"E. se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz: e, se não, ela voltará para vós." - Jesus - ( Lucas, 10: 6 )
Amados irmãos, bom dia!
A paz a que se refere nosso Mestre, não é apenas um desejo de bem estar momentâneo, é o reflexo do equilíbrio interior, da paz na consciência, é o dever cumprido. Quando nos dispomos a assim viver, ela nos vem como um adereço e se espalha em todas as direções e alcança a todos.
“Deus jamais deixou de revelar
suas leis. A orientação divina chega à Humanidade em todas as épocas,
utilizando todos os meios, direta ou indiretamente pelo trabalho dos
missionários, ou porta-vozes do Senhor. Esses gênios, que aparecem através dos
séculos como estrelas brilhantes, deixando longo traço luminoso sobre a
Humanidade, são missionários ou, se o quiserem, messias. O que de novo ensinam
aos homens, quer na ordem física, quer na ordem filosófica, são revelações. Se
Deus suscita reveladores para as verdades científicas, pode, com mais forte
razão, suscitá-los para as verdades morais, que constituem elementos essenciais
do progresso. Percebemos então que todas as revelações religiosas foram
transmitidas de acordo com o nível de entendimento e de moralidade dos
habitantes do Planeta. Estes, “[...] assaz materializados para compreenderem o
mérito das coisas puramente espirituais, fizeram consistir a maior parte dos
deveres religiosos no cumprimento de fórmulas exteriores.” Cada coisa acontece
no tempo propício, pois o processo evolutivo é lento, sobretudo no homem
primitivo ou de pouca evolução moral e intelectual. “A verdade é como a luz: o
homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica
deslumbrado.”
Importa considerar que o
sentimento religioso é inerente ao ser humano, ainda que rejeitado por algumas
correntes filosóficas e científicas, de natureza materialista. A religião é o
sentimento divino que prende o homem ao Criador. As religiões são organizações
dos homens, falíveis e imperfeitas como eles próprios; dignas de todo
acatamento pelo sopro de inspiração superior que as faz surgir, são como gotas
de orvalho celeste, misturadas com os elementos da terra em que caíram. O
desenvolvimento da consciência religiosa está claramente identificada na
história de cada povo. Vamos encontrar, historicamente, as concepções mais
remotas da organização religiosa na civilização chinesa, nas tradições da Índia
védica e bramânica, de onde também se irradiaram as primeiras lições do
Budismo, no antigo Egito, com os mistérios do culto dos mortos, na civilização
resplandecente dos faraós, na Grécia com os ensinamentos órficos e com a
simbologia mitológica, existindo já grandes mestres, isolados intelectualmente
das massas, a quem ofereciam os seus ensinos exóticos, conservando o seu saber
de iniciados no círculo restrito daqueles que os poderiam compreender
devidamente. Entendemos que essas tradições não surgiram por acaso no Planeta. Há
um plano divino que direciona todo o processo de melhoria da humanidade
terrestre. Sob a supervisão de Jesus, missionários renascem para transmitir aos
encarnados não somente lições de progresso científico ou filosófico, mas também
ensinamentos morais e religiosos. Fo-Hi, os compiladores dos Vedas, Confúcio,
Hermes, Pitágoras, Gautama, os seguidores dos mestres da antiguidade, todos
foram mensageiros de sabedoria que, encarnando em ambientes diversos, trouxeram
ao mundo a ideia de Deus e das leis morais a que os homens se devem submeter
para a obtenção de todos os primores da evolução espiritual. Todos foram
mensageiros daquele que era o Verbo do Princípio, emissários da sua doutrina de
amor. Em afinidade com as características da civilização e dos costumes de cada
povo, cada um deles foi portador de uma expressão do “amai-vos uns aos outros”.
Compelidos, em razão do obscurantismo dos tempos, a revestir seus pensamentos
com os véus misteriosos dos símbolos, como os que se conheciam dentro dos
rigores iniciáticos, foram os missionários do Cristo preparadores dos seus
gloriosos caminhos. Num esforço de síntese, apresentaremos as principais
manifestações religiosas não cristãs, no estudo próximo.” -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
106. Sexta classe. ESPÍRITOS BATEDORES E PERTURBADORES.
Estes Espíritos, propriamente falando, não formam uma
classe distinta pelas suas qualidades pessoais. Podem caber
em todas as classes da terceira ordem. Manifestam geralmente
sua presença por efeitos sensíveis e físicos, como
pancadas, movimento e deslocamento anormal de corpos
sólidos, agitação do ar, etc.
Afiguram-se, mais do que outros,
presos à matéria. Parecem ser os agentes principais
das vicissitudes dos elementos do globo, quer atuem sobre
o ar, a água, o fogo, os corpos duros, quer nas entranhas
da terra. Reconhece-se que esses fenômenos não derivam de uma causa fortuita ou física, quando denotam caráter
intencional e inteligente.
Todos os Espíritos podem produzir
tais fenômenos, mas os de ordem elevada os deixam, de
ordinário, como atribuições dos subalternos, mais aptos
para as coisas materiais do que para as coisas da inteligência;
quando julgam úteis as manifestações desse gênero,
lançam mão destes últimos como seus auxiliares.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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