sábado, 30 de novembro de 2019

O Céu e o Inferno


"É com sabedoria que se constrói a casa, pela prudência ela se consolida". -( Provérbios, 24: 3 )-




Amados irmãos, bom dia!
Busquemos, a todo custo, a sabedoria para que sejam firmes os nossos passos.




4. A proibição de Moisés era assaz justa, porque a evocação dos mortos não se originava nos sentimentos de respeito, afeição ou piedade para com eles, sendo antes um recurso para adivinhações, tal como nos augúrios e presságios explorados pelo charlatanismo e pela superstição. Essas práticas, ao que parece, também eram objeto de negócio, e Moisés, por mais que fizesse, não conseguiu desentranhá-las dos costumes populares. As seguintes palavras do profeta justificam o asserto:— “Quando vos disserem: Consultai os mágicos e adivinhos que balbuciam encantamentos, respondei: — Não consulta cada povo ao seu Deus? E aos mortos se fala do que compete aos vivos?” (Isaías, 8:19.) “Sou eu quem aponta a falsidade dos prodígios mágicos; quem enlouquece os que se propõem adivinhar, quem transtorna o espírito dos sábios e confunde a sua ciência vã.” (44:25.) “Que esses adivinhos, que estudam o céu, contemplamos astros e contam os meses para fazer predições, dizendo revelar-vos o futuro, venham agora salvar-vos. — Eles tornaram-se como a palha, e o fogo os devorou; não poderão livrar suas almas do fogo ardente; não restarão das chamas que despedirem, nem carvões que possam aquecer, nem fogo ao qual se possam sentar. — Eis ao que ficarão reduzidas todas essas coisas das quais vos tendes ocupado com tanto afinco: os traficantes que convosco traficam desde a infância foram-se, cada qual para seu lado, sem que um só deles se encontre que vos tire os vossos males.” (47:13 a 15.) 
Neste capítulo Isaías dirige-se aos babilônios sob a figura alegórica “da virgem filha de Babilônia, filha de caldeus”. (v. 1.) Diz ele que os adivinhos não impedirão a ruína da monarquia. No seguinte capítulo dirige-se diretamente aos israelitas.“Vinde aqui vós outros, filhos de uma agoureira, raça dum homem adúltero e de uma mulher prostituída. — De quem vos rides vós? Contra quem abristes a boca e mostrastes ferinas línguas? Não sois vós filhos perversos de bastarda raça — vós que procurais conforto em vossos deuses debaixo de todas as frontes, sacrificando-lhes os tenros filhinhos nas torrentes, sob os rochedos sobranceiros? Depositastes a vossa confiança nas pedras da torrente, espalhastes e bebestes licores em sua honra, oferecestes sacrifícios. Depois disso como não se acender a minha indignação?” (57:3 a 6.) Estas palavras são inequívocas e provam claramente que nesse tempo as evocações tinham por fim a adivinhação, ao mesmo tempo que constituíam comércio, associadas às práticas da magia e do sortilégio, acompanhadas até de sacrifícios humanos. Moisés tinha razão, portanto, proibindo tais coisas e afirmando que Deus as abominava. Essas práticas supersticiosas perpetuaram-se até à Idade Média, mas hoje a razão predomina, ao mesmo tempo que o Espiritismo veio mostrar o fim exclusivamente moral, consolador e religioso das relações de além-túmulo.
Uma vez, porém, que os espíritas não sacrificam criancinhas nem fazem libações para honrar deuses; uma vez que não interrogam astros, mortos e áugures para adivinhar a verdade sabiamente velada aos homens; uma vez que repudiam traficar com a faculdade de comunicar com os Espíritos; uma vez que os não move a curiosidade nem a cupidez, mas um sentimento de piedade, um desejo de instruir-se e melhorar-se, aliviando as almas sofredoras; uma vez que assim é, porque o é — a proibição de Moisés não lhes pode ser extensiva. Se os que clamam injustamente contra os espíritas se aprofundassem mais no sentido das palavras bíblicas, reconheceriam que nada existe de análogo, nos princípios do Espiritismo, com o que se passava entre os hebreus. A verdade é que o Espiritismo condena tudo que motivou a interdição de Moisés; mas os seus adversários, no afã de encontrar argumentos com que rebatam as novas idéias, nem se apercebem que tais argumentos são negativos, por serem completamente falsos. A lei civil contemporânea pune todos os abusos que Moisés tinha em vista reprimir. Contudo, se ele pronunciou a pena última contra os delinqüentes, é porque lhe faleciam meios brandos para governar um povo tão indisciplinado. Esta pena, ao demais, era muito prodigalizada na legislação moisaica, pois não havia muito onde escolher nos meios de repressão. Sem prisões nem casas de correção no deserto, Moisés não podia graduar a penalidade como se faz em nossos dias, além de que o seu povo não era de natureza a atemorizar-se com penas puramente disciplinares. Carecem portanto de razão os que se apóiam na severidade do castigo para provar o grau de culpabilidade da evocação dos mortos. Conviria, por consideração à lei de Moisés, manter a pena capital em todos os casos nos quais ele a prescrevia? Por que, então, reviver com tanta insistência este artigo, silenciando ao mesmo tempo o princípio do capítulo que proíbe aos sacerdotes a posse de bens terrenos e partilhar de qualquer herança, porque o Senhor é a sua própria herança? (Deuteronômio, 28:1 e 2.)




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

O Céu e o Inferno


"Não toques no marco antigo, não penetres na terra dos órfãos". -( Provérbios, 23: 16 )-




Amados irmãos, bom dia!
A palavra do Senhor é eterna. Assim como os marcos antigos, ela é justa e permanece para sempre, portanto, saibamos respeitar sua sabedoria.




3. Se a lei de Moisés deve ser tão rigorosamente observada neste ponto, força é que o seja igualmente em todos os outros. Por que seria ela boa no tocante às evocações e má em outras de suas partes? É preciso ser consequente. Desde que se reconhece que a lei moisaica não está mais de acordo com a nossa época e costumes em dados casos, a mesma razão procede para a proibição de que tratamos.  Demais, é preciso expender os motivos que justificavam essa proibição e que hoje se anularam completamente. O legislador hebreu queria que o seu povo abandonasse todos os costumes adquiridos no Egito, onde as evocações estavam em uso e facilitavam abusos, como se infere destas palavras de Isaías: “O Espírito do Egito se aniquilará de si mesmo e eu precipitarei seu conselho; eles consultarão seus ídolos, seus adivinhos, seus pítons e seus mágicos.”(19:3.) 
Os israelitas não deviam contratar alianças com as nações estrangeiras, e sabido era que naquelas nações que iam combater encontrariam as mesmas práticas. Moisés devia pois, por política, inspirar aos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem ter semelhanças e pontos de contacto com o inimigo. Para justificar essa aversão, preciso era que apresentasse tais práticas como reprovadas pelo próprio Deus, e daí estas palavras: — “O Senhor abomina todas essas coisas e destruirá, à vossa chegada, as nações que cometem tais crimes.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

O Céu e o Inferno


"Ensina à criança o caminho em que deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não há de afastar-se". -( Provérbios, 22: 6 )-




Amados irmãos, bom dia!
Devemos cuidar uns dos outros, como irmãos; assim como o Pai cuida de nós, seus filhos.




2. É útil, para melhor compreensão do verdadeiro sentido das palavras de Moisés, reproduzir por completo o texto um tanto abreviado na citação antecedente. Ei-lo: 

“Não vos desvieis do vosso Deus para procurar mágicos; não consulteis os adivinhos, e receai que vos contamineis dirigindo-vos a eles. Eu sou o Senhor vosso Deus.” (Levítico, 19:31.) 

“O homem ou a mulher que tiver Espírito pitônico, ou de adivinho, morra de morte. Serão apedrejados, e o seu sangue recairá sobre eles.” (Idem,20:27.)” 

"Quando houverdes entrado na terra que o Senhor vosso Deus vos há de dar, guardai-vos; tomai cuidado em não imitar as abominações de tais povos; — e entre vós ninguém haja que pretenda purificar filho ou filha passando-os pelo fogo; que use de malefícios, sortilégios e encantamentos; que consulte os que têm o Espírito de Píton e se propõem adivinhar, interrogando os mortos para saber a verdade. O Senhor abomina todas essas coisas e exterminará todos esses povos, à vossa entrada, por causa dos crimes que têm cometido.” (Deuteronômio, 18:9 a 12.)




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

O Céu e o Inferno


"Os caminhos do homem parecem retos aos seus olhos, mas cabe ao Senhor pesar os corações". -( Provérbios, 21: 2 )-




Amados irmãos, bom dia!
Não podemos jamais enganar ao Senhor, pois, só ele nos conhece inteiramente. Que tenhamos consciência do nosso proceder, pois, somos chamados a ser como ele.




DA PROIBIÇÃO DE EVOCAR OS MORTOS

1. A Igreja de modo algum nega a realidade das manifestações. Ao contrário, como vimos nas citações precedentes, admite-as totalmente, atribuindo-as à exclusiva intervenção dos demônios. É debalde invocar os Evangelhos como fazem alguns para justificar a sua interdição, visto que os Evangelhos nada dizem a esse respeito. O supremo argumento que prevalece é a proibição de Moisés. A seguir damos os termos nos quais se refere ao assunto a mesma pastoral que citamos nos capítulos precedentes: “Não é permitido entreter relações com eles (os Espíritos), seja imediatamente, seja por intermédio dos que os evocam e interrogam. A lei moisaica punia os gentios. Não procureis os mágicos, diz o Levítico, nem procureis saber coisa alguma dos adivinhos, de maneira a vos contaminardes por meio deles. (19:31.) Morra de morte o homem ou a mulher em quem houver Espírito pitônico; sejam apedrejados e sobre eles recaia seu sangue. (20:27.) O Deuteronômio diz: Nunca exista entre vós quem consulte adivinhos, quem observe sonhos e agouros, quem use de malefícios, sortilégios, encantamentos, ou consultem os que têm o Espírito pitônico e se dão a práticas de adivinhação interrogando os mortos. O Senhor abomina todas essas coisas e destruirá, à vossa entrada, as nações que cometem tais crimes.” (18:10a 12.)




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 26 de novembro de 2019

O Céu e o Inferno


"O cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas é do Senhor que depende a vitória". -( Provérbios, 21: 31 )-




Amados irmãos, bom dia!
Seremos plenos, apenas, quando nos dispusermos ao Senhor em tudo.




19. Não é indigno de celestes mensageiros — dizeis — o transmitirem suas instruções por meio tão vulgar qual o das mesas? Não será ultrajá-los o supor que se divertem com frivolidades deixando a sua mansão de luz para se porem à disposição do primeiro curioso? Jesus também deixou a mansão do Pai para nascer num estábulo. E quem vos disse que o Espiritismo atribui frioleiras aos Espíritos superiores? Não; o Espiritismo afirma positivamente o contrário, isto é, que as coisas vulgares são próprias de Espíritos vulgares. Não obstante, dessas vulgaridades resulta um benefício, qual o de abalar muitas imaginações, provando a existência do mundo espiritual e demonstrando à saciedade que esse mundo não é tal, porém muito diferente do que se julgava. Essas manifestações iniciais eram porventura simples como tudo que começa, mas nem por germinar de minúscula semente a árvore deixa um dia de estender virente e copada a sua ramagem. Quem acreditaria que da misérrima manjedoura de Belém pudesse sair a palavra que havia de transformar o mundo? Sim! O Cristo é bem o Messias divino. A sua palavra é bem a palavra da verdade, fundada na qual a religião se torna inabalável, mas sob condição de praticar os sublimes ensinamentos que ela contém, e não de fazer do Deus justo e bom, que nela reconhecemos, um Deus faccioso,vingativo e cruel.




Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

O Céu e o Inferno


"O Espírito do homem é uma lâmpada do Senhor, ela penetra os mais íntimos recantos das entranhas". -( Provérbios, 20: 27 )-




Amados irmãos, bom dia!
Deu-nos o Senhor uma parte de sí para que habitasse em nós e nos orientasse na caminhada, a fim de nos proporcionar as melhores condições de entendimento e discernimento. Ele habita em nós.




18. Dizem que Deus enviou o Cristo, seu filho, para salvar os homens, provando-lhes com isso o seu amor. Como se explica, entretanto, que os deixasse depois em abandono? Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação; mas contai — e somente após a sua vinda — quantos não puderam ouvir-lhe a palavra da verdade, quantos morreram e morrerão sem conhecê-la, quantos, finalmente, dos que a conhecem, a põem em prática. Então, por que não lhes enviar Deus, sempre solícito na salvação de suas criaturas, outros mensageiros, que, baixando a todas as terras, entre grandes e pequenos, ignorantes e sábios, crédulos e cépticos, venham ensinar a verdade aos que a desconhecem, torná-la compreensível aos que não a compreendem, e suprir, enfim, pelo seu ensino direto e múltiplo, a insuficiência na propagação do Evangelho, abreviando o evento do reinado divino? Mas eis que chegam esses mensageiros em hostes inumeráveis, abrindo os olhos aos cegos, convertendo os ímpios, curando os enfermos, consolando os aflitos, a exemplo de Jesus! Que fazeis vós, e como os recebeis vós? Ah! vós os repudiais, repelis o bem que fazem e clamais: são demônios! Outra não era a linguagem dos fariseus relativamente ao Cristo, que, diziam, fazia o bem por artes do diabo! E o Nazareno respondeu-lhes: “Reconhecei a árvore por seu fruto: a má árvore não pode dar bons frutos.” 
Para os fariseus eram maus os frutos de Jesus, porque ele vinha destruir o abuso e proclamar a liberdade que lhes arruinaria a autoridade. Se ao invés disso Jesus tivesse vindo lisonjear-lhes o orgulho, sancionar os seus erros e sustentar-lhes o poder, então, sim, ele seria o esperado Messias dos judeus. Mas o Cristo era só, pobre e fraco: decretaram-lhe a morte julgando extinguir-lhe a palavra, e a palavra sobreviveu-lhe porque era divina. Importa contudo dizer que essa palavra só lentamente se propagou, e, após dezoito séculos, apenas é conhecida de uma décima parte do gênero humano. Além disso, em que pese a tais razões, numerosos cismas rebentaram já do seio da cristandade. Pois bem: agora, Deus, em sua misericórdia, envia os Espíritos a confirmá-la, a completá-la, a difundi-la por todos e em toda a Terra — a santa palavra de Jesus. E o grande caso é que os Espíritos não estão encarnados num só homem cuja voz fora limitada: eles são inumeráveis, andam por toda parte e não podem ser tolhidos. Também por isso, o seu ensino se amplia com a rapidez do raio; e porque falam ao coração e à razão, são pelos humildes mais compreendidos.




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 24 de novembro de 2019

O Céu e o Inferno


"Quem adquire bom senso, ama sua alma, o que observa a prudência, encontra a felicidade". -( Provérbios, 19: 8 )-




Amados irmãos, bom dia!
Como seres escatológicos, somos chamados à evolução que nos levará para o lado do Pai. Busquemos com afinco esse proceder.




17. Dizem que há anjos de guarda; mas quando não podem insinuar-se pela voz misteriosa da consciência ou da inspiração, por que não empregarem meios de ação mais diretos e materiais de modo a chocar os sentidos, uma vez que tais meios existem? E pois que tudo provém de Deus e nada ocorre sem a sua permissão, podemos admitir que Ele faculte tais meios aos maus Espíritos e os recuse aos bons? Nesse caso é preciso confessar que Deus facilita mais poderes ao demônio, para perder aos homens, do que aos anjos de guarda para salvá-los! Pois bem! o que os anjos de guarda, segundo a Igreja, não podem fazer, fazem por si os demônios: servindo-se de tais comunicações, ditas infernais, reconduzem a Deus os que o renegavam e ao bem os escravizados ao mal. Esses demônios fazem mais: dão-nos o espetáculo de milhões de homens acreditando em Deus por intercessão da sua potência diabólica, ao passo que a Igreja era impotente para convertê-los. Homens que jamais oraram, fazem-no hoje com fervor, graças às instruções desses demônios! Quantos orgulhosos, egoístas e devassos se tornaram humildes, caridosos e recatados?! E tudo por obra do diabo! Ah! mas se assim for, claro é que a toda essa gente o demônio tem prestado melhor serviço e guarda que os próprios anjos. É necessário, porém, formar uma triste opinião do senso humano dos nossos tempos, para crer que os homens aceitem cegamente tais idéias. Uma religião, porém, que faz pedra angular de tal doutrina, uma religião que se destrói pela base, em se lhe tirando os seus demônios, o seu inferno, as suas penas eternas e o seudeus impiedoso; uma religião tal, dizemos, é uma religião que se suicida.




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 23 de novembro de 2019

O Céu e o Inferno


"Quem se isola procura sua própria vontade e se irrita contra tudo que é razoável". -( Provérbios, 18: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
Embora sejamos indivíduos únicos, não somos ilhas e não devemos viver isolados. Como é bom vivermos como irmãos!




16. “Assim, os seres misteriosos que acodem ao primeiro apelo do herege, do ímpio ou do crente — o que importa dizer: — da inocência ou do crime — não são nem enviados de Deus, nem apóstolos da verdade e da salvação, mas fatores do erro e agentes do inferno.”Estas palavras persuadem que Deus não permite a manifestação de bons Espíritos que possam esclarecer e salvar da eterna perdição o herege, o ímpio e o criminoso! Somente os prepostos do inferno se lhes envia, para mais mergulhá-los no lodaçal. Pesa dizê-lo, mas, segundo a Igreja, Deus não envia à inocência senão seres perversos para seduzi-la! Essa Igreja não admite entre os anjos, entre as criaturas privilegiadas de Deus, um ser bastante compassivo que venha em socorro das almas transviadas! Para que servem, pois, as brilhantes qualidades que exornam tais seres? Acaso e tão-somente para seu gozo pessoal? E serão eles realmente bons, quando, extasiados pelas delícias da contemplação, vêem tantas almas no caminho do inferno sem que
procurem desviá-las? Mas isso é precisamente a imagem do egoísmo desses potentados que, impiedosos na farta opulência, deixam morrer à fome o mendigo que lhes bate à porta! É mais ainda: É o próprio egoísmo arvorado em virtude e colocado aos pés do Criador! Mas vós vos admirais que bons Espíritos venham ao herege e ao ímpio, certamente porque vos esquecestes desta parábola do Cristo: — “Não é o homem são que precisa de médico.” Então não tendes um ponto de vista mais elevado que o dos fariseus daquele tempo? E vós mesmos, vós vos recusareis mostrar o bom caminho ao descrente que vos chamasse? Pois bem: os bons Espíritos fazem o que faríeis; dirigem-se ao ímpio para dar-lhe bons conselhos. Oh! em lugar de anatematizardes as comunicações de além-túmulo, melhor fora bendissésseis os decretos do Senhor, admirando-lhe a onipotência e bondade infinitas.




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

O Céu e o Inferno


"O que mede suas palavras possui a ciência, quem é calmo de espírito é um homem inteligente". -( Provérbios, 17: 27 )-




Amados irmãos, bom dia!
Somos convidados ao aprendizado da vida, pois, fomos criados à imagem e semelhança do nosso Pai. Que busquemos essa missão.





15. As acusações formuladas pela Igreja, contra as evocações, não atingem, portanto, o Espiritismo, porém as práticas da magia, com a qual este nada tem de comum. O Espiritismo condena tanto quanto a Igreja as referidas práticas, ao mesmo tempo que não confere aos Espíritos superiores um papel indigno deles, nem algo pergunta ou pretende obter sem a permissão de Deus. 
Certo, pode haver quem abuse das evocações, quem delas faça um jogo, quem lhes desnature o caráter providencial em proveito de interesses pessoais, ou ainda quem por ignorância, leviandade, orgulho ou ambição se afaste dos verdadeiros princípios da Doutrina; o verdadeiro Espiritismo, o Espiritismo sério os condena porém, tanto quanto a verdadeira religião condena os crentes hipócritas e os fanáticos. Portanto, não é lógico nem razoável imputar ao Espiritismo abusos que ele é o primeiro a condenar, e os erros daqueles que o não compreendem. Antes de formular qualquer acusação, convém saber se é justa. Assim, diremos: A censura da Igreja recai nos charlatães, nos especuladores, nos praticantes de magia e sortilégio, e com razão. Quando a crítica religiosa ou céptica, dissecando abusos, profliga o charlatanismo, não faz mais que realçar a pureza da sã doutrina, auxiliando-a no expurgo de maus elementos e facilitando-nos a tarefa. O erro da crítica está no confundir o bom e o mau, o que muitas vezes sucede pela má-fé de alguns e pela ignorância do maior número. Mas a distinção que uma tal crítica não faz, outros a fazem. Finalmente, a censura aplicada ao mal e à qual todo espírita sincero e reto se associa, essa nem prejudica nem afeta a Doutrina.




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

O Céu e o Inferno


"O coração do sábio torna sua boca instruída e acrescenta-lhes  aos lábios o saber". -( Provérbios, 16: 23 )-




Amados irmãos, bom dia!
Como a espiritualidade tem-nos dito: "Instruí-vos!"
Busquemos com todas as nossas forças a sabedoria; ela nos realizará como irmãos.




14. “As almas dos mortos, que Deus proíbe evocar, essas demoram no lugar que lhes designa a sua justiça, e não podem, sem sua permissão, colocar-se à disposição dos vivos.”
O Espiritismo vai além, é mais rigoroso: não admite manifestação de quaisquer Espíritos, bons ou maus, sem a permissão de Deus, ao passo que a Igreja de tal não cogita relativamente aos demônios, os quais, segundo a sua teoria, se dispensam de tal permissão. O Espiritismo diz mais que, mediante tal permissão e correspondendo ao apelo dos vivos, os Espíritos não se põe má disposição destes.  
O Espírito evocado vem voluntariamente, ou é constrangido a manifestar-se? Obedecendo à vontade de Deus, isto é, à lei que rege o Universo, ele julga da utilidade ou inutilidade da sua manifestação, o que constitui uma prerrogativa do seu livre arbítrio. 
O Espírito superior não deixa de vir sempre que é evocado para um fim útil, só se recusando a responder quando em reunião de pessoas pouco sérias que levem a coisa em ar de gracejo. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXV.) — Pode o Espírito evocado recusar-se a vir pela evocação que lhe fazem? Perfeitamente, visto como tem o seu livre-arbítrio. Podeis acaso acreditar que todos os seres do Universo estejam à vossa disposição? E vós mesmos vos julgais obrigados a responder a todos quantos pronunciam o vosso nome? Mas quando digo que o Espírito pode recusar-se, subordino essa negativa ao pedido do evocador, por isso que um Espírito inferior pode ser constrangido por um superior a manifestar-se. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte,cap. XXV.) 
Tanto os espíritas estão convencidos de que nada podem sobre os Espíritos diretamente, sem a permissão de Deus, que dizem, quando evocam: “Rogamos a Deus todo poderoso permitir que um bom Espírito se comunique conosco, bem como aos nossos anjos de guarda assistir-nos e afastarem os maus Espíritos.” E em se tratando de evocação de um Espírito determinado: — “Rogamos a Deus todo poderoso permitir que tal Espírito se comunique conosco”, etc. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XVII, nº 203.)




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

O Céu e o Inferno


"O temor do Senhor é uma escola de sabedoria, a humildade precede a glória". -( Provérbios, 15: 33 )-




Amados irmãos, bom dia!
Temer não significa "ter medo"; ao contrário, temer é respeitar e valorizar aquele nos deu a vida e tudo o que nela há. Um coração simples é o motivo maior para ser honrado.




13. A categoria do Espírito se reconhece por sua linguagem: os verdadeiramente bons e superiores têm-na sempre digna, nobre, lógica, imune de qualquer contradição; ressumbra sabedoria, modéstia, benevolência e a mais pura moral. Além disso é concisa, clara, sem redundâncias inúteis. Os Espíritos inferiores, ignorantes ou orgulhosos, é
que suprem a vacuidade das idéias com abundância de frases. Todo pensamento implicitamente falso, toda máxima contrária à sã moral, todo conselho ridículo, toda expressão grosseira, trivial ou simplesmente frívola, qualquer sinal de malevolência, de presunção ou de arrogância, são indícios incontestáveis da inferioridade de um Espírito. — Os Espíritos superiores só se ocupam de comunicações inteligentes, visando instruir-nos.
As manifestações físicas ou puramente materiais competem mais comumente aos Espíritos inferiores, vulgarmente designados por Espíritos batedores, pela mesma razão por que entre nós os torneios de força e agilidade são próprios de saltimbancos e não de sábios. Absurdo seria supor que um Espírito, por pouco elevado que seja, goste do alarde e do reclamo

(O que é o Espiritismo, cap. II, nos 37, 38, 39,40 e 60. Vede também O Livro dos Espíritos, Parte 2ª, cap. I — Diferentes ordens de Espíritos; Escala espírita, e O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXIV — Identidade dos Espíritos; Distinção dos bons e maus Espíritos.)

Qual é o homem de boa-fé que pode lobrigar nestes preceitos atribuições incompatíveis com Espíritos elevados? Não, o Espiritismo não confunde os Espíritos, antes, pelo contrário, distingue-os. A Igreja, sim, atribui aos demônios uma inteligência igual à dos anjos, ao passo que o Espiritismo afirma e confirma, baseado na observação dos fatos, que os Espíritos inferiores são mais ou menos ignorantes, tendo muito limitados o seu horizonte moral e perspicácia, de feição a terem das coisas uma idéia muita vez falsa e incompleta, incapazes de resolver certas questões e, conseguintemente, de fazer tudo quanto se atribui aos demônios.




Que a graça e a paz sejam conosco!