"Assim, eles não serão mais dois, mas uma só carne". -( São Mateus, 19: 6a )-
Amados irmãos, bom dia!
Hoje iremos meditar um tema muito complexo e que tem sido causa de muita dúvida, interpretações vagas e, muitas vezes, improcedentes. Para tanto, devemos considerar que o nosso coração é como uma porta e que só pode ser aberta por dentro, ou seja, apenas nós o podemos abrir. Assim como à nossa consciência que como humanos, somente nós a conhecemos, procuremos em nós mesmos o entendimento necessário a cada decisão que temos tomado em nossas vidas, e assim, compreenderemos sempre mais as lições que nos são disponibilizadas.
Desejamos que o estudo feito nessa semana possa nos ajudar a nos tornarmos melhores como esposos, companheiros e amigos de caminhada.
O divórcio
"O divórcio é uma lei humana que tem por fim separar legalmente o que está separado de fato; não é contrária à lei de Deus, uma vez que não reforma senão o que os homens fizeram, e não é aplicável senão nos casos em que não se levou em conta a lei divina; se fosse contrária a esta lei, a própria Igreja seria forçada a considerar prevaricadores aqueles dos seus chefes que, pela própria autoridade, e em nome da religião, em mais de uma circunstância, impuseram o divórcio; dupla prevaricação então, uma vez que seria só em vista de interesses temporais, e não para satisfazer a lei do amor.
Mas Jesus, ele mesmo, não consagrou a indissolubilidade absoluta do matrimônio. Não disse: É por causa da dureza de vosso coração que Moisés vos permitiu devolver vossas mulheres? O que significa que, desde o tempo de Moisés, a afeição mútua não sendo o objetivo único do casamento, a separação podia tornar-se necessária. Mas acrescenta: isso não foi desde o princípio; quer dizer que na origem da Humanidade, quando os homens não estavam ainda pervertidos pelo egoísmo e pelo orgulho, e viviam segundo a lei de Deus, as uniões fundadas sobre a simpatia, e não sobre a vaidade ou a ambição, não davam lugar ao repúdio.
Vai mais longe e especifica o caso em que o repúdio pode ter lugar: o de adultério; ora, o adultério não existe onde reina uma afeição recíproca sincera. Proíbe, é verdade, a todo homem esposar a mulher repudiada, mas é preciso ter em conta os costumes e o caráter dos homens do seu tempo. A lei mosaica, nesse caso, prescrevia a lapidação; querendo abolir um uso bárbaro, seria preciso, entretanto, uma penalidade, e a achou na ignomínia que devia imprimir a interdição de um segundo matrimônio. Era de alguma sorte uma lei civil substituindo outra lei civil, mas que, como todas as leis dessa natureza, devia sofrer a prova do tempo." -( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 22 )-
Como vimos, o Senhor sempre desejou nossa felicidade e se, em algumas circunstâncias ainda assim ficamos sem compreender, possamos parar e refletir que, em nossa vida nada é por acaso e que sempre haverá uma lição a ser aprendida.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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