"Pois o mesmo Pai vos ama.” - Jesus - ( João, 16:27 )
Amados irmãos, bom dia!
"Ninguém despreze os valores da confiança. Servo algum fuja ao benefício da cooperação. Quem hoje pode dar algo de
útil, precisará possivelmente amanhã de alguma colaboração essencial. Conservemos, pois, a luz da consolação, a bênção do concurso fraterno, a
confiança em nossos Maiores e a certeza na proteção deles; contudo, não olvidemos
o dever natural de seguir para o Alto, utilizando os próprios pés." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes procurai saber quem
nela seja digno, e hospedai-vos aí até que vos retireis. E, quando entrardes
nalguma casa, saudai-a... (Mt 10:11-12).
“E, em qualquer cidade ou aldeia”, Jesus mostra que não
devemos ter preferência ou preocupação quanto ao local onde o
bem deva ser realizado, pois em todos os lugares existem Espíritos
necessitados: nos ambientes pobres ou nos prósperos, em pequenas
ou grandes localidades. Da mesma forma, quando estamos identificados
com a mensagem do Cristo, somos convocados a agir sem
discriminações, nos colocando à disposição do próximo, segundo
as determinações do Alto.
A “cidade” é constituída por aglomeração humana de certa importância,
localizada numa área geográfica circunscrita, organizada
e com infraestrutura essencial à sobrevivência e às facilidades da vida
de seus habitantes. “Aldeia” é uma povoação de pequenas proporções,
rural, menor que uma vila. Em geral, é local onde há construções
simples e econômicas. O texto evangélico não discrimina o tamanho
ou a qualidade do local mas enfatiza a necessidade de nos mantermos
filiados a pessoas dignas favorecendo, assim, a manutenção de plano
vibratório elevado.
Se na dinamização e distribuição dos recursos espirituais somos
convocados a sair de nós mesmos, na busca de solução e superação
dos problemas que nos são inerentes, necessitamos, por outro lado,
“entrar” território adentro da aldeia íntima, selecionando conceitos,
pensamentos e tendências, sem prescindir da vigilância.
“Procurai saber quem nela seja digno”, mostra que cabe a cada
um a iniciativa de selecionar padrões morais que garantam sintonia
elevada. Esta seleção não implica a busca por privilégios, mas a nossa
identificação com quem favoreça a manutenção do processo educativo,
uma vez que, na categoria de aprendizes, somos também portadores
de numerosas fraquezas e imperfeições. Em qualquer situação de trato
com os semelhantes ou no exame de suas ações, é imperioso distinguir
o que é digno, porque digno será aquele que se afirma no bem.
A expressão “e hospedai-vos aí”, implica a ideia de alojamento
com infraestrutura mínima para se proteger das intempéries. Hospedar um viajante era um dever, um hábito existente na sociedade judaica,
representando um ato de caridade. Implica igualmente em acomodar-
-se, estabelecer-se. Espiritualmente, expressa a permanência na pauta
da cooperação. É, também, abrigar-se sob o teto dos pensamentos e
atitudes dignas, com discernimento, perseverança e bom ânimo.
“Até que vos retireis” revela que a pessoa identificada com o
Evangelho vive em constante dinâmica: auxiliando o próximo ou
superando os problemas é lícito, imperioso mesmo, que procure novas
experiências. Quando uma situação é resolvida, é preciso que se
desligue dela, retendo apenas o aprendizado daí decorrente que, por
sua vez, servirá de base para a vivência de novas experiências.
“E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a” indica entrar em
relação ou sintonia com alguém. A sintonia será tanto maior quanto
maiores forem os laços de simpatia. A palavra “casa” tem dois sentidos:
o de habitação ou abrigo material, local de vivência comum; e o de casa
mental, residência íntima em que nos abrigamos, ininterruptamente,
todas as horas do dia.
Estamos sempre entrando e saindo da casa mental das pessoas:
durante uma simples conversa, numa palestra, num estudo; na permuta
de vibrações, ideias e sentimentos.
O “saudai-a” implica felicitar, testemunhar respeito, louvar o que
se nota de positivo, de criativo ou de edificante nas pessoas.
A saudação
indicada por Jesus, extrapola as convenções sociais porque utiliza os
ingredientes do amor e do respeito. Esta saudação pode simbolizar
um bálsamo que alivia dores; um esclarecimento que elucida ou um
apaziguamento que estimula a concórdia.
É de bom alvitre que, ao entrar na casa material ou na mental de
alguém, tenhamos “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”. É preciso enxergar
o que é bom e ouvir o que é útil. Adotar a discrição ou silêncio ante
as vibrações inferiores, porventura ali reinantes, é atestar sabedoria." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
340. É solene para o Espírito o instante da sua encarnação? Pratica ele esse ato considerando-o grande e
importante?
“Procede como o viajante que embarca para uma
travessia perigosa e que não sabe se encontrará ou não a
morte nas ondas que se decide a afrontar.”
O viajante que embarca sabe a que perigo se lança, mas não
sabe se naufragará. O mesmo se dá com o Espírito: conhece o
gênero das provas a que se submete, mas não sabe se sucumbirá.
Assim como, para o Espírito, a morte do corpo é uma espécie
de renascimento, a reencarnação é uma espécie de morte, ou
antes, de exílio, de clausura. Ele deixa o mundo dos Espíritos
pelo mundo corporal, como o homem deixa este mundo por aquele.
Sabe que reencarnará, como o homem sabe que morrerá. Mas,
como este com relação à morte, o Espírito só no instante supremo,
quando chegou o momento predestinado, tem consciência de
que vai reencarnar. Então, qual do homem em agonia, dele se
apodera a perturbação, que se prolonga até que a nova existência se ache positivamente encetada. À aproximação do momento de
reencarnar, sente uma espécie de agonia.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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