sábado, 7 de janeiro de 2017

E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz


“Respondeu-­lhe  Simão  Pedro:  Senhor,  para  quem  iremos nós? tu tens as palavras da vida eterna.” -( João, 6:68 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Quem comunga efetivamente no banquete da revelação cristã, em tempo  algum olvidará o Mestre amoroso que lhe endereçou o convite. É que o mundo permanece repleto de filósofos, cientistas e reformadores de toda espécie, sem dúvida respeitáveis pelas concepções humanas avançadas de que se fazem pregoeiros; na maioria das situações, todavia, não passam de meros expositores de palavras transitórias, com reflexos em experiências efêmeras. Cristo, porém, é o Salvador das almas e o Mestre dos corações e, com Ele, encontramos os roteiros da vida eterna."   -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-









E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz. E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés (Mt 10:13-14). 

"O conceito de dignidade nos padrões do Evangelho extrapola as convenções sociais e as aparências. Deixa de ser uma condição que toca o exterior, atingindo assim, a intimidade do ser. 

“Desça sobre ela a vossa paz”, na ação consequente da sintonia no bem, significa aquilo que desejamos para quem nos abriga ou nos auxilia. Há, neste sentido uma associação de vibrações, quando as ideias ou atitudes de uma pessoa encontram ressonância na outra. A paz não se traduz apenas como expressão de bons votos, ou de vibrações harmônicas, mas no trabalho efetivo e permanente da alegria de conviver. 

“Mas, se não for digna”, explica o cultivo de ideias inferiores ou indignas em nossa casa mental, mantendo-a refratária aos valores espirituais. Mesmo como espíritas, ainda vivemos sob o impacto de recaídas quando, invigilantes, alimentamos “indignidades” e introduzimos desarmonias no psiquismo próprio e alheio. 

“Torne para vós a vossa paz.” É da lei: a doação do bem produz recebimento do bem. Não existe na vida ganhos e perdas; há, sim, ação e reação, causa e efeito. As ações, boas ou más, voltam para nós, acrescidas das vibrações de natureza semelhante. Ainda que bem-intencionados, não devemos menosprezar a ponderação no ato de ajudar, evitando nos guiar por impulsos ou emoções intempestivas. A ausência de esclarecimento e de controle emocional impõe restrições ao exercício da caridade. O benfeitor esclarecido sabe operar com humildade, sem exigências ou constrangimentos, garantindo, em quaisquer circunstâncias, a paz que cultiva nas bases do entendimento e da compreensão. 

“E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras...”, mostra que nem todas as pessoas mantêm sintonia com as nossas ideias e atitudes. Não há motivos para atritos ou conflitos se alguém não nos recebe bem. A reencarnação explica os sentimentos de simpatia e antipatia existentes nos inter-relacionamentos humanos. Exercitemos a capacidade de fixar as lições que as pessoas nos trazem, detendo o que é bom. 

“Saindo daquela casa ou cidade”, revela que no terreno da comunicação humana atuam forças internas, irradiadas pelas próprias pessoas, e forças externas, provenientes do ambiente, bem como de outros personagens que se encontram fora do processo. Tais forças determinam as ações de atração e repulsão, aceitação ou rejeição de ideias e atitudes. “Saindo da casa” implica, também, retirada física ou vibratória do ambiente. Isto é aconselhável quando as paixões são exacerbadas e existe o risco de conflitos desagregadores. Recuar e afastar, nesta situação, é medida de bom senso, ainda que se entenda que as melhores disposições de auxílio ou cooperação foram adiadas. Há situações, porém, que o afastamento pode ser traduzido como “manter-se num compasso de espera”. Nem sempre as pessoas revelam condições para absorver um ensinamento. É preciso, pois, dar tempo ao tempo, a exemplo de como faz Jesus: permanece nos aguardando há milênios até que a maturidade espiritual nos alcance e estejamos prontos a aceitar o seu jugo. 

“Sacudi o pó dos vossos pés” significa não guardar mágoas nem ressentimentos. É esquecer todas as lembranças infelizes, agindo com bom ânimo, empregando energias construtivas no trabalho de todos os dias, evitando compromissos ou vinculações com o mal. Natural é o desejo de confiar a outrem as sementes da verdade e do bem, entretanto, se somos recebidos pela hostilidade do meio a que nos dirigimos, não é razoável nos mantenhamos em longas observações e apontamentos, que, ao invés de conduzir-nos a tarefa a êxito oportuno, estabelecem sombras e dificuldades em torno de nós. Se alguém não reconheceu a tua boa vontade ou intenção, porque perder tempo com sentenças acusatórias? Tal atitude não soluciona problemas nem resolve conflitos. Ignoras, acaso, que o negador e o indiferente serão igualmente chamados pela morte do corpo à nossa pátria de origem? Encomenda-os a Jesus com amor e prossegue, em linha reta, buscando os teus sagrados objetivos. Há muito por fazer na edificação espiritual do mundo e de ti mesmo. Sacode, pois, as más impressões e marcha alegremente." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






341. Na incerteza em que se vê, quanto às eventualidades do seu triunfo nas provas que vai suportar na vida, tem o Espírito uma causa de ansiedade antes da sua encarnação? 

“De ansiedade bem grande, pois que as provas da sua existência o retardarão ou farão avançar, conforme as suporte.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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