"Deixai a insensatez e vivereis; andai direito no caminho da inteligência". -( Provérbios, 9: 6 )-
Amados irmãos, bom dia!
A alegria de caminhar com inteligência e sensatez a nada poderá se comparar. A paz nos vem a partir das nossas escolhas.
7. Aos demônios concedem-se faculdades transcendentes: nada perderam da natureza angélica; possuem o saber, a perspicácia, a previdência e a penetração dos anjos, tendo ainda, a mais, astúcia, ardil e artifício, tudo em grau mais elevado. O objetivo que os move é desviar os homens do bem, afastá-los de Deus e arrastá-los ao inferno, do qual são provedores e recrutadores. Assim, compreende-se que se dirijam de preferência aos que estão no bom caminho e nele persistem; compreende-se o emprego das seduções e simulacros do bem para atraí-los e perdê-los; mas o que se não compreende é que se dirijam aos que já lhes pertencem de corpo e alma, procurando reconduzi-los a Deus e ao bem. Quem mais estará nas garras do demônio do que aquele que de Deus blasfema, atido ao vício e à desordem das paixões? Esse não estará no caminho do inferno? Mas então como compreender que a uma tal presa esse demônio exorte a rogar a Deus, a submeter-se à sua vontade, a renunciar ao mal? Como se compreende que exalte aos seus olhos a vida deliciosa dos bons Espíritos e lhe pinte a horrorosa posição dos maus? Jamais se viu negociante realçar aos seus fregueses a mercadoria do vizinho em detrimento da sua, aconselhando-os a ir à casa dele. Nunca se viu um arrebanhador de soldados depreciar a vida militar, decantando o repouso da vida doméstica! Poderá ele dizer aos recrutas que terão vida de trabalhos e privações com dez probabilidades contra uma de morrerem ou, pelo menos, de ficarem sem braços nem pernas? É este, no entanto, o papel estúpido do demônio, pois é notório — e é um fato — que as instruções emanadas do mundo invisível têm regenerado incrédulos e ateus, insuflando-lhes nalma fervor e crenças nunca havidos. Ainda por influência dessas manifestações têm-se visto — e vêem-se diariamente — regenerarem-se viciosos contumazes, procurando melhorarem-se a si mesmos. Ora, atribuir ao demônio tão benéfica propaganda e salutar resultado, é conferir-lhe diploma de tolo. E como não se trata de simples suposição, mas de fato experimental contra o qual não há argumento, havemos de concluir, ou que o demônio é um desazado de primeira ordem, ou que não é tão astuto e mau como se pretende, e, conseguintemente, tão temível quanto dizem; ou, então, que todas as manifestações não partem dele.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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