terça-feira, 3 de novembro de 2015

Critérios utilizados na escolha das provas


"Alegrar-se-á o justo no Senhor e confiará nele; e se gloriarão todos os retos de coração". -( Salmos, 64 : 10 )-












Amados irmãos, bom dia!
No mundo espiritual temos a clareza de entendimentos sobre nosso comportamento e enxergamos nitidamente as imperfeições que carregamos e, assim, procuramos escolher provas que nos permitam evoluir. Essas provas porém, nem sempre conseguimos vencer e quando acontece, temos pela misericórdia do Senhor, nova oportunidade de lutar por nossa melhora. Sabendo disso devemos passar a enfrentar nossos problemas e possíveis sofrimentos aqui, com um novo olhar, sabedores que, fomos nós mesmos que os escolhemos e portanto nos são oportunidades de evolução. Que os bons Espíritos nos auxiliem na compreensão e superação destes.



“Para proceder à escolha das provas por que há de passar, o Espírito se orienta pela [...] natureza de suas faltas [...]. Desse modo, escolhe aquelas que o levem à expiação dessas faltas [...] e a progredir mais depressa. Uns, portanto, impõem a si mesmos uma vida de misérias e privações, objetivando suportá-las com coragem; outros preferem experimentar as tentações da riqueza e do poder, muito mais perigosas, pelos abusos e má aplicação a que podem dar lugar, pelas paixões inferiores que uma e outros desenvolvem; muitos, finalmente, se decidem a experimentar suas forças nas lutas que terão de sustentar em contato com o vício. Se, ao contrário, apegados ainda aos desejos inferiores, os Espíritos escolhem um gênero de vida que lhes possibilite a satisfação desses desejos, nem por isso se afastarão dos efeitos dos seus atos. A prova vem por si mesma e eles a sofrem mais demoradamente. Cedo ou tarde, compreendem que a satisfação de suas paixões brutais lhes acarretou deploráveis consequências, que eles sofrerão durante um tempo que lhes parecerá eterno. E Deus os deixará nessa persuasão, até que se tornem conscientes da falta em que incorreram e peçam, por impulso próprio, lhes seja concedido resgatá-la, mediante úteis provações.

Neste ponto é oportuno esclarecer que, embora, à primeira vista, possa parecer natural que o Espírito escolha provas menos dolorosas, tal fato não se dá com frequência, porque, logo [...] que este se desliga da matéria, cessa toda ilusão e outra passa a ser a sua maneira de pensar. Com efeito, sob [...] a influência das idéias carnais, o homem, na Terra, só vê das provas o lado penoso. Tal a razão de lhe parecer natural sejam escolhidas as que, do seu ponto de vista, podem coexistir com os gozos materiais. Na vida espiritual, porém, compara esses gozos fugazes e grosseiros com a inalterável felicidade que lhe é dado entrever e desde logo nenhuma impressão mais lhe causam os passageiros sofrimentos terrenos. Assim, pois, o Espírito pode escolher prova muito rude e, conseguintemente, uma angustiada existência, na esperança de alcançar depressa um estado melhor, como o doente escolhe muitas vezes o remédio mais desagradável para se curar de pronto. De igual modo, o Espírito pode, às vezes, enganar-se, e [...] escolher uma [prova] que esteja acima de suas forças e sucumbir. Pode também escolher alguma que nada lhe aproveite, como sucederá se buscar vida ociosa e inútil. Mas, então, voltando ao mundo dos Espíritos, verifica que nada ganhou e pede outra que lhe faculte recuperar o tempo perdido.


Desse modo, a [...] doutrina da liberdade que temos de escolher as nossas existências e as provas que devamos sofrer deixa de parecer singular, desde que se atenda a que os Espíritos, uma vez desprendidos da matéria, apreciam as coisas de modo diverso da nossa maneira de apreciá-los. Divisam a meta, que bem diferente é para eles dos gozos fugitivos do mundo. Após cada existência, veem o passo que deram e compreendem o que ainda lhes falta em pureza para atingirem aquela meta. Daí o se submeterem voluntariamente a todas as vicissitudes da vida corpórea, solicitando as que possam fazer que a alcancem mais presto. Não há, pois, motivo de espanto no fato de o Espírito não preferir a existência mais suave. Não lhe é possível, no estado de imperfeição em que se encontra, gozar de uma vida isenta de amarguras. Ele o percebe e, precisamente para chegar a fruí-la, é que trata de se melhorar”. -(FEB )-

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