segunda-feira, 23 de maio de 2016

Confucionismo


"Antes, exortai-vos uns aos outros, todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje; para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado." -( Paulo aos Hebreus, 3: 13 )-



Amados irmãos, bom dia!
Paulo nos orienta no sentido de permanecermos em constante vigília recíproca, a fim de que as conquistas que já obtivemos em nossa evolução não se percam. Que não deixemos para amanhã o convite que nos é feito hoje e que nosso Mestre Jesus nos ajude a mantermos viva a prática de seus ensinamentos.








“Confucionismo é um sistema filosófico chinês, de natureza moral e religiosa, criado por Kung-Fu-Tzu (Confúcio) e que tem por base os princípios ensinados por Lao Tsé. Entre as preocupações do Confucionismo estão a moral, a política, a educação e a religião. São conhecidas pelos chineses como Junchaio (ensinamentos dos sábios).

O Confucionismo se tornaria a doutrina oficial do império chinês durante a dinastia Han ( séculos III a. C. – III d. C.). Vários seguidores dessa doutrina moral deram continuidade aos ensinamentos de Confúcio, após esse período. Donz Zhong Shu, por exemplo, fez uma reforma no Confucionismo, fundamentando-se na teoria cosmológica dos cinco elementos. O pensamento taoístico ensina que existem na Natureza cinco elementos, os quais se interagem e se relacionam, sendo necessários à manutenção da vida: metal, madeira, terra, água e fogo. Tais elementos não devem ser vistos apenas como representações materiais, mas como símbolos e metáforas. A interação desses cinco elementos é feita por meio de dois ciclos: da produção e do controle.

Wang Chong utilizou-se de um ceticismo lógico para criticar as crenças infundadas e os mitos religiosos. Meng Zi (Mêncio ou Mâncio) e Xun Zi desenvolveram e expandiram o Confucionismo na sociedade chinesa, ensinando a doutrina dentro de uma perspectiva mais naturalista. Essa renovação doutrinária foi denominada de neoconfucionismo. Mêncio, em particular, acreditava na importância da educação para modificar a natureza humana, que se transvia em função dos conflitos e das necessidades impostas pela vida. Acreditava que, a despeito do ser humano possuir instintos naturais comuns aos animais, como o de preservação, a inteligência educada poderia conduzir o ser humano ao bem. Xun Zi, ao contrário, via na natureza perversa do homem uma herança ancestral dos instintos de preservação dos animais. Entretanto, entendia que no interior do homem há uma inteligência capaz de articular meios pelos quais se poderia evitar a manifestação da natureza instintiva.

O Confucionismo foi uma filosofia moral de profundo impacto na estrutura social e cotidiana da sociedade existente na Antiguidade. O valor ao estudo, à disciplina, à ordem, à consciência política e ao trabalho são lemas que o Confucionismo implantou na mentalidade chinesa. A história da China remonta a épocas remotíssimas, no seu passado multimilenário, e esse povo, que deixa agora entrever uma certa estagnação nos seus valores evolutivos, sempre foi igualmente acompanhado na sua marcha por aquela misericórdia infinita que, do céu, envolve todos os corações que latejam na Terra. [...] A cristalização das ideias chinesas advém, simplesmente, desse insulamento voluntário que prejudicou, nas mesmas circunstâncias, o espírito da Índia, apesar de fascinante beleza das suas tradições e dos ensinos. É que a civilização e o progresso, como a própria vida, dependem das trocas incessantes.

“Confúcio, na qualidade de missionário do Cristo, teve de saturar-se de todas as tradições chinesas, aceitar as circunstâncias imperiosas do meio, de modo a beneficiar o país na medida de suas possibilidades de compreensão.”


A doutrina de Confúcio foi dirigida à razão humana, rejeitando o misticismo e as prerrogativas dos poderes sobrenaturais. Segundo os historiadores, por se ocupar com o homem e com as coisas humanas, Confúcio ficou conhecido como o “Sócrates chinês”, preparando o solo da China, no começo da Era Cristã, para a penetração do Budismo que iria introduzir novos conhecimentos aos que foram ensinados pelos missionários chineses. De um modo geral, é o culto dos antepassados o princípio da sua fé [do Budismo]. Esse culto, cotidiano e perseverante, é a base da crença na imortalidade, porquanto de suas manifestações ressaltam as provas diárias da sobrevivência. [...] A ideia da necessidade de aperfeiçoamento espiritual é latente em todos os corações, mas o desvio inerente à compreensão do Nirvana é aí, como em numerosas correntes do Budismo, um obstáculo ao progresso geral. O Nirvana, examinado em suas expressões mais profundas, deve ser considerado como a união permanente da alma com Deus, finalidade de todos os caminhos evolutivos; nunca, porém, como sinônimo de imperturbável quietude ou beatífica realização do não ser. A vida é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. Sua manutenção depende da atividade de todos os mundos e de todos os seres.” -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos







111. Segunda classe. ESPÍRITOS SUPERIORES. 

Esses em si reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Da linguagem que empregam se exala sempre a benevolência; é uma linguagem invariavelmente digna, elevada e, muitas vezes, sublime. Sua superioridade os torna mais aptos do que os outros a nos darem noções exatas sobre as coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do que é permitido ao homem saber. Comunicam-se complacentemente com os que procuram de boa-fé a verdade e cuja alma já está bastante desprendida das ligações terrenas para compreendê-la. Afastam-se, porém, daqueles a quem só a curiosidade impele, ou que, por influência da matéria, fogem à prática do bem. 

Quando, por exceção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso e então nos oferecem o tipo da perfeição a que a Humanidade pode aspirar neste mundo.



Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 22 de maio de 2016

Taoísmo


"Nem como tendo domínio da herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho." -( I Pedro, 5: 3 )-



Amados irmãos, bom dia!
Assim como nosso Mestre Jesus nos disse: quem quiser ser o primeiro, que seja o primeiro a servirDevemos nos atentar na questão seguinte, quanto mais dominarmos o conhecimento, mas, estaremos comprometidos com ele. Assim como não se acende uma lâmpada debaixo de uma cama, que nossa luz possa brilhar e iluminar a todos quantos tenhamos oportunidade, pois, somos responsáveis uns pelos outros.









“A palavra Taoísmo (ou Daoísmo) é geralmente empregada para traduzir dois termos chineses distintos: “Daojiao” que se refere aos “ensinamentos ou à religião do Dao” e “Daojia”, que se refere à “escola do Dao”, uma linha de pensamento filosófico chinês.
Segundo a tradição, o Taoísmo (Tao = caminho) teve origem nas ideias do mestre chinês Lao Tsé (ou “velho mestre”), nascido entre 550 e 604 a.C., contemporâneo de Confúcio, outro sábio chinês que iria desenvolver uma doutrina chamada Confucionismo. Lao Tsé pregava a necessidade de bondade no coração humano como condição de felicidade. A bíblia do Taoísmo é Tao te King, que prega a existência de três caminhos:

a) o Tao como caminho da realidade íntima (refere-se ao Criador, de onde brota a vida e ao qual toda a vida retorna);

b) o Tao como caminho do universo, da norma, do ritmo da Natureza, enfim;

c) o Tao como caminho da vida humana.

No contexto taoísta, “Tao” pode ser entendido como o caminho, inserido no espaço-tempo da vida, isto é, o local ou a ordem em que as coisas acontecem. Pode referir-se, também, ao mundo real em que a história humana se desenvolve — daí ser, algumas vezes, nomeado como o “grande Tao”. Neste aspecto teria, talvez, o sentido de existência humana com as conotações morais que lhe são peculiares.

O Taoísmo é um sistema filosófico de crenças politeístas em que se procura unir elementos místicos do culto dos antepassados com rituais do exorcismo, alquimia e magia. Entretanto, antes de Lao Tsé outros missionários, enviados ao Planeta por Jesus, lançaram as bases da organização religiosa da civilização chinesa. As raças adâmicas ainda não haviam chegado ao orbe terrestre e entre aqueles povos já se ouviam grandes ensinamentos do plano espiritual, de sumo interesse para a direção e solução de todos os problemas da vida. A História não vos fala de outros, antes do grande Fo-Hi, que foi o compilador de suas ciências religiosas, nos seus trigramas duplos, que passaram do pretérito remotíssimo aos estudos posteriores. Fo-Hi refere-se, no seu “Y-King”, aos grandes sábios que o antecederam no penoso caminho das aquisições de conhecimento espiritual. Seus símbolos representam os característicos de uma ciência altamente evolutiva, revelando ensinamentos de grande pureza e da mais avançada metafísica. Em seguida a esse grande missionário do povo chinês, o divino Mestre envia-lhe a palavra de Confúcio ou Kong-Fo-Tsé, cinco séculos antes da sua vinda, preparando os caminhos do Evangelho no mundo, tal como procedera com a Grécia, Roma e outros centros adiantados do planeta, enviando-lhes elevados Espíritos da ciência, da religião e da filosofia [...].

Lao Tsé foi um elevado mensageiro do Senhor para os povos da raça amarela. Suas lições estão cheias do perfume de requintada sabedoria moral. No Kang-Ing, Lao Tsé oferece inúmeras lições, como esta: “O Senhor dos Céus é bom e generoso, e o homem sábio é um pouco de suas manifestações. Na estrada da inspiração, eles caminham juntos e o sábio lhe recebe as ideias, que enchem a vida de alegria e de bens.”

Como um dos porta-vozes de Jesus, desenvolveu uma filosofia religiosa, avançada e superior, preparando o caminho do Senhor que, seis séculos depois, iria trazer o seu Evangelho à Humanidade. À medida em que o Taoísmo se espalhou pela população da China, seus ensinamentos se misturaram a algumas crenças preexistentes, como a teoria dos cinco elementos, a alquimia e o culto aos ancestrais. Os seus sacerdotes trabalhavam com feitiços e poções com a finalidade de obterem maior longevidade. Algumas ideias taoístas foram também absorvidas pelo Confucionismo e pelo Budismo. Muitas práticas da antiga medicina tradicional chinesa foram enraizadas no pensamento taoísta. A medicina chinesa moderna, assim como as artes marciais chinesas, se fundamentam em conceitos taoístas, como o Tao, o Qi, e o equilíbrio entre o yin e o yang.

O Taoísmo forma um corpo de doutrina que tem origem nas seguintes fontes primordiais: Máximas morais e orientações do “Imperador Amarelo” ou Huang Di. Trata-se de um dos cinco imperadores chineses, reis lendários sábios e moralmente perfeitos, que teriam governado a China. O Imperador Amarelo teria reinado de 2698 a.C. a 2599 a.C. É considerado o ancestral de todos os chineses da etnia Han. Conta a tradição que desde criança Huang Di era muito perspicaz, dotado de uma inteligência fora do comum e capaz de estabelecer raciocínios avançados sobre os mais variados temas. Durante o seu reinado Huang Di interessou-se especialmente pela saúde e pela condição humana, questionando os seus médicos sobre como a medicina era praticada.

» Livro de aforismos místicos, o Dao De Jing (Tao Te Ching), cuja escrita é atribuída a Lao Zi (Lao Tsé). Tao Te Ching ou Dao de Jing, comumente traduzido pelo nome de O livro do caminho e da sua virtude, é um dos escritos chineses mais antigos e conhecidos. A tradição diz que o livro foi escrito em cerca de 600 a.C. por um sábio que viveu na dinastia Zhou, Lao Tsé. É um livro de provérbios relacionados ao Tao, mas que acabou servindo de obra inspiradora para diversas religiões e filosofias, em especial o Taoísmo e o Budismo Chan, ou chinês, e sua versão japonesa (Zen Budismo).

» Trabalhos do maior filósofo chinês Zhuang Zi (Chuang Tsé), literalmente denominado “Mestre Zhuang”, que viveu no século IV a.C. Ele era da Cidade de Meng, no Estado de Song, hoje Shângqiû. A sua filosofia influenciou o desenvolvimento do Budismo Chan (chinês) e do Budismo Zen (japonês).

» Antigo I Ching, ou O livro das mudanças (ou das Mutações), que é tido como uma fonte extra do Taoísmo, assim como de práticas de divinação da China antiga. O I Ching é um texto clássico chinês composto de várias camadas que foram superpostas ao longo dos tempos. É um dos mais antigos e um dos únicos textos chineses que chegaram até os nossos dias. Ching, significando “clássico,” foi o nome dado por Confúcio à sua edição. Antes de Confúcio era chamado apenas de I, que tem origem no ideograma e é traduzido de muitas formas. No século XX, ficou conhecido no Ocidente como “mudança” ou “mutação”. O I Ching pode ser compreendido e estudado como um oráculo ou como um livro de sabedoria. Na própria China é alvo de estudos diferenciados, realizados por religiosos, eruditos e praticantes da filosofia de vida taoísta.

O Taoísmo tem significados diferentes no Ocidente:

a) pode ser entendido como uma escola de pensamento filosófico chinês fundamentada nos textos do Tao Te Ching atribuídos a Lao Tsé e nos escritos de Chuang Tsé;

b) é aceito como movimento religioso chinês que tem sua origem nos ensinos de Zhang Daoling, no final da dinastia Han, estruturado em seitas como a Zhengyi (ou “Ortodoxa”) e Quanzhen (ou “realidade completa”);

c) visto como manifestação da tradição religiosa chinesa, mas de caráter popular, em que se integram elementos do Taoísmo, do Confucionismo e do Budismo. 

O Taoísmo é de natureza politeísta, daí as igrejas taoístas possuírem panteões de divindades, incluindo Lao Zi, Zhang Daoling, o Imperador Amarelo, o Imperador Jade, Lei Gong (“O Deus do Trovão”) e outros. As duas maiores igrejas taoístas da atualidade pertencem à seita Zhengyi (evoluída de uma seita fundada por Zhang Daoling) e o Taoísmo Quanzhen (fundado por Wang Chongyang).” -( FEB - EADE )- 




Estudo do Livro dos Espíritos








110. Terceira classe. ESPÍRITOS DE SABEDORIA.  

As qualidades morais da ordem mais elevada são o que os caracteriza.  Sem possuírem ilimitados conhecimentos, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes faculta juízo reto sobre os homens e as coisas.



Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 21 de maio de 2016

Budismo


"O campo é o mundo." - Jesus - ( Mateus, 13: 38 )




Amados irmãos, bom dia!
A messe é grande e os semeadores são poucos. Nosso campo é imenso, mas, poucos são os que se dedicam ao trabalho; muitos querem semear apenas nos terrenos férteis e deixam os terrenos áridos sem os cuidados que lhe são necessários. Busquemos em nosso Mestre Jesus, a direção para nosso trabalho e que nos capacite a bem executá-lo.








“O fundador do Budismo foi Sidarta Gautama (560–480 a.C.), o Buda, que significa “o iluminado”. Gautama era filho de um rajá indiano e até a idade adulta viveu no palácio compartilhando as vantagens materiais destinadas à nobreza. O Budismo apareceu na mesma época que o Janaísmo, mas sempre teve papel mais significativo. Conta-se que Buda, ao percorrer o país, em certa ocasião, encontrou “[...] os mendigos, os enfermos, os desditosos. Confrangeu-se-lhe o coração, e, certa noite, deixou o seu palácio, no esplendor de uma festa, para compartir a sorte dos desgraçados.” Foi no trato com as pessoas sofredoras e vivendo em contato com a natureza que Buda encontrou a inspiração para organizar a sua doutrina. Começou por combater as superstições e os sacrifícios. A seus discípulos nada ensinou sobre Deus, porque eles não podiam formar de Deus uma ideia justa e precisa. Mas declarou que a alma renascia constantemente até a completa depuração de suas impurezas. Liberta do cárcere corporal, iria para o nirvana, que é a completa tranquilidade do Espírito. Ensinava que a miséria humana tem origem nas ambições egoísticas. O Hinduísmo e o Budismo têm como pontos comuns: a reencarnação, o carma e a salvação. Para Buda, o ser humano está preso a uma série de renascimentos, e, como todas as ações têm consequências, o que determina o carma são os pensamentos, palavras e atos. Para o Budismo, o homem colhe o que plantou, não existindo um “destino cego” nem uma “divina providência”: uma existência está inexoravelmente presa à outra. No entanto, ao longo de uma série de renascimentos encontra o homem a passagem (porta) para a salvação, para a perfeição ou nirvana (palavra que significa “apagar”). A busca pelo nirvana é meta primordial budista, uma vez que essa doutrina ensina que durante a reencarnação não há uma verdadeira autonomia: tudo é transitório e pleno de sofrimento. Com o nirvana, a pessoa alcança uma vida sem sofrimento, de iluminação espiritual (bodhi), em que o carma e a necessidade de renascimento já não mais existiriam. Com a morte de Buda surgiram divergências entre os discípulos a respeito da interpretação dos ensinamentos búdicos. Assim, por volta de 380 a.C., realizou-se um concílio que provocou uma cisão entre os monges conservadores e os monges liberais, constituindo-se em diferentes correntes de organização religiosa. Os ensinamentos de Buda podem ser resumidos no seguinte:

» A Lei do Carma — para Buda, enquanto a pessoa não atingir o nirvana, estará escravizada à necessidade da reencarnação. Como todas as ações humanas têm consequências, é preciso que a pessoa aprenda a se depurar, pelos renascimentos sucessivos.

» Visão da Humanidade — o Budismo não aceita a ideia de uma alma individual e eterna, como é difundida nas tradições hindus. O fato de o ser humano achar que é um “eu”, ou que tem uma alma, reflete ignorância, e essa ignorância pode lhe trazer graves consequências, uma vez “que cria o desejo, e é o desejo que cria o carma”. A alma, para o Budismo, é algo tão fugaz como qualquer coisa que existe no mundo.

» As quatro nobres verdades do sofrimento — fazem parte do sermão de Benares, proferido por Buda. As quatro nobres verdades são: tudo é sofrimento; a causa do sofrimento é o desejo; o sofrimento cessa quando cessa o desejo; só assim se segue o caminho das oito vias: perfeita compreensão, perfeita aspiração, perfeita fala, perfeita conduta, perfeito meio de subsistência, perfeito esforço, perfeita atenção e perfeita contemplação. O Budismo mantém atualmente duas tendências principais: Theravada (“a escola dos antigos monges”) que enfatiza a salvação individual pela meditação, sendo predominante no sul da Ásia (Birmânia, Tailândia, Sri Lanka, Laos e Camboja); Mahayana (“o grande veículo”) que ensina ser possível a salvação das pessoas. Essa escola é mais encontrada no norte da Ásia (China, Japão, Mongólia, Tibet, Coreia e Vietnã). Na China surgiu o Zen-budismo, uma derivação da escola Mahayana, que dá ênfase à meditação como forma para alcançar a iluminação e, consequentemente, alcançar o nirvana. Atualmente, o Zen-budismo é mais praticado no Japão, onde existem cerca de vinte mil templos e cinco milhões de adeptos.” -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos







109. Quarta classe. ESPÍRITOS SÁBIOS.  

Distinguem-se pela amplitude de seus conhecimentos. Preocupam-se menos com as questões morais, do que com as de natureza científica, para as quais têm maior aptidão. Entretanto, só encaram a ciência do ponto de vista da sua utilidade e jamais dominados por quaisquer paixões próprias dos Espíritos imperfeitos.




Que a graça e a paz sejam conosco!


sexta-feira, 20 de maio de 2016

O Janaísmo


"Mas ide dizer a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galileia." -( Marcos, 16: 7 )-




Amados irmãos, bom dia!
Devemos observar que, a todo instante, em qualquer circunstância, nosso Mestre Jesus já passou adiante de nós e nos preparou o caminho. Somos colaboradores dele, mas, quase nada temos a fazer, pois, ele sempre está a nos preparar os caminhos. Sejamos gratos também por isso e procuremos fazer da melhor forma, o pouco que ele nos pede.








“Posteriormente à reforma bramânica, surgiram dois movimentos religiosos, por volta do século VI a.C., opostos ao Bramanismo: o Janaísmo — mantido circunscrito à Índia e que persiste nos dias atuais — e o Budismo, que se difundiu pela Ásia. Essas duas manifestações religiosas são semelhantes: repudiam o ritual indicado pelo Bramanismo, são indiferentes às tradições védicas e às suas divindades. São também contrárias ao regime das castas. Seus fundadores apresentam-se como homens comuns, não aceitando como a reencarnação de qualquer divindade.

O Janaísmo tem como fundador Mahâvîra Jina (Mahâvîra = “o grande herói”; Jina =“o vitorioso”). Mahâvîra Jina era descendente da família dos Kshatryas (de guerreiros e de príncipes) e teve uma vida de asceta, não usando nem mesmo roupa. Difundiu a sua doutrina no meio da nobreza a que pertencia. O Janaísmo admite a ideia da transmigração das almas, tendo como primeira proposta moral: não fazer o mal a qualquer ser vivo. O religioso hindu, independentemente da seita a que pertença, tem um altar doméstico onde cultua os deuses de sua devoção e procura seguir o caminho sagrado indicado pelo Bhagavad Gita: cumprimento dos deveres para com a família, os membros da sua casta e da comunidade associados às virtudes da compreensão e da adoração. É importante assinalar que a tradição hinduísta representa a base da formação religiosa e social da humanidade terrestre. Dos Espíritos degredados no ambiente da Terra, os que se gruparam nas margens do Ganges foram os primeiros a formar os pródomos de uma sociedade organizada, cujos núcleos representariam a grande percentagem de ascendentes das coletividades do porvir. As organizações hindus são de origem anterior à própria civilização egípcia e antecederam de muito os agrupamentos israelitas [...].” -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos







108. Quinta classe. ESPÍRITOS BENÉVOLOS.  

A bondade é neles a qualidade dominante. Apraz-lhes prestar serviço aos homens e protegê-los. Limitados, porém, são os seus conhecimentos. Hão progredido mais no sentido moral do que no sentido intelectual.




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Hinduísmo


"Procura vir antes do inverno." -( II Timóteo, 4: 21 )-



Amados irmãos, bom dia!
Quantas vezes esperamos que nossa vida se torne um caos para nos voltarmos ao Senhor e ao seu caminho. Nosso Pai não é uma central de abastecimento onde vamos apenas quando não temos com o que nos sustentar. Portanto, procuremos vir antes do inverno, esse é o chamado que nos faz todos os dias.










“O Hinduísmo, palavra que significa indiano, não possui um fundador, propriamente dito, nem um credo fixo. Projeta-se na história como uma religião atemporal, pela capacidade de incorporar novos pensamentos e novas práticas religiosas. Na verdade, o Hinduísmo abrange várias expressões religiosas que se desenvolveram na Índia, há três ou quatro mil anos. Nesse caldo religioso, encontramos manifestações tipicamente politeístas, monolatristas, panteístas e animistas. No monolatrismo encontramos práticas religiosas situadas entre o politeísmo e o monoteísmo: adora-se um deus único, considerado o mais importante, mas sem negar a existência de outros deuses.

O panteísmo tem como princípio a crença de que todas as coisas e seres são uma partícula de Deus.
O animismo ensina que os elementos da natureza são animados por espíritos que devam ser cultuados.
As diferentes formas de expressão do Hinduísmo atual abrange uma variedade de cultos e rituais, existindo, em comum, a aceitação do sistema de castas, dos princípios do carma (ou karma) e a adoração da vaca como animal sagrado. O regime de castas define a existência de quatro classes sociais básicas ou varna, que significa “cor”:

1. sacerdotes (brâmanes);
2. guerreiros;
3. agricultores, comerciantes e artesãos;
4. servos (párias).

Essa classificação deu origem a especificações tão detalhadas que, surpreendentemente, no início do século vinte existiam cerca de três mil castas. As organizações hindus são de origem anterior à própria civilização egípcia e antecederam de muito os agrupamentos israelitas, de onde sairiam mais tarde personalidades notáveis, como as de Abraão e Moisés. As almas exiladas naquela parte do Oriente muito haviam recebido da misericórdia do Cristo, de cuja palavra de amor e de cuja figura luminosa guardaram as mais comovedoras recordações, traduzidas na beleza dos Vedas e dos Upanishads. Foram elas as primeiras vozes da filosofia e da religião no mundo terrestre, como provindo de uma raça de profetas, de mestres e iniciados, em cujas tradições iam beber a verdade os homens e os povos do porvir [...]. 

Segundo o entendimento hinduísta, carma (karma = ato) é uma lei natural, fundamentada na crença de que todas as ações do homem têm consequências e que serão expressas numa próxima reencarnação. A adoração da vaca como animal sagrado é outra concepção universal das tradições hindus, visto que são animais que suprem todas as necessidades de manutenção da vida biológica. Essa adoração é claramente manifestada durante as festividades religiosas da Índia, existindo até nos Vedas hinos para as vacas. Há pontos concordantes entre as diferentes seitas hindus, como é natural. Entretanto as discordâncias são maiores, em razão da natureza de cada tipo de interpretação religiosa: politeísta, monolatrista, anímica, panteísta ou monoteísta. Entre os monoteístas hindus temos os que abraçam concepções cristãs e os que seguem a orientação islâmica. Em geral, as manifestações religiosas hinduístas tem como base o livro sagrado Veda (ou Vedas). A palavra “Veda” significa saber ou conhecimento. Trata-se de uma sabedoria transmitida de forma oral, cujas raízes remontam de 1500 a 1000 a.C. Assim, quando se faz citações dos Vedas se afirma: “está ouvido” (representa uma forma sacra do “ouvir dizer”). Em oposição, se a referência provém de um texto religioso escrito, tendo ou não como base a tradição oral, se expressa: “está escrito”. As tradições védicas estão anotadas em livros, daí a utilização da forma plural “Vedas”. O livro védico Rig-Veda é o mais antigo, sendo considerado a bíblia mais antiga da Humanidade.

O Hinduísmo apresenta um sistema de adoração a diferentes entidades espirituais, denominados deuses. Os mais populares são Civa (ou Shiva) e Vishnu, os quais já encarnaram, respectivamente, como Rama e Krishna, de acordo com a tradição hindu. No Hinduísmo existe também um grande número de divindades menores, uma variedade de animais, árvores e rios sagrados, animados por Espíritos. O rio sagrado mais conhecido é o Ganges. No período védico tardio, entre 1000 e 500 a.C., ocorreu na Índia uma reforma religiosa que recebeu o nome de Bramanismo. O Bramanismo é uma religião ortodoxa, praticada por iniciados em práticas védicas, os brâmanes, conhecidos como “sacerdotes-mágicos”. Os livros sagrados do Bramanismo são os Bramanas e os Upanishads. Ambos são considerados como revelações de Brama ou Brahman (Deus supremo). Os Upanishads, livros hinduístas mais lidos pelos indianos, estão escritos sob a forma de diálogos entre o mestre e o discípulo. Transmitem a noção de ser Brahman a força espiritual essencial em que se baseia todo o universo. “Todos os seres vivos nascem do Brahman, retornam no Brahman e ao morrer voltam ao Brahman”.
O carma é um conceito-chave da filosofia religiosa dos Upanishads que, considerando o homem como ser imortal, pode renascer numa casta mais alta ou mais baixa, ou, também, habitar o corpo de um animal. Os Upanishads trazem, segundo a interpretação hindu, a síntese da moral universal. Outro texto religioso de grande valor para as religiões hindus é o Bhagavad Gita (“A Canção do Senhor”). Faz parte da obra épica Mahabharata (em sânscrito, “grande Índia”) que, segundo a tradição, foi ditado por Krishnna-Dwaipayana Vyasa, o compilador, possivelmente no século IV a.C.

O Bhagavad Gita foi incluído no Mahabharata possivelmente no século VIII a.C.17 O Bhagavad Gita, escrito em sânscrito, relata o diálogo de Krishna, uma das encarnações do deus Vishnu, com Arjuna, seu discípulo guerreiro, em pleno campo de batalha. Arjuna representa o papel de uma alma confusa sobre seu dever, e recebe iluminação diretamente de Krishna. No desenrolar da conversa são inseridos pontos importantes da filosofia indiana oriundos dos Vedas e do Bramanismo. A obra é uma das principais escrituras sagradas da cultura da Índia, e compõe a principal obra da religião Vaishnava, popularmente conhecida como movimento Hare Krishna.

Hare Krishna (ou, mais apropriadamente, Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna) é uma cultura monoteísta hindu oriunda da tradição védica e que tem por base os ensinamentos do guru Sri Krishna Chaitanya Mahaprabhu (1486–1534). Esse movimento foi introduzido no Ocidente em 1965 por Bhaktivedanta Swamo Prabhupada. Os membros da Sociedade Hare Krishna participam dos serviços nos templos e realizam suas práticas (chamadas de bhakti-yoga ou yoga da devoção), em casa, ou se dedicam inteiramente ao serviço de devoção à “Suprema Personalidade de Deus”, que é Krishna, levando uma vida monástica. Krishna é um nome de Deus e significa o Todo-Atraente, em sânscrito. O seus membros não podem consumir álcool, fumar e usar outras drogas, seguindo uma dieta lacto-vegetariana. Dedicam-se ao estudo das escrituras védicas e à entoação de mantras. Os mantras são considerados sons transcendentais, cantados repetidamente como auxílio à meditação e autorrealização. Durante o canto, podem manifestar estados de êxtase transcendental, que resultarão na libertação da alma do corpo.” -( FEB - EADE )- 




Estudo do Livro dos Espíritos







SEGUNDA ORDEM. — BONS ESPÍRITOS 

107. CARACTERES GERAIS.  

Predominância do Espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e poderes para o bem estão em relação com o grau de adiantamento que hajam alcançado; uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais adiantados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando ainda completamente desmaterializados, conservam mais ou menos, conforme a categoria que ocupem, os traços da existência corporal, assim na forma da linguagem, como nos hábitos, entre os quais se descobrem mesmo algumas de suas manias. 

De outro modo, seriam Espíritos perfeitos. Compreendem Deus e o infinito e já gozam da felicidade dos bons. São felizes pelo bem que fazem e pelo mal que impedem. O amor que os une lhes é fonte de inefável ventura, que não tem a perturbá-la nem a inveja, nem os remorsos, nem nenhuma das más paixões que constituem o tormento dos Espíritos imperfeitos. Todos, entretanto, ainda têm que passar por provas, até que atinjam a perfeição. Como Espíritos, suscitam bons pensamentos, desviam os homens da senda do mal, protegem na vida os que se lhes mostram dignos de proteção e neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos sobre aqueles a quem não é grato sofrê-la. 

Quando encarnados, são bondosos e benevolentes com os seus semelhantes. Não os movem o orgulho, nem o egoísmo, ou a ambição. Não experimentam ódio, rancor, inveja ou ciúme e fazem o bem pelo bem. A esta ordem pertencem os Espíritos designados, nas crenças vulgares, pelos nomes de bons gênios, gênios protetores, Espíritos do bem. Em épocas de superstições e de ignorância, eles hão sido elevados à categoria de divindades benfazejas. Podem ser divididos em quatro grupos principais, que veremos na próxima publicação.





Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 18 de maio de 2016

As religiões não cristãs


"E. se ali houver algum filho da paz,  repousará sobre ele a vossa paz: e, se não, ela voltará para vós." - Jesus - ( Lucas, 10: 6 )



Amados irmãos, bom dia!
A paz a que se refere nosso Mestre, não é apenas um desejo de bem estar momentâneo, é o reflexo do equilíbrio interior, da paz na consciência, é o dever cumprido. Quando nos dispomos a assim viver, ela nos vem como um adereço e se espalha em todas as direções e alcança a todos.








“Deus jamais deixou de revelar suas leis. A orientação divina chega à Humanidade em todas as épocas, utilizando todos os meios, direta ou indiretamente pelo trabalho dos missionários, ou porta-vozes do Senhor. Esses gênios, que aparecem através dos séculos como estrelas brilhantes, deixando longo traço luminoso sobre a Humanidade, são missionários ou, se o quiserem, messias. O que de novo ensinam aos homens, quer na ordem física, quer na ordem filosófica, são revelações. Se Deus suscita reveladores para as verdades científicas, pode, com mais forte razão, suscitá-los para as verdades morais, que constituem elementos essenciais do progresso. Percebemos então que todas as revelações religiosas foram transmitidas de acordo com o nível de entendimento e de moralidade dos habitantes do Planeta. Estes, “[...] assaz materializados para compreenderem o mérito das coisas puramente espirituais, fizeram consistir a maior parte dos deveres religiosos no cumprimento de fórmulas exteriores.” Cada coisa acontece no tempo propício, pois o processo evolutivo é lento, sobretudo no homem primitivo ou de pouca evolução moral e intelectual. “A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado.”

Importa considerar que o sentimento religioso é inerente ao ser humano, ainda que rejeitado por algumas correntes filosóficas e científicas, de natureza materialista. A religião é o sentimento divino que prende o homem ao Criador. As religiões são organizações dos homens, falíveis e imperfeitas como eles próprios; dignas de todo acatamento pelo sopro de inspiração superior que as faz surgir, são como gotas de orvalho celeste, misturadas com os elementos da terra em que caíram. O desenvolvimento da consciência religiosa está claramente identificada na história de cada povo. Vamos encontrar, historicamente, as concepções mais remotas da organização religiosa na civilização chinesa, nas tradições da Índia védica e bramânica, de onde também se irradiaram as primeiras lições do Budismo, no antigo Egito, com os mistérios do culto dos mortos, na civilização resplandecente dos faraós, na Grécia com os ensinamentos órficos e com a simbologia mitológica, existindo já grandes mestres, isolados intelectualmente das massas, a quem ofereciam os seus ensinos exóticos, conservando o seu saber de iniciados no círculo restrito daqueles que os poderiam compreender devidamente. Entendemos que essas tradições não surgiram por acaso no Planeta. Há um plano divino que direciona todo o processo de melhoria da humanidade terrestre. Sob a supervisão de Jesus, missionários renascem para transmitir aos encarnados não somente lições de progresso científico ou filosófico, mas também ensinamentos morais e religiosos. Fo-Hi, os compiladores dos Vedas, Confúcio, Hermes, Pitágoras, Gautama, os seguidores dos mestres da antiguidade, todos foram mensageiros de sabedoria que, encarnando em ambientes diversos, trouxeram ao mundo a ideia de Deus e das leis morais a que os homens se devem submeter para a obtenção de todos os primores da evolução espiritual. Todos foram mensageiros daquele que era o Verbo do Princípio, emissários da sua doutrina de amor. Em afinidade com as características da civilização e dos costumes de cada povo, cada um deles foi portador de uma expressão do “amai-vos uns aos outros”. Compelidos, em razão do obscurantismo dos tempos, a revestir seus pensamentos com os véus misteriosos dos símbolos, como os que se conheciam dentro dos rigores iniciáticos, foram os missionários do Cristo preparadores dos seus gloriosos caminhos. Num esforço de síntese, apresentaremos as principais manifestações religiosas não cristãs, no estudo próximo.” -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos







106. Sexta classe. ESPÍRITOS BATEDORES E PERTURBADORES.  

Estes Espíritos, propriamente falando, não formam uma classe distinta pelas suas qualidades pessoais. Podem caber em todas as classes da terceira ordem. Manifestam geralmente sua presença por efeitos sensíveis e físicos, como pancadas, movimento e deslocamento anormal de corpos sólidos, agitação do ar, etc. 
Afiguram-se, mais do que outros, presos à matéria. Parecem ser os agentes principais das vicissitudes dos elementos do globo, quer atuem sobre o ar, a água, o fogo, os corpos duros, quer nas entranhas da terra. Reconhece-se que esses fenômenos não derivam  de uma causa fortuita ou física, quando denotam caráter intencional e inteligente. 
Todos os Espíritos podem produzir tais fenômenos, mas os de ordem elevada os deixam, de ordinário, como atribuições dos subalternos, mais aptos para as coisas materiais do que para as coisas da inteligência; quando julgam úteis as manifestações desse gênero, lançam mão destes últimos como seus auxiliares.




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 17 de maio de 2016

Monoteísmo


"Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma massa nova." -( I Coríntios, 5: 7 )-




Amados irmãos, bom dia!
A cada novo dia somos chamados ao renascimento íntimo e, para tanto, devemos nos desapegar das coisas velhas, do "fermento velho". Busquemos em nosso Mestre Jesus e nos bons Espíritos, a fonte viva da verdadeira sabedoria que nos torna melhores.








“O monoteísmo, consequência natural, e oposta, do politeísmo é doutrina religiosa que defende a existência de uma única divindade, culto ou adoração de um único Deus, Pai e Criador supremo. Antes da vinda do Cristo, com exceção dos hebreus, todos os povos eram idólatras e politeístas. Se alguns homens superiores ao vulgo conceberam a ideia da unidade de Deus, essa ideia permaneceu no estado de sistema pessoal, em parte nenhuma foi aceita como verdade fundamental, a não ser por alguns iniciados que ocultavam seus conhecimentos sob um véu de mistério, impenetrável para as massas populares. Os hebreus foram os primeiros a praticar publicamente o monoteísmo; é a eles que Deus transmite a sua lei, primeiramente por via de Moisés, depois por intermédio de Jesus. Foi daquele pequenino foco que partiu a luz destinada a espargir-se pelo mundo inteiro, a triunfar do paganismo e a dar a Abraão uma posteridade espiritual “tão numerosa quanto as estrelas do firmamento.” Entretanto, abandonando de todo a idolatria, os judeus desprezaram a lei moral, para se aferrarem ao mais fácil: a prática do culto exterior.

O monoteísmo representa o ápice da escala evolutiva religiosa da humanidade terrestre. Foi uma conquista lenta, seguida de estágios preparatórios, nascida no seio das próprias doutrinas politeístas. Cabe ao povo judeu o mérito da implantação do monoteísmo na Terra. Dos Espíritos degredados na Terra, foram os hebreus que constituíram a raça mais forte e mais homogênea, mantendo inalterados os seus caracteres através de todas as mutações. Examinando esse povo notável no seu passado longínquo, reconhecemos que, se grande era a sua certeza na existência de Deus, muito grande também era o seu orgulho, dentro de suas concepções da verdade e da vida. [...] Entretanto, em honra da verdade, somos obrigados a reconhecer que Israel, num paradoxo flagrante, antecipando-se às conquistas dos outros povos, ensinou de todos os tempos a fraternidade, a par de uma fé soberana e imorredoura. O monoteísmo é consolidado com os Dez Mandamentos, ou Decálogo, recebidos por Moisés, no monte Sinai. O protegido de Termutis [irmã do faraó egípcio e mãe adotiva de Moisés], depois de se beneficiar com a cultura que o Egito lhe podia prodigalizar, foi inspirado a reunir todos os elementos úteis à sua grandiosa missão, vulgarizando o monoteísmo e estabelecendo o Decálogo, sob a inspiração divina, cujas determinações são até hoje a edificação basilar da Religião da Justiça e do Direito[...]. Moisés, com a expressão rude da sua palavra primitiva, recebe do mundo espiritual as leis básicas do Sinai, construindo desse modo o grande alicerce do aperfeiçoamento moral do mundo; e Jesus, no Tabor, ensina a Humanidade a desferir, das sombras da Terra, o seu voo divino para as luzes do Céu.

Independentemente das práticas indicadas pela legislação moisaica, algumas até desumanas, mas compatíveis com a mentalidade da época, Moisés teve o mérito de difundir à multidão que o seguia na árdua peregrinação no deserto, verdades espirituais acessíveis apenas aos indivíduos aceitos como “iniciados” nos diferentes templos religiosos do passado. O grande legislador dos hebreus trouxera a determinação de Jesus, com respeito à simplificação das fórmulas iniciáticas, para compreensão geral do povo; a missão de Moisés foi tornar acessíveis ao sentimento popular as grandes lições que os demais iniciados eram compelidos a ocultar. E, de fato, no seio de todas as grandes figuras da antiguidade, destaca-se o seu vulto como o primeiro a rasgar a cortina que pesa sobre os mais elevados conhecimentos, filtrando a luz da verdade religiosa para a alma simples e generosa do povo.” -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos







105. Sétima classe. ESPÍRITOS NEUTROS.  

Nem bastante bons para fazerem o bem, nem bastante maus para fazerem o mal. Pendem tanto para um como para o outro e não ultrapassam a condição comum da Humanidade, quer no que concerne ao moral, quer no que toca à inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, de cujas grosseiras alegrias sentem saudades.




Que a graça e a paz sejam conosco!