segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

E tudo o que ligares na terra será ligado nos céus


“Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em  tudo naquele que é a cabeça, Cristo.”  - Paulo - ( Efésios, 4:15 )




Amados irmãos, bom dia!
"Como interpretar a verdade, se ela parece tão esquiva aos métodos de apreciação comum?   É necessário seguir a verdade em caridade, sem o propósito de encarcerá-­la na gaiola da definição limitada. Convertamos em amor os ensinamentos nobres recebidos. Verdade somada com caridade apresenta o progresso  espiritual por  resultante do esforço. A compreensão pede realidade, tanto quanto a realidade pede compreensão. Sejamos, pois, verdadeiros, mas sejamos bons." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








E eu te darei as chaves do reino dos Céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus (Mt 16:19). 


"A Doutrina Espírita, em seu trabalho de cristianização de consciências, explica o simbolismo das “chaves”, usualmente considerado no sentido literal e místico. Destacamos o seguinte na análise do texto evangélico: 

a) o sujeito da oração está na primeira pessoa do singular (“Eu”), indicando que é Jesus quem nos fornece os meios de libertação do cativeiro moral em que teimamos em permanecer; 

b) o beneficiário está no singular  (“te” ou “a ti”), revelando que o movimento dos seres no painel da grande renovação, proposto pelo Cristianismo, não pode estar na dependência de quem quer que seja. É de ordem pessoal, intrínseco e intransferível. Cada pessoa terá de exercitar o livre-arbítrio, realizando escolhas cada vez mais acertadas na medida que incorpora os ensinamentos de Jesus, revividos pelo Espiritismo; 

c) os instrumentos de libertação estão escritos no plural (“as chaves”), esclarecendo que “chaves” é um código que, ao ser desvendado, transforma propostas e cogitações de espiritualização humana em realidade tangível, sob os fundamentos da fé raciocinada; 

d) o verbo dar, indicativo de ação, está conjugado no futuro (“darei as chaves”) revelando que, em decorrência do bom uso do livre-arbítrio, alguns Espíritos já conseguiram a liberdade aguardada; outros estão no processo, trabalhando para obtê-la; muitos, entretanto, terão sucesso mais à frente, nos tempos futuros. 

O sucesso ou insucesso espiritual depende do uso adequado ou incorreto das “chaves” ou livre-arbítrio. A promessa do Cristo é atemporal, estará sempre disponível. Cabe exclusivamente a nós abrir as portas do entendimento, e alcançar a libertação por meio dos recursos seguros do Evangelho. O Espiritismo, na sua feição de Cristianismo redivivo, nos ensina como fazer escolhas corretas. O entendimento espírita orienta que Jesus “[...] espera que a verdade emancipe os homens; ensina que a justiça atribui a cada um pelas próprias obras e anuncia que o Criador será adorado, na Terra, em espírito. [...] Jesus, a porta. Kardec, a chave.” 

‘‘E tudo o que ligares na terra será ligado nos céus” se traduz como a criatura responsável que alcança o estágio de consciência iluminada. O ser esclarecido não tem como alegar desconhecimento dos fatos. Se por um lado a ignorância tem sido usada para atenuar certas ações humanas, o conhecimento confere, por outro, o atestado inarredável de responsabilidade. Sendo assim, os gravames e os atenuantes se refletem no futuro por força da lei de causa e efeito, uma vez que a “[...] Lei está escrita na consciência.” 

E tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” tem outros significados, já que “ligar” e “desligar” se expressam como: o mal escraviza, prende, limita, reduz e degrada o ser humano; o bem liberta, expande, dinamiza, eleva o ser. A experiência de cada pessoa se efetiva na esteira de vinculações e desvinculações, com ressonâncias de paz ou de sofrimento, segundo a qualificação de que se reveste. 

Se a justiça se impõe à revelia do ser, o amor lhe concede a faculdade de “ligar” e “desligar” por meio de pensamentos, palavras e ações. Somente quem se liga de maneira segura aos ideais que elege, às propostas elevadas que se delineiam para a sua vida, poderá obter forças para desligar-se e desvincular-se das dificuldades ou dos equívocos a que se jungiu no passado." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






336. Poderia dar-se não haver Espírito que aceitasse encarnar numa criança que houvesse de nascer? 

“Deus a isso proveria. Quando uma criança tem que nascer vital, está predestinada sempre a ter uma alma. Nada se cria sem que à criação presida um desígnio.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

Nenhum comentário:

Postar um comentário