante supremo, quando chegou o momento predestinado, tem consciência de que vai reencarnar. Então, qual do homem em agonia, dele se apodera a perturbação, que se prolonga até que a nova existência se ache positivamente encetada. À aproximação do momento de reencarnar, sente uma espécie de agonia.




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Porque digno é o operário do seu alimento



“Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como  vo-lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão.” - Paulo - ( I Coríntios, 15:2 )




Amados irmãos, bom dia!
"É imperioso reconhecer que toda tarefa digna se reveste de utilidade a seu  tempo, de conformidade com os sentimentos do  colaborador; contudo, no que condiz com a vida eterna que o Cristianismo nos desdobra ao olhar, é imprescindível retermos em nós o ensinamento do Mestre, com vistas à necessária aplicação. Cada aprendiz há de ser uma página viva do livro que Jesus está escrevendo  com o material evolutivo da Terra. O discípulo  gravará o Evangelho na própria existência ou então se preparará ao recomeço do aprendizado, porquanto, sem fixar  em si mesmo a luz da lição, debalde terá crido." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos Céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão, porque digno é o operário do seu alimento (Mt 10:7-10). 

Qualquer pregação tem o sentido de despertar, de atrair o interesse de quantos estão predispostos a ouvir. Com Jesus, a pregação manifesta-se, não só por palavras, mas principalmente pela irradiação de sua personalidade superior, e, sobretudo pelos exemplos que Ele soube ilustrar. 

“Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios” revela o quadro de enfermidades existentes no mundo. Os imperativos “curai”, “limpai”, “ressuscitai” e “expulsai” indicam o tratamento que deve ser aplicado aos doentes, não esquecendo que a proposta de Jesus envolve, necessariamente, atendimento aos desajustados da alma e do corpo. A capacidade de expulsar “demônios” começa com o esforço de assepsia mental, perseverante e paciente, da seleção dos próprios pensamentos. Lembramos, assim, a orientação de O evangelho segundo o espiritismo: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más”.

“De graça recebestes, de graça dai” indica que toda doação deve ser espontânea e sem exigência, não esperando qualquer tipo de recompensa ou agradecimento. Os condicionamentos aos padrões materiais do mundo nos fazem desejar receber algo em troca de benefícios concedidos, expressos sob a forma de valores amoedados ou mesmo de um simples “muito obrigado”. O Mestre desvincula o trabalho espiritual de qualquer recompensa, seja financeira, seja de outra espécie, quando afirma: “Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos”. Os bens materiais são valores necessários ao contexto vivencial da humanidade, no plano físico. Por serem imprescindíveis, deles necessitamos. O que pesa, na verdade, é o apego e a forma de utilização desses bens. O verbo “possuir” apresenta conotação especial na frase. Ouro, prata, cobre, alparcatas, túnicas etc., são, em determinados momentos, perfeitamente dispensáveis, quando a necessidade que se revela é de natureza essencialmente espiritual. 

Registra o livro Atos dos apóstolos, 3:1-12, o episódio no qual Pedro e João são solicitados a auxiliar um coxo que, costumeiramente, era colocado na porta do templo para pedir esmola aos transeuntes. Consta que ao ver Pedro e João entrando no templo, o coxo lhes pediu uma esmola. Os apóstolos, porém, falaram ao necessitado que lhes olhassem nos olhos. Feita esta ligação, Pedro afirmou: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo seus pés e tornozelos se firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé.” Percebe-se, na lição, que a mais importante necessidade do coxo era de natureza espiritual. Libertando-se daquele estado de limitação física pode, a partir daquele momento, cuidar da própria subsistência. 

Existem, muitas vezes, preocupações exacerbadas, relacionadas ao suprimento de materiais em nossas tarefas. Entretanto, vem elas sendo atendidas, na medida do possível, sob o amparo superior. O suprimento material é necessário, mas o grande desafio é a presença de quem se dedica, com amor, sem o que a atividade se enfraquece. “Nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcatas, nem bordão”, são ideias que simbolizam os suprimentos dos viajantes em trânsito de um lugar para outro. Estar vestido, calçado ou ter apoio estratégico (“bordão”) é medida de prudência. Sem dúvida, necessitamos desses recursos, até pelo fato de estarmos integrados ao campo reencarnatório. Mas superestimar o ouro, a prata, o cobre ou investir em valores acima do que é justo e necessário é colocar em plano secundário o trabalho espiritual a ser desenvolvido. “Porque digno é o operário do seu alimento” quer dizer que não se deve subtrair da prática do bem os recursos de subsistência material. O trabalhador (“operário”) recebe o seu pagamento (“alimento”) como consequência natural do seu labor. O serviço de caridade ao semelhante, porém, se opera no íntimo do coração e se expressa como um gesto de benevolência ao próximo. Tudo isso revela fundamentação sábia da matemática divina." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






339. No momento de encarnar, o Espírito sofre perturbação semelhante à que experimenta ao desencarnar? 

“Muito maior e sobretudo mais longa. Pela morte, o Espírito sai da escravidão; pelo nascimento, entra para ela.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Instruções aos discípulos


“Então  disse  aos seus  discípulos:  A seara  é realmente  grande, mas poucos os ceifeiros.” -( Mateus, 9:37 )-




Amados irmãos, bom dia!
"O ensinamento aqui não se refere à colheita espiritual dos grandes períodos de renovação no tempo, mas sim à seara de consolações que o Evangelho envolve em si mesmo. Os abnegados operários do Cristo prosseguem onerados em virtude de tantos famintos que cercam a seara, sem a precisa coragem de buscarem por si o  alimento da vida eterna. E esse quadro persistirá na Terra, até que os bons consumidores aprendam a ser também bons ceifeiros." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-










Texto evangélico 

"Jesus enviou estes doze e lhes ordenou dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel; e, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos Céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão, porque digno é o operário do seu alimento. E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno e hospedai-vos aí até que vos retireis. E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a; e, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna,torne para vos a vossa paz. E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés (Mt 10:5-14). 


Interpretação do texto evangélico 

» Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide, antes, às ovelhas perdidas da Casa de Israel (Mt 10:5-6). 

Na época de Jesus e em consequência das ideias acanhadas e materiais então em curso, tudo se circunscrevia e localizava. A Casa de Israel era um pequeno povo; os gentios eram outros pequenos povos circunvizinhos. Hoje, as ideias se universalizam e espiritualizam. A luz nova não constitui privilégio de nenhuma nação; para ela não existem barreiras, tem o seu foco em toda a parte e todos os homens são irmãos. Mas, também, os gentios já não são um povo, são apenas uma opinião com que se topa em toda parte e da qual a verdade triunfa pouco a pouco, como do Paganismo triunfou o Cristianismo. Já não são combatidos com armas de guerra, mas com a força da ideia.

Considerando, porém, a época, vemos que as instruções de Jesus aos seus discípulos foram claras: procurar as ovelhas perdidas da Casa de Israel, evitando os povos gentílicos. Que motivo justificava essa orientação específica? A resposta é simples: os seus discípulos não possuíam condições para lidar com as diferentes interpretações religiosas existentes, uma vez que conheciam, apenas, os ensinamentos da lei judaica. Eles, os discípulos, deveriam focalizar suas pregações aos irmãos de raça. Importa considerar também que Jesus, de certa forma estava submetendo os seus discípulos a um teste, treinando-os para as futuras lutas que haveriam de passar na difusão do Cristianismo. 

Durante algum tempo, os discípulos se dedicam ao aprendizado junto ao Mestre. Espíritos de alto progresso espiritual, fácil lhes fora assimilar as lições que Jesus lhes ministrava diariamente, não só pelas palavras, como também pelo exemplo. Fortificados pela fé que Jesus lhe acendera nos corações, estavam preparados para continuar a obra evangélica, que Jesus lhes confiaria.

A missão dos doze apóstolos começa, pois, entre os próprios judeus, afastados do Judaísmo (“ovelhas perdidas da Casa de Israel”). O trabalho com os gentios (“as gentes”) caberia, em especial, ao apóstolo Paulo de Tarso, em época posterior. Importa refletir um pouco mais sobre o sentido, de “ovelhas perdidas da Casa de Israel”, de “caminho das gentes” e “cidade dos samaritanos” citados no texto evangélico. 

As ovelhas perdidas eram os judeus afastados do judaísmo; os caminhos das gentes são as comunidades gentílicas; cidade dos samaritanos é a Samaria, capital do reino dissidente de Israel. Os israelitas eram, naturalmente, os indicados para primeiro receberem o Evangelho, dado ao longo preparo espiritual que a lei de Moisés os tinha submetido. Dirigindo-se a eles, os discípulos encontrariam um terreno propício à semeadura.

A história nos relata que muitos judeus estavam insatisfeitos com os seus sacerdotes, marcadamente voltados para as práticas exteriores; com as intrigas religiosas existentes entre o clero e os membros do sinédrio; com a servidão a Roma e os acordos políticos. Dessa forma, mantinham-se afastados das sinagogas. Existiam também os judeus que já não se contentavam com as práticas do Judaísmo oficial, por julgá-las falsas, inadequadas ou sem sentido. Entre os últimos estavam os samaritanos, considerados dissidentes do Judaísmo. 

Após o cisma das dez tribos, Samaria [“cidade dos samaritanos”] se constituiu a capital do reino dissidente de Israel. [...] Os samaritanos estiveram quase constantemente em guerra com os reis de Judá. Aversão profunda, datando da época da separação, perpetuou-se entre os dois povos, que evitavam todas as relações recíprocas. Além do mais, os samaritanos somente “[...] admitiam o Pentateuco, que continha a lei de Moisés, e rejeitavam todos os outros livros que a esse foram posteriormente anexados.” Havia, assim, profunda divergência religiosa entre os judeus ortodoxos que os consideravam heréticos. 

O “caminho das gentes” representam, no texto evangélico, a comunidade dos povos gentílicos que viviam próximos aos judeus. Considerados pagãos, eram politeístas por formação cultural. Em muitas circunstâncias, prova Jesus que suas vistas não se circunscrevem ao povo judeu, mas que abrangem a humanidade toda. Se, portanto, diz a seus apóstolos que não vão ter com os pagãos, não é que desdenhe da conversão deles, o que nada teria de caridoso; é que os judeus, que já acreditavam no Deus uno e esperavam o messias, estavam preparados, pela lei de Moisés e pelos profetas, a lhes acolherem a palavra. Com os pagãos, onde até mesmo a base faltava, estava tudo por fazer e os apóstolos não se achavam ainda bastante esclarecidos para tão pesada tarefa.

Extrapolando o sentido literal do texto, podemos dizer que as “ovelhas perdidas da Casa de Israel” representavam as pessoas que, possuindo uma base de espiritualização, estavam perdidas porque não encontraram na religião que adotavam como norma de conduta, respostas às suas indagações íntimas e aos seus anseios de crescimento espiritual. O “caminho das gentes” indica outro tipo de pessoas, situadas em oposição às “ovelhas perdidas da Casa de Israel”: são os materialistas, descrentes por convicção ou por espírito de sistema. Encontram-se num estágio evolutivo onde as sensações da matéria lhes satisfazem o sentido e nada mais desejam. São pessoas que ainda não estão habilitadas à verdadeira transformação espiritual, por força do piso evolutivo em que se encontram. Entretanto, reconhecemos que entre  estes podem surgir indivíduos decididos, dispostos a superar os limites impostos pela vida material. A “cidade dos samaritanos” simboliza os discutidores religiosos, os dissidentes e os polêmicos. Vivem à parte, não se misturando com os que pensam de forma diferente. Entre eles, também, surgem os que impulsionam o progresso, que valorizam a união e a paz entre as criaturas." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






338. Se acontecesse que muitos Espíritos se apresentassem para tomar determinado corpo destinado a nascer, que é o que decidiria sobre a qual deles pertenceria o corpo? 

“Muitos podem pedi-lo; mas, em tal caso, Deus é quem julga qual o mais capaz de desempenhar a missão a que a criança se destina. Porém, como já eu disse, o Espírito é designado antes que soe o instante em que haja de unir-se ao corpo.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Então, mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Cristo


“Mas agora despojai-­vos também de todas estas coisas:  da  ira,  da  cólera,  da  malícia,  da  maledicência,  das  palavras  torpes de vossa boca.” - Paulo - ( Colossenses, 3:8 )




Amados irmãos, bom dia!
"Na atividade religiosa, muita gente crê na reforma da personalidade, desde que o discípulo da fé se desligue de certos bens materiais. Pequeno erro de cálculo pode trair o equilíbrio de um edifício inteiro. Eis por que em se despojando alguém de algum patrimônio material, a benefício dos outros, não se esqueça também de desintegrar, em derredor dos próprios passos, os velhos envoltórios do rancor, do capricho doentio, do julgamento apressado ou da leviandade criminosa, dentro dos quais afivelamos pesada máscara ao rosto, de modo a parecer o que não somos." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-










Então, mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Cristo (Mt 16:20). 

Ao instruir que se guardasse sigilo quanto ao fato de ser Ele o Cristo, o Mestre evidenciou, mais uma vez, que só o amadurecimento e a iniciação espirituais poderiam favorecer o entendimento de que era o Messias aguardado. 

Revela maturidade espiritual quem sabe identificar o momento em que um fato ou informação devam ser divulgados. Imaginemos no caso do Cristo! Havia um clima de contenda entre os discípulos resultante das características individuais e dos interesses de cada um. Mesmo entre os apóstolos, nem todos compreenderam, de imediato, a missão de Jesus e quais seriam as consequências do Evangelho nas comunidades judaicas e gentílicas. Era importante, pois, que o povo, sobretudo os sacerdotes, membros do Sinédrio e mandatários romanos ignorassem, naquele momento, quem de fato era Jesus. 

Os acontecimentos não devem ser precipitados, como bem nos esclarecem os Eclesiastes: Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz (Ecl 3:1-8)." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






337. Pode a união do Espírito a determinado corpo ser imposta por Deus? 

“Certo, do mesmo modo que as diferentes provas, mormente quando ainda o Espírito não está apto a proceder a uma escolha com conhecimento de causa. Por expiação, pode o Espírito ser constrangido a se unir ao corpo de determinada criança que, pelo seu nascimento e pela posição que venha a ocupar no mundo, se lhe torne instrumento de castigo.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

E tudo o que ligares na terra será ligado nos céus


“Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em  tudo naquele que é a cabeça, Cristo.”  - Paulo - ( Efésios, 4:15 )




Amados irmãos, bom dia!
"Como interpretar a verdade, se ela parece tão esquiva aos métodos de apreciação comum?   É necessário seguir a verdade em caridade, sem o propósito de encarcerá-­la na gaiola da definição limitada. Convertamos em amor os ensinamentos nobres recebidos. Verdade somada com caridade apresenta o progresso  espiritual por  resultante do esforço. A compreensão pede realidade, tanto quanto a realidade pede compreensão. Sejamos, pois, verdadeiros, mas sejamos bons." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








E eu te darei as chaves do reino dos Céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus (Mt 16:19). 


"A Doutrina Espírita, em seu trabalho de cristianização de consciências, explica o simbolismo das “chaves”, usualmente considerado no sentido literal e místico. Destacamos o seguinte na análise do texto evangélico: 

a) o sujeito da oração está na primeira pessoa do singular (“Eu”), indicando que é Jesus quem nos fornece os meios de libertação do cativeiro moral em que teimamos em permanecer; 

b) o beneficiário está no singular  (“te” ou “a ti”), revelando que o movimento dos seres no painel da grande renovação, proposto pelo Cristianismo, não pode estar na dependência de quem quer que seja. É de ordem pessoal, intrínseco e intransferível. Cada pessoa terá de exercitar o livre-arbítrio, realizando escolhas cada vez mais acertadas na medida que incorpora os ensinamentos de Jesus, revividos pelo Espiritismo; 

c) os instrumentos de libertação estão escritos no plural (“as chaves”), esclarecendo que “chaves” é um código que, ao ser desvendado, transforma propostas e cogitações de espiritualização humana em realidade tangível, sob os fundamentos da fé raciocinada; 

d) o verbo dar, indicativo de ação, está conjugado no futuro (“darei as chaves”) revelando que, em decorrência do bom uso do livre-arbítrio, alguns Espíritos já conseguiram a liberdade aguardada; outros estão no processo, trabalhando para obtê-la; muitos, entretanto, terão sucesso mais à frente, nos tempos futuros. 

O sucesso ou insucesso espiritual depende do uso adequado ou incorreto das “chaves” ou livre-arbítrio. A promessa do Cristo é atemporal, estará sempre disponível. Cabe exclusivamente a nós abrir as portas do entendimento, e alcançar a libertação por meio dos recursos seguros do Evangelho. O Espiritismo, na sua feição de Cristianismo redivivo, nos ensina como fazer escolhas corretas. O entendimento espírita orienta que Jesus “[...] espera que a verdade emancipe os homens; ensina que a justiça atribui a cada um pelas próprias obras e anuncia que o Criador será adorado, na Terra, em espírito. [...] Jesus, a porta. Kardec, a chave.” 

‘‘E tudo o que ligares na terra será ligado nos céus” se traduz como a criatura responsável que alcança o estágio de consciência iluminada. O ser esclarecido não tem como alegar desconhecimento dos fatos. Se por um lado a ignorância tem sido usada para atenuar certas ações humanas, o conhecimento confere, por outro, o atestado inarredável de responsabilidade. Sendo assim, os gravames e os atenuantes se refletem no futuro por força da lei de causa e efeito, uma vez que a “[...] Lei está escrita na consciência.” 

E tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” tem outros significados, já que “ligar” e “desligar” se expressam como: o mal escraviza, prende, limita, reduz e degrada o ser humano; o bem liberta, expande, dinamiza, eleva o ser. A experiência de cada pessoa se efetiva na esteira de vinculações e desvinculações, com ressonâncias de paz ou de sofrimento, segundo a qualificação de que se reveste. 

Se a justiça se impõe à revelia do ser, o amor lhe concede a faculdade de “ligar” e “desligar” por meio de pensamentos, palavras e ações. Somente quem se liga de maneira segura aos ideais que elege, às propostas elevadas que se delineiam para a sua vida, poderá obter forças para desligar-se e desvincular-se das dificuldades ou dos equívocos a que se jungiu no passado." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






336. Poderia dar-se não haver Espírito que aceitasse encarnar numa criança que houvesse de nascer? 

“Deus a isso proveria. Quando uma criança tem que nascer vital, está predestinada sempre a ter uma alma. Nada se cria sem que à criação presida um desígnio.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 1 de janeiro de 2017

Sobre esta pedra edificarei a minha igreja


“Procura  apresentar­-te  a  Deus  aprovado  como obreiro  que não tem de que se envergonhar.”  - Paulo - ( II Timóteo, 2:15 ) 




Amados irmãos, bom dia!
Ao iniciarmos mais um ano, procuremos nos apresentar a Deus aprovados. Esperamos que cada novo ano nos venha trazer bens e alegrias e nunca nos apresentamos com novas atitudes e propósitos. Façamos a diferença para que realmente todos possamos ter um feliz ano novo. Que nosso Pai, nosso Mestre Jesus e a Espiritualidade sejam conosco a fim de nos auxiliarem a assim sermos.








Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16:18). 

"O apóstolo Pedro, ao identificar Jesus como o Cristo (Messias ou Enviado) de Deus, simboliza, de um lado, o médium Simão, filho de Jonas, mas por outro faz emergir “Pedro”, a nova personalidade que deverá alicerçar a edificação do templo de Deus vivo. É importante destacar que a frase “tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” reflete que a construção do Cristianismo não está assentada na pessoa de Simão Pedro, propriamente dita — como faz crer algumas interpretações religiosas cristãs —, mas na “pedra”, no sentido de revelação ou de fundamento espiritual, que não se ergue  da falibilidade dos conceitos humanos, mas da fé raciocinada, alicerce dos planos imortais da própria revelação de Jesus. 

Dessa forma, a “[...] palavra de Jesus se torna a pedra angular, isto é, a pedra da consolidação do novo edifício da fé, erguido sob as ruínas do antigo.”

Sabemos que após a crucificação de Jesus, Pedro inicia, em Jerusalém, a missão de divulgar o Evangelho que lhe fora confiado pelo Senhor. Mais tarde, “[...] ao lado de Paulo em Roma, Pedro articula os trabalhos evangélicos que se desenvolviam na grande cidade trabalhando fielmente até cair vítima da perseguição.”

A palavra “igreja” citada na afirmativa: “edificarei a minha igreja”, nada tem a ver com templos de pedra, nem com organização teológica. Traz o sentido de congregação dos ensinamentos do Cristo, interpretados em espírito e verdade, concretizados nas manifestações de amor ao próximo. A “igreja” de Jesus deve refletir a luz dos seus ensinamentos que cresce em eficiência, à medida que cada um se conscientize dos postulados do Evangelho e os coloque em prática. 

O Espiritismo esclarece que a palavra inferno na frase: “E as portas do inferno não prevalecerão contra ela” tem o significado de ignorância, treva, erro ou conflito. Não devemos esquecer que, em qualquer situação, cedo ou tarde, a treva sempre é absorvida pela luz e que a verdade sempre sobrepuja a mentira. O desenvolvimento do Cristianismo, em sua simplicidade e pureza, amplia-se na atualidade, com o advento da Doutrina Espírita. Com isso, mais criaturas estão sendo retiradas do desespero e da revolta para as faixas do entendimento e da harmonia, fechando de vez as portas largas da desilusão, abertas há milênios." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






335. Cabe ao Espírito a escolha do corpo em que encarne, ou somente a do gênero de vida que lhe sirva de prova? 

“Pode também escolher o corpo, porquanto as imperfeições que este apresente ainda serão, para o Espírito, provas que lhe auxiliarão o progresso, se vencer os obstáculos que lhe oponha. Nem sempre, porém, lhe é permitida a escolha do seu invólucro corpóreo; mas, simplesmente, a faculdade de pedir que seja tal ou qual.” 

a) — Poderia o Espírito recusar, à última hora, tomar o corpo por ele escolhido? 

“Se recusasse, sofreria muito mais do que aquele que não tentasse prova alguma.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!