"Fui jovem e já sou velho, mas jamais vi o justo abandonado, nem seus filhos a mendigar o pão". -( Salmos, 36: 25 )-
Amados irmãos bom dia!
Quando se completa o período de nossa encarnação, chega o momento do nosso retorno ao mundo espiritual e hoje estudaremos como se dá esse processo.
Para muitos que vivem ligados à matéria, esse momento é doloroso, pois, não creem em seus real motivo. Para os que esperam no Senhor é um momento muito especial em que retornarão para casa, dando assim, continuidade à verdadeira vida.
Separação da alma do corpo
“A desencarnação não provoca, em geral, sofrimento ao
espírito desencarnante. A [...] alma se desprende gradualmente, não se escapa
como um pássaro cativo a que se restitua subitamente a liberdade. Aqueles dois
estados [vida e morte do corpo] se tocam e confundem, de sorte que o Espírito
se solta pouco a pouco dos laços que o prendiam. Estes laços se desatam, não se
quebram. A observação demonstra que, no instante da morte, o desprendimento do
perispírito não se completa subitamente; que, ao contrário, se opera
gradualmente e com uma lentidão muito variável conforme os indivíduos. Em uns é
bastante rápido, podendo dizer-se que o momento da morte é mais ou menos o da
libertação. Em outros, naqueles sobretudo cuja vida foi toda material e
sensual, o desprendimento é muito menos rápido, durando algumas vezes dias,
semanas e até meses, o que não implica existir, no corpo, a menor vitalidade,
nem a possibilidade de volver à vida, mas uma simples afinidade com o Espírito,
afinidade que guarda sempre proporção com a preponderância que, durante a vida,
o Espírito deu à matéria. É, com efeito, racional conceber-se que, quanto mais
o Espírito se haja identificado com a matéria, tanto mais penoso lhe seja
separar-se dela; ao passo que a atividade intelectual e moral, a elevação dos
pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida do corpo,
de modo que, em chegando a morte, ele é quase instantâneo. Nos estertores da
desencarnação, ou agonia, [...] a alma, algumas vezes, já tem deixado o corpo;
nada mais há que a vida orgânica. O homem já não tem consciência de si mesmo;
entretanto, ainda lhe resta um sopro de vida orgânica. O corpo é a máquina que
o coração põe em movimento. Existe, enquanto o coração faz circular nas veias o
sangue, para o que não necessita da alma. Nos instantes finais da separação,
muitas [...] vezes a alma sente que se desfazem os laços que a prendem ao
corpo. Emprega então todos os esforços para desfazê-los inteiramente. Já em
parte desprendida da matéria, vê o futuro desdobrar-se diante de si e goza, por
antecipação, do estado de Espírito. Vale
a pena destacar que o [...] último alento quase nunca é doloroso, uma vez que
ordinariamente ocorre em momento de inconsciência, mas a alma sofre antes dele
a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da
perturbação. Demo-nos pressa em afirmar que esse estado não é geral, porquanto
a intensidade e duração do sofrimento estão na razão direta da afinidade
existente entre corpo e perispírito. Assim, quanto maior for essa afinidade,
tanto mais penosos e prolongados serão os esforços da alma para desprender-se.
Há pessoas nas quais a coesão é tão fraca que o desprendimento se opera por si
mesmo, como que naturalmente; é como se um fruto maduro se desprendesse do seu
caule, e é o caso das mortes calmas, de pacífico despertar. A causa principal
da maior ou menor facilidade de desprendimento é o estado moral da alma. A
afinidade entre o corpo e o perispírito é proporcional ao apego à matéria, que
atinge o seu máximo no homem cujas preocupações dizem respeito exclusiva e
unicamente à vida e gozos materiais. Ao contrário, nas almas puras, que
antecipadamente se identificam com a vida espiritual, o apego é quase nulo. E
desde que a lentidão e a dificuldade do desprendimento estão na razão do grau
de pureza e desmaterialização da alma, de nós somente depende o tornar fácil ou
penoso, agradável ou doloroso, esse desprendimento”. -( FEB )-
Que a graça e a paz sejam conosco!
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