sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a


"Pois o mesmo Pai vos ama.”  - Jesus - ( João, 16:27 ) 




Amados irmãos, bom dia!
"Ninguém despreze os valores da confiança. Servo algum fuja ao benefício da cooperação. Quem hoje pode dar algo de útil, precisará possivelmente amanhã de alguma colaboração essencial. Conservemos, pois, a luz da consolação, a bênção do concurso fraterno, a confiança em nossos Maiores e a certeza na proteção deles; contudo, não olvidemos o dever natural de seguir para o Alto, utilizando os próprios pés." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí até que vos retireis. E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a... (Mt 10:11-12). 

“E, em qualquer cidade ou aldeia”, Jesus mostra que não devemos ter preferência ou preocupação quanto ao local onde o bem deva ser realizado, pois em todos os lugares existem Espíritos necessitados: nos ambientes pobres ou nos prósperos, em pequenas ou grandes localidades. Da mesma forma, quando estamos identificados com a mensagem do Cristo, somos convocados a agir sem discriminações, nos colocando à disposição do próximo, segundo as determinações do Alto. 

A “cidade” é constituída por aglomeração humana de certa importância, localizada numa área geográfica circunscrita, organizada e com infraestrutura essencial à sobrevivência e às facilidades da vida de seus habitantes. “Aldeia” é uma povoação de pequenas proporções, rural, menor que uma vila. Em geral, é local onde há construções simples e econômicas. O texto evangélico não discrimina o tamanho ou a qualidade do local mas enfatiza a necessidade de nos mantermos filiados a pessoas dignas favorecendo, assim, a manutenção de plano vibratório elevado. Se na dinamização e distribuição dos recursos espirituais somos convocados a sair de nós mesmos, na busca de solução e superação dos problemas que nos são inerentes, necessitamos, por outro lado, “entrar” território adentro da aldeia íntima, selecionando conceitos, pensamentos e tendências, sem prescindir da vigilância. 

“Procurai saber quem nela seja digno”, mostra que cabe a cada um a iniciativa de selecionar padrões morais que garantam sintonia elevada. Esta seleção não implica a busca por privilégios, mas a nossa identificação com quem favoreça a manutenção do processo educativo, uma vez que, na categoria de aprendizes, somos também portadores de numerosas fraquezas e imperfeições. Em qualquer situação de trato com os semelhantes ou no exame de suas ações, é imperioso distinguir o que é digno, porque digno será aquele que se afirma no bem. 

A expressão “e hospedai-vos aí”, implica a ideia de alojamento com infraestrutura mínima para se proteger das intempéries. Hospedar um viajante era um dever, um hábito existente na sociedade judaica, representando um ato de caridade. Implica igualmente em acomodar- -se, estabelecer-se. Espiritualmente, expressa a permanência na pauta da cooperação. É, também, abrigar-se sob o teto dos pensamentos e atitudes dignas, com discernimento, perseverança e bom ânimo. 

“Até que vos retireis” revela que a pessoa identificada com o Evangelho vive em constante dinâmica: auxiliando o próximo ou superando os problemas é lícito, imperioso mesmo, que procure novas experiências. Quando uma situação é resolvida, é preciso que se desligue dela, retendo apenas o aprendizado daí decorrente que, por sua vez, servirá de base para a vivência de novas experiências. 

“E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a” indica entrar em relação ou sintonia com alguém. A sintonia será tanto maior quanto maiores forem os laços de simpatia. A palavra “casa” tem dois sentidos: o de habitação ou abrigo material, local de vivência comum; e o de casa mental, residência íntima em que nos abrigamos, ininterruptamente, todas as horas do dia. Estamos sempre entrando e saindo da casa mental das pessoas: durante uma simples conversa, numa palestra, num estudo; na permuta de vibrações, ideias e sentimentos. O “saudai-a” implica felicitar, testemunhar respeito, louvar o que se nota de positivo, de criativo ou de edificante nas pessoas. 

A saudação indicada por Jesus, extrapola as convenções sociais porque utiliza os ingredientes do amor e do respeito. Esta saudação pode simbolizar um bálsamo que alivia dores; um esclarecimento que elucida ou um apaziguamento que estimula a concórdia. É de bom alvitre que, ao entrar na casa material ou na mental de alguém, tenhamos “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”. É preciso enxergar o que é bom e ouvir o que é útil. Adotar a discrição ou silêncio ante as vibrações inferiores, porventura ali reinantes, é atestar sabedoria." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






340. É solene para o Espírito o instante da sua encarnação? Pratica ele esse ato considerando-o grande e importante? 

“Procede como o viajante que embarca para uma travessia perigosa e que não sabe se encontrará ou não a morte nas ondas que se decide a afrontar.” 

O viajante que embarca sabe a que perigo se lança, mas não sabe se naufragará. O mesmo se dá com o Espírito: conhece o gênero das provas a que se submete, mas não sabe se sucumbirá. Assim como, para o Espírito, a morte do corpo é uma espécie de renascimento, a reencarnação é uma espécie de morte, ou antes, de exílio, de clausura. Ele deixa o mundo dos Espíritos pelo mundo corporal, como o homem deixa este mundo por aquele. Sabe que reencarnará, como o homem sabe que morrerá. Mas, como este com relação à morte, o Espírito só no instante supremo, quando chegou o momento predestinado, tem consciência de que vai reencarnar. Então, qual do homem em agonia, dele se apodera a perturbação, que se prolonga até que a nova existência se ache positivamente encetada. À aproximação do momento de reencarnar, sente uma espécie de agonia.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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