"Sede pois, vós outros perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito" (São Mateus, 5:48).
Bom dia irmãos!
Nesta semana em que nosso espírito anseia por tantas renovações com a chegada de um novo ano, vamos também refletir sobre as nossas renovações íntimas, o que deveremos fazer para aproximarmos mais de Deus, como seus filhos amados.
"Uma vez que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta máxima: " Sede perfeitos como vosso Pai Celestial é perfeito", tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de se atingir a perfeição absoluta. Se fosse assim dado à criatura ser tão perfeita quanto ao Criador, ela tornar-se-lhe-ia igual, o que é inadmissível... é preciso, pois entender, por essas palavras, a perfeição relativa, aquela da qual a Humanidade é suscetível e que mais aproxima da Divindade. Em que consiste essa perfeição? Jesus disse: "amar os inimigos, fazer o bem àqueles que nos odeiam, orar por aqueles que nos perseguem". Ele mostra , assim que a essência da perfeição é a caridade em sua mais larga acepção, porque ela implica a prática de todas as outras virtudes. Com efeito, observando-se os resultados de todos os vícios e mesmo dos simples defeitos, se reconhecerá que não há nenhum que não altere, mais ou menos o sentimento da caridade, pois todos tem seu princípio no egoísmo e no orgulho, que são a sua negação; porque tudo o que superexcita o sentimento da personalidade, destrói ou pelo menos enfraquece, os sentimentos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento. O amor ao próximo, levado até ao amor dos inimigos, não podendo se aliar a nenhum defeito contrário à caridade é por isso mesmo sempre o indício de maior ou menor superioridade moral; de onde resulta que o grau de perfeição está na razão direta da extensão desse amor; por isso, Jesus, depois de ter dado aos seus discípulos as regras da caridade naquilo que ela tem de mais sublime, lhes disse: "Sede, pois, perfeitos como vosso Pai Celestial é perfeito". (O Evangelho Segundo O Espiritismo, baseado em São Mateus, 5:44-48).
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