"Ainda que caia, não ficará prostrado, porque o Senhor o sustenta pelas mãos". -( Salmos, 36: 24 )-
Amados irmãos, bom dia!
Quando estamos no plano espiritual, muitas vezes escolhemos as provas que iremos passar aqui. Não sabemos o que escolhemos e nem se iremos conseguir passar por elas. Às vezes escolhemos provas muito duras com o objetivo de nos redimir, outras vezes nos são disponibilizadas no intuito de nos melhorarmos. Há algumas, de certa forma, difíceis de compreender, mas, todas estão nos planos do Senhor, portanto, peçamos a Ele e aos bons Espíritos força e coragem para realizá-las.
Separação da alma do corpo na morte súbita
“A morte súbita pode ou não estar associada a um ato de
violência. São mortes violentas: homicídios, torturas, suicídios, desastres,
calamidades naturais ou provocadas pelo homem, etc. Tais mortes provocam ao
desencarnante sofrimento que varia ao infinito.
Na morte violenta as sensações não são precisamente as
mesmas. Nenhuma desagregação inicial há começado previamente a separação do
perispírito; a vida orgânica em plena exuberância de força é subitamente
aniquilada. Nestas condições, o desprendimento só começa depois da morte e não
pode completar-se rapidamente. O Espírito, colhido de improviso, fica como que
aturdido e sente, e pensa, e acredita-se vivo, prolongando-se esta ilusão até
que compreenda o seu estado.
Este estado intermediário entre a vida corporal e
a espiritual é dos mais interessantes para ser estudado, porque apresenta o
espetáculo singular de um Espírito que julga material o seu corpo fluídico,
experimentando ao mesmo tempo todas as sensações da vida orgânica. Há, além
disso, dentro desse caso, uma série infinita de modalidades que variam segundo
os conhecimentos e progressos morais do Espírito.
Para aqueles cuja alma está
purificada, a situação pouco dura, porque já possuem em si como que um
desprendimento antecipado, cujo termo a morte mais súbita não faz senão
apressar. Outros há, para os quais a situação se prolonga por anos inteiros. É
uma situação essa muito frequente até nos casos de morte comum, que nada tendo
de penosa para Espíritos adiantados, se torna horrível para os atrasados.
No
suicida, principalmente, excede a toda expectativa. Preso ao corpo por todas as
suas fibras, o perispírito faz repercutir na alma todas as sensações daquele,
com sofrimentos cruciantes. O estado do
Espírito por ocasião da morte pode ser assim resumido: Tanto maior é o
sofrimento, quanto mais lento for o desprendimento do perispírito; a presteza
deste desprendimento está na razão direta do adiantamento moral do Espírito;
para o Espírito desmaterializado, de consciência pura, a morte é qual um sono
breve, isento de agonia, e cujo despertar é suavíssimo.
Para que cada qual trabalhe na sua
purificação, reprima as más tendências e domine as paixões, preciso se faz que
abdique das vantagens imediatas em prol do futuro, visto como, para
identificar-se com a vida espiritual, encaminhando para ela todas as aspirações
e preferindo-a à vida terrena, não basta crer, mas compreender. Devemos
considerar essa vida debaixo de um ponto de vista que satisfaça ao mesmo tempo
à razão, à lógica, ao bom senso e ao conceito em que temos a grandeza, a
bondade e a justiça de Deus.
Considerado deste ponto de vista, o Espiritismo,
pela fé inabalável que proporciona, é, de quantas doutrinas filosóficas que
conhecemos, a que exerce mais poderosa influência. O espírita sério não se limita
a crer, porque compreende, e compreende, porque raciocina; a vida futura é uma
realidade que se desenrola incessantemente a seus olhos; uma realidade que ele
toca e vê, por assim dizer, a cada passo e de modo que a dúvida não pode
empolgá-lo, ou ter guarida em sua alma. A vida corporal, tão limitada,
amesquinha-se diante da vida espiritual, da verdadeira vida. Que lhe importam
os incidentes da jornada se ele compreende a causa e utilidade das vicissitudes
humanas, quando suportadas com resignação? A alma eleva-se-lhe nas relações com
o mundo visível; os laços fluídicos que o ligam à matéria enfraquecem-se,
operando-se por antecipação um desprendimento parcial que facilita a passagem
para a outra vida. A perturbação consequente à transição pouco perdura, porque,
uma vez franqueado o passo, para logo se reconhece, nada estranhando, antes
compreendendo, a sua nova situação”. -( FEB )-
Que a graça e a paz sejam conosco!
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