quinta-feira, 19 de maio de 2016

Hinduísmo


"Procura vir antes do inverno." -( II Timóteo, 4: 21 )-



Amados irmãos, bom dia!
Quantas vezes esperamos que nossa vida se torne um caos para nos voltarmos ao Senhor e ao seu caminho. Nosso Pai não é uma central de abastecimento onde vamos apenas quando não temos com o que nos sustentar. Portanto, procuremos vir antes do inverno, esse é o chamado que nos faz todos os dias.










“O Hinduísmo, palavra que significa indiano, não possui um fundador, propriamente dito, nem um credo fixo. Projeta-se na história como uma religião atemporal, pela capacidade de incorporar novos pensamentos e novas práticas religiosas. Na verdade, o Hinduísmo abrange várias expressões religiosas que se desenvolveram na Índia, há três ou quatro mil anos. Nesse caldo religioso, encontramos manifestações tipicamente politeístas, monolatristas, panteístas e animistas. No monolatrismo encontramos práticas religiosas situadas entre o politeísmo e o monoteísmo: adora-se um deus único, considerado o mais importante, mas sem negar a existência de outros deuses.

O panteísmo tem como princípio a crença de que todas as coisas e seres são uma partícula de Deus.
O animismo ensina que os elementos da natureza são animados por espíritos que devam ser cultuados.
As diferentes formas de expressão do Hinduísmo atual abrange uma variedade de cultos e rituais, existindo, em comum, a aceitação do sistema de castas, dos princípios do carma (ou karma) e a adoração da vaca como animal sagrado. O regime de castas define a existência de quatro classes sociais básicas ou varna, que significa “cor”:

1. sacerdotes (brâmanes);
2. guerreiros;
3. agricultores, comerciantes e artesãos;
4. servos (párias).

Essa classificação deu origem a especificações tão detalhadas que, surpreendentemente, no início do século vinte existiam cerca de três mil castas. As organizações hindus são de origem anterior à própria civilização egípcia e antecederam de muito os agrupamentos israelitas, de onde sairiam mais tarde personalidades notáveis, como as de Abraão e Moisés. As almas exiladas naquela parte do Oriente muito haviam recebido da misericórdia do Cristo, de cuja palavra de amor e de cuja figura luminosa guardaram as mais comovedoras recordações, traduzidas na beleza dos Vedas e dos Upanishads. Foram elas as primeiras vozes da filosofia e da religião no mundo terrestre, como provindo de uma raça de profetas, de mestres e iniciados, em cujas tradições iam beber a verdade os homens e os povos do porvir [...]. 

Segundo o entendimento hinduísta, carma (karma = ato) é uma lei natural, fundamentada na crença de que todas as ações do homem têm consequências e que serão expressas numa próxima reencarnação. A adoração da vaca como animal sagrado é outra concepção universal das tradições hindus, visto que são animais que suprem todas as necessidades de manutenção da vida biológica. Essa adoração é claramente manifestada durante as festividades religiosas da Índia, existindo até nos Vedas hinos para as vacas. Há pontos concordantes entre as diferentes seitas hindus, como é natural. Entretanto as discordâncias são maiores, em razão da natureza de cada tipo de interpretação religiosa: politeísta, monolatrista, anímica, panteísta ou monoteísta. Entre os monoteístas hindus temos os que abraçam concepções cristãs e os que seguem a orientação islâmica. Em geral, as manifestações religiosas hinduístas tem como base o livro sagrado Veda (ou Vedas). A palavra “Veda” significa saber ou conhecimento. Trata-se de uma sabedoria transmitida de forma oral, cujas raízes remontam de 1500 a 1000 a.C. Assim, quando se faz citações dos Vedas se afirma: “está ouvido” (representa uma forma sacra do “ouvir dizer”). Em oposição, se a referência provém de um texto religioso escrito, tendo ou não como base a tradição oral, se expressa: “está escrito”. As tradições védicas estão anotadas em livros, daí a utilização da forma plural “Vedas”. O livro védico Rig-Veda é o mais antigo, sendo considerado a bíblia mais antiga da Humanidade.

O Hinduísmo apresenta um sistema de adoração a diferentes entidades espirituais, denominados deuses. Os mais populares são Civa (ou Shiva) e Vishnu, os quais já encarnaram, respectivamente, como Rama e Krishna, de acordo com a tradição hindu. No Hinduísmo existe também um grande número de divindades menores, uma variedade de animais, árvores e rios sagrados, animados por Espíritos. O rio sagrado mais conhecido é o Ganges. No período védico tardio, entre 1000 e 500 a.C., ocorreu na Índia uma reforma religiosa que recebeu o nome de Bramanismo. O Bramanismo é uma religião ortodoxa, praticada por iniciados em práticas védicas, os brâmanes, conhecidos como “sacerdotes-mágicos”. Os livros sagrados do Bramanismo são os Bramanas e os Upanishads. Ambos são considerados como revelações de Brama ou Brahman (Deus supremo). Os Upanishads, livros hinduístas mais lidos pelos indianos, estão escritos sob a forma de diálogos entre o mestre e o discípulo. Transmitem a noção de ser Brahman a força espiritual essencial em que se baseia todo o universo. “Todos os seres vivos nascem do Brahman, retornam no Brahman e ao morrer voltam ao Brahman”.
O carma é um conceito-chave da filosofia religiosa dos Upanishads que, considerando o homem como ser imortal, pode renascer numa casta mais alta ou mais baixa, ou, também, habitar o corpo de um animal. Os Upanishads trazem, segundo a interpretação hindu, a síntese da moral universal. Outro texto religioso de grande valor para as religiões hindus é o Bhagavad Gita (“A Canção do Senhor”). Faz parte da obra épica Mahabharata (em sânscrito, “grande Índia”) que, segundo a tradição, foi ditado por Krishnna-Dwaipayana Vyasa, o compilador, possivelmente no século IV a.C.

O Bhagavad Gita foi incluído no Mahabharata possivelmente no século VIII a.C.17 O Bhagavad Gita, escrito em sânscrito, relata o diálogo de Krishna, uma das encarnações do deus Vishnu, com Arjuna, seu discípulo guerreiro, em pleno campo de batalha. Arjuna representa o papel de uma alma confusa sobre seu dever, e recebe iluminação diretamente de Krishna. No desenrolar da conversa são inseridos pontos importantes da filosofia indiana oriundos dos Vedas e do Bramanismo. A obra é uma das principais escrituras sagradas da cultura da Índia, e compõe a principal obra da religião Vaishnava, popularmente conhecida como movimento Hare Krishna.

Hare Krishna (ou, mais apropriadamente, Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna) é uma cultura monoteísta hindu oriunda da tradição védica e que tem por base os ensinamentos do guru Sri Krishna Chaitanya Mahaprabhu (1486–1534). Esse movimento foi introduzido no Ocidente em 1965 por Bhaktivedanta Swamo Prabhupada. Os membros da Sociedade Hare Krishna participam dos serviços nos templos e realizam suas práticas (chamadas de bhakti-yoga ou yoga da devoção), em casa, ou se dedicam inteiramente ao serviço de devoção à “Suprema Personalidade de Deus”, que é Krishna, levando uma vida monástica. Krishna é um nome de Deus e significa o Todo-Atraente, em sânscrito. O seus membros não podem consumir álcool, fumar e usar outras drogas, seguindo uma dieta lacto-vegetariana. Dedicam-se ao estudo das escrituras védicas e à entoação de mantras. Os mantras são considerados sons transcendentais, cantados repetidamente como auxílio à meditação e autorrealização. Durante o canto, podem manifestar estados de êxtase transcendental, que resultarão na libertação da alma do corpo.” -( FEB - EADE )- 




Estudo do Livro dos Espíritos







SEGUNDA ORDEM. — BONS ESPÍRITOS 

107. CARACTERES GERAIS.  

Predominância do Espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e poderes para o bem estão em relação com o grau de adiantamento que hajam alcançado; uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais adiantados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando ainda completamente desmaterializados, conservam mais ou menos, conforme a categoria que ocupem, os traços da existência corporal, assim na forma da linguagem, como nos hábitos, entre os quais se descobrem mesmo algumas de suas manias. 

De outro modo, seriam Espíritos perfeitos. Compreendem Deus e o infinito e já gozam da felicidade dos bons. São felizes pelo bem que fazem e pelo mal que impedem. O amor que os une lhes é fonte de inefável ventura, que não tem a perturbá-la nem a inveja, nem os remorsos, nem nenhuma das más paixões que constituem o tormento dos Espíritos imperfeitos. Todos, entretanto, ainda têm que passar por provas, até que atinjam a perfeição. Como Espíritos, suscitam bons pensamentos, desviam os homens da senda do mal, protegem na vida os que se lhes mostram dignos de proteção e neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos sobre aqueles a quem não é grato sofrê-la. 

Quando encarnados, são bondosos e benevolentes com os seus semelhantes. Não os movem o orgulho, nem o egoísmo, ou a ambição. Não experimentam ódio, rancor, inveja ou ciúme e fazem o bem pelo bem. A esta ordem pertencem os Espíritos designados, nas crenças vulgares, pelos nomes de bons gênios, gênios protetores, Espíritos do bem. Em épocas de superstições e de ignorância, eles hão sido elevados à categoria de divindades benfazejas. Podem ser divididos em quatro grupos principais, que veremos na próxima publicação.





Que a graça e a paz sejam conosco!

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