segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Transmissão do magnetismo humano-espiritual


"E toda a multidão procurava tocar-lhe, porque saia dele uma virtude que os curava a todos." -( Lucas, 6: 19 )-



Amados irmãos, bom dia!
Começaremos hoje uma reflexão sobre as aplicações do magnetismo humano. Sabemos que recebemos esse dom do nosso Pai celeste e precisamos compreendê-lo bem, a fim de que o possamos usar para o bem de todos.










“São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes, de acordo com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado, como no magnetismo ordinário; doutras vezes é rápida, como uma corrente elétrica. Há pessoas dotadas de tal poder, que operam curas instantâneas nalguns doentes, por meio apenas da imposição das mãos, ou, até, exclusivamente por ato da vontade. Entre os dois pólos extremos dessa faculdade, há infinitos matizes. Todas as curas desse gênero são variedades do magnetismo e só diferem pela intensidade e pela rapidez da ação. O princípio é sempre o mesmo: o fluido, a desempenhar o papel de agente terapêutico e cujo efeito se acha subordinado à sua qualidade e a circunstâncias especiais.

A ação magnética pode produzir-se de muitas maneiras:

1.º pelo próprio fluido do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo humano, cuja ação se acha adstrita à força e, sobretudo, à qualidade do fluido;

2.º pelo fluido dos Espíritos, atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está na razão direta das qualidades do Espírito;


3.º pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veículo para esse derramamento. É o magnetismo misto, semi-espiritual, ou, se o preferirem, humano-espiritual. Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece. Em tais circunstâncias, o concurso dos Espíritos é amiúde espontâneo, porém, as mais das vezes, provocado por um apelo do magnetizador.” -( FEB )-



Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 29 de novembro de 2015

Magnetizador e médium curador


"Que diremos pois à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" -( Paulo aos Romanos, 8: 31 )-



Amados irmãos, bom dia!
"Se Deus é por nós, quem será contra nós?" Temos essa certeza que nos conduz e nos reanima a cada novo dia para a nossa caminhada em busca da reforma íntima que nos traz a verdadeira vida.










“Magnetizador é uma pessoa que, manipulando o fluido magnético, produz efeitos mais ou menos patentes. Em geral, o magnetizador, propriamente dito, é considerado sinônimo de médium curador, porque ambos são pessoas capazes de veicular fluidos vitais. Entretanto há diferenças fundamentais, entre um e outro, segundo a concepção espírita. Pelo fato de um fluido ser bastante abundante e enérgico para produzir efeitos instantâneos de sono, de catalepsia, de atração ou de repulsão, não se segue absolutamente que tenha as necessárias qualidades para curar; é a força que derruba, e não o bálsamo que suaviza e restaura; assim, há Espíritos desencarnados de ordem inferior, cujo fluido pode mesmo ser maléfico, o que os espíritas a todo instante têm ocasião de constatar. Só nos Espíritos superiores o fluido perispiritual está despojado de todas as impurezas da matéria; está, de certo modo, quintessenciado; por conseguinte, sua ação deve ser mais salutar e mais imediata; é o fluido benfazejo por excelência. Visto que não pode ser encontrado entre os encarnados, nem entre os desencarnados vulgares, faz-se mister pedi-lo aos Espíritos elevados, como se vai procurar nas regiões distantes os remédios que não encontramos em nossa terra. O médium curador pouco emite de seu próprio fluido; sente a corrente do fluido estranho que o penetra e ao qual serve de “conduto”; é esse fluido que magnetiza, e aí caracteriza o magnetismo espiritual e o distingue do magnetismo animal: um vem do homem; o outro, dos Espíritos.

Entre o magnetizador e o médium curador há, pois, esta diferença capital: o primeiro magnetiza com o seu próprio fluido, e o segundo com o fluido depurado dos Espíritos; donde se segue que estes últimos dão o seu concurso a quem querem e quando querem; que podem recusá-lo e, por conseguinte, tirar a faculdade daquele que dela abusasse ou a desviasse de seu fim humanitário e caritativo, para dela fazer comércio. Quando Jesus disse aos apóstolos: “Ide! Expulsai os demônios, curai os enfermos”, acrescentou: “Dai de graça o que de graça recebestes”. Existindo no homem em diferentes graus de desenvolvimento, em todas as épocas, a vontade tem servido tanto para curar quanto para aliviar. É lamentável sermos obrigados a constatar que, também, foi fonte de muitos males, mas é uma das consequências do abuso que, muitas vezes, o ser faz do livre-arbítrio. Os médiuns curadores possuem um gênero de mediunidade que [...] consiste, principalmente no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. [...] Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí importante papel; porém, quem examina cuidadosamente o fenômeno, sem dificuldade reconhece que há mais alguma coisa. A magnetização ordinária é um verdadeiro tratamento seguido, regular e metódico; no caso que apreciamos, as coisas se passam de modo inteiramente diverso. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que é o que constitui a mediunidade, se faz manifesta, em certas circunstâncias, sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com razão, ser qualificadas de médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira evocação.” -( FEB )-



Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 28 de novembro de 2015

Fluido magnético


"Sacrifícios e ofertas, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram." -( Paulo aos Hebreus, 10: 8 )-



Amados irmãos, bom dia!
O Senhor deseja que caminhemos em retidão e que não  nos entreguemos aos sacrifícios inúteis, tentando barganhar com ele.
Que nossa reforma íntima seja por nós mesmos, buscando nossa evolução na certeza da vida real que nos é proposta.








“O fluido magnético pode ser considerado sinônimo de fluido vital, ou, no mínimo, efeito deste. Para uns, o princípio vital é uma propriedade da matéria, um efeito que se produz achando-se a matéria em dadas circunstâncias. Segundo outros, e esta é a idéia mais comum, ele reside em um fluido especial, universalmente espalhado e do qual cada ser absorve e assimila uma parcela durante a vida, tal como os corpos inertes absorvem a luz. Esse seria então o fluido vital que, na opinião de alguns, em nada difere do fluido elétrico animalizado, ao qual também se dão os nomes de fluido magnético, fluido nervoso, etc.

O fluido magnético de uma pessoa pode envolver outra, influenciando-a. Atua também sobre as células do organismo – particularmente as sangüíneas e os histocitárias [localizados nos tecidos] – determinando-lhes o nível satisfatório, a migração ou a extrema mobilidade, a fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros recursos combativos e imunológicos, na defesa contra as invasões bacterianas e na redução ou extinção de processos patogênicos, por intermédio de ordens automáticas da consciência profunda [Espírito].

O fluido magnético [...], condensado no perispírito, pode fornecer princípios reparadores ao corpo; o Espírito, encarnado ou desencarnado, é o agente propulsor que infiltra num corpo deteriorado uma parte da substância do seu envoltório fluídico. Dessa forma, a energia magnética transmitida por alguém atua no perispírito do beneficiário e, daí, chega ao corpo físico. Os princípios reparadores penetram o perispírito e o corpo físico, passando por vias específicas que o Espírito André Luiz denomina “centros de força”.


O nosso perispírito possui sete principais centros de força principais, que se conjugam nas ramificações dos plexos do sistema nervoso: coronário, cerebral, laríngeo, cardíaco, esplênico, gástrico e genésico. O fluido magnético [...] age de certo modo como agente químico, modificando o estado molecular dos corpos; nada há, pois, de admirável que possa modificar o estado de certos órgãos; mas igualmente se compreende que sua ação, mais ou menos salutar, deve depender de sua qualidade; daí as expressões “bom ou mau fluido; fluido agradável ou penoso”. Na ação magnética propriamente dita, é o fluido pessoal do magnetizador que é transmitido, e esse fluido, que não é senão o perispírito, sabe-se que participa sempre, mais ou menos, das qualidades materiais do corpo, ao mesmo tempo que sofre influência moral do Espírito. É, pois, impossível que o fluido próprio do encarnado seja uma pureza absoluta, razão por que sua ação curativa é lenta, por vezes nula, por vezes nociva, porque pode transmitir ao doente princípios mórbidos.” -( FEB )-



Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Magnetismo: Conceito e Aplicação


"Porque todos devemos comparecer ante o tribunal do Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito, estando no corpo, o bem ou o mal." -( II Paulo aos Coríntios, 5: 10 )-



Amados irmãos, bom dia!
Hoje começaremos a estudar um fenômeno maravilhoso que, não só nos garante o funcionamento físico, como também o é na geração de energia entre outras atribuições. Trata-se do magnetismo. Que os bons Espíritos nos auxiliem na compreensão e no uso racional desse bem.






Magnetismo


“Trata-se de uma propriedade da matéria, presente em algumas substâncias. O nome “magnetismo” vem de Magnésia, cidade da Ásia Menor (atual Turquia), onde existia um minério chamado magnetite, conhecido como pedra-ímã ou pedra magnética, e que possuía a propriedade de atrair objetos ferrosos. O magnetismo, conhecido pelos chineses desde a Antiguidade, era por eles aplicado nas bússolas que usavam em seus deslocamentos, já que as agulhas magnéticas sempre se orientam no sentido do eixo terrestre Norte-Sul Magnético, que é próximo do eixo terrestre Norte-Sul-Geográfico.

Possuímos, na Terra, as chamadas substâncias magnéticas naturais e ainda aquelas que podem adquirir semelhantes qualidades artificialmente, como sejam mais destacadamente o ferro, o aço, o cobalto, o níquel e as ligas que lhes dizem respeito, merecendo especial menção o ferro doce, que mantém a imanização apenas no curso de tempo em que se acha submetido à ação magnetizante, e o aço temperado, que se demora imanizado por mais tempo, depois de cessada a ação referida, em vista de reter a imanização remanente.

O Espiritismo nos esclarece que o magnetismo é um fluido, ou energia radiante, originário do fluido cósmico universal. Sob forma de princípio vital, o fluido magnético é também chamado de fluido elétrico, animalizado ou fluido nervoso. Na verdade, o fluido vital, magnético ou animalizado, é um fluido intermediário existente entre o Espírito, propriamente dito, e a matéria. Sobre o magnetismo, nos esclarece o Espírito Emmanuel: O magnetismo é um fenômeno da vida, por constituir manifestação natural em todos os seres. Se a ciência do mundo já atingiu o campo de equações notáveis nas experiências relativas ao assunto, provando a generalidade e a delicadeza dos fenômenos magnéticos, deveis compreender que as exteriorizações dessa natureza, nas relações entre os dois mundos, são sempre mais elevadas e sutis, em virtude de serem, aí, uma expressão de vida superior.


O magnetismo se expressa de diferentes formas: há o fluido animal, o espiritual, o vegetal, o mineral, etc. Sendo assim, no Codificador do Espiritismo: A vontade desenvolve o fluido, seja animal, seja espiritual, porque, como sabeis agora, há vários gêneros de magnetismo, em cujo número estão o magnetismo animal e o magnetismo espiritual que, conforme a ocorrência, pode pedir apoio ao primeiro. Um outro gênero de magnetismo, muito mais poderoso ainda, é a prece que uma alma pura e desinteressada dirige a Deus.” -( FEB )-



Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Características das criações fluídicas


"Mas ajuntai para vós tesouros o céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não penetram nem roubam." Jesus -( São Mateus, 6: 20 )-



Amados irmãos, bom dia!
A mensagem acima vem nos alertar sobre onde estamos colocando nossos valores. Que os bons Espíritos nos auxiliem para que não desviemos, jamais, do reto proceder.








"Idéias, elaboradas com atenção, geram formas, tocadas de movimento, som e cor, perfeitamente perceptíveis por todos aqueles que se encontrem sintonizados na onda em que se expressam.  Ainda mais; criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico como num espelho, ou, então, como essas imagens de objetos terrestres que se refletem nos vapores do ar, tomando aí um corpo e, de certo modo, fotografando-se. Se um homem, por exemplo, tiver a idéia de matar alguém, embora seu corpo material se conserve impassível, seu corpo fluídico é acionado por essa idéia e a reproduz com todos os matizes. Ele executa fluidicamente o gesto, o ato que o indivíduo premeditou. Seu pensamento cria a imagem da vítima e a cena inteira se desenha, como num quadro, tal qual lhe está na mente. A força mental, responsável pelas criações fluídicas humanas, [...] não é patrimônio de privilegiados. É propriedade vulgar de todas as criaturas, mas entendem-na e utilizam-na somente aqueles que a exercitam através de acuradas meditações. [...] No fundo, é a energia plástica da mente que a acumula em si mesma, tomando-a ao fluido universal em que todas as correntes da vida se banham e se refazem, nos mais diversos reinos da natureza, dentro do Universo. Cada ser vivo é um transformador dessa força, segundo o potencial receptivo e irradiante que lhe diz respeito.

É assim que os mais secretos movimentos da alma repercutem no invólucro fluídico. É assim que uma alma pode ler noutra alma como num livro e ver o que não é perceptível aos olhos corporais. Estes veem as impressões interiores que se refletem nos traços fisionômicos: a cólera, a alegria, a tristeza; a alma, porém, vê nos traços da alma os pensamentos que não se exteriorizam.  

A teoria das criações fluídicas, ou da ‘‘fotografia do pensamento’’, está também relacionada às visões fantásticas, simbólicas que aparecem nos sonhos ou que são relatadas por certos videntes.  Os Espíritos manipulam os fluidos por intermédio do pensamento e da vontade. Formam aglomerações, conjuntos e diferentes edificações nas localidades onde vivem. Mudam-lhes as [...] propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.  Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de um pensamento inconsciente. [...] É assim, por exemplo, que um Espírito se faz visível a um encarnado que possua a vista psíquica, sob as aparências que tinha quando vivo na época em que o segundo o conheceu, embora haja ele tido, depois dessa época, muitas encarnações. Apresenta-se com o vestuário, os sinais exteriores – enfermidades, cicatrizes, membros amputados, etc. – que tinha então. [...] Se, pois, de uma vez ele foi negro e branco de outra, apresentar-se-á como branco ou negro, conforme a encarnação a que se refira a sua evocação e à que se transporte o seu pensamento.

Por análogo efeito, o pensamento do Espírito cria fluidicamente os objetos que ele esteja habituado a usar. Um avarento manuseará ouro, um militar trará suas armas e seu uniforme, um fumante o seu cachimbo, um lavrador a sua charrua e seus bois, uma mulher velha a sua roca [ou outro objeto]. Para o Espírito, que é, também ele, fluídico, esses objetos fluídicos são tão reais, como o eram, no estado material, para o homem vivo [encarnado]; mas, pela razão de serem criações do pensamento, a existência deles é tão fugitiva quanto a deste.  

Dessa forma, emitindo [...] uma idéia, passamos a refletir as que se lhe assemelham, idéia essa que para logo se corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustentá-la, mantendo-nos, assim, espontaneamente em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir. É nessa projeção de forças, a determinarem o compulsório intercâmbio com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas, que se nos movimenta o Espírito no mundo das formas-pensamento, construções substanciais na esfera da alma, que nos liberam o passo ou no-lo escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossa escolha. As formas-pensamento são facilmente percebidas pelos desencarnados, mesmo em se tratando de Espírito moralmente inferior, que as utiliza nos processos obsessivos. As ações desses Espíritos nos atingem, visto que eles não têm qualquer dificuldade em reconhecer o teor dos nossos pensamentos: [...] todos possuímos, além dos desejos imediatistas comuns, em qualquer fase da vida, um “desejo central” ou “tema básico” dos interesses mais íntimos. Por isso, além dos pensamentos vulgares que nos aprisionam à experiência rotineira, emitimos com mais frequência os pensamentos que nascem do “desejo-central” que nos caracteriza, pensamentos estes que passam a constituir o reflexo dominante de nossa personalidade. Desse modo, é fácil conhecer a natureza de qualquer pessoa, em qualquer plano, através das ocupações e posições em que prefira viver. Assim é que a crueldade é o reflexo do criminoso, a cobiça é o reflexo do usurário, a maledicência é o reflexo do caluniador, o escárnio é o reflexo do ironista e a irritação é o reflexo do desequilibrado, tanto quanto a elevação moral é o reflexo do santo...


No caso das obsessões, afirma um terrível obsessor: Conhecido o reflexo da criatura que nos propomos retificar ou punir é , assim, muito fácil superalimentá-la com excitações constantes, robustecendo-lhe os impulsos e os quadros já existentes na imaginação e criando outros que se lhes superponham, nutrindo-lhe, dessa forma, a fixação mental. [...] Através de semelhantes processos, criamos e mantemos facilmente o “delírio psíquico” ou a “obsessão”, que não passa de um estado anormal da mente, subjugada pelo excesso de suas próprias criações a pressionarem o campo sensorial, infinitamente acrescidas de influência direta ou indireta de outras mentes desencarnadas ou não, atraídas por seu próprio reflexo." -( FEB )-


Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Criações fluídicas


"Que diremos pois à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" -( São Paulo aos Romanos, 8: 31 )-



Amados irmãos, bom dia!
Muitas vezes nosso maior inimigo somos nós mesmos. Através do nosso pensamento e das influências que nos são enviadas, construímos nosso próprio infortúnio. Que nos mantenhamos ligados às vibrações positivas, aos bons Espíritos, aos ensinamentos do nosso mestre Jesus, a fim de que não sejamos nossos próprios algozes.






O pensamento e as criações fluídicas

“As criações fluídicas nascem do pensamento, entendido como [...] força criadora de nossa própria alma e, por isto mesmo, é a continuação de nós mesmos. Através dele, atuamos no meio em que vivemos e agimos, estabelecendo o padrão de nossa influência, no bem ou no mal. Significa também dizer [...] que as nossas idéias exteriorizadas criam imagens, tão vivas quanto desejamos [...].

O pensamento é elaborado e produzido pela mente espiritual. A mente é [...] o espelho da vida em toda parte. [...] Nos seres primitivos, aparece sob a ganga do instinto, nas almas humanas surge entre as ilusões que salteiam a inteligência, e revela-se nos Espíritos Aperfeiçoados por brilhante precioso a retratar a Glória Divina. Estudando-a de nossa posição espiritual, confinados que nos achamos entre a animalidade e angelitude, somos impelidos a interpretá-la como sendo o campo de nossa consciência desperta, na faixa evolutiva em que o conhecimento adquirido nos permite operar. Definindo-a por espelho da vida, reconhecemos que o coração lhe é a face e que o cérebro é o centro de suas ondulações, gerando a força do pensamento que tudo move, criando e transformando, destruindo e refazendo para acrisolar e sublimar.

Mantemos, assim, permanente contato com outras mentes, influenciando e sendo influenciados, pois ninguém [...] pode ultrapassar de improviso os recursos da própria mente, muito além do círculo de trabalho em que estagia; contudo, assinalamos, todos nós, os reflexos uns dos outros, dentro da nossa relativa capacidade de assimilação. Ninguém permanece fora do movimento de permuta incessante. Respiramos no mundo das imagens que projetamos e recebemos. Por elas, estacionamos sob a fascinação dos elementos que provisoriamente nos escravizam e, através delas, incorporamos o influxo renovador dos poderes que nos induzem à purificação e ao progresso.

O pensamento, ou fluxo energético mental, manifesta-se sob a forma de ondas [...], desde os raios super-ultra-curtos, em que se exprimem as legiões angélicas, através de processos ainda inacessíveis à nossa observação, passando pelas oscilações curtas, médias e longas em que se exterioriza a mente humana, até às ondas fragmentárias dos animais, cuja vida psíquica, ainda em germe, somente arroja de si determinados pensamentos ou raios descontínuos. Como alicerce vivo de todas as realizações nos planos físico e extrafísico, encontramos o pensamento por agente essencial. Entretanto, ele ainda é matéria, – a matéria mental, em que as leis de formação das cargas magnéticas ou dos sistemas atômicos prevalecem sob novo sentido, compondo o maravilhoso mar de energia sutil em que todos nos achamos submersos e no qual surpreendemos elementos que transcendem o sistema periódico dos elementos químicos conhecidos no mundo.


Importa considerar que, independentemente do plano de vida no qual nos situemos [...], o nosso pensamento cria a vida que procuramos, através do reflexo de nós mesmos, até que nos identifiquemos, um dia, no curso dos milênios, com a Sabedoria Infinita e com o Infinito Amor, que constituem o Pensamento e a Vida de Nosso Pai. Um pensamento superior, fortemente pensado, permita-se-nos a expressão, pode, pois, conforme a sua força e a sua elevação, tocar de perto ou de longe homens que nenhuma idéia fazem da maneira por que ele lhes chega, do mesmo modo que muitas vezes aquele que o emite não faz idéia do efeito produzido pela sua emissão. É esse um jogo constante das inteligências humanas e da ação recíproca de umas sobre as outras. Juntai-lhe a das inteligências dos desencarnados e imaginai, se o conseguirdes, o poder incalculável dessa força composta de tantas forças reunidas. Se se pudesse suspeitar do imenso mecanismo que o pensamento aciona e dos efeitos que ele produz de um indivíduo a outro, de um grupo de seres a outro grupo e, afinal, da ação universal dos pensamentos das criaturas umas sobre as outras, o homem ficaria assombrado! Sentir-se-ia aniquilado diante dessa infinidade de pormenores, diante dessas inúmeras redes ligadas entre si por uma potente vontade e atuando harmonicamente para alcançar um único objetivo: o progresso universal.” -( FEB )- 



Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Funções do perispírito


"E caindo em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai tem abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!" -( Lucas, 15: 17 )-



Amados irmãos, bom dia!
Quantas vezes deixamos de observar os dons que recebemos, habilitações que nos foram dadas pelo Criador e nos tornamos filhos pródigos da preguiça e da omissão. Que os bons Espíritos nos auxiliem a colocar em prática os dons que recebemos.








“Durante a encarnação, o Espírito conserva o seu perispírito, sendo-lhe o corpo apenas um segundo envoltório mais grosseiro, mais resistente, apropriado aos fenômenos a que tem de prestar-se e do qual o Espírito se despoja por ocasião da morte. O perispírito serve de intermediário ao Espírito e ao corpo. É o órgão de transmissão de todas as sensações. Relativamente às que vêm do exterior, pode-se dizer que o corpo recebe a impressão; o perispírito a transmite e o Espírito, que é o ser sensível e inteligente, a recebe. Quando o ato é de iniciativa do Espírito, pode dizer-se que o Espírito quer, o perispírito transmite e o corpo executa. Temos, desse modo, algumas funções básicas do perispírito, tais como:

Função Instrumental.

Como se [...] depreende de seu próprio conceito, a função primordial do perispírito é servir de instrumento à alma, em sua interação com os mundos espiritual e físico. Projeção energética da alma, aglutina em si a energia cósmica matriz, consolidando, já, uma estrutura de natureza física, que, a refletir, sempre, a fonte, serve como seu elemento de ligação com o meio que o cerca, de modo que não só possa nele agir, influenciando, como também, dele receber influência, em regime de trocas e aproveitamentos, em sua gloriosa caminhada evolutiva.

Função Individualizadora.

O perispírito serve à [...] sua individualização e identificação. A alma é única e diferenciada, e o perispírito, como seu envoltório perene, mostra-a, refletindo-a, assegurando-lhe a identidade exclusiva. [...]Essa identidade, que diz de suas qualidades positivas e negativas, transmite-se, quando em estado de encarnação, ao corpo físico, que, entretanto, nem sempre a reflete inteiramente.

Função Organizadora.

Esta função não se refere apenas à forma, aos aspectos anatômicos ou às peculiaridades [...] fisionômicas do ser em gestação, mas, principalmente, com os diversos sistemas de sustentação psicofiológicas que regerão sua vida. Ensina Emmanuel que, na [...] câmara uterina, o reflexo dominante de nossa individualidade impressiona a chapa fetal ou o conjunto de princípios germinativos que nos forjam os alicerces do novo instrumento físico, selando-nos a destinação para as tarefas que somos chamados a executar no mundo, em certa quota de tempo.



Função Sustentadora.

Garante vitalidade ao corpo físico, sustentando-o desde a sua formação até o completo crescimento, durante todo o tempo programado para a sua encarnação. Essa ação, durante a programação de cada indivíduo, garante e conserva a integridade do corpo físico, como explica Léon Denis: insensível [...] às causas de desagregação e destruição que afetam o corpo físico, o perispírito assegura a estabilidade da vida em meio da contínua renovação das células. Sendo um dos elementos constitutivos do homem, o perispírito desempenha importante papel em todos os fenômenos psicológicos e, até certo ponto, nos fenômenos fisiológicos e patológicos. Quando as ciências médicas tiverem na devida conta o elemento espiritual na economia do ser, terão dado grande passo e horizontes inteiramente novos se lhes patentearão. As causas de muitas moléstias serão a esse tempo descobertas e encontrados poderosos meios de combatê-las.

Concluímos, assim, que o [...]nosso estado psíquico é obra nossa. O grau de percepção, de compreensão, que possuímos, é fruto de nossos esforços prolongados. [...] O nosso invólucro fluídico, sutil ou grosseiro, radiante ou obscuro, representa o nosso valor exato e a soma de nossas aquisições. Assim cria o homem para si mesmo o bem ou o mal, a alegria ou o sofrimento. [...] Em si mesmo está gravada sua obra, visível para todos no Além. É por esse admirável mecanismo das coisas, simples e grandioso ao mesmo tempo, que se executa, nos seres e no mundo, a lei de causalidade ou de consequência dos atos [lei de causa e efeito], que outra não é senão o cumprimento da justiça”. -( FEB )-



Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Propriedades do perispírito


"Tú és o Deus que faz maravilhas; fizestes conhecer a tua força entre os povos". - ( Salmos 77:14 ) -



Amados irmãos. bom dia!
Agradeçamos a Deus o dia de hoje, a oportunidade desta encarnação, não nos preocupemos, pois Ele tudo providenciará de acordo com o nosso merecimento.
Muita luz!







Os Espíritos, como já foi dito, têm um corpo fluídico, a que se dá o nome de perispírito. Sua substância é haurida do fluido universal ou cósmico, que o forma e alimenta, como o ar forma e alimenta o corpo material do homem. O perispírito é mais ou menos etéreo, conforme os mundos e o grau de depuração do Espírito. Nos mundos e nos Espíritos inferiores, ele é de natureza mais grosseira e se aproxima muito da matéria bruta.

A camada de fluidos espirituais que cerca a Terra se pode comparar às camadas inferiores da atmosfera, mais pesadas, mais compactas, menos puras, do que as camadas superiores. Não são homogêneos esses fluidos; são uma mistura de moléculas de diversas qualidades, entre as quais necessariamente se encontram as moléculas elementares que lhes formam a base, porém mais ou menos alteradas. Os efeitos que esses fluidos produzem estarão na razão da soma das partes puras que eles encerram. [...] Os Espíritos chamados a viver naquele meio tiram dele seus perispíritos; porém, conforme seja mais ou menos depurado o Espírito, seu perispírito se formará das partes mais puras ou das mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo onde ele encarna. O Espírito produz aí, sempre por comparação e não por assimilação, o efeito de um reativo químico que atrai a si as moléculas que a sua natureza pode assimilar. Resulta disso este fato capital: a constituição íntima do  perispírito não é idêntica em todos os Espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espaço que a circunda. O mesmo já não se dá com o corpo carnal, que, como foi demonstrado, se forma dos mesmos elementos, qualquer que seja a superioridade ou a inferioridade do Espírito. Por isso, em todos, são os mesmos os efeitos que o corpo produz, semelhantes as necessidades, ao passo que diferem em tudo o que respeita ao perispírito.

Em estudos sobre as qualidades inerentes ao perispírito, autores encarnados e desencarnados identificaram, entre outras, as seguintes propriedades: plasticidade, densidade, ponderabilidade, luminosidade, penetrabilidade, visibilidade, tangibilidade, sensibilidade, expansibilidade, unicidade, mutabilidade. Ÿ 

PLASTICIDADE:  é a capacidade que o Espírito tem de produzir alterações morfológicas no seu perispírito. Emmanuel nos fala que esta é [...] a razão de encontrarmos, em grande número, compactas falanges de entidades libertas dos laços fisiológicos, operando nos círculos da perturbação e da crueldade, com admiráveis recursos de modificação nos aspectos em que se exprimem.Ÿ 

DENSIDADE: é a propriedade que determina a constituição molecular do perispírito. Varia [...] de acordo com o estado dos mundos. Parece que também varia, em um mesmo mundo, de indivíduo para indivíduo. Nos Espíritos moralmente adiantados, é mais sutil e se aproxima da dos Espíritos elevados; nos Espíritos inferiores, ao contrário, aproxima-se da matéria e é o que faz que os Espíritos de baixa condição conservem por muito tempo as ilusões da vida terrestre. Esses pensam e obram como se ainda fossem vivo.

PONDERABILIDADE: é a propriedade relacionada ao peso específico do perispírito, que varia conforme a densidade. A nossa [...] posição mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, conseqüentemente, o habitat que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Entende-se, então, como o Espírito desencarnado pode sentir-se chumbado aos pântanos de psiquismo degenerado, que marcam as dimensões trevosas, ou naturalmente atraído para níveis superiores, condizentes com sua condição mental, a dizer, moral.

LUMINOSIDADE: ou brilho perispiritual, tem relação direta com a evolução moral do Espírito, que, por sua natureza, possui uma [...] propriedade luminosa que se desenvolve sob o influxo da atividade e das qualidades da  alma. [...] A intensidade da luz está na razão da pureza do Espírito: as menores imperfeições morais atenuam-na e enfraquecem-na. A luz irradiada por um Espírito será tanto mais viva, quanto maior o seu adiantamento. Assim, sendo o Espírito, de alguma sorte, o seu próprio farol, verá proporcionalmente à intensidade da luz que produz, do que resulta que os Espíritos que não a produzem acham-se na obscuridade.

PENETRABILIDADE: é a propriedade que permite o Espírito atravessar barreiras vibracionais, físicas ou não. Matéria nenhuma lhe opõe obstáculo; ele as atravessa todas, como a luz atravessa os corpos transparentes. Daí vem que não há como impedir que os Espíritos entrem num recinto inteiramente fechado.

VISIBILIDADE: é a propriedade que o perispírito possui de se tornar visível. Usualmente, não percebemos o perispírito dos Espíritos, encarnados ou desencarnados. Os Espíritos [...] menos adiantados percebem o corpo espiritual de seus pares, captando-lhe o aspecto geral. Já os Espíritos Superiores podem perscrutar a intimidade perispirítica de desencarnados de menor grau de elevação, bem como a dos encarnados, observando-lhes as desarmonias e as necessidades.

TANGIBILIDADE: Ÿ Tangibilidade é a possibilidade que tem o perispírito de [...] tornar-se materialmente tangível, no todo ou em parte. Sob a influência de certos médiuns, tem-se visto aparecerem mãos com todas as propriedades de mãos vivas, que, como estas, denotam calor, podem ser palpadas, oferecem a resistência de um corpo sólido, agarram os circunstantes e, de súbito, se dissipam, quais sombras. [...] A tangibilidade que revelam, a temperatura, a impressão, em suma, que causam aos sentidos, porquanto se há verificado que deixam marcas na pele, que dão pancadas dolorosas, que acariciam delicadamente, provam que são de uma matéria qualquer. Seus desaparecimentos repentinos provam, além disso, que essa matéria é eminentemente sutil e se comporta como certas substâncias que podem alternativamente passar do estado sólido ao estado fluídico e vice-versa

SENSIBILIDADE: é a propriedade que o perispírito tem de transmitir sensações, sentimentos e emoções do Espírito. As sensações não são percebidas por um órgão ou estrutura biológica, tal como acontece no corpo físico. Elas são gerais, percebidas em todo o perispírito. O Espírito, assim, [...] vê, ouve, sente, enfim com o corpo espiritual inteiro [...], uma vez que as sedes dos sentidos não encontram localização tão específica quando se observa no estado de encarnação.

EXPANSIBILIDADE: é a característica que permite ao perispírito sua expansão e exteriorização nos fenômenos anímicos, nas doações fluídicas e nos processos mediúnicos. Pela sua natureza fluídica, ele é expansível, irradia para o exterior e forma, em torno do corpo, uma espécie de atmosfera que o pensamento e a força da vontade podem dilatar mais ou menos. Daí se segue que pessoas há que, sem estarem em contato corporal, podem achar-se em contato pelos seus perispíritos e permutar a seu mau grado impressões e, algumas vezes, pensamentos, por meio da intuição.

UNICIDADE: tem na estrutura perispirítica um reflexo da alma, significa dizer que cada pessoa traz no próprio perispírito a soma das suas conquistas evolutivas. Não há, portanto, dois perispíritos iguais. Ÿ 

MUTABILIDADE: deve ser entendida como a capacidade que permite ao perispírito, pela ação da plasticidade, mudar seu aspecto com relação à sua estrutura e forma, modificação esta sustentada pela mente em decorrência do processo evolutivo. Esse corpo fluídico [...] depura-se e enobrece-se com a alma; segue-a através das suas inumeráveis encarnações; com ela sobe os degraus da escada hierárquica, torna-se cada vez mais diáfano e brilhante para, em algum dia, resplandecer com essa luz radiante [...]. ( FEB - TOMO ÚNICO ).









Que a paz do Mestre seja conosco!

domingo, 22 de novembro de 2015

Perispírito: formação, propriedades e funções



“Louvai ao Senhor porque ele é bom, porque a sua misericórdia é para sempre.” –( Salmos, 107: 1 )-


Amados irmãos, bom dia!
Que a luz e a paz do Mestre Jesus esteja conosco neste retorno. Que nossas expectativas sejam alcançadas pelo estudo edificante e progressivo. Possamos continuar refletindo sobre o seu ensinamento, tendo sempre em vista caminhar ao seu encontro.
Para reiniciar nossos estudos, deixaremos uma estrofe da mensagem ditada pelo Espírito de Maria Dolores através de Chico Xavier.

“Agradeço, meu Deus.
Quando me dizes “não” com teu amor,
E sempre que te rogue o que não deva...
Não me atendas Senhor!...”



Natureza do perispírito










“A palavra perispírito, criada por Allan Kardec para designar a substância que serve de envoltório ao Espírito, é descrita pelos mentores da Codificação, como uma substância [...] ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira. Kardec explica que no [...] gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar perispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito. 

O perispírito é o laço que à matéria do corpo prende o Espírito, que o tira do meio ambiente, do fluido universal. 

Participa ao mesmo tempo da eletricidade, do fluido magnético e, até certo ponto, da matéria inerte. Poder-se-ia dizer que é a quintessência da matéria. É o princípio da vida orgânica, porém não o da vida intelectual, que reside no Espírito. É, além disso, o agente das sensações exteriores.

O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma. Já vimos que também o corpo carnal tem seu princípio de origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria tangível. No perispírito, a transformação molecular se opera diferentemente, porquanto o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades etéreas. O corpo perispirítico e o corpo carnal têm pois origem no mesmo elemento primitivo; ambos são matéria, ainda que em dois estados diferentes. Do meio onde se encontra é que o Espírito extrai o seu perispírito, isto é, esse envoltório ele o forma dos fluidos ambientes. Resulta daí que os elementos constitutivos do perispírito naturalmente variam, conforme os mundos. Dando-se Júpiter como orbe muito adiantado em comparação com a Terra, como um orbe onde a vida corpórea não apresenta a materialidade da nossa, os envoltórios perispirituais hão de ser lá de natureza muito mais quintessenciada do que aqui. Ora, assim como não poderíamos existir naquele mundo com o nosso corpo carnal, também os nossos Espíritos não poderiam nele penetrar com o perispírito terrestre que os reveste. Emigrando da Terra, o Espírito deixa aí o seu invólucro fluídico e toma outro apropriado ao mundo onde vai habitar. A natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do Espírito. Os Espíritos inferiores não podem mudar de envoltório a seu bel-prazer, pelo que não podem passar, à vontade, de um mundo para outro. Alguns há, portanto, cujo envoltório fluídico, se bem que etéreo e imponderável com relação à matéria tangível, ainda é por demais pesado, se assim nos podemos exprimir, com relação ao mundo espiritual, para não permitir que eles saiam do meio que lhes é próprio. Nessa categoria se devem incluir aqueles cujo perispírito é tão grosseiro, que eles o confundem com o corpo carnal, razão por que continuam a crer-se vivos. Esses Espíritos, cujo número é avultado, permanecem na superfície da Terra, como os encarnados, julgando-se entregues às suas ocupações terrenas. Outros um pouco mais desmaterializados não o são, contudo, suficientemente, para se elevarem acima das regiões terrestres. Os Espíritos superiores, ao contrário, podem vir aos mundos inferiores, e, até, encarnar neles. Tiram, dos elementos constitutivos do mundo onde entram, os materiais para a formação do envoltório fluídico ou carnal apropriado ao meio em que se encontrem. [...] É assim que os Espíritos da categoria mais elevada podem manifestar-se aos habitantes da Terra ou encarnar em missão entre estes.” –( FEB )-


Que a graça e a paz sejam conosco!


domingo, 15 de novembro de 2015

Da lei de adoração III

"Clamei a Deus com a minha voz, a Deus levantei a minha voz e ele inclinou para mim os ouvidos". -( Salmos,  77: 1 )-


Na vida, sob qualquer expressão, está manifesto o amor.
Mediante o amor animam-se as forças atuantes e produtivas da Natureza, no mineral, no vegetal, no animal, no anjo e no homem.


Amados irmãos, bom dia!
Pedimos que nos desculpem por não termos publicado ontem. Estamos com problemas de ordem técnica e, em razão disso, ficaremos sem publicar nessa semana até o dia 21. Voltaremos no dia 22,  domingo, quando iniciaremos um novo estudo.
Contamos com a compreensão e orações de todos,  a fim de que possamos continuar com esse trabalho que é do Senhor.
Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Da lei de adoração II

"Todavia Deus é o meu Rei desde a eternidade, operando a salvação no meio da terra". ( Salmos,  74: 12 )


Amados irmãos, bom dia! 
Deus é amor e amor é doação, portanto, sem romper a barreira do egoísmo não poderemos compreender a dimensão do que é Deus. 


Não podendo o homem romper a caixa escura do egoísmo, saindo de si na direção da criatura, sua irmã, dificilmente compreenderá o impositivo do amor transcendente em relação à divindade. 

Quando escasseiam os recursos da elevação interior pelo pensamento vinculado ao Supremo Construtor do Cosmo, devem abundar os esforços no labor da fraternidade em direção às demais criaturas, do que decorre, inevitavelmente, a vinculação amorosa com Deus. Porquanto ninguém pode pensar no próximo sem proceder a uma imperiosa necessidade de fazer interrogações que levam à Causa Central. 

O homem constitui, indubitavelmente, um enigma que só à luz meridiana da reencarnação - técnica do amor e da justiça Divina - pode ser entendido. 


Que a graça e a paz sejam conosco! 

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Da lei de adoração I

"Verdadeiramente bom é Deus para com Israel,  para com os limpos de coração. " -( Salmos,  73: 1 )-


Amados irmãos,  bom dia!
O amor do Senhor antecede o nosso amanhecer,  pois,  ele se alegra em cuidar de nós Que saibamos seguir seu exemplo amando a ele e ao próximo.


Sem o amor ao próximo não se pode amar a Deus.
Nesse particular o Evangelho é todo um hino ao Criador, mediante o eloquente testemunho de amor ao próximo,  apresentado por Jesus.
Em todos os seus passos o amor se exterioriza numa canção de feitos,  renovando,  ajudando e levantando os Espíritos.


Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Da Lei de adoração


"O seu nome permanecerá eternamente;  o seu nome se irá propagando de pais a filhos enquanto o sol durar e os homens serão abençoados nele; todas as nações lhe chamarão bem-aventurado." ( Salmos, 72: 17 )


Amados irmãos, bom dia! 
Vamos procurar refletir sobre o amor que devemos ter por nosso Pai celestial. Além de ser o primeiro mandamento, é a atitude que irá nos fazer evoluir como filhos e como espíritos. 


Amar a Deus

Amor é vida. 
Sem o amor de Deus que tudo vitaliza, a Criação volveria ao caos do princípio. 
Antes, portanto, do amor não havia Criação, porque Deus é amor. 


Que a graça e a paz sejam conosco! 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

LEIS MORAIS DA VIDA


"O que se deve entender por lei natural?
A lei natural é a lei de Deus. É  a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta" ( Livro dos Espíritos, p. 614 ).



Caros irmãos. bom dia!
Que a luz e o amor de Jesus esteja conosco.
Bom, a partir de hoje iniciaremos um pequeno estudo sobre as leis morais da vida. Este assunto se faz urgente e necessário, antes de adentrarmos ao próximo tema do ESDE. Tendo em vista a conjuntura atual de acontecimentos, catástrofes, tragédias e revoltas no Brasil e no mundo.
 Entendemos que se refletirmos um pouco mais sobre a lei divina ou natural, nossa aprendizagem será mais proveitosa e nossa reforma íntima tão necessária acontecerá de forma mais consciente e rápida. Acreditando que tudo acontece diante do Criador mas, em sua maioria provocados por nossas próprias mãos, aproveitemos o momento para repensarmos em nossa atitudes e pensamentos diante de nós, do próximo e do nosso planeta.







"São de todos os tempos as leis morais da vida, estabelecidas pelo Supremo Pai.
Invioláveis, constituem o roteiro de felicidade pelo rumo evolutivo, impondo-se, paulatinamente, à inteligência humana achando-se estabelecidas nas bases da harmonia perfeita em que se equilibra a Criação.
Reveladas através dos tempos. a pouco e pouco, não se submetem às injunções transitórias das paixões humanas, que sempre desejaram padroniza-las ao próprio talante, submetendo-as às suas torpes determinações.
Inspiradas à humanidade pelas forças vivas da natureza desde os dias do homem primitivo, passaram a constituir a ética religiosa superior de todos os povos e de todas as nações.
Leis naturais de amor, justiça e equidade, são o fiel da conquista do espírito que, na preservação dos seus códigos sublimes e na vivência da sua legislação, haure o próprio engrandecimento e plenitude.
O desacato, a desobediência e o desalinho do infrator, que de forma alguma consegue fugir ao reajuste produzido pela rebeldia ou insânia de que se faz portador.
Profetas, legisladores e sábios tem sido os maleáveis instrumentos de que se utilizou o Pai amantíssimo através dos tempos, a fim de que o homem, no ergástulo carnal, pudesse encontrar a rota segura para atingir o reino venturoso que o espera.
Dentre todos porém, foi Jesus o protótipo da misericórdia divina,  o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo, o próprio Rei Solar.
Vivendo em toda pujança o estatuto das leis morais, deu cumprimento às de ordem humana, submetendo-se, pacificamente, instaurando o período fundamentado na de amor, que resume todas as demais e as comanda com inexcedível mestria.
Modelo a ser seguido, ensinou pelo exemplo e pelo sacrifício, selando em testemunho supremo a excelência do seu messianato amoroso, através da doação da vida, incitando-nos a incorporar ao dia-a-dia da existência a irrecusável lição do seu auto-ofertório santificante.
As leis morais são impostergáveis. Ninguém as derroca, não as subestima impunemente, não as ignora, embora desejando faze-lo. Estão insculpidas na consciência da criaturas, mesmo o bruto sente-as em forma de impulsos ou pelo luzir da sua grandeza transcendente no pródromos da inteligência...
Leis imutáveis, são as leis da vida. ( Leis Morais da Vida de Joanna de Ângelis ), baseado no L. Espíritos, parte 3.


Que a paz do Mestre esteja sempre conosco!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Agradeço, Senhor!


"É em vós Senhor, que sempre me refugio; que minha esperança não seja para sempre confundida". -( Salmos, 70: 1 )-



Amados irmãos, bom dia!
Precisamos ter toda nossa confiança no Senhor. Muitas vezes desejamos coisas, situações, etc., que na realidade não nos são necessárias e que não passam de desejos vazios, manifestação do nosso orgulho e vaidade. Precisamos nos entregar à vontade do nosso Pai, esta sim nos dará a vida que tanto desejamos.








Agradeço, Senhor!*

Agradeço Senhor, quando me dizes “não”
Às súplicas indébitas que faço,
Através da oração.
Muitas daquelas dádivas que peço,
Estima, concessão, posse, prazer,
Em meu caso talvez fossem espinhos,
Na senda que me deste a percorrer.
De outras vezes, imploro-te favores,
Entre lamentação, choro, barulho,
Mero capricho, simples algazarra,
Que me escapam do orgulho...
Existem privilégios que desejo,
Reclamando-te o “sim”,
Que, se me florescessem na existência,
Seriam desvantagens contra mim.
Em muitas circunstâncias rogo afeto,
Sem achar companhia em qualquer parte,
Quando me dás a solidão por guia
Que me inspire a buscar-te.
Ensina-me que estou no lugar certo,
Que a ninguém me ligaste de improviso,
E que desfruto, agora a melhor tempo
De melhorar-me em tudo o que preciso.
Não me escutes as exigências loucas,
Faze-me perceber
Que alcançarei além do necessário,
Se cumprir meu dever.
Agradeço, meu Deus,
Quando me dizes “não” com teu amor,
E sempre que te rogue o que não deva,
Não me atendas, Senhor!...


* XAVIER, Francisco Cândido. Antologia da espiritualidade. ed. (especial). Mensagem do Espírito Maria Dolores. Rio de Janeiro: FEB, 2004, p. 336.


Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 8 de novembro de 2015

Ação dos Espíritos sobre os Fluidos


"Pelo contrário, exultem e se alegrem em vós todos os que vos procuram. Que repitam sem cessar: "Glória ao Senhor!" aqueles que desejam vosso auxílio." -( Salmos, 69: 5 )-



Amados irmãos, bom dia!
Hoje disponibilizamos um estudo que nos auxiliará no entendimento do tema que estudamos nessa semana. Trata-se de um resumo muito bem elaborado que abrange todo o conteúdo visto. Que os bons Espíritos nos auxiliem na melhor compreensão e na prática diária para nossa reforma íntima e consequente evolução.







Continuamos à disposição para críticas, sugestões, pedidos de oração e esclarecimentos e também pedimos que sejamos lembrados nas orações de vocês, a fim de que esse trabalho seja realizado segundo a vontade do nosso Pai celestial.
Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 7 de novembro de 2015

Qualidades dos fluidos


"Cantarei um cântico de louvor ao nome do Senhor e o glorificarei com um hino de gratidão". -( Salmos, 68: 31 )-



Amados irmãos, bom dia!
O Senhor nos ama ao ponto de, até na qualidade dos fluidos, nos permite escolher. Sobre esse tema iremos estudar hoje e assim, melhor nos prepararmos para nossas escolhas.








“Fora impossível fazer-se uma enumeração ou classificação dos bons e dos maus fluidos, ou especificar-lhes as respectivas qualidades, por ser tão grande quanto a dos pensamentos a diversidade deles. Os fluidos não possuem qualidades sui generis, mas as que adquirem no meio onde se elaboram; modificam-se pelos eflúvios desse meio, como o ar pelas exalações, a água pelos sais das camadas que atravessa. Conforme as circunstâncias, suas qualidades são, como as da água e do ar, temporárias ou permanentes, o que os torna muito especialmente apropriados à produção de tais ou tais efeitos. Também carecem de denominações particulares. Como os odores, eles são designados pelas suas propriedades, seus efeitos e tipos originais. Sob o ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimentos de ódio, de inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de violência, de hipocrisia, de bondade, de benevolência, de amor, de caridade, de doçura, etc. Sob o aspecto físico, são excitantes, calmantes, penetrantes, adstringentes, irritantes, dulcificantes, suporíficos, narcóticos, tóxicos, reparadores, expulsivos; tornam-se força de transmissão, de propulsão, etc. O quadro dos fluidos seria, pois, o de todas as paixões, das virtudes e dos vícios da Humanidade e das propriedades da matéria, correspondentes aos efeitos que eles produzem. Tem consequências de importância capital e direta para os encarnados a ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais. Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar-lhes as propriedades, é evidente que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar, modificando-se pela pureza ou impureza dos sentimentos. Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável. Os fluidos que envolvem os Espíritos maus, ou que estes projetam são, portanto, viciados, ao passo que os que recebem a influência dos bons Espíritos são tão puros quanto o comporta o grau da perfeição moral destes.

Os Espíritos desencarnados imprimem aos fluidos do plano espiritual [...] tal, ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda os gazes ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual. Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de um pensamento inconsciente. Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma ária, para que esta repercuta na atmosfera.


Dir-se-á que se podem evitar os homens sabidamente mal intencionados. É fora de dúvida; mas, como fugiremos à influência dos maus Espíritos que pululam em torno de nós e por toda parte se insinuam, sem serem vistos? O meio é muito simples, porque depende da vontade do homem, que traz consigo o necessário preservativo. Os fluidos se combinam pela semelhança de suas naturezas; os dessemelhantes se repelem; há incompatibilidade entre os bons e os maus fluidos, como entre o óleo e a água. Que se faz quando está viciado o ar? Procede-se ao seu saneamento, cuida-se de depurá-lo, destruindo o foco dos miasmas, expelindo os eflúvios malsãos, por meio de mais fortes correntes de ar salubre. A invasão, pois, dos maus fluidos, cumpre se oponham os fluidos bons e, como cada um tem no seu próprio perispírito uma fonte fluídica permanente, todos trazem consigo o remédio aplicável. Trata-se apenas de purificar essa fonte e de lhe dar qualidades tais, que se constitua para as más influências um repulsor, em vez de ser uma força atrativa. [...] Ora, como as suas qualidades guardam relação com as da alma, importa se trabalhe por melhorá-la, pois que são as imperfeições da alma que atraem os Espíritos maus. [...] Os maus Espíritos, igualmente, vão para onde o mal os atrai; eliminado o mal, eles se afastarão. Os Espíritos realmente bons, encarnados ou desencarnados, nada têm que temer da influência dos maus”. -( FEB )-



Que a graça e a paz sejam conosco!