sexta-feira, 30 de junho de 2017

O tesouro e a pérola


“E saíram os fariseus e começaram a disputar com ele,  pedindo-­lhe, para o tentarem, um sinal do Céu.” -( Marcos, 8:11 )- 




Amados irmãos, bom dia!
"Se te requisitam demonstrações exóticas, replica, resoluto, que não foste designado para a produção de maravilhas e esclarece a teu irmão que permaneces determinado a aprender com o Mestre a ciência da Vida Abundante, a fim de ofereceres à Terra o teu sinal de amor e luz, inquebrantável na fé, para não sucumbir  às tentações." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-








Texto evangélico:

Também o Reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem e compra aquele campo. Outrossim, o Reino dos céus é semelhante ao homem negociante que busca boas pérolas; e, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha e comprou-a. Mateus, 13: 44-46 

"No capítulo 13 de Mateus há seis parábolas que fazem referência direta ao “Reino dos céus”: a do trigo e do joio; do grão de mostarda; do fermento; do tesouro escondido; da pérola e a da rede. Nas parábolas do “tesouro oculto no campo” e da “pérola de grande valor”, Jesus enfatiza a felicidade e a ventura de quem encontra tais riquezas, a ponto de dispor todos os demais bens que possui. Em ambas histórias predomina o sentido de transformação espiritual, pela aquisição de virtudes. Jesus aqui nos adverte de que a verdadeira finalidade de nossa vida terrena é obtermos a riqueza espiritual. Tão logo chegarmos a compreender que a real felicidade não consiste na posse transitória das coisas do mundo, de bom grado passaremos a trabalhar ativamente para entrarmos na posse dos bens espirituais. 

É assim como o homem que vendeu tudo o que tinha para comprar o campo e o negociante de pérolas que trocou tudo por uma pérola de alto preço, assim também nós, quando compreendermos o valor dos bens espirituais, tudo trocaremos por eles. Quaisquer sacrifícios serão pequenos para realizarmos o reino de Deus no íntimo de nossa alma.  O processo de aquisição de bens espirituais é variável de indivíduo para  indivíduo, entretanto, há um momento decisivo na vida de cada um, caracterizado pela transformação definitiva no bem, ou de conquista do “Reino dos céus”. 

Na infância da Humanidade, o homem só aplica a inteligência à cata do alimento, dos meios de se preservar das intempéries e de se defender dos seus inimigos. Deus, porém, lhe deu, a mais do que outorgou ao animal, o desejo incessante do melhor, e é esse desejo que o impele à pesquisa dos meios de melhorar a sua posição [...]. Pelas suas pesquisas, a inteligência se lhe engrandece, o moral se lhe depura. Às necessidades do corpo sucedem as do espírito: depois do alimento material, precisa ele do alimento espiritual. É assim que o homem passa da selvageria à civilização." -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos






515. Que se há de pensar dessas pessoas que se ligam a certos indivíduos para levá-los à perdição, ou para guiá-los pelo bom caminho?

“Efetivamente, certas pessoas exercem sobre outras uma espécie de fascinação que parece irresistível. Quando isso se dá no sentido do mal, são maus Espíritos, de que outros Espíritos também maus se servem para subjugá-las. Deus permite que tal coisa ocorra para vos experimentar.”




Que a graça a a paz sejam conosco!

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos


“Ide! Eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos.”  - Jesus - ( Lucas, 10:3 )




Amados irmãos, bom dia!
"O apelo do Cristo ressoa, ainda agora... É imprescindível caminhar na direção dos lobos, não na condição de fera contra fera, mas na posição de cordeiros ­embaixadores; não por emissários da morte, mas por doadores da vida eterna." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )- 







As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas a todos os que encontrardes. E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial ficou cheia de convidados. E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste nupcial. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos (Mt 22:8-14). 

"Nestes versículos, Jesus informa «[...] que a palavra ia ser pregada a todos os outros povos, pagãos e idólatras, e estes, acolhendo-a, seriam admitidos no festim, em lugar dos primeiros convidados.»  Sabemos que este trabalho foi realizado, após a crucificação, pelos apóstolos e alguns discípulos do Cristo, em especial o desenvolvido por Paulo de Tarso junto aos povos gentílicos. Entretanto, para participar da festa é preciso estar vestido adequadamente, com o “traje nupcial”, isto é, faz-se necessário que a pessoa traga puro o coração, livre de más intenções, ainda que não possua base religiosa ou moral significativas. «A veste de núpcias simboliza o amor, a humildade, a boa vontade em encontrar a verdade para observá-la [...].» 

Em síntese, é preciso que o Espírito seja guiado pelos preceitos do Mandamento Maior: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” (Mt 22:37-39). Não [...] basta a ninguém ser convidado; não basta dizer-se cristão, nem sentar-se à mesa para tomar parte no banquete celestial. É preciso, antes de tudo e sob condição expressa, estar revestido da túnica nupcial, isto é, ter puro o coração e cumprir a lei segundo o espírito. Ora, a lei toda se contém nestas palavras: Fora da caridade não há salvação. Entre todos, porém, que ouvem a palavra divina, quão poucos são os que a guardam e a aplicam proveitosamente! Quão poucos se tornam dignos de entrar no reino dos céus! Eis por que disse Jesus: Chamados haverá muitos; poucos, no entanto, serão os escolhidos. 

Dessa forma, os hipócritas, os que promovem e executam lutas fratricidas, desuniões e perturbações; os egoístas, os orgulhosos e vaidosos; os falsos profetas e falsos cristos, oportunistas e embusteiros, que enganam as pessoas sob a aparência de bondade e de religiosidade; os que se mantêm indiferentes ao sofrimento do próximo, e que traficam com as coisas celestiais para obtenção de vantagens materiais, todos eles, serão retirados da festa por não vestirem o “traje nupcial”. Tais criaturas serão, portanto, conduzidos a reencarnações dolorosas, representadas, no texto, como “trevas exteriores” onde haverá “pranto e ranger de dentes”. Para que atinjamos no mundo, o Reino de Deus, não nos pede o Senhor peregrinações de sacrifício a regiões particulares; espera, entretanto, demonstremos coragem suficiente  para viver, dia por dia, no exato cumprimento de nossos deveres, na viagem difícil da reencarnação. 

Não exige nos diplomemos nos preceitos gramaticais do idioma [...]; espera, porém, que saibamos dizer sempre a palavra equilibrada e reconfortante [...]. Não nos obriga a renúncia dos bens terrenos; espera, todavia, que nos dediquemos a administrá-los sensatamente [...]. Não nos impele as ginásticas especiais para o desenvolvimento prematuro de forças físicas e psíquicas; espera, entretanto, nos esforcemos para barrar pensamentos infelizes, dominando as nossas tendências inferiores. Não nos solicita a perfeição moral de um dia para outro; espera, contudo, nos disponhamos a cooperar com ele, suportando injúrias e esquecendo-as, em favor do bem comum. Não nos determina sistemas sacrificiais de alimentação [...]; espera, porém, sejamos no respeito ao corpo que a Lei da Reencarnação nos haja emprestado [...]. Não nos aconselha o afastamento da vida social [...]; espera, no entanto, que exerçamos é bondade e paciência, perdão e amor [...]. Jesus não nos pede o impossível; solicita-nos apenas a colaboração e trabalho na medida de nossas possibilidades humanas, cabendo-nos, porém, observar que, se todos aguardamos ansiosamente o Mundo Feliz de Amanhã, é preciso lembrar que, assim como um edifício se levanta da base, o Reino de Deus começa de nós." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






514. Os Espíritos familiares são os mesmos que os Espíritos simpáticos ou os Espíritos protetores?

“Há muitas gradações na proteção e na simpatia; dai-lhes os nomes que quiserdes. O Espírito familiar é, antes, o amigo da casa.” 

Das explicações acima e das observações feitas sobre a natureza dos Espíritos que se ligam ao homem, pode-se deduzir o seguinte: O Espírito protetor, anjo guardião, ou bom gênio é aquele que tem por missão acompanhar o homem na vida e ajudá-lo a progredir. É sempre de natureza superior, relativamente à do protegido. Os Espíritos familiares se afeiçoam a certas pessoas por laços mais ou menos duráveis, com o fim de lhes ser úteis, no limite de seu poder, frequentemente, bastante limitado;  são bons, porém, algumas vezes, pouco adiantados e, até, um pouco levianos; ocupam-se de boa-vontade com detalhes da vida íntima e só agem por ordem ou com a permissão dos Espíritos protetores. Os Espíritos simpáticos são aqueles que são atraídos por nós, por afeições particulares e uma certa semelhança de gostos e de sentimentos, tanto para o bem quanto para o mal. A duração de suas relações está, quase sempre, subordinada às circunstâncias. O mau gênio é um Espírito imperfeito ou perverso que se liga ao homem, com o fim de desviá-lo do bem; mas age por seu próprio impulso e, não, em virtude de uma missão. Sua tenacidade é proporcional ao acesso mais ou menos fácil que encontra. O homem é sempre livre para escutar sua voz ou para repeli-lo. 




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Palestra Haroldo Dutra: As bodas de festim


“E, quando  esta epístola tiver sido lida  entre vós, fazei  que  também  o seja  na  igreja  dos  laodicenses,  e  a  que  veio  de  Laodicéia lede­-a vós também.”  - Paulo - ( Colossenses, 4 :16 )




Amados irmãos, bom dia!
"Somos compelidos a reconhecer que todos somos, individualmente, portadores de um templo interno. Saibamos extinguir as solicitações egoísticas e busquemos em cada mensagem do Plano Superior  a consolação, o remédio, o  conselho ou a advertência de que carecemos. Quando soubermos compreender  as pequeninas experiências de cada dia com a luz do Evangelho, concluiremos que todas as epístolas do bem procedem de Deus para a comunidade geral de seus filhos." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-  








Estudo do Livro dos Espíritos






513. Os Espíritos simpáticos agem em virtude de uma missão? 

“Algumas vezes podem ter uma missão temporária, porém, com mais frequência, são atraídos somente pela semelhança de pensamentos e de sentimentos, tanto para o bem quanto para o mal.” 

a) Parece daí resultar que os Espíritos simpáticos podem ser bons ou maus? 

“Sim, o homem sempre encontra Espíritos que simpatizam com ele, qualquer que seja seu caráter.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 27 de junho de 2017

Eis que tenho o meu jantar preparado


“Também nos gloriamos nas tribulações.”  - Paulo - ( Romanos, 5:3 )




Amados irmãos, bom dia!
"Recordemos que a tribulação produz fortaleza e paciência e, em verdade, ninguém encontra o tesouro da experiência, no pântano da ociosidade. É necessário  acordar com o dia, seguindo-­lhe o curso brilhante de serviço, nas oportunidades de trabalho que ele nos descortina. A existência terrestre é passagem para a luz eterna. E prosseguir  com o  Cristo é acompanhar-­lhe as pegadas, evitando o desvio insidioso. No exame, pois, das considerações paulinas, não olvidemos que se Jesus veio até nós, cabe­-nos marchar desassombradamente ao encontro d’Ele, compreendendo que, para isso, o grande serviço de preparação há de ser começado  na maravilhosa e desconhecida “terra de nós mesmos”  -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-






Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e às bodas. Porém eles, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, e outro para o seu negócio; e, os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram. E o rei, tendo notícias disso, encolerizou-se, e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade (Mt 22:4-7). 

"Com o ritualismo imposto pelas diferentes castas sacerdotais, a religião judaica revelou, à época de Jesus, grandes desvirtuamentos. A Lei de Deus, sintetizada nos Dez Mandamentos, era letra morta, mantida no esquecimento. Foi quando o Pai enviou-lhes Jesus para lembrá-los dos compromissos morais e espirituais assumidos. A festa das bodas O mal chegara ao cúmulo; a nação, além de escravizada, era esfacelada pelas facções e dividida pelas seitas; a incredulidade atingira mesmo o santuário. Foi então que apareceu Jesus, enviado para os chamar à observância da Lei e para lhes rasgar os horizontes novos da vida futura. 

Dos primeiros a ser convidados para o grande banquete da fé universal, eles repeliram a palavra do Messias celeste e o imolaram. Perderam assim o fruto que teriam colhido da iniciativa que lhes coubera. Fora, contudo, injusto acusar-se o povo inteiro de tal estado de coisas. A responsabilidade tocava principalmente aos fariseus e saduceus, que sacrificaram a nação por efeito do orgulho e do fanatismo de uns e pela incredulidade dos outros. São, pois, eles, sobretudo, que Jesus identifica nos convidados que recusam comparecer ao festim das bodas. 

O número de cristãos que segue o Evangelho ainda é pouco. Em geral, são pessoas que ouvem, lêem, falam, interpretam e pregam as verdades imortais, mas pouco se esforçam para vivenciá-las. Não se revelam preocupadas com a salvação da própria alma. Estão sempre adiando, indefinitivamente, o momento da transformação espiritual: no próximo ano, no futuro, na reencarnação seguinte... São criaturas tão absorvidas com o dia-a-dia que não sentem necessidade do Evangelho — indicadas no registro de Mateus como os que foram para o “campo” e foram cuidar dos “negócios” —, sem se darem conta do mal que infligem em si mesmas. O tesouro que trazem no coração é o amor pelo dinheiro e pela aquisição de bens; pela realização de negócios lucrativos; pela vivência de prazeres. 

A negligência e a indiferença pelas coisas espirituais simbolizam o “ultraje” e a “morte” dos servos, ilustrados na parábola. O versículo sete (“E o rei, tendo notícias disso, encolerizou-se, e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.”) faz referência à manifestação da lei de causa e efeito. No caso dos judeus, a história relata os sofrimentos que passaram ao longo dos tempos, a começar com o ocorrido no ano 70 d.C: foram trucidados pelos romanos, e sua capital, Jerusalém, foi quase totalmente destruída como relata, com detalhes, Flávio Josefo, o historiador da Antiguidade, em seu livro “História dos Hebreus”. -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






512. Podemos ter muitos Espíritos protetores? 

“Todo homem conta sempre Espíritos, mais ou menos elevados, que com ele simpatizam, que lhe dedicam afeto e por ele se interessam, como também tem junto de si outros que o assistem no mal.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 26 de junho de 2017

E estes não quiseram vir


“Embraçando, sobretudo,  o  escudo  da  fé,  com  o  qual  podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.”  - Paulo - ( Efésios, 6:16 )




Amados irmãos, bom dia!
"Todo trabalhador sincero do  Cristo movimenta­-se à frente de longa e porfiada luta na Terra. Golpes da sombra e estiletes da incompreensão cercam-­no em todos os lugares. E, se a bondade conforta e a esperança ameniza, é imprescindível não  esquecer que só a fé representa escudo bastante forte para conservar o coração  imune das trevas." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-








Interpretação do texto evangélico:

Então, Jesus, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo: O Reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho. E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; e estes não quiseram vir (Mt 22:1-3). 

O processo de evolução espiritual começa, efetivamente, a partir de certo nível de entendimento e de experiências, vivênciadas pelo Espírito. Somente a partir desse patamar pode o homem abrir-se para as verdades transcendentais. Dessa forma, os primeiros convidados foram os hebreus. Os hebreus foram os primeiros a praticar publicamente o monoteísmo; é a eles que Deus transmite a sua lei, primeiramente por via de Moisés, depois por intermédio de Jesus. Foi  daquele pequenino foco que partiu a luz destinada a espargir-se pelo mundo inteiro, a triunfar do paganismo e a dar a Abraão uma posteridade espiritual “tão numerosa quanto as estrelas do firmamento”. Entretanto, abandonando de todo a idolatria, os judeus desprezaram a lei moral, para se aferrarem ao mais fácil: a prática do culto exterior. 

Entretanto, o chamamento não foi atendido pela maioria dos judeus, a despeito da base religiosa que possuíam. Vemos a situação se repetir nos dias atuais: existem milhares de pessoas que receberam educação moral, proveniente de diferentes interpretações religiosas. Entretanto, não aceitam o convite de se melhorarem. Preferem atender às sensações imediatistas e transitórias da vida material, numa clara manifestação de egoísmo tiranizante. Vivem como sonâmbulos que, indiferentes aos benefícios espirituais recebidos na existência, não avaliam o preço que terão de pagar por este descaso. Neste sentido, um amigo espiritual esclarece: Melhor é aquele que se julga insignificante e vive cercado de servos, com os quais trabalha para o bem comum, do que o homem preguiçoso e inútil, faminto de pão, mas sempre interessado em honrar a si mesmo. [...] 

Enquanto as mãos do ímpio tecem a rede dos males, prepara com o teu esforço a colheita das bênçãos. Tudo passa no mundo. O mentiroso pagará pesados tributos. O desapiedado ferirá a si mesmo. O imprudente acordará nas sombras da própria queda. O avarento será algemado às riquezas que amontoou. O revoltado estará em trevas. Mas o homem justo e diligente vencerá o mundo.  Os primeiros convidados podem representar, também, «[...] os doutos, os ricos, os sábios, os aristocratas, os sacerdotes, porque ninguém melhor do que estes estavam em condições de participar das bodas [...].»" -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos







511. A cada indivíduo achar-se-á ligado, além do Espírito protetor, um mau Espírito, com o fim de impeli-lo ao erro e de lhe proporcionar ocasiões de lutar entre o bem e o mal? 

“Ligado, não é o termo. É certo que os maus Espíritos procuram desviar do bom caminho o homem, quando se lhes depara ocasião. Sempre, porém, que um deles se liga a um indivíduo, fá-lo por si mesmo, porque conta ser atendido. Há então luta entre o bom e o mau, vencendo aquele por quem o homem se deixe influenciar.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 25 de junho de 2017

Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos


“Tomai também o capacete da salvação”  - Paulo - ( Efésios, 6:17 )




Amados irmãos, bom dia!
"Nenhum discípulo da Boa Nova olvide a sua condição de lutador. As forças contrárias ao bem, meu  amigo, alvejar-­te-­ão o mundo  íntimo, através de todos os flancos. Defende a tua moradia interior. Examina o revestimento  defensivo que vens usando, em matéria de desejos e crenças, de propósitos e idéias, para que os projéteis da maldade não te alcancem por dentro." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-






Texto evangélico: 

Então, Jesus, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo: O Reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho. E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; e estes não quiseram vir. Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas. Porém eles, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, e outro para o seu negócio; e, os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram. E o rei, tendo notícias disso, encolerizou-se, e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade. Então, disse aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas a todos os que encontrardes. E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial ficou cheia de convidados. E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste nupcial. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos. Mateus, 22:1-14. 

Sob a forma de alegorias, esta parábola transmite lições que nos ajudam compreender a vida atual. É evidente que o “Reino dos céus” representa o estado de plenitude espiritual, o ápice do processo evolutivo. O “rei” é Deus,  o Pai Celestial, o Criador dos seres e de todas as coisa do Universo. O “filho” para o qual as bodas foi preparada é Jesus. Os “servos” são os seus enviados, Espíritos guardiões da Humanidade. As “iguarias” (“bois e cevados”) simbolizam as lições do Evangelho. 

O incrédulo sorri a esta parábola, que lhe parece de pueril ingenuidade, por não compreender que se possa opor tanta dificuldade para assistir a um festim e, ainda menos, que convidados levem a resistência a ponto de massacrarem os enviados do dono da casa. A narrativa revela duas ordens de idéias: primeira é que o estado de plenitude espiritual (“Reino dos céus”) é convite destinado a todos os seres humanos, indistintamente. A segunda diz respeito à forma como atingir a perfeição espiritual: por meio de uma festa de casamento, ou união com Jesus, guia e modelo da Humanidade terrestre. Nesta festa, os discípulos do Mestre encontrarão uma farta provisão de bens para suprir todas as suas necessidades de fome e sede espirituais. Jesus compara o reino dos Céus, onde tudo é alegria e ventura, a um festim. 

Falando dos primeiros convidados, alude aos hebreus, que foram os primeiros chamados por Deus ao conhecimento da sua Lei. Os enviados do rei são os profetas que os vinham exortar a seguir a trilha da verdadeira felicidade; suas palavras, porém, quase não eram escutadas; suas advertências eram desprezadas; muitos foram mesmo massacrados, como os servos da parábola. Os convidados que se escusam, pretextando terem de ir cuidar de seus campos e de seus negócios, simbolizam as pessoas mundanas que, absorvidas pelas coisas terrenas, se conservam indiferentes às coisas celestes." -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos






510. Quando o pai, que vela pelo filho, reencarna, continua a velar por ele? 

“Isso é mais difícil. Contudo, de certo modo o faz, pedindo, num instante de desprendimento, a um Espírito  simpático que o assista nessa missão. Demais, os Espíritos só aceitam missões que possam desempenhar até ao fim. “Encarnado, mormente em mundo onde a existência é material, o Espírito se acha muito sujeito ao corpo para poder dedicar-se inteiramente a outro Espírito, isto é, para poder assisti-lo pessoalmente. Tanto assim que os que ainda se não elevaram bastante são também assistidos por outros, que lhes estão acima, de tal sorte que, se por qualquer circunstância um vem a faltar, outro lhe supre a falta.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 24 de junho de 2017

Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro


“Santifica­-os na verdade.”  - Jesus - ( João, 17:17 )




Amados irmãos, bom dia!
"Não podemos esquecer que, em se dirigindo ao Pai, nos derradeiros momentos do apostolado, rogou­lhe Jesus santificasse os discípulos que ficariam no  plano carnal. É significativo observar que o Mestre não pediu regalias e facilidades para os continuadores. Não recomendou  ao Senhor Supremo  situasse os amigos em palácios encantados do prazer, nem os ilhasse em privilégios particularistas. Ao  invés disso, suplicou ao Pai para que os santificasse na condição humana." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-  






Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas (Mt18: 31-35). 

"Este trecho, do registro de Mateus, nos reporta à manifestação da lei de causa e efeito. Percebemos, em primeiro, lugar que a criatura endividada recebeu a indulgência e o perdão, mas, malbaratando-os, adquiriu novas dívidas. Em segundo lugar o pagamento que, no início, seria governado pela lei de Amor passou para a custódia e rigor da lei de ação e reação, simbolizada na expressão “atormentadores”, existente no seguinte período gramatical: “indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia”. 

Este tópico da narrativa evangélica é de suma importância. Revela, claramente, que há sempre um limite no pagamento das dívidas. Estas podem, algumas vezes, ser realmente muito vultosas, como no caso prefigurado — dez mil talentos! — mas, uma vez pago esse montante, o devedor fica com direito à quitação. Semelhantemente, o pagamento dos dez mil talentos pode determinar longos períodos de sofrimento, muitas existências expiatórias [...]. A primeira alternativa, relacionada ao pagamento de uma dívida, está sempre vinculada à misericórdia divina, pois é o resgate pelo Amor, que é simbolizado na prática da caridade, como ensina o apóstolo Pedro: “Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobrirá a multidão de pecados” (1Pe 4:8). 

A segunda possibilidade só é estabelecida quando o Amor é ignorado. Assim, a dívida passa a ser administrada pela lei da causalidade, cujo pagamento ocorre não sem a manifesta misericórdia de Deus, sempre presente, mas vinculada aos ditames da justiça divina. Fica evidente que os reajustes espirituais, quando governados pela Lei de Amor, são os preferidos, ainda que sob o peso das renúncias. Neste propósito esclarece o benfeitor Emmanuel: Em qualquer parte, não pode o homem agir, isoladamente, em se tratando da obra de Deus, que se aperfeiçoa em todos os lugares. O Pai estabeleceu a cooperação como princípio dos mais nobres, no centro das leis que regem a vida. No recanto mais humilde, encontrarás um companheiro de esforço. Em casa, ele pode chamar-se “pai” ou “filho”; no caminho, pode denominar-se “amigo” ou “camarada de ideal”. No fundo, há um só Pai que é Deus e uma grande família que se compõe de irmãos. [...] Santifica os laços que Jesus promoveu a bem de tua alma e de todos os que te cercam. [...]Observa em cada companheiro de luta ou do dia uma bênção e uma oportunidade de atender ao programa divino, acerca de tua existência. Há dificuldades e percalços, incompreensões e desentendimentos? Usa a misericórdia que Jesus já usou contigo, dando-te nova ocasião de santificar e de aprender." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






509. Quando em estado de selvageria ou de inferioridade moral, têm os homens, igualmente, seus Espíritos protetores? E, assim sendo, esses Espíritos são de ordem tão elevada quanto a dos Espíritos protetores de homens muito adiantados? 

“Todo homem tem um Espírito que por ele vela, mas as missões são relativas ao fim que visam. Não dais a uma criança, que está aprendendo a ler, um professor de filosofia. O progresso do Espírito familiar guarda relação com o do Espírito protegido. Tendo um Espírito que vela por vós, podeis tornar-vos, a vosso turno, o protetor de outro que vos seja inferior e os progressos que este realize, com o auxílio que lhe dispensardes, contribuirão para o vosso adiantamento. Deus não exige do Espírito mais do que comportem a sua natureza e o grau de elevação a que já chegou.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós


“Pois nós somos um santuário do Deus vivo.”  - Paulo - ( II Coríntios, 6:16 )




Amados irmãos, bom dia!
"O esforço individual estabelece a necessária diferenciação entre as criaturas, mas a distribuição das oportunidades divinas é sempre a mesma para todos. Indiscriminadamente, todas as pessoas recebem possibilidades idênticas de crescimento mental e elevação ao campo superior da vida. O Senhor continua ensinando e amando, orientando e dirigindo, mas, porque a surdez prossegue sempre, chegam a seu tempo as bombas renovadoras do  sofrimento, convidando a mente desviada e obscura à descoberta dos valores que lhe são próprios, reintegrando-­a no santuário de si mesma para o reencontro sublime com a Divindade." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-






Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves. Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida (Mt 18: 28-30). 

"A situação, aqui, é outra. O mesmo devedor que teve a dívida perdoada, se revela como pessoa mesquinha e implacável: «Pois bem, mal havia obtido tão generoso atendimento, eis que encontrou um companheiro que lhe devia uma bagatela, ou sejam, cem denários [ou cem dinheiros] [...] e, para reaver o seu dinheiro, não titubeou em usar de recursos violentos.» 

Infelizmente, esta tem sido a regra geral da conduta humana. Há pessoas que estão sempre prontas para receber benefícios e defender os próprios interesses. Não procedem, porém, da mesma forma para com o próximo. Trata-se de um comportamento contraditório, considerando que somos carentes do perdão e da misericórdia de Deus, e das pessoas que ofendemos. Não foi por acaso que Jesus incluiu na oração “Pai Nosso” a sentença: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6:12). O conceito de perdão, segundo o Espiritismo, é idêntico ao do Evangelho, que lhe é fundamento: concessão, indefinida, de oportunidades para que o ofensor se arrependa, o pecador se recomponha, o criminoso se libere do mal e se erga, redimido, para a ascensão luminosa. Quem perdoa, segundo a concepção espírita-cristã, esquece a ofensa. Não conserva ressentimentos. Ajuda o ofensor, muita vez sem que este o saiba. Não convém ao aprendiz sincero, sob pena de ultraje à própria consciência, adotar um perdão formal, aparente, socialmente hipócrita. Perdão formal é o que não tem feição evangélica. Guarda rancor. Alegra-se com os insucessos do adversário. Nega-lhe amparo moral e material. 

Faltou ao personagem que possuia uma grande dívida agir com misericódia, mesmo recebendo-a em abundância. É regra da vida que, quem age com misericódia, perdoa. Quem perdoa, é perdoado. “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mt 6: 14-15). 

O perdão se reveste de grande poder moral porque se fundamenta na Lei do Amor e da Caridade. Assim, se «[...] pretendemos banir os males do mundo, cultivemos o amor que se compadece no serviço que constrói para a felicidade de todos. Ninguém se engane. As horas são inflexíveis instrumentos da Lei que distribui a cada um, segundo as suas obras.» " -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






508. Os Espíritos que se achavam em boas condições ao deixarem a Terra, sempre podem proteger os que lhes são caros e que lhes sobrevivem? 

“Mais ou menos restrito é o poder de que desfrutam. A situação em que se encontram nem sempre lhes permite inteira liberdade de ação.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também


“Assim também vós, cada um em particular, ame a sua  própria mulher  como  a si mesmo, e  a mulher reverencie o seu  marido.”  - Paulo - ( Efésios, 5:33 )




Amados irmãos, bom dia!
"As tragédias da vida conjugal costumam povoar a senda comum. Explicando o desequilíbrio, invoca­se a incompatibilidade dos temperamentos, os desencantos da vida íntima ou as excessivas aflições domésticas. É possível que os sonhos, muita vez, se desfaçam ao toque de provas salvadoras, dentro dos ninhos afetivos, construídos na árvore da fantasia. Muitos homens e mulheres exigem, por tempo vasto, flores celestes sobre espinhos terrenos, reclamando dos outros atitudes e diretrizes que eles são, por enquanto, incapazes de adotar, e o matrimônio se lhes converte em instituição detestável." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )- 






Interpretação do texto evangélico:

Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos; e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse. Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida (Mt 18:23-27). 

"A parábola faz referência a uma prática que existia na antiguidade: as pessoas que não podiam pagar as suas dívidas transformavam-se em escravos, podendo ser vendidos, eles e seus familiares. Os bens materiais que possuíam como casa, terras, moedas, animais etc., eram transferidos para o novo proprietário. O devedor citado na parábola devia uma quantia fabulosa. Vendo-se, porém, «[...] ameaçado de ser vendido, e mais a mulher, os filhos, e tudo quanto possuía, para resgate da dívida, pediu moratória, isto é, um prazo para que pudesse satisfazer a tão vultoso compromisso, e o rei [ou senhor], compadecendo-se dele, deferiu-lhe o pedido.» 

Inúmeras vezes fez o Mestre referência ao perdão, destacando-o por valioso e indispensável imperativo à evolução humana. Interpelado por Pedro se devia perdoar “sete vezes”, respondeu-lhe que devia perdoar “setenta vezes sete” [Mt 18:21-22], que equivale a dizer: perdoar indefinitivamente, tantas vezes quantas forem necessárias.  Realizando uma análise mais apurada da história, verificamos que o perdão, concedido porque aquele senhor, provinha de uma alma elevada, portadora de sentimentos nobres como misericórdia, tolerância, generosidade, capacidade para ouvir e para perceber as dificuldades do endividado. São atributos comuns aos Espíritos superiores, cuja benevolência é incomparável, uma vez que têm por norma de conduta seguir este procedimento: “[...] tudo o que vós  quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas”(Mt 7:12). 

Esta [...] é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






507. Pertencem todos os Espíritos protetores à classe dos Espíritos elevados? Podem contar-se entre os de classe média? Um pai, por exemplo, pode tornar-se o Espírito protetor de seu filho? 

“Pode, mas a proteção pressupõe certo grau de elevação e um poder ou uma virtude a mais, concedidos por  Deus. O pai, que protege seu filho, também pode ser assistido por um Espírito mais elevado.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 21 de junho de 2017

O credor incompassivo


“Vós, filhos, sede obedientes  a vossos pais, no Senhor,  porque isto é justo.”  - Paulo -  ( Efésios, 6:1 )




Amados irmãos, bom dia!
"Se o direito é campo de elevação, aberto a todos os espíritos, o dever é zona de serviço peculiar a todos os seres da Criação. Não somente os pais humanos estão cercados de obrigações, mas igualmente os filhos, que necessitam vigiar a si mesmos, com singular atenção. Quase sempre a mocidade sofre de estranhável esquecimento. Não nos esqueçamos de que o filho descuidado, ocioso ou perverso é o pai inconsciente de amanhã e o homem inferior que não fruirá a felicidade doméstica." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )- 








Texto evangélico: 

Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos; e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse. Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves. Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas. (Mateus, 18:23-35.) 

"Em linhas gerais, esta parábola analisa o perdão e a compaixão. Todos [...] estamos sobrecarregados de imensos débitos para com a Providência divina; todos, continuamente, lhe suplicamos o perdão. Todavia, somos incapazes de perdoar do fundo do coração a menor falta que alguém cometer contra nós. Queremos que Deus nos perdoe e nos tolere, mas não queremos perdoar, nem tolerar nossos semelhantes. 

Por meio desta tão singela quanto expressiva parábola o Mestre nos ensina que devemos cobrir com o manto do perdão e do amor os erros, que são cometidos contra nós, porque se assim não o fizermos, compareceremos com nossos erros descobertos na presença de Deus, o qual nos tratará exatamente como tivermos tratado os nossos irmãos." -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos






506. Na vida espírita, reconheceremos o Espírito nosso protetor? 

“Decerto, pois não é raro que o tenhais conhecido antes de encarnardes.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!