segunda-feira, 31 de julho de 2017


“Eu sou o caminho...”  - Jesus - ( João, 14:6 )




Amados irmãos, bom dia!
"Cristãos que não aproveitam o caminho do Senhor para alcançarem a legítima prosperidade espiritual são criaturas voluntariamente condenadas à estagnação." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )- 








Texto evangélico:

E aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me. E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo! E, tendo ele dito isso, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo. (Marcos, 1: 40-42.) E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galileia; e, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe. E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós! E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz. E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou. (Lucas, 17: 11-19.) 

"Ao concluir o estudo de algumas curas realizadas por Jesus, trazemos à análise uma das doenças mais antigas existentes no mundo: Hanseníase ou Mal de Hansen, também denominada lepra, no passado. A enfermidade tsar’at, traduzida por lepra, é descrita com detalhes em Lv 13 [Levítico, livro do Velho Testamento], mas a descrição podia, e provavelmente incluía mesmo, outras doenças de pele. [...] O próprio termo também é aplicado às vestes e às casas (Lv 14: 55) e parece ter sido geralmente empregado para escrever algo que era cerimonialmente impuro. Quando um leproso era “purificado” e assim pronunciado pelo sacerdote, é provável que a condição era autolimitadora, e não aquilo que atualmente chamaríamos de lepra, isto é, uma enfermidade causada por uma bactéria específica. 

Em 1873, o médico norueguês Gerhard Henrick Armauer Hansen (1841 – 1912), identifi cou a bactéria Mycobacterium leprae como o agente causador da lepra. Tempos depois, a palavra lepra passou a ser substituída por hanseníase ou mal de Hansen, em razão do caráter discriminatório, estigmatizante e preconceituoso que o nome lepra produzia. Nos últimos cem anos ocorreram significativos avanços científicos relativos ao diagnóstico, tratamento e controle da doença. Há, porém, um caminho a ser percorrido para a cura defi nitiva do tipo mais grave da enfermidade, a virchowiana, conhecido como forma “L”, de “lepromatosa”. A hanseníase é enfermidade infecciosa crônica que pode ocorrer sob várias formas clínicas, sendo algumas benígnas. As principais manifestações clínicas são a forma lepromatosa (HL) — possivelmente a que é citada nos textos evangélicos — e a forma tuberculoide (HT). O primeiro tipo (HL) é mais grave, produz lesões cutâneas e envolvimento dos nervos periféricos. É comum a presença de mutilações, sobretudo na pele e trato respiratório superior. Nesta forma de manifestação clínica, a imunidade é muito reduzida, e a bactéria se multiplica excessivamente, levando a um quadro mais grave, com anestesia dos pés e mãos que favorece os traumatismos e feridas que podem causar deformidades, atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele (nódulos). Órgãos internos também são acometidos pela doença. O segundo tipo (HT) é, usualmente, benigno. As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e um pouco elevados e com ausência de sensibilidade (dormência). Ocorrem alterações nos nervos próximos à lesão, podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular. 

Entre essas duas formas principais, existem: 

a) hanseníase limiar (HLim) — uma espécie de combinação das formas HL e HT—, também denominada de borderline ou dimorfa: o número de lesões é maior, formando manchas que podem atingir grandes áreas da pele, envolvendo partes da pele sadia. O acometimento dos nervos é mais extenso; 

b) hanseníase indeterminada, caracterizada pelo menor número de lesões. É a fase inicial da doença que, ou evolui espontaneamente para a cura, na maioria dos casos, ou para as outras formas da doença, em cerca de 25% dos casos. Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com diminuição da sensibilidade. É mais comum em crianças. A hanseníase é doença expiatória que atinge mais de 11 milhões de pessoas em todo o mundo. Surgem, em cada ano, cerca de 700.000 casos novos da doença, no mundo. No entanto, em países desenvolvidos é quase inexistente, por exemplo, a França conta com apenas 250 casos declarados." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






546. No tumulto dos combates, que se passa com os Espíritos dos que sucumbem? Continuam, após a morte, a interessar-se pela batalha? 

“Alguns continuam a interessar-se, outros se afastam.” Dá-se, nos combates, o que ocorre em todos os casos de morte violenta: no primeiro momento, o Espírito fica surpreendido e como que atordoado. Julga não estar morto. Parece-lhe que ainda toma parte na ação. Só pouco a pouco a realidade lhe surge.




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 30 de julho de 2017

Vê; a tua fé te salvou


“Eu sou o caminho e a verdade.”  - Jesus - ( João, 14:6 )




Amados irmãos, bom dia!
"Jesus é a verdade sublime e reveladora. Todo aquele que lhe descobre a luz bendita absorve­lhe os raios celestes, transformadores... E começa a observar a experiência sob outros prismas, elege mais altos padrões de luta, descortina metas santificantes e identifica­se com horizontes mais largos. O reino do próprio coração passa a gravitar  ao redor do novo centro  vital, glorioso e eterno. E à medida que se vai desvencilhando das atrações da mentira, cada discípulo do Senhor penetra mais intensivamente na órbita da Verdade, que é a Pura Luz."-( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-









Então, clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi tem misericórdia de mim! Então, Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe, dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou. (Lc 18:38-42). 

"Ao reconhecer Jesus como a fonte de todo o bem, a luz do mundo, o cego fez o que qualquer um faria: suplicou por misericórdia, e, ainda que lhe pedissem para silenciar, continuou clamando por misericórdia, pedindo ao Senhor que o libertasse da cegueira em que se encontrava prisioneiro. O enfermo só começa, efetivamente, o processo de cura quando admite a própria doença e identifica as causas geradoras. Nesta situação, a criatura aprende a andar sobre os próprios passos e, humilde, rever as ações cometidas, reconhecendo que nelas se encontram as raízes de sua doença. Daí o pedido do cego por misericórdia, que implicava piedade, compaixão e solidariedade por parte de Jesus, a fim de que ele pudesse “exorcizar os próprios demônios” e não fizesse, a sós, a árdua caminhada de reconhecimento de faltas. O clamor emitido traduz-se como um grito que partiu do íntimo do ser, saturado de profundo sentimento. Mas o cego não ficou apenas na manifestação desse sentimento. Modificado pela presença do Mestre, identificou nele o Salvador e, por isso, suplicou-lhe a assistência espiritual de que carecia para progredir. 

Por outro lado, a multidão que seguia Jesus não se apercebia da transformação e das necessidades operadas no cego, por isso “os que iam passando repreendiam-no para que se calasse”. 

Quão desavisada é, às vezes, a criatura ao interpor obstáculos nos processos de auxílio, dificultando ou criando empecilhos à melhoria de alguém necessitado! Jesus, porém, por conhecer as imperfeições de todos nós, ignora as dificuldades impostas e volta-se para o enfermo, “dizendo: que queres que te faça?” O cego, por sua vez, consciente do mal que o aflingia, responde-lhe: “Senhor, que eu veja”. Este pedido pode, evidentemente, ser interpretado, de forma literal, como alguém que sendo cego, do ponto de vista físico, deseja enxergar. Todavia, não podemos esquecer que os ensinamentos do Evangelho destinam-se, eminentemente à melhoria do Espírito. Assim, o pedido expresso: “Senhor, que eu veja”, pode significar auxílio para dilatar a visão espiritual, adquirindo a capacidade de ter “olhos para ver”. 

A maioria das moléstias procede da alma, das profundezas do ser. [...] Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica não passam de estados vibratórios da mente em desequilíbrio? [...] Em tese, todas as manifestações mórbidas se reduzem a desequilíbrio, desequilíbrio esse cuja causa repousa no mundo mental.

“E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou”. São palavras que confirmam a cura realizada, e que transmitem valiosa lição: a partir daquele ponto, o Espírito teria condições para discernir, enxergando com mais lucidez, e, consequentemente, fazer escolhas mais acertadas. A propósito, esclarece Emmanuel, com sabedoria: A atitude do cego de Jericó representa padrão elevado a todo discípulo sincero do Evangelho. O enfermo de boa vontade procura primeiramente o Mestre, diante da multidão. Em seguida à cura, acompanha Jesus, glorificando a Deus. E todo o povo, observando o benefício, a gratidão e a fidelidade reunidos, volta-se para a confiança no divino Poder. [...] É óbvio que o mundo inteiro reclama visão com o Cristo, mas não basta ver simplesmente; os que se circunscrevem ao ato de enxergar podem ser bons narradores, excelentes estatísticos, entretanto, para ver e glorificar o Senhor é indispensável marchar nas pegadas do Cristo, escalando, com Ele, a montanha do trabalho e do testemunho." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






545. Pode, alguma vez, o general ser guiado por uma espécie de dupla vista, por uma visão intuitiva, que lhe mostre de antemão o resultado de seus planos? 

“Isso se dá amiúde com o homem de gênio. É o que ele chama inspiração e o que faz que obre com uma espécie de certeza. Essa inspiração lhe vem dos Espíritos que o dirigem, os quais se aproveitam das faculdades de que o vêem dotado.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 29 de julho de 2017

Cego assentado junto ao caminho


“Ele salvará seu povo dos pecados deles.” -( Mateus, 1:21 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Achamo­-nos, até hoje, em simples fase de começo de apostolado  evangélico ­ Cristo libertando o homem das chagas de si mesmo, para que o homem limpo consiga purificar o mundo. O reino individual que puder aceitar o serviço liberatório do  Salvador  encontrará a vida nova." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-






E aconteceu que, chegando ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando. E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. E disseram-lhe que Jesus, o Nazareno, passava. (Lc 18:35-37). 

"Quem segue a cartilha dos valores espirituais sabe que a vida é, acima de tudo, movimento incessante, onde Jesus, na categoria de guia e modelo da Humanidade, desempenha ação ininterrupta. Assim, o “cego assentado junto ao caminho” simboliza os indivíduos que observam o desenrolar dos acontecimentos da vida, mas de forma passiva, sem delas participarem efetivamente. Encontram-se à margem. Na verdade, são criaturas estacionárias em termos de progresso espiritual, cuja cegueira as mantêm à distância do processo evolutivo, por preguiça, medo ou indiferença. 

Neste sentido, esclarece Emmanuel: 

Má vontade gera sombra. 
A sombra favorece a estagnação. 
A estagnação conserva o mal. 
O mal entroniza a ociosidade. 
A ociosidade cria a discórdia. 
A discórdia desperta o orgulho. 
O orgulho acorda a vaidade. 
A vaidade atiça a paixão inferior. 
A paixão inferior provoca a indisciplina. 
A indisciplina mantém a dureza de coração. 
A dureza de coração impõe a cegueira espiritual. 
A cegueira espiritual conduz ao abismo. 

Entregue às obras infrutuosas da incompreensão, pela simples má vontade pode o homem rolar indefinidamente ao precipício das trevas. Entretanto, ainda que mergulhado no estado de inércia em que se encontrava, o enfermo foi despertado pelo ruído da multidão, indagando “que era aquilo”. Ouviu, então, a resposta de que “Jesus, o Nazareno, passava”. Este foi o momento decisivo para aquele enfermo, em que ele despertou para a realidade pujante da vida, deixando para trás a sua desinteressante existência. 

Retiramos também desse episódio convicta constatação: o Cristo não passa por acaso em nossa vida e, quando passa, deixa a sua marca de amor e compaixão, nos estimulando à renovação espiritual. Sendo assim, rendamos graças. Roguemos à Providência celeste sufi ciente luz para que nossos olhos identifiquem o celeiro da graça em que nos encontramos. É a cegueira íntima que nos faz tropeçar em obstáculos, onde só existe o favor divino. [...] Rendamos graças, pois, por todas as experiências do caminho evolutivo, na santificante procura da Vontade divina, em Jesus Cristo, nosso Senhor." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






544. Poderiam maus Espíritos suscitar-lhe planos errôneos com o fim de levá-lo à derrota? 

“Podem; mas, não tem ele o livre-arbítrio? Se não tiver critério bastante para distinguir uma idéia falsa, sofrerá as consequências e melhor faria se obedecesse, em vez de comandar.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Vai, lava-te


“Moisés não vos deu o pão do Céu; mas meu Pai vos dá  o verdadeiro pão do Céu.”  - Jesus - ( João, 6:32 )




Amados irmãos, bom dia!
"Se procuras, pois, a própria felicidade, aplica-­te com todas as energias ao  aproveitamento do pão divino que desce do Céu  para o  teu  coração, através da palavra dos benfeitores espirituais, e aprende a subir, com a mente inflamada de amor e luz, aos inesgotáveis celeiros do pão celestial." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-  








Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Tendo dito isso, cuspiu na terra, e, com a saliva, fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo. [...] Levaram, pois, aos fariseus o que dantes era cego. E era sábado quando Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. Tornaram, pois, também os fariseus a perguntar-lhe como vira, e ele lhes disse: Pôs-me lodo sobre os olhos, lavei-me e vejo. Então, alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles. (Jo 9:4-7; 13-16). 

"Jesus, por sua vez, tinha um trabalho a executar, “enquanto é dia”, segundo suas palavras; isto é, quando surge o momento certo, às claras, sob a bênção da paz e da alegria que o encontro do discípulo com o seu Mestre favorece. Mais tarde viria a noite, símbolo das limitações espirituais dos fariseus que questionaram a cura e o fato desta ter sido realizada no sábado. Por que teria o Senhor usado aquela original terapêutica? Não poderia operar a cura independente do processo empregado? Ele agiu assim para completar o testemunho que o moço havia de dar, por isso que a denominação Siloé quer dizer Enviado. Se os homens daquele tempo, e de todos os tempos, dispondo, embora, de vista física, tivessem “olhos de ver”, por certo se convenceriam de que Jesus, de fato, é o filho de Deus. Sendo, porém, cegos de espírito, nenhuma conclusão tiraram outrora, nem tiram na atualidade, dos prodígios e das maravilhas por Ele levadas a efeito. 

O Espiritismo esclarece o mecanismo da cura realizada. Em primeiro lugar destaca-se o amor inestimável do Cristo pela Humanidade, oferecendo-se como fonte de alívio aos cansados e oprimidos (Mt 11:28). Em segundo mobiliza poderosos recursos magnéticos de si mesmo para curar e amenizar o sofrimento do próximo. Em qualquer lugar, dia e hora, estende «[...] a mão e cegos vêem, e paralíticos se levantam, e feridentos se alimpam e obsidiados se recuperam.» 

Do ponto de vista físico, é plenamente explicável que Jesus, conhecedor das Leis físico espirituais que nos governam, tenha, através de Sua saliva, depositado na terra elementos que a tornaram medicamentosa e puderam, desta forma, fazer com que aquele homem visse a luz pela primeira vez.  O Espiritismo esclarece como a energia magnética opera modificação nas propriedades das substâncias materiais, «[...] donde o efeito curativo da ação magnética, convenientemente dirigida.»  Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em todos os fenômenos do magnetismo. Porém, como se há de explicar a ação material de tão sutil agente? [...] A vontade é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante. Com o auxílio dessa alavanca, ele atua sobre a matéria elementar e, por uma ação consecutiva, reage sobre seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas. 

A cura foi realizada em duas etapas: na primeira Jesus desobstruiu as estruturas biológicas responsáveis pela visão que se encontravam adormecidas, parcialmente paralisadas, em razão do período de tempo sem uso. Fato semelhante aconteceu com Paulo, o apóstolo dos gentios, que ficou temporariamente cego porque “escamas” lhe bloquearam a visão. (Atos dos Apóstolos, 9:18). Jesus aplicou, então, uma ação magnética mais intensa (saliva e terra), nos olhos do cego para desbloquear-lhe a visão. O Mestre elaborou, na verdade, uma espécie de cataplasma com terra e saliva, denominado “lodo”, no texto evangélico, de forma que os elementos curativos penetrassem lentamente nos olhos, sem traumas. A etapa seguinte foi retirar o tampão ocular nas águas límpidas do poço de Siloé, uma das principais fontes de suprimento líquido de Jerusalém. O poço estava situado na direção leste-sudeste da cidade e era alimentado por um canal (chamado “enviado” ou “enviador”) de águas subterrâneas, vindas do lençol freático. Nos tempos do Novo Testamento, esse poço era usado para abrigar pessoas enfermas nas suas cercanias. É possível que a procura dos doentes pelo poço estivesse relacionada às propriedades medicinais de suas águas, da mesma forma que procuramos benefícios nas estâncias hidrotermais ou hidrominerais. É oportuno lembrar que a cura só se efetiva no corpo físico se a intervenção magnética atuar no perispírito. O Espírito André Luiz elucida: «Atuando nos centros do perispírito, por vezes efetuamos alterações profundas na saúde dos pacientes, alterações essas que se fixam no corpo somático, de maneira gradativa.» -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos






543. Podem alguns Espíritos influenciar o general na concepção de seus planos de campanha?  

“Sem dúvida alguma. Podem influenciá-lo nesse sentido, como com relação a todas as concepções.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus


“Os  manjares  são  para  o  ventre,  e  o  ventre  para  os  manjares; Deus, porém, aniquilara tanto um como os outros.”  - Paulo - ( I Coríntios, 6:13 )




Amados irmãos, bom dia!
"Quem gasta o tempo consagrando todas as forças da alma às fantasias do  corpo, esquecendo-­se de que o corpo deve permanecer  a serviço da alma, cedo  esbarrará na perturbação, na inutilidade ou na sombra. Para a comunidade dos aprendizes aplicados e prudentes, todavia, brilha no  Evangelho o eloquente aviso de Paulo: “Os manjares são para o ventre e o ventre para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros”. -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-  








Interpretação do texto evangélico:

E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus (Jo 9:1-3). 

A pergunta dos discípulos sobre os motivos da cegueira daquele homem não foi descabida. No entanto, o caso não era de expiação para o padecente, nem de provação para seus pais. Tratava-se de modesta, porém significativa missão. O Espírito encarnado no moço cego assumira, no Além, o compromisso de nascer privado da vista a fim de dar testemunho público de que Jesus é a luz do mundo, o Messias prometido. 

A missão do cego como programação definida no plano espiritual está claramente evidenciada nestas palavras de Jesus, registradas por João: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.” 

O cego de nascença exemplifica os diferentes tipos de cooperadores que o Cristo requisitou para auxiliá-lo na execução de sua divina missão. De acordo com as possibilidades de cada Espírito, alguns abraçam tarefas de vulto e os sacrifícios inerentes ao compromisso assumido, outros executam tarefas menores, porém, não menos importantes. Onde estivermos, atendamos ao impositivo de nossas tarefas, convencidos de que nossas mãos substituem as do Celeste Trabalhador, embora em condição precária. O Senhor age em nós, a favor de nós. É indiscutível que Jesus pode tudo, mas, para fazer tudo, não prescinde da colaboração do homem que lhe procura as determinações. Os cooperadores fiéis do Evangelho são o corpo de trabalho em sua obra redentora. Haja, pois, entre o servo e o orientador legítimo entendimento. Jesus reclama instrumentos e companheiros. Quem puder satisfazer ao imperativo sublime, recorde que deve comparecer diante d'Ele, demonstrando harmonia de vistas e objetivos, em primeiro lugar." -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos






542. Estando, numa guerra, a justiça sempre de um dos lados, como pode haver Espíritos que tomem o partido dos que se batem por uma causa injusta? 

“Bem sabeis haver Espíritos que só se comprazem na discórdia e na destruição. Para esses, a guerra é a guerra. A justiça da causa pouco os preocupa.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Cura de cegueira


“Semeia-­se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual.”  - Paulo - ( I Coríntios, 15:44 )




Amados irmãos, bom dia!
"Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza. Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros. Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-  






Texto evangélico:

E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Tendo dito isso, cuspiu na terra, e, com a saliva, fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo.[...] Levaram, pois, aos fariseus o que dantes era cego. E era sábado quando Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. Tornaram, pois, também os fariseus a perguntar-lhe como vira, e ele lhes disse: Pôs-me lodo sobre os olhos, lavei-me e vejo. Então, alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles. (João, 9:1-7; 13-16.) E aconteceu que, chegando ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando. E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. E disseram-lhe que Jesus, o Nazareno, passava. Então, clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Então, Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe, dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou. (Lucas, 18:35-42.) 

As curas realizadas por Jesus indicam o extraordinário poder terapêutico do Mestre. Afi rmou, porém, que tempo viria em que os seus discípulos, do passado e do presente, poderiam realizar as mesmas coisas. O Mestre movimentava expressivos elementos de ordem espiritual nas curas, claramente explicadas pelo Espiritismo que as despojam do caráter místico ou miraculoso. Com Jesus, as curas apresentam finalidades de ordem superior: curar não apenas o corpo, mas também o Espírito. Realmente Jesus curou muitos enfermos e recomendou-os, de modo especial, aos discípulos. Todavia, o Médico celestial não se esqueceu de requisitar ao Reino divino quantos se restauram nas deficiências humanas. Não nos interessa apenas a regeneração do veículo em que nos expressamos, mas, acima de tudo, o corretivo espiritual. 

Que o homem comum se liberte da enfermidade, mas é imprescindível que entenda o valor da saúde. Existe, porém, tanta dificuldade para compreendermos a lição oculta da moléstia no corpo, quanta se verifica em assimilarmos o apelo ao trabalho santificante que nos é endereçado pelo equilíbrio orgânico. Permitiria o Senhor a constituição da harmonia celular apenas para que a vontade viciada viesse golpeá-la e quebrá-la em detrimento do Espírito? [...] É sempre útil curar os enfermos, quando haja permissão de ordem superior para isto, contudo, em face de semelhante concessão do Altíssimo, é razoável que o interessado na bênção reconsidere as questões que lhe dizem respeito, compreendendo que raiou para seu Espírito um novo dia no caminho redentor.

As enfermidades originam-se de diferentes causas: ações cometidas pelo doente em existências anteriores, relação com processos obsessivos e, igualmente, testemunhos que fazem parte das provações previstas no planejamento reencarnatório do Espírito. O caso do cego de nascença está inserido nesta última possibilidade. A pergunta dos discípulos: Foi algum pecado deste homem que deu causa a que ele nascesse cego? revela que eles tinham a intuição de uma existência anterior, pois, do contrário, ela careceria de sentido, visto que um pecado somente pode ser causa de uma enfermidade de nascença, se cometido antes do nascimento, portanto, numa existência anterior. Se Jesus considerasse falsa semelhante ideia, ter-lhes-ia dito: “Como houvera este homem podido pecar antes de ter nascido?” Em vez disso, porém, diz que aquele homem estava cego, não por ter pecado, mas para que nele se patenteasse o poder de Deus, isto é, para que servisse de instrumento a uma manifestação do poder de Deus. Se não era uma expiação do passado, era uma provação apropriada ao progresso daquele Espírito, porquanto Deus, que é justo, não lhe imporia um sofrimento sem utilidade.

A doença do cego de Jericó parece indicar equívocos que o Espírito cometeu em existências precedentes, que alcançam o presente na forma de lesão física. Por outro lado, é possível que esse tipo de cegueira estivesse associado, também, à influência obsessiva. A cegueira é uma enfermidade curável em certos casos, mas qual o médico que já restabeleceu a vista a um cego, unicamente com a virtude da palavra? Poderia também a cegueira ter por causa a ação de um Espírito maléfico que, para se vingar de Bartimeu [...], dirigisse fluidos deprimentes sobre o nervo óptico [...]. Conhecida hoje a ação dos fluidos, e as obsessões que se verificam a todos os momentos produzindo moléstias que enganam os mais perspicazes facultativos, não há [como] negar a probabilidade de tais afecções terem por causa um mal psíquico." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






OS ESPÍRITOS DURANTE OS COMBATES 

541. Durante uma batalha, há Espíritos assistindo e amparando cada um dos exércitos? 

“Sim, e que lhes estimulam a coragem.” 

Os antigos figuravam os deuses tomando o partido deste ou daquele povo. Esses deuses eram simplesmente Espíritos representados por alegorias.




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 25 de julho de 2017

Somente o Cristo para libertar


“Digo­-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã.” -( Tiago, 4:14 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Quem não aproveita a bênção do dia, vive distante da glória do século.  Cuida, pois, de fazer, sem delonga, quanto deve ser feito a benefício de tua própria felicidade, porque o Amanhã será muito agradável e benéfico somente para aquele que trabalha no bem, que cresce no ideal superior e que aperfeiçoa, valorosamente, nas abençoadas horas de Hoje." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-








E chegaram à outra margem do mar, à província dos gadarenos. E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com Espírito imundo, o qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender. Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões, em migalhas, e ninguém o podia amansar. E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes e pelos sepulcros e ferindo-se com pedras. E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes. (Porque lhe dizia: sai deste homem, Espírito imundo.) E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos  muitos. E rogava-lhe muito que não os enviasse para fora daquela província. E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil) e afogou-se no mar. E os que apascentavam os porcos fugiram e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido. E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram (Mc 5: 1-15). 

"Esta passagem evangélica, além de ilustrar o processo obsessivo por subjugação, demonstra que um mesmo obsidiado pode ser dominado por vários Espíritos. Nesta situação, a criatura não é mais dona da própria vontade, ficando à mercê das imposições dos perseguidores espirituais. A mente do encarnado, nestas condições, vive mergulhada em graves perturbações, tendo as energias físicas espoliadas, ao longo do tempo, pelo vampirismo degradante dos subjugadores, tão desarmonizados quanto ele próprio. O obsidiado, comumente classificado como portador de loucura, vive imensos suplícios, totalmente alienado. Somente o Cristo para libertar o «[...] pobre gadareno, tão intimamente manobrado por entidades cruéis, e que mais se assemelhava a um animal feroz, refugiado nos sepulcros.» 

É necessário interpretar corretamente estes versículos de Marcos, não os analisando de forma literal: “E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles Espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil) e afogou-se no mar.” Obviamente, nos parece fora de propósito supor que o Cristo iria permitir a morte dos animais. Ele jamais eliminaria um mal com outro mal. Uma possibilidade é que, existindo de fato uma vara de porcos no local, os obsessores ficaram tão enraivecidos porque Jesus libertou o ser que eles subjugavam, que direcionaram a sua fúria contra os irracionais, tal como acontece com pessoas iradas que quebram objetos, esmurram paredes ou móveis e maltratam animais que cruzam o seu caminho, quando se encontram ensandecidos pela raiva. Allan Kardec nos fornece estas explicações:  

O fato de serem alguns maus Espíritos mandados meter-se em corpos de porcos é o que pode haver de menos provável. Aliás, seria difícil explicar a existência de tão numeroso rebanho de porcos num país onde esse animal era tido em horror e nenhuma utilidade oferecia para a alimentação. Um Espírito, porque mau, não deixa de ser um Espírito humano, embora tão imperfeito que continue a fazer mal, depois de desencarnar, como o fazia antes, e é contra todas as leis da Natureza que lhe seja possível fazer morada no corpo de um animal. No fato, pois, a que nos referimos, temos que reconhecer a existência de uma dessas ampliações tão comuns nos tempos de ignorância e de superstição; ou, então, será uma alegoria destinada a caracterizar os pendores imundos de certos Espíritos. 

Como fechamento deste estudo inserimos estes sábios esclarecimentos de Emmanuel: Que a obsessão é moléstia da alma, não há negar. A criatura desvalida de conhecimento superior rende-se, inerme, à influência aviltante, como a planta sem defesa se deixa invadir pela praga destruidora, e surgem os dolorosos enigmas orgânicos que, muitas vezes, culminam com a morte. Dispomos, contudo, na Doutrina Espírita, à luz dos ensinamentos do Cristo, de verdadeira ciência curativa da alma, com recursos próprios à solução de cada processo morboso da mente, removendo o obsessor do obsidiado, como o agente químico ou a intervenção operatória suprimem a enfermidade no enfermo, desde que os interessados se submetam aos impositivos do tratamento. Se conduzes o problema da obsessão com lucidez bastante para compreender as próprias necessidades, não desconheces que a renovação da companhia espiritual inferior, a que te ajustas, depende de tua própria renovação. Ouvirás preleções nobres, situando-te os rumos. Recolherás, daqui e dali, conselhos justos e precisos. Encontrarás, em suma, nos princípios espíritas, apontamento certo e exata orientação. Entretanto, como no caso da receita formulada por médico abnegado e culto, em teu favor, a lição do Evangelho consola e esclarece, encoraja e honra aqueles que a recebem, mas, se não for usada, não adianta." -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos






540. Os Espíritos que exercem ação nos fenômenos da Natureza operam com conhecimento de causa, usando do livre-arbítrio, ou por efeito de instintivo ou irrefletido impulso? 

“Uns sim, outros não. Estabeleçamos uma comparação. Considera essas miríades de animais que, pouco a pouco, fazem emergir do mar ilhas e arquipélagos. Julgas que não há aí um fim providencial e que essa transformação da superfície do globo não seja necessária à harmonia geral? Entretanto, são animais de ínfima ordem que executam essas obras, provendo às suas necessidades e sem suspeitarem de que são instrumentos de Deus. Pois bem, do mesmo modo, os Espíritos mais atrasados oferecem utilidade ao conjunto. Enquanto se ensaiam para a vida, antes que tenham plena consciência de seus atos e estejam no gozo pleno do livre-arbítrio, atuam em certos fenômenos, de que inconscientemente se constituem os agentes. Primeiramente, executam. Mais tarde, quando suas inteligências já houverem alcançado um certo desenvolvimento, ordenarão e dirigirão as coisas do mundo material. Depois, poderão dirigir as do mundo moral. É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo. Admirável lei de harmonia, que o vosso acanhado espírito ainda não pode apreender em seu conjunto!”




Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Ó geração incrédula e perversa!


“Enquanto  se  diz:  Hoje,  se  ouvirdes  a  sua  voz,  não  endureçais os vossos corações.”  - Paulo - ( Hebreus, 3:15 )




Amados irmãos, bom dia!
"Aqui, todavia, nos referimos à criatura medianamente esclarecida. Todos os pequenos maus hábitos, aparentemente inexpressivos, devem ser  muito bem extirpados pelos seus portadores que, desde a Terra, já disponham de algum conhecimento da vida espiritual, porque um dos maiores tormentos para a alma desencarnada, de algum modo instruída sobre os caminhos que se desdobram além da morte, é sentir, nos círculos de matéria sublimada, flores e trevas, luz e lama dentro de si mesma." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )- 








E eis que um homem da multidão clamou, dizendo, Mestre, peço-te que olhes para meu filho, porque é o único que eu tenho. Eis que um Espírito o toma, e de repente clama, e o despedaça até espumar; e só o larga depois de o ter quebrantado. E roguei aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei? Traze-me cá o teu filho. E, quando vinha chegando, o demônio o derribou e convulsionou; porém Jesus repreendeu o Espírito imundo, e curou o menino, e o entregou a seu pai (Lc 9: 38-42). 

"Este texto evangélico evidencia um processo obsessivo mais grave, do tipo subjugação. O enfermo é portador de uma afecção mental, semelhante à epilepsia, em razão do domínio do Espírito, que o subjuga e o atormenta. Este caso, também narrado por Mateus e Marcos, é peculiar porque os discípulos de Jesus não conseguiram curar o enfermo, libertando-o do obsessor. Indagado a respeito, Jesus faz duas colocações de suma importância, relatadas por um ou outro evangelista: 

a) os discípulos não curaram o epilético, subjugado por um Espírito malévolo, “por causa da pouca fé” (Mt 17:20); 

b) neste tipo de obsessão, o Espírito perseguidor só é afastado “por oração e jejum” (Mt 17:21 e Mc 9:29). 

Os Espíritos endurecidos são perseguidores implacáveis, vingadores que não se compadecem de suas vítimas, daí não serem convencidos com facilidade. O trato com eles exige paciência e perseverança, uma vez que o senso moral lhes é reduzido. Em geral, «[...] não atendem às exortações, não aceitam conselhos, não obedecem a razões e não há sentimento, por mais generoso que seja que os comova.» 

As subjugações espirituais vinculam-se a ações passadas, desta ou de outras existências, cuja mágoa e ódio mantêm ligados obsessor e obsidiado. Quase sempre a obsessão exprime vingança tomada por um Espírito e cuja origem frequentemente se encontra nas relações que o obsidiado manteve com o obsessor, em precedente existência. Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. É daquele fluido que importa desembaraçá-lo. Ora, um fluido mau não pode ser eliminado por outro igualmente mau. Por meio de ação idêntica à do médium curador, nos casos de enfermidade, preciso se faz expelir um fluido mau com o auxílio de um fluido melhor. Nem sempre, porém, basta esta ação mecânica; cumpre, sobretudo, atuar sobre o ser inteligente, ao qual é preciso se possua o direito de falar com autoridade, que, entretanto, falece a quem não tenha superioridade moral. Quanto maior esta for, tanto maior também será aquela. Mas, ainda não é tudo: para assegurar a libertação da vítima, indispensável se torna que o Espírito perverso seja levado a renunciar aos seus maus desígnios [...]." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






539. A produção de certos fenômenos, das tempestades, por exemplo, é obra de um só Espírito, ou muitos se reúnem, formando grandes massas, para produzi-los? 

“Reúnem-se em massas inumeráveis.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 23 de julho de 2017

Nunca tal se viu em Israel


“Mas quem não possui o espírito do Cristo, esse tal não é dele.”  - Paulo - ( Romanos, 8:9 )




Amados irmãos, bom dia!
"Ninguém se iluda, porém, com as aparências exteriores. Se o governante, o legislador, o juiz, o administrador, o escritor, o poeta, o  pintor, o escultor, o revolucionário e o mendigo não revelam na individualidade traços marcantes e vivos do  Mestre, demonstrando possuir-­lhe o espírito, em verdade, ainda não são d’Ele. Parecem, mas não são." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )- 








E, havendo-se eles retirado, trouxeram-lhe um homem mudo e endemoninhado. E, expulso o demônio, falou o mudo; e a multidão se maravilhou,dizendo: Nunca tal se viu em Israel (Mt 9: 32-33). Trouxeram-lhe, então um endemoninhado cego e mudo; e de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via (Mt, 12: 22). 

"Estes dois registros de Mateus põem em evidência um processo obsessivo que produz mudez e cegueira, isto é, lesando de forma mais intensa o organismo. Afastado «[...] o hóspede estranho pela bondade do Senhor, o enfermo foi imediatamente reconduzido à fala. Temos aí a obsessão complexa, atingindo alma e corpo.» 

Ambas as obsessões podem ser categorizadas como fascinação. Em geral, desconhecemos as motivações que fazem um Espírito atuar sobre um ou outro órgão do corpo físico do obsidiado. É possível que tal instrumento orgânico apresente alguma fragilidade na sua constituição, sendo mais acessível às influências, pois na «[...] obsessão, o Espírito atua exteriormente, com a ajuda do seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado, ficando este afinal enlaçado por uma como teia e constrangido a proceder contra a sua vontade.» 

O homem, na estruturação fisiopsíquica, é uma grande bateria criando e acumulando cargas elétricas, com que influencia e é influenciado. Todo sentimento é energia estática. Todo pensamento é criação dinâmica. Toda ação é arremesso, com todos os seus efeitos. Cada individualidade, assim, conforme os sentimentos que nutre na estrutura espiritual e segundo os pensamentos que entretém na mente, atrai ou repele, constrói ou destrói, através das forças que emite nas obras, nas palavras, nas atitudes, com que se evidencia pela instrumentação mental que lhe é própria." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






538. Formam categoria especial no mundo espírita os Espíritos que presidem aos fenômenos da Natureza? Serão seres à parte, ou Espíritos que foram encarnados como nós? 

“Que foram ou que o serão.” 

a) — Pertencem esses Espíritos às ordens superiores ou às inferiores da hierarquia espírita? 

“Isso é conforme seja mais ou menos material, mais ou menos inteligente o papel que desempenhem. Uns mandam, outros executam. Os que executam coisas materiais são sempre de ordem inferior, assim entre os Espíritos, como entre os homens.”




Que a graça e a paz sejam conosco!