segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O que é o Espiritismo


"Ouve-me quando eu clamo, ó Deus da minha justiça, na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração." -( Salmos, 4: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Muita vez, perante as dificuldades dos tempos novos, solicitas aviso e rumo do Plano Superior para o seguro desdobramento dos deveres que te cumpre desempenhar. E, sem dúvida, os poderes da Vida Maior não te recusarão esclarecimento e roteiro. Entretanto, é justo ponderar que, se esperamos pelas Forças Divinas, as Forças Divinas igualmente esperam por nós. Saibamos, consequentemente, prestigiá-las e acolhê-las, em nossa área de trabalho e de ideal, estimulando a sementeira da paz e fortalecendo o serviço de elevação." -( Mãos Unidas - Chico Xavier / Emmanuel )- 





V. — Entretanto, bem vedes que já passou a moda das mesas girantes que durante certo tempo fizeram furor; hoje já ninguém se ocupa com elas. Por que se dá isso, quando é uma coisa séria?

A. K. — Porque das mesas girantes saiu uma coisa ainda mais séria: uma ciência completa, uma perfeita doutrina filosófica, do máximo interesse para os homens que refletem. Quando estes nada mais tiveram a aprender no giro das mesas, não mais com elas se ocuparam.
Para as pessoas fúteis, que nada querem aprofundar, esse fenômeno era um passatempo, um divertimento que abandonaram quando dele se aborreceram; são pessoas com as quais a ciência não conta. O período de curiosidade teve seu tempo; sucedeu-lhe o da observação. O Espiritismo entrou, então, no domínio da gente séria, que não o toma como objeto de divertimento, mas sim como meio de instruir-se. Porém, essas pessoas que o consideram como coisa grave, não se prestam a qualquer experiência de curiosidade, e ainda menos a satisfazer a da- queles que se apresentam com pensamentos hostis; como não brincam, não se prestam a servir de brinquedo para os outros; eu pertenço a esse número.

V. — No entanto, somente a experiência pode convencer, mesmo aquele que, em começo, seja movido pela curiosidade. Se só trabalhais na presença de pessoas convictas, deixai que vos diga: ensinais a quem já sabe.

A. K. — Uma coisa é estar convencido e outra estar disposto a convencer-se; é aos desta última classe que me dirijo, e não aos que julgam humilhação vir escutar o que eles chamam ilusões. Com estes eu não me ocupo, absolutamente. Quanto aos que manifestam sincero desejo de esclarecer-se, o melhor modo que têm, para prová-lo, é mostrar perseverança; são reconhecidos por outros sinais que não apenas o desejo de ver uma ou duas experiências: esses querem trabalhar seriamente. A convicção só se adquire com o tempo, por meio de uma série de observações feitas com cuidado todo particular.
Os fenômenos espíritas diferem essencialmente dos das ciências exatas: não se produzem à vontade; é preciso que os colhamos de passagem; é observando muito e por muito tempo que se descobre uma porção de provas que escapam à primeira vista, sobretudo, quando não se está familiarizado com as condições em que se pode encontrá-las, e ainda mais quando se vem com o espírito prevenido.
As provas abundam para o observador assíduo e refletido: uma palavra, um fato aparentemente insignificante, é para ele um raio de luz, uma confirmação; ao passo que tais fatos não têm sentido para quem os observa superficialmente ou por simples curiosidade; eis por que não me presto a fazer experiências sem resultado provável.

V. — Enfim, tudo deve ter começo. O aprendiz, que nada sabe, que nada viu ainda, mas que deseja esclarecer-se, como poderá fazê-lo, quando não lhe facultais os meios para isso?

A. K. — Eu faço grande distinção entre o incrédulo por ignorância e o incrédulo por sistema; quando descubro alguém com disposições favoráveis, nada me custa esclarecê-lo; há, porém, pessoas em quem a vontade de instruir-se não é senão aparente; com estas perde-se o tempo; porque, se elas não encontram logo o que parecem buscar, e que talvez as incomodasse, se aparecesse, o pouco que veem não é suficiente para lhes destruir as prevenções; julgam mal os resultados obtidos e os transformam em objeto de zombaria, pelo que não há utilidade em lhos fornecer. A quem deseja instruir-se, direi: “Não se pode fazer um curso de Espiritismo experimental como se faz um de Física ou de Química, atento que nunca se é senhor de produzir os fenômenos espíritas à vontade, e que as inteligências desses agentes fazem, muitas vezes, frustrarem-se todas as nossas previsões. Aqueles que acidentalmente poderíeis ver, não apresentando nexo algum, nem ligação necessária, seriam pouco inteligíveis para vós.

“Instruí-vos primeiramente pela teoria, lede e meditai as obras que tratam dessa ciência; nelas aprendereis os princípios, encontrareis a descrição de todos os fenômenos, compreendereis a possibilidade deles pela explicação que elas vos darão, e, pela narrativa de grande número de fatos espontâneos de que pudestes ser testemunha sem os compreender, mas que vos voltarão à memória, vós vos fortificareis contra todas as dificuldades que possam surgir e formareis, desse modo, uma primeira convicção moral.

“Então, quando se vos apresentar a ocasião de observar ou operar pessoalmente, compreendereis, qualquer que seja a ordem em que os fatos se mostrem, porque nada vereis de estranho.”

Eis, meu caro senhor, o que aconselho a todos que dizem querer instruir-se, e, pela resposta que dão, é fácil conhecer se neles há alguma coisa mais que curiosidade!




Estudo do Livro dos Espíritos





580. O Espírito, que encarna para desempenhar determinada missão, tem apreensões idênticas às de outro que o faz por provação?

“Não, porque traz a experiência adquirida.”




Que a graça e a paz sejam conosco!


Nenhum comentário:

Postar um comentário