sexta-feira, 8 de setembro de 2017

O que é o Espiritismo


"Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra, pois puseste a tua glória sobre os céus!" -( Salmos, 8: 1 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Nada te prenda à perturbação, a fim de que possas te desvencilhar facilmente da treva, de modo a avançar e servir. Por mais escura que seja a noite, o Sol tornará ao alvorecer. E por mais complicada ou sombria se nos faça a senda de provas, é preciso lembrar que para transpô-la, todos temos, invariavelmente, em nós e por nós, a luz inapagável de Deus." -( Mãos Unidas - Chico Xavier / Emmanuel )- 






Fenômenos espíritas simulados 

V. — Não estará provado que, fora do Espiritismo, esses mesmos fenômenos podem produzir-se? E disso não podemos concluir que eles não têm a origem que os espíritas lhes atribuem?

A. K. — Por ser uma coisa suscetível de imitação, segue-se que ela não exista? Que direis da lógica daquele que pretendesse, por se fabricar com água de Seltz vinho de champanhe, ser todo vinho desta espécie apenas água de Seltz? Isto é privilégio de todas as coisas que apresentam a possibilidade de engendrar falsificações. Acreditaram alguns prestidigitadores que o nome de espiritismo, por causa da sua popularidade e das controvérsias de que era objeto, podia servir a explorações, e para atrair a multidão simularam, mais ou menos grosseiramente, alguns fenômenos de mediunidade, como já tinham simulado a clarividência sonambúlica; e todos os gaiatos os aplaudiram, bradando: Eis aí o que é o Espiritismo!
Quando se mostrou em cena a engenhosa aparição dos espectros, não se proclamou que naquilo recebia o Espiritismo um golpe mortal? Antes de pronunciar tão positiva sentença, deve-se refletir que as asserções de um escamoteador não são palavras de um evangelho, e certificar se há identidade real entre a imitação e a coisa imitada. Ninguém compra um brilhante sem primeiro estar convencido de não ser uma pedra-dágua. Um estudo, mesmo pouco acurado, tê-los-ia certificado de serem completamente outras as condições em que se dão os fenômenos espíritas; eles, além disso, ficariam sabendo que os espíritas não se ocupam de fazer aparecer espectros nem de ler a buena-dicha. Só a malevolência e uma rematada má-fé puderam confundir o Espiritismo com a magia e a feitiçaria, quando aquele repudia o fim, as práticas, as fórmulas e as palavras místicas destas. Alguns chegaram mesmo a comparar as reuniões espíritas às assembleias do sabbat, nas quais se espera o soar da meia-noite, para que os fantasmas apareçam.
Um espírita, meu amigo, assistia um dia a uma representação de Macbeth, ao lado de um jornalista que ele não conhecia. Quando chegou a cena das feiticeiras, ele ouviu o vizinho dizer: “— Belo! Vamos assistir a uma sessão espírita; é justamente o que precisava para o meu próximo artigo; vou saber agora como as coisas se passam. Se eu encontrasse por aqui algum desses loucos, perguntar-lhe-ia se ele se reconhece no quadro que tem ante os olhos.”
“— Eu sou um deles”, disse-lhe o espírita, “e posso asseverar-vos que nada vejo que se lhe pareça; tenho assistido a centenas de reuniões espíritas, e nelas nada encontrei que se assemelha a isto. Se é aqui que vindes colher argumentos para o vosso artigo, assevero-vos que ele não primará pela veracidade.” Muitos críticos não têm bases mais sólidas. Sobre quem cairá o ridículo, a não ser sobre aqueles que caminham tão estonteadamente?
Quanto ao Espiritismo, seu crédito, longe de sofrer com tais ataques, tem crescido pelos reclamos que lhe fazem, chamando para ele a atenção de muita gente que nem sequer pensava nele; os reclamos provocaram o exame e contribuíram para lhe aumentar o número de adeptos; porque se reconheceu, então, que, em vez de brincadeira, ele era coisa séria.




Estudo do Livro dos Espíritos






584. De que natureza será a missão do conquistador que apenas visa satisfazer à sua ambição e que, para alcançar esse objetivo, não vacila ante nenhuma das calamidades que vai espalhando?

“As mais das vezes não passa de um instrumento de que se serve Deus para cumprimento de seus desígnios, representando essas calamidades um meio de que ele se utiliza para fazer que um povo progrida mais rapidamente.”

a) — Nenhuma parte tendo na produção do bem que dessas calamidades passageiras possa resultar, pois que visava um fim todo pessoal, aquele que delas se constitui instrumento tirará, não obstante, proveito desse bem?

“Cada um é recompensado de acordo com as suas obras, com o bem que intentou fazer e com a retidão de suas intenções.”

Os Espíritos encarnados têm ocupações inerentes às suas existências corpóreas. No estado de erraticidade, ou de desmaterialização, tais ocupações são adequadas ao grau de adiantamento deles. Uns percorrem os mundos, se instruem e preparam para nova encarnação. Outros, mais adiantados, se ocupam com o progresso, dirigindo os acontecimentos e sugerindo idéias que lhe sejam propícias. Assistem os homens de gênio que concorrem para o adiantamento da Humanidade. Outros encarnam com determinada missão de progresso. Outros tomam sob sua tutela os indivíduos, as famílias, as reuniões, as cidades e os povos, dos quais se constituem os anjos guardiães, os gênios protetores e os Espíritos familiares. Outros, finalmente, presidem aos fenômenos da Natureza, de que se fazem os agentes diretos. Os Espíritos vulgares se imiscuem em nossas ocupações e diversões. Os impuros ou imperfeitos aguardam, em sofrimentos e angústias, o momento em que praza a Deus proporcionar-lhes meios de se adiantarem. Se praticam o mal, é pelo despeito de ainda não poderem gozar do bem.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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