"Como é feliz aquele que não segue
o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se
assenta na roda dos zombadores!" -( Salmos, 1: 1 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Aprendamos a observar que o desequilíbrio é precursor provável de doença que, não raro, termina com a desencarnação prematura e procuremos certificar-nos de que, nas lutas com que somos testados, na Terra e fora da Terra, na escola da experiência, é necessário saibamos não somente a viver e aperfeiçoar, mas também a suportar e sobreviver." -( Mãos Unidas - Chico Xavier / Emmanuel )-
V. — É precisamente para evitar esse perigo que vim pedir-vos permissão para assistir a algumas experiências.
A. K. — E julgais que isto vos baste para poder, ex professo, falar de Espiritismo? Como podereis compreender essas experiências e, ainda mais, julga-las, quando não estudastes os princípios em que elas se baseiam? Como apreciaríeis o resultado, satisfatório ou não, de ensaios metalúrgicos, por exemplo, não conhecendo a fundo a metalurgia? Permiti-me dizer-vos, senhor, que vosso projeto é absolutamente a mesma coisa que, não tendo estudado a Matemática, nem a Astronomia, vos apresentásseis a um dos membros do Observatório, dizendo-lhe: “Senhor, quero escrever um livro sobre Astronomia e provar que o vosso sistema é falso, mas como desconheço os menores rudimentos dessa ciência, deixai que, por uma ou duas vezes, me sirva de vossa luneta; o que será suficiente para ficar sabendo tanto quanto vós.”
É somente por extensão que a palavra criticar se tornou sinônima de censurar; em sua acepção própria e segundo a etimologia, ela significa julgar, apreciar. A crítica pode, pois, ser aprobativa ou desaprobativa. Fazer a crítica de um livro não é necessariamente condená-lo; quem empreende essa tarefa, deve fazê-lo sem ideias preconcebidas; porém, se antes de abrir o livro, já o condena em pensamento, o exame não pode ser imparcial.
Tal o caso da maioria dos que têm falado contra o Espiritismo. Apenas sobre o nome formaram uma opinião, fazendo qual juiz que proferisse uma sentença, sem antes examinar as peças do processo. A consequência foi que seu julgamento feriu em falso, e que, em vez de persuadir, ocasionaram riso. A maior parte dos que seriamente têm estudado a questão, mudou de ideia, e mais de um adversário se tem tornado adepto do Espiritismo, quando reconhece que o seu objetivo é muito diverso daquele que supunha.
V. — Falais do exame dos livros em geral; acreditais que seja materialmente possível a um jornalista ler e estudar todos os que lhe passam pelas mãos, sobretudo quando se ocupam com teorias novas, que lhe seria preciso aprofundar e verificar? Seria o mesmo que exigir de um impressor que ele lesse todas as obras saídas de sua prensa.
A. K. — A tão judicioso raciocínio não tenho outra resposta a dar senão que, quando nos falta o tempo para fazer conscienciosamente uma coisa, é melhor não fazê-la; é preferível produzir um só trabalho bom a fazer dez maus.
Estudo do Livro dos Espíritos
577. Quando um homem faz alguma coisa útil fá-la sempre em virtude da missão em que foi anteriormente investido e a que vem predestinado, ou pode suceder que haja recebido missão não prevista?
“Nem tudo o que o homem faz resulta de missão a que tenha sido predestinado. Amiudadas vezes é o instrumento de que se serve um Espírito para fazer que se execute uma coisa que julga útil. Por exemplo, entende um Espírito ser útil que se escreva um livro, que ele próprio escreveria se estivesse encarnado. Procura então o escritor mais apto a lhe compreender e executar o pensamento. Transmite-lhe a idéia do livro e o dirige na execução. Ora, esse escritor não veio à Terra com a missão de publicar tal obra. O mesmo ocorre com diversos trabalhos artísticos e muitas descobertas. Devemos acrescentar que, durante o sono corporal, o Espírito encarnado se comunica diretamente com o Espírito errante, entendendo-se os dois acerca da execução.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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