..."que a vossa mão mão esquerda não saiba o que dá a vossa mão direita". - ( São Mateus. 6:3 ) -
Bom dia irmãos!
Mais uma vez nos reunimos num único propósito, o de refletirmos sobre as palavras de Jesus. Que possamos mesmo diante de nossas imperfeições. sermos melhores um pouquinho a cada dia.
Fazer o bem sem ostentação
"Fazer o bem sem ostentação é um grande mérito; ocultar a mão que dá é ainda mais meritório; é o sinal incontestável de uma grande superioridade moral; porque para ver as coisas de mais alto vulgo, é preciso fazer abstração da vida presente e se identificar com a vida futura; é preciso, numa palavra, colocar-se acima da Humanidade para renunciar `a satisfação que proporciona o testemunho dos homens e esperar a aprovação de Deus. Aquele que estima a aprovação dos homens mais do que a de Deus, prova que tem mais fé nos homens do que em Deus, e que a vida presente é mais para ele, do que a vida futura ou mesmo que não crê na vida futura; se diz o contrário, age como se não cresse no que diz.
Que a vossa mão esquerda não saiba o que dá a mão direita, é uma figura que caracteriza admiravelmente a beneficência modesta; mas se há a modéstia real, há também a modéstia simulada, o simulacro da modéstia real; há pessoas que escondem a mão que dá tendo o cuidado de mostrar-lhe um pedaço, atento se alguém não a viu esconder...
Qual será será, pois, a recompensa daquele que faz pesar seus benefícios sobre o beneficiado, que lhe impõe, de alguma sorte, testemunhos de reconhecimento, lhe faz sentir a sua posição em exaltando o preço dos sacrifícios que se impôs a ele? Oh! para este não há nem a recompensa terrestre, porque será privado da doce satisfação de ouvir abençoar seu nome, o que é um primeiro castigo do seu orgulho... O bem que faz é sem proveito para si, uma vez que o censura, porque todo benefício censurado é uma moeda falsa e sem valor.
A beneficência sem ostentação tem um duplo mérito; além da caridade material é a caridade moral; ela poupa a suscetibilidade do beneficiado e o faz aceitar o benefício sem que seu amor-próprio sofra com isso e salvaguardando a sua dignidade de homem, porque alguém aceitará um serviço, mas não receberá uma esmola; ora, converter um serviço em esmola pela maneira que é prestado, é humilhar aquele que o recebe e há sempre orgulho e maldade em humilhar alguém. A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e engenhosa para dissimular o benefício, evita até as menores aparências ofensivas, porque toda ofensa moral aumenta o sofrimento que nasce da necessidade; ela sabe encontrar palavras doces e afáveis que colocam o beneficiário à vontade em face do benfeitor, ao passo que a caridade orgulhosa o esmaga. O sublime da verdadeira generosidade é quando o benfeitor, mudando de papel, encontra o meio de parecer ele mesmo beneficiado em face daquele a quem presta serviço. Eis o que querem dizer estas palavras: Que a mão esquerda não saiba o que dá a mão direita", ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.13, baseado em São Mateus. 6:1-4 e 8;1-4 )
Que Deus em sua infinita bondade nos ajude a trabalhar o nosso orgulho, fazendo com que possamos sempre lembrar do nosso próximo com amor e humildade.
Agradecemos aos irmãos que nos acompanham diariamente e pedimos que orem por nós, nos fortalecendo sempre nesta caminhada rumo ao Mestre.
Que Sua luz brilhe em nós,
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