"Porque da morte livrastes a minha vida e da queda preservastes os meus pés, para que eu ande na presença de Deus, na luz dos vivos". -( Salmos, 55: 14 )-
Amados irmãos, bom dia!
Assim como dito no salmo acima, "da morte livrastes a minha vida", e é assim que devemos antever os acontecimentos da vida. Em sua infinita sabedoria, dá-nos o Senhor oportunidades diversas de renovação. No estudo de hoje veremos mais uma prova disso. Que os bons Espíritos nos auxiliem para compreendermos.
“Ao desencarnar, o Espírito que animava o corpo de uma
criança nem sempre retorna de imediato à fase adulta. É bem verdade que volta
ao seu precedente vigor, uma vez que não sofre mais as limitações da vida no
plano material. Entretanto, não readquire a anterior lucidez, senão quando se
tenha completamente separado daquele envoltório, isto é, quando mais nenhum
laço exista entre ele e o corpo. O livro Entre a Terra e o Céu, de André Luiz,
registra – a respeito da sorte das crianças após a desencarnação – interessante
diálogo entre os Espíritos Hilário e Blandina, esta ao que parece, a vigilante
mais responsável pelos pequeninos na instituição espiritual Lar da Bênção: —
Antigamente, na Terra [considerou Hilário], conforme a teologia clássica,
supúnhamos que os inocentes, depois da morte, permaneciam recolhidos ao
descanso do limbo, sem a glória do Céu e sem o tormento do inferno, e, nos
últimos tempos, com as novas concepções do Espiritualismo, acreditávamos que o
menino desencarnado retomasse, de imediato, a sua personalidade de adulto... —
Em muitas situações, é o que acontece – esclareceu Blandina, afetuosa —; quando
o Espírito já alcançou elevada classe evolutiva, assumindo o comando mental de
si mesmo, adquire o poder de facilmente desprender-se das imposições da forma,
superando as dificuldades da desencarnação prematura. Conhecemos grandes almas
que renasceram na Terra por brevíssimo prazo, simplesmente com o objetivo de
acordar corações queridos para a aquisição de valores morais, recobrando, logo
após o serviço levado a efeito, a respectiva apresentação que lhes era
costumeira. Contudo, para a grande maioria das crianças que desencarnam, o
caminho não é o mesmo. Almas ainda encarceradas no automatismo inconsciente, acham-se
relativamente longe do autogoverno. Jazem conduzidas pela Natureza, à maneira
das criancinhas no colo maternal. Não sabem desatar os laços que as aprisionam
aos rígidos princípios que orientam o mundo das formas e, por isso, exigem
tempo para se renovarem no justo desenvolvimento. É por esse motivo que não
podemos prescindir dos períodos de recuperação para quem se afasta do veículo
físico, na fase infantil, de vez que, depois do conflito biológico da
reencarnação ou da desencarnação, para quantos se acham nos primeiros degraus
da conquista de poder mental, o tempo deve funcionar como elemento
indispensável de restauração. E a variação desse tempo dependerá da aplicação
pessoal do aprendiz à aquisição de luz interior, através do próprio
aperfeiçoamento moral. Essas considerações justificam, assim, a existência de
inúmeras institui- ções de auxílio à infância no plano espiritual, seja para
adequá-las à realidade da nova moradia, seja para assisti-las numa nova
encarnação. A título de ilustração, citaremos alguns exemplos extraídos da
literatura espírita. - Lar da Bênção Fonte: Livro Entre a Terra e o Céu, ditado
pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, edição FEB.
É uma (...) importante Colônia educativa, misto de escola de mães e domicílio
dos pequeninos que regressam da esfera carnal. Essa Colônia, situada no espaço
espiritual correspondente às terras brasileiras, tem como objetivo preparar
mães para a maternidade responsável e atender às crianças que desencarnam e
encarnam. Tais crianças encontram aí o apoio necessário ao seu reajustamento
espiritual. Assim é que, nos primeiros momentos como libertos do corpo físico,
ou enquanto lhes dure o equilíbrio, são abençoadas pela assistência superior e
amiga dos benfeitores espirituais do Lar da Bênção e pelo afeto inesquecível
daquelas que foram suas genitoras, as quais, ainda presas aos liames da carne,
são, no entanto, levadas à Colônia para auxiliar e acompanhar o reerguimento
dos filhos.
Cidade de Castrel Fonte: Livro A Vida Além do Véu, ditado por
vários Espíritos, recebido pela escrita mediúnica mecânica do reverendo inglês
G. Vale Owen, edição FEB, tradução de Carlos Imbassahy. Essa Colônia
espiritual, cujas informações nos chegaram com a primeira edição do livro acima
citado (1920), tem como tarefa básica o atendimento à infância. Recebe
Espíritos desencarnados na infância, prepara-os para a nova realidade da vida,
reintegra-os aos planos que lhes são destinados após terem retornado à forma
adulta, ou prepara Espíritos para a reencarnação, acompanhando-os na fase
infantil. Apesar de a linguagem predominante no livro não ser atual, é uma obra
de leitura agradável, que muito nos esclarece. A Colônia, situada entre
montanhas, possui uma cúpula dourada no centro, cercada por um terraço cheio de
colunas. Uma longa rua corta a cidade de um extremo ao outro, formando uma
alameda, onde estão localizadas as residências dos seus dirigentes. Há muitos
terrenos, espaçosos edifícios e construções para o atendimento à criança. Vivem
aí muitos trabalhadores do campo, dedicados à horticultura, e muitos da cidade,
dedicados a tarefas juntos à infância. É uma localidade muito bela e iluminada;
há muitas fontes de água e predominância de ambiente harmônico. O desejo do bem
é a nota reinante”. -( FEB )-
Que a graça e a paz sejam conosco!
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