“Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em
tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” - Paulo - ( Efésios, 4:15 )
Amados irmãos, bom dia!
"Como interpretar a verdade, se ela parece tão esquiva aos métodos de
apreciação comum? É necessário seguir a verdade em caridade, sem o propósito de encarcerá-la
na gaiola da definição limitada. Convertamos em amor os ensinamentos nobres recebidos. Verdade somada com caridade apresenta o progresso espiritual por
resultante do esforço. A compreensão pede realidade, tanto quanto a realidade pede compreensão. Sejamos, pois, verdadeiros, mas sejamos bons." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
E eu te darei as chaves do reino dos Céus, e tudo o que ligares na terra
será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos
céus (Mt 16:19).
"A Doutrina Espírita, em seu trabalho de cristianização de consciências,
explica o simbolismo das “chaves”, usualmente considerado
no sentido literal e místico.
Destacamos o seguinte na análise do texto evangélico:
a) o sujeito
da oração está na primeira pessoa do singular (“Eu”), indicando que
é Jesus quem nos fornece os meios de libertação do cativeiro moral
em que teimamos em permanecer;
b) o beneficiário está no singular (“te” ou “a ti”), revelando que o movimento dos seres no painel da
grande renovação, proposto pelo Cristianismo, não pode estar na
dependência de quem quer que seja. É de ordem pessoal, intrínseco
e intransferível. Cada pessoa terá de exercitar o livre-arbítrio, realizando
escolhas cada vez mais acertadas na medida que incorpora os
ensinamentos de Jesus, revividos pelo Espiritismo;
c) os instrumentos
de libertação estão escritos no plural (“as chaves”), esclarecendo que
“chaves” é um código que, ao ser desvendado, transforma propostas e
cogitações de espiritualização humana em realidade tangível, sob os
fundamentos da fé raciocinada;
d) o verbo dar, indicativo de ação, está
conjugado no futuro (“darei as chaves”) revelando que, em decorrência
do bom uso do livre-arbítrio, alguns Espíritos já conseguiram a liberdade
aguardada; outros estão no processo, trabalhando para obtê-la;
muitos, entretanto, terão sucesso mais à frente, nos tempos futuros.
O sucesso ou insucesso espiritual depende do uso adequado ou
incorreto das “chaves” ou livre-arbítrio. A promessa do Cristo é atemporal,
estará sempre disponível. Cabe exclusivamente a nós abrir as
portas do entendimento, e alcançar a libertação por meio dos recursos
seguros do Evangelho. O Espiritismo, na sua feição de Cristianismo
redivivo, nos ensina como fazer escolhas corretas. O entendimento
espírita orienta que Jesus “[...] espera que a verdade emancipe os
homens; ensina que a justiça atribui a cada um pelas próprias obras e
anuncia que o Criador será adorado, na Terra, em espírito. [...] Jesus,
a porta. Kardec, a chave.”
‘‘E tudo o que ligares na terra será ligado nos céus” se traduz
como a criatura responsável que alcança o estágio de consciência
iluminada. O ser esclarecido não tem como alegar desconhecimento
dos fatos. Se por um lado a ignorância tem sido usada para atenuar
certas ações humanas, o conhecimento confere, por outro, o atestado
inarredável de responsabilidade. Sendo assim, os gravames e os atenuantes
se refletem no futuro por força da lei de causa e efeito, uma
vez que a “[...] Lei está escrita na consciência.”
“E tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” tem
outros significados, já que “ligar” e “desligar” se expressam como: o
mal escraviza, prende, limita, reduz e degrada o ser humano; o bem
liberta, expande, dinamiza, eleva o ser. A experiência de cada pessoa
se efetiva na esteira de vinculações e desvinculações, com ressonâncias
de paz ou de sofrimento, segundo a qualificação de que se reveste.
Se a justiça se impõe à revelia do ser, o amor lhe concede a faculdade
de “ligar” e “desligar” por meio de pensamentos, palavras e ações.
Somente quem se liga de maneira segura aos ideais que elege,
às propostas elevadas que se delineiam para a sua vida, poderá obter
forças para desligar-se e desvincular-se das dificuldades ou dos equívocos a que se jungiu no passado." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
336. Poderia dar-se não haver Espírito que aceitasse
encarnar numa criança que houvesse de nascer?
“Deus a isso proveria. Quando uma criança tem que
nascer vital, está predestinada sempre a ter uma alma. Nada
se cria sem que à criação presida um desígnio.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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