"E conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará". -( São João, 8: 32 )-
Amados irmãos, bom dia!
O Senhor tem seus planos e só Ele sabe quando e como realizar. Cabe a nós nos dispormos a seguir seus caminhos para que, quando Ele a nós se dirigir, estejamos prontos, assim como Maria, a dizer o nosso sim.
Permite em determinadas ocasiões que fenômenos e prodígios sejam realizados, a fim de despertarem ao seu chamamento as suas criaturas. No estudo que se segue os podemos observar.
As mesas girantes
"É necessário dizer-se que o
fenômeno tomou, em seguida, outro aspecto. As pancadas, em vez de se produzirem
sobre as paredes e sobre o assoalho, faziam-se ouvir na mesa, em torno da qual
estavam reunidos os experimentadores. Este modo de proceder fora indicado pelos
próprios Espíritos.
O primeiro fato observado foi o
da movimentação de objetos diversos. Designaram-no vulgarmente pelo nome de
mesas girantes ou dança das mesas. Este fenômeno, que parece ter sido notado
primeiramente na América [...], se produziu rodeado de circunstâncias
estranhas, tais como ruídos insólitos, pancadas sem nenhuma causa ostensiva. Em
seguida, propagou-se rapidamente pela Europa e pelas outras partes do mundo.
As primeiras manifestações
inteligentes se produziram por meio de mesas que se levantavam e, com um dos
pés, davam certo número de pancadas, respondendo desse modo – sim, ou – não,
conforme fora convencionado, a uma pergunta feita. Até aí nada de convincente havia
para os cépticos, porquanto bem podiam crer que tudo fosse obra do acaso.
Obtiveram-se depois respostas mais desenvolvidas com o auxílio das letras do
alfabeto: dando o móvel um número de pancadas correspondente ao número de ordem
de cada letra, chegava-se a formar palavras e frases que respondiam às questões
propostas. A precisão das respostas e a correlação que denotavam com as
perguntas causaram espanto. O ser misterioso que assim respondia, interrogado
sobre a sua natureza, declarou que era Espírito ou Gênio, declinou um nome e
prestou diversas informações a seu respeito. Há aqui uma circunstância muito
importante, que se deve assinalar. É que ninguém imaginou os Espíritos como
meio de explicar o fenômeno; foi o próprio fenômeno que revelou a palavra.
Vale enfatizar que, a propósito
dessas manifestações novas na América, muitos intelectuais, como o juiz John W.
Edmonds, o professor James J. Mapes, o célebre professor Roberto Hare, o sábio
Robert Dale Owen, dentre outros, aproximaram-se das novas idéias com o objetivo
de esclarecer as pessoas quanto à ilusão em que estavam imersas. Mas, em vez
disso, eles, os sábios, recuando honestamente em seus propósitos, declararam a
veracidade dos fatos, aumentando ainda mais o interesse pelas manifestações
mediúnicas, portadoras de mensagens vindas do mundo espiritual.
A notícia dos fenômenos
misteriosos que se produziam na América suscitou na França viva curiosidade e,
em pouco tempo, a experiência das mesas girantes atingiu grau extraordinário.
Nos salões, a moda era interrogá-las sobre as mais fúteis questões. Era um
passatempo de nova espécie e que fez furor.
Em 1853, a Europa inteira tinha
as atenções gerais convergidas para o fenômeno das chamadas mesas girantes e
dançantes, considerado o maior acontecimento do século pelo Rev.mo Padre
Ventura de Raulica, então o mais ilustre representante da teologia e da
filosofia católicas.
A imprensa informava e tecia
largos comentários acerca das estranhas manifestações, e, a não ser o grande
físico inglês Faraday, o sábio químico Chevreul, o marquês de Mirville, o abade Moigno, Arago,
Babinet e alguns outros eminentes homens de ciência, bem poucos se importavam
em descobrir-lhes as causas, em explicá-las, a maioria dos acadêmicos olhando
os fenômenos com superioridade e desdém.
Voltando aos dias da tumultuosa
França de meados de 1853, vemos que grupos e mais grupos de experimentadores
curiosos se haviam organizado num fechar de olhos. A maravilhosa loucura do
século XIX já se havia infiltrado no cérebro da Humanidade [...]. E Paris
inteira assistia, atônita e estarrecida, a este turbilhão feérico de fenômenos
imprevistos que, para a maioria, só alucinadas imaginações poderiam criar, mas
que a realidade impunha aos mais cépticos e frívolos. A Imprensa francesa,
diante da demonstração irrefragável dos novos fatos [manifestações de
Espíritos], que saltavam aos olhos de todos, franqueou mais amplamente suas
colunas ao noticiário a respeito, dessa forma ateando mais fogo nos debates e
controvérsias que então se levantaram entre os observadores menos superficiais.
Mas as mesas continuaram...
Veio o Santo Ofício e, em 4 de
agosto de 1856, condenou os fenômenos em voga, dizendo serem consequência de
hipnotismo e magnetismo (já que pouca gente acreditava em peripécias do diabo),
e tachava de hereges as pessoas por intermédio das quais eles eram produzidos.
Estava, assim, cumprido o papel
dos fenômenos dessa fase inicial — invasão organizada, no dizer do escritor
inglês Arthur Conan Doyle —, programada pelos Espíritos Superiores, com vistas
à chegada de uma nova era de progresso para os homens". -( FEB )-
A graça e a paz sejam conosco!
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