"Tenha Deus piedade de nós e nos abençoe, faça resplandecer sobre nós a luz da sua face". -( Salmos, 66: 2 )-
Amados irmãos, bom dia!
Iniciamos o estudo sobre a "energia" que dá vida a tudo o que vive no universo. O fluido cósmico universal podemos chamar de "o sopro da vida" e que é a presença do Criador em tudo. Veremos sua natureza, propriedades e qualidades.
Natureza dos fluidos
“Ao estudarmos os conceitos e as características gerais do
fluido cósmico universal, vimos que ele é [...]a matéria elementar primitiva,
cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos
corpos da Natureza. Como princípio elementar do Universo, ele assume dois
estados distintos: o de eterização ou imponderabilidade, que se pode considerar
o primitivo estado normal, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é,
de certa maneira, consecutivo àquele. O ponto intermédio é o da transformação
do fluido em matéria tangível. Mas, ainda aí, não há transição brusca,
porquanto podem considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termo médio
entre os dois estados.
Cada um desses dois estados dá lugar, naturalmente, a
fenômenos especiais: ao segundo pertencem os do mundo visível e ao primeiro os
do mundo invisível. Uns, os chamados fenômenos materiais, são da alçada da
Ciência propriamente dita, os outros, qualificados de fenômenos espirituais ou
psíquicos, porque se ligam de modo especial à existência dos Espíritos, cabem
nas atribuições do Espiritismo.
Como, porém, a vida espiritual e a vida corporal se acham
incessantemente em contato, os fenômenos das duas categorias muitas vezes se
produzem simultaneamente. No estado de encarnação, o homem somente pode
perceber os fenômenos psíquicos que se prendem à vida corpórea; os do domínio
espiritual escapam aos sentidos materiais e só podem ser percebidos no estado
de Espírito. No estado de eterização, o
fluido cósmico não é uniforme; sem deixar de ser etéreo, sofre modificações tão
variadas em gênero e mais numerosas talvez do que no estado de matéria
tangível. Essas modificações constituem fluidos distintos que, embora
procedentes do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais e dão lugar
aos fenômenos peculiares ao mundo invisível. Dentro da relatividade de tudo,
esses fluidos têm para os Espíritos, que também são fluídicos, uma aparência
tão material, quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados e são, para
eles, o que são para nós as substâncias do mundo terrestre. Eles os elaboram e
combinam para produzirem determinados efeitos, como fazem os homens com os seus
materiais, ainda que por processos diferentes. Assim, todos os corpos, substâncias e fluidos
existentes na natureza se originam dessa matéria primitiva. Os fluidos, objeto
de estudo deste roteiro, são variáveis ao infinito. Os mais puros se confundem
com o fluido cósmico universal. O [...] ponto oposto é o em que ele se
transforma em matéria tangível. Entre esses dois extremos, dão-se inúmeras
transformações, mais ou menos aproximadas de um e de outro. Os fluidos mais
próximos da materialidade, os menos puros, conseguintemente, compõem o que se
pode chamar a atmosfera espiritual da Terra. É desse meio, onde igualmente
vários são os graus de pureza, que os Espíritos encarnados e desencarnados,
deste planeta, haurem os elementos necessários à economia de suas existências. Por
muito sutis e impalpáveis que nos sejam esses fluidos, não deixam por isso de
ser de natureza grosseira, em comparação com os fluidos etéreos das regiões
superiores. Entretanto não podemos esquecer que está a [...] Natureza inteira
mergulhada no fluido divino. Ora, em virtude do princípio de que as partes de
um todo são da mesma natureza e têm as mesmas propriedades que ele, cada átomo
desse fluido, se assim nos podemos exprimir, possuindo o pensamento, isto é, os
atributos essenciais da Divindade e estando o mesmo fluido em toda parte, tudo
está submetido à sua ação inteligente, à sua previdência, à sua solicitude.
Nenhum ser haverá, por mais ínfimo que o suponhamos, que não esteja saturado
dele. Achamo-nos então, constantemente, em presença da Divindade; nenhuma das
nossas ações lhe podemos subtrair ao olhar; o nosso pensamento está em contato
ininterrupto com o seu pensamento, havendo, pois, razão para dizer-se que Deus
vê os mais profundos refolhos do nosso coração. Estamos nele, como ele está em
nós, segundo a palavra do Cristo”. -( FEB )-
Que a graça e a paz sejam conosco!
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