"Guarda, filho meu, os preceitos de teu pai, não despreze o ensinamento de tua mãe". -( Provérbios, 6: 20 )-
Amados irmãos, bom dia!
Cuidemos do nosso proceder, pois, o que semearmos, certamente será o que iremos colher.
4. Eis como esta explica a intervenção exclusiva dos demônios nas manifestações espíritas: “Nas suas intervenções exteriores os demônios procuram dissimular a sua presença, a fim de afastar suspeitas. Sempre astutos e pérfidos, seduzem o homem com ciladas antes de algemá-lo na opressão e no servilismo.“ Aqui lhe aguçam a curiosidade com fenômenos e partidas pueris; além, despertam-lhe a admiração e subjugam--no pelo encanto do maravilhoso. “Se o sobrenatural aparece e os desmascara, então, acalmam-se, extinguem quaisquer apreensões, solicitam confiança e provocam familiaridade. “Ora se apresentam como divindades e bons gênios, ora assimilam nomes e mesmo traços de memorados mortos. Com o auxílio de tais fraudes dignas da antiga serpente, falam e são ouvidos; dogmatizam e são acreditados; misturam com suas mentiras algumas verdades e inculcam o erro debaixo de todas as formas. Eis o que significam as pretensas revelações de além-túmulo. E é para tal resultado que a madeira e a pedra, as florestas e as fontes, o santuário dos ídolos e os pés das mesas e as mãos das crianças se tornam oráculos: é por isso que a pitonisa profetiza em delírio; que o ignorante se torna cientista num sono misterioso. Enganar e perverter, tal é, em toda parte e de todos os tempos, o supremo objetivo dessas manifestações. “Os resultados surpreendentes dessas práticas ou atos ordinariamente fantásticos e ridículos, não podendo provir da sua virtude intrínseca, nem da ordem estabelecida por Deus, só podem ser atribuídos ao concurso das potências ocultas. Tais são, notadamente, os fenômenos extraordinários obtidos em nossos dias pelos processos aparentemente inofensivos do magnetismo, como os das mesas falantes. Por meio das operações da moderna magia, vemos reproduzirem-se no presente as evocações, as consultas, as curas e sortilégios que ilustraram os templos dos ídolos e os antros das sibilas. Como outrora, interroga-se a madeira e esta responde; manda-se e ela obedece; isto em todas as línguas e sobre todos os assuntos; acha-se a gente em presença de seres invisíveis a usurparem nomes de mortos, e cujas pretensas revelações têm o cunho da contradição e da mentira; formas inconsistentes e leves aparecem rápidas e repentinas, patenteando-se dotadas de força sobre-humana. “Quais são os agentes secretos desses fenômenos, os verdadeiros atores dessas cenas inexplicáveis? Os anjos, esses não aceitariam tais papéis indignos, como também não se prestariam a todos os caprichos da curiosidade. “As almas dos mortos, que Deus proíbe evocar, essas demoram no lugar que lhes designa a sua justiça, e não podem, sem sua permissão, colocar-se às ordens dos vivos. Assim, os seres misteriosos que acodem ao primeiro apelo do herege, do ímpio ou do crente — o que importa dizer da inocência ou do crime — não são nem enviados de Deus, nem apóstolos da verdade e da salvação, porém fatores do erro e agentes do inferno. Apesar do cuidado com que se ocultam sob os mais veneráveis nomes, eles traem-se pela nulidade das suas doutrinas, pela baixeza dos atos e incoerência das palavras. “Procuram apagar do símbolo religioso os dogmas do pecado original, da ressurreição do corpo, da eternidade das penas, como de toda a revelação divina, para subtrair às leis a sua verdadeira sanção e abrir ao vício todas as barreiras. Se as suas sugestões pudessem prevalecer, acabariam por formar uma religião cômoda para uso do socialismo e de todos a quem importuna a noção do dever e da consciência.
“A incredulidade do nosso século facilitou-lhes o caminho. Assim possam as sociedades cristãs, por uma sincera dedicação à fé católica, escapar ao perigo desta nova e terrível invasão!”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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