quinta-feira, 30 de abril de 2015

Se alguém vos bate na face direita, apresentai-lhe também a outra


"... sede pois cheios de  misericórdia, como vosso Deus é cheio de misericórdia". -(São Lucas, 6:36 )-



Caros irmãos, bom dia!
Que nosso Irmão Maior, possa nos iluminar, dando o entendimento e a prática de suas palavras, nos levando sempre a ser melhores a cada dia.








                    Se alguém vos bate na face direita apresentai-lhe também a outra


"Os preconceitos do mundo sobre o que se convencionou chamar o ponto de honra, dão essa suscetibilidade sombria, nascida do orgulho e da exaltação da personalidade, que leva o homem a retribuir injúria por injúria, insulto por insulto, o que parece a justiça para aquele cujo senso moral não se eleva acima das paixões terrestres; por isso, a lei mosaica dizia olho por olho, dente por dente, lei em harmonia com o tempo em que vivia Moisés. Cristo veio e disse: retribuí o mal com o bem. E disse mais: "Não resistais ao mal que se vos queiram fazer; se alguém vos bater sobre uma face, apresentai-lhe a outra." Ao orgulhoso esta máxima parece uma covardia, porque não compreende que haja mais coragem em suportar um insulto do que em se vingar, e isso sempre por essa causa que faz com que a sua visão não se transporte além do presente. Entretanto, é preciso tomar esta máxima ao pé da letra? Não mais que aquela que diz para arrancar o olho, se ele for motivo de escândalo; acentuada em todas as suas consequências, seria condenar toda repressão, mesmo legal, e deixar o campo livre aos maus, lhes dissipando todo o medo; se não se opusesse um freio às suas agressões, logo todos os bons seriam suas vítimas. O próprio instinto de conservação, que é uma lei natural, diz que não é preciso estender benevolentemente o pescoço ao assassino. Por essas palavras, portanto, Jesus não interditou a defesa, mas condenou a vingança. Em dizendo para apresentar uma face quando a outra foi batida, é dizer, sob outra forma, que não preciso retribuir o mal com o mal; que o homem deve aceitar com humildade tudo o que tende a rebaixar-lhe o orgulho; que é mais glorioso para si ser ferido do que ferir, suportar pacientemente uma injustiça, do que ele próprio cometer uma; que vale mais ser enganado do que enganador, ser arruinado do que arruinar os outros. Isto é, ao mesmo tempo, a condenação do duelo, que não é outra coisa senão uma manifestação do orgulho. Só a fé na vida futura e na justiça de Deus, que não deixa jamais o mal impune, pode dar a força de suportar pacientemente os golpes dirigidos contra os nossos interesses e o nosso amor-próprio; por isso, dizemos incessantemente: Dirigi vossos olhares para a frente; quanto mais vos eleveis pelo pensamento, acima da vida material, menos sereis magoados pelas coisas da Terra. 


Que a coragem de amar seja a nossa força.
A graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Amai os vossos inimigos III


"... sede pois cheios de misericórdia, como vosso Deus é cheio de misericórdia". -( São Lucas, 6:36 ) -


Bom dia irmãos!
Que este dia nos traga força e fé para continuarmos na caminhada rumo ao Cristo e que o perdão  e a  caridade sejam hábitos em nossa vida.



                                                            Os inimigos desencarnados

"Tem o espírita ainda outros motivos de indulgência para com seus inimigos. Sabe ele, primeiro, que a maldade não é o estado permanente dos homens; que ela se deve a uma imperfeição momentânea e que, do mesmo modo que a criança se corrige dos seus defeitos, o homem mau reconhecerá um dia seus erros e se tornará bom.

Sabe ainda que a morte não o livra senão da presença material de seu inimigo, mas que este pode persegui-lo com o seu ódio, mesmo depois de ter deixado a Terra; que, assim a vingança falha no seu objetivo e ao contrário, tem por efeito produzir uma irritação maior que pode continuar de uma existência a outra. Cabe ao Espiritismo provar, pela experiência e pela lei que rege as relações do mundo visível e do mundo invisível, que a expressão: apagar o ódio com o sangue é radicalmente falsa e o que é verdadeiro, é que o sangue conserva o ódio, mesmo além do túmulo; de dar por conseguinte, uma razão de ser efetiva e uma utilidade prática ao perdão e à sublime máxima do Cristo: Amai os vossos inimigos. Não há coração tão perverso que não seja tocado de bons procedimentos, mesmo inconscientemente;  pelos bons procedimentos tira-se pelo menos todo pretexto de represálias; de um inimigo pode-se fazer um amigo, antes e depois da morte. Pelos maus procedimentos, ele se irrita e é então que ele próprio serve de instrumento à justiça de Deus para punir aquele que não perdoou.

Pode-se pois, ter inimigos entre os  encarnados e entre os desencarnados; os inimigos do mundo invisível manifestam sua malevolência pelas obsessões e pelas subjugações, das quais tantas pessoas são alvo e que são uma variedade das provas da vida; essas provas, como as outras, ajudam ao adiantamento e devem ser aceitas com resignação, e como consequência da natureza inferior do globo terrestre; se não houvesse homens maus na Terra, não haveria Espíritos maus ao redor dela. Se, pois, deve-se ter indulgência e benevolência para com os inimigos encarnados, devemos te-la igualmente para com aqueles que estão desencarnados... A caridade não tem apenas por efeito impedi-los de fazer o mal, mas de os conduzir no caminho do bem e de contribuir para sua salvação. É assim que a máxima: Amai os vossos inimigos, não está circunscrita ao círculo da Terra e da vida presente, mas se integra na grande lei da solidariedade e da fraternidade universais ". ( O Evangelho Segundo os Espiritismo, cap. 12, baseado em São Lucas, 6:32-36 ).


Como vimos o amor e o ódio não se restringem ao globo terrestre,  portanto meus irmãos não deixemos para fazer amanhã o que podemos fazer hoje. Se é para perdoar, perdoe e se é para amar, ame intensamente.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Amai os vossos inimigos II


"... sede pois cheios de misericórdia, como vosso Deus é cheio de misericórdia". -( São Lucas, 6:36 ) -


Bom dia!
Que a misericórdia de Deus possa estar conosco em todos os momentos, nos fortalecendo, nos induzindo a ser misericordiosos com aqueles que estão em nossa caminhada.
Que Deus nos abençoe!



 


                                                       Pagar o mal com o bem


"Amar os inimigos é um absurdo para o incrédulo; aquele para quem a vida presente é tudo, não vê o  inimigo senão um ser nocivo perturbando sua tradição e do qual crê que só a morte pode livra-lo; daí o desejo de vingança; não tem nenhum interesse em perdoar se isso não é para satisfazer seu orgulho aos olhos do mundo; perdoar mesmo em certos casos, lhe parece uma fraqueza indigna de si; se não se vinga, não lhe conserva menos rancor e um secreto desejo do mal.

Para o crente, mas para o espírita sobretudo, a maneira de ver é diferente, porque ele considera o passado e o futuro, entre os quais a vida presente não é senão um ponto; sabe que, pela própria destinação da Terra, deve prever encontrar nela homens maus e perversos; que as maldades das quais é alvo fazem parte das provas que deve suportar e o ponto de vista elevado em que se coloca, lhe torna as vicissitudes menos amargas, venham elas dos homens ou das coisas; se ele não se queixa das provas, não deve murmurar contra aqueles que delas são os instrumentos; se, em lugar de se lamentar, agradece a Deus por experimenta-lo, deve agradecer a mão que lhe  fornece a ocasião de provar sua paciência e sua resignação. Esse pensamento o dispõe  naturalmente ao perdão; ele sente, por outro lado, que quanto mais é generoso, mais se engrandece aos próprios olhos e se acha fora do alcance dos golpes malevolentes do seu inimigo.

O homem que ocupa uma posição elevada no mundo não se crê ofendido pelos insultos daquele a quem considera como seu inferior; assim ocorre com aquele que se eleva, no mundo moral, acima da Humanidade material; ele compreende que o ódio  e o rancor o aviltariam e o rebaixariam, ora para ser superior ao seu adversário, é preciso que tenha a alma maior, mais nobre e mais generosa".
( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 12, baseado em  São Mateus, 5:20, 43-47 e São Lucas, 6: 32-36 ).



Irmãos, que o amor que Jesus pregou em toda a sua vida, nos encha de vontade e de necessidade de avaliarmos nossas ações. Somente assim teremos certeza que amar o próximo, perdoar, relevar  é muito mais importante do que guardar sentimentos que só nos fazem mal e nos deprimem.
Assim sendo tentemos ser misericordiosos sempre. 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Amai os vossos inimigos I


"... sede pois  cheios de misericórdia, como vosso Deus é cheio de misericórdia". -( São Lucas 6:36 )-


Bom dia Irmãos!
Que a semana que se inicia renove nossa forças para vencer toda e qualquer dificuldade, que a fé e a esperança encha nosso coração de caridade, amor e paciência.


                                 


                                                     Pagar o mal com o bem


"Se o amor ao próximo é o princípio da caridade, amar os inimigos é sua aplicação sublime, porque esta virtude é uma das maiores vitórias alcançadas sobre o egoísmo e o orgulho.

Entretanto, equivoca-se geralmente sobre o sentido da palavra amor nessa circunstância; Jesus não quis dizer, por essas palavras, que se deve ter pelo inimigo a ternura que se tem para com um irmão ou amigo; a ternura supõe a confiança; ora, não se pode ter confiança naquele que sabemos nos querer mal; não se pode ter com ele os transportes de amizade, porque se sabe que é capaz de abusar disso; entre pessoas que desconfiam umas das outras, não poderá haver os laços de simpatia que existem entre aqueles que estão em comunhão de pensamentos; não se pode, enfim, ter o mesmo prazer ao se encontrar com um inimigo do que com um amigo.

Esse sentimento resulta mesmo de uma lei física: a da assimilação e da repulsa dos fluidos; o pensamento malévolo dirige uma corrente fluídica cuja impressão é penosa; o pensamento benevolente vos envolve de um eflúvio agradável, daí a diferença de sensações que se experimenta à aproximação de um amigo ou de um inimigo. Amar os inimigos não pode, pois, significar que não se deve fazer nenhuma diferença entre eles e os amigos; esse preceito não parece difícil, impossível mesmo de praticar, senão porque se crê falsamente que prescreve lhes dar o mesmo lugar no coração. Se a pobreza das línguas humanas nos obriga a se servir do mesmo termo para exprimir diversas nuanças de sentimentos, a razão deve diferencia-los segundo o caso.

Amar os inimigos não é, pois, ter para com eles uma afeição que não está na Natureza, porque o contato de um inimigo faz bater o coração de maneira bem diferente do de um amigo; é não ter contra eles nem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; é perdoar-lhe sem segunda intenção e incondicionalmente o mal que nos fazem; é não opor nenhum obstáculo à reconciliação; é desejar-lhe o bem, em lugar de desejar-lhe o mal;  é regozijar-se em lugar de se afligir pelo bem que os alcança; é lhes estender  mão segura em caso de necessidade; é abster-se, em palavras e em ações, de tudo que possa prejudica-los; enfim é lhes retribuir em tudo, o mal com o bem, sem intenção de os humilhar. Quem quer que faça isso cumpre as condições do mandamento: Amai os vossos inimigos". -( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 12, baseado em São Mateus, 5: 20, 43-47 e São Lucas, 6: 32-36 )-


Bem irmãos, aprendemos que perdoar é divino. E com certeza o perdão é muito melhor para quem perdoa. Tentemos perdoar aqueles que menos evoluídos moral e espiritualmente do que nós ainda tentam nos atingir com palavras, gestos e ações.
Uma ótima segunda -feira!

domingo, 26 de abril de 2015

Amai os vossos inimigos

"... sede pois cheios de misericórdia, como vosso Deus é cheio de misericórdia", -( São Lucas, 6: 36 )-


Amados irmãos, bom dia!
Nessa semana estudamos textos de uma compreensão mais difícil de certa forma, mas, que são altamente instrutivos, uma vez que saibamos compreender a essência da mensagem. Sabemos que a linguagem utilizada à época em que os evangelhos foram escritos era muito limitada e assim, exige de nós um maior grau de entendimento.
Na palestra de hoje temos a oportunidade de melhor compreendermos.
Que nosso Pai celestial e os bons Espíritos nos capacitem para melhor absorvermos tão nobres ensinamentos.




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 25 de abril de 2015

A oração do Pai Nosso


"Assim quem dentre vós não renuncia a tudo que tem, não pode ser meu discípulo". - ( São Lucas, 14:33 ) -



Amados irmãos, bom dia!
A cada novo amanhecer o Senhor nos oferece uma nova oportunidade de reiniciar nossa caminhada em busca do nosso aprimoramento. Que saibamos aproveitar cada oportunidade oferecida, pois, não sabemos até quando aqui estaremos e não podemos deixar nossa parte inacabada na construção da obra a nós delegada.
Vamos meditar hoje na oração que nosso Mestre Jesus nos ensinou e procurar torna-la viva em nossos corações e em nosso proceder.



"Pai nosso que estais no céu,
santificado seja o vosso nome,
venha a nós o vosso reino,
seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu;
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas assim como perdoamos aos nossos devedores,
e não nos deixeis cair em tentação, mas, livrai-nos do mal".
Assim seja!






Que a graça e a paz sejam conosco!


sexta-feira, 24 de abril de 2015

Não vim trazer a paz, mas a divisão II


"Assim quem dentre vós não renuncia a tudo que tem, não pode ser meu discípulo". - ( São Lucas, 14:33 ) -



Caros Irmãos, mais uma vez juntos estamos com a permissão do Senhor. Esperamos que esta semana tenha sido de  muitas dúvidas e aprendizado, principalmente no que concerne às nossas palavras e o entendimento das mesmas por quem as ouve. Este capítulo nos faz repensar sobre a importância de nossos comentários, que deverão ser sempre salutares e de proveito para o próximo. Quando o assunto não traz benefícios deveremos sempre nos abster de participar da conversação.



 
                         



                                                Não vim trazer a paz, mas a divisão


"Quando Jesus disse: Não creiais que eu vim trazer a paz, mas a divisão, seu pensamento era este: Não creiais que a minha doutrina se estabeleça pacificamente; ela conduzirá a lutas sangrentas, das quais meu nome será o pretexto, porque os homens não me terão compreendido, ou não terão querido me compreender; os irmãos, separados por sua crença, tirarão a espada um contra o outro e a divisão reinará entre os membros de uma mesma família que não tiveram a mesma fé. Eu vim lançar o fogo sobre a terra para limpa-la dos erros e dos preconceitos, como se coloca fogo num campo para nele destruir as más ervas e tenho pressa que ele se acenda para que a depuração seja mais pronta, porque desse conflito a verdade sairá triunfante; à guerra sucederá a paz; ao ódio dos partidos, a fraternidade universal; às trevas do fanatismo,  a luz da fé esclarecida. Então, quando o campo estiver preparado, eu vos enviareis o Consolador, O Espírito de Verdade, que virá restabelecer todas as coisas; quer dizer, em fazendo conhecer o verdadeiro sentido das minhas palavras, os homens mais esclarecidos poderão, enfim, compreender e por fim à luta fratricida que divide os filhos de um mesmo Deus. Cansados, enfim, de um combate sem resultado, que não  arrasta atrás de si senão a desolação e leva a perturbação até ao seio das famílias...Todos então virão se abrigar sob a mesma bandeira: a da caridade e as coisas serão restabelecidas sobre a Terra, segundo a verdade e os princípios que vos ensinei.

O Espiritismo vem realizar no tempo certo as promessas do Cristo; entretanto, não pode faze-lo sem destruir os abusos; como Jesus,  encontra sobre seus passos o orgulho, o egoísmo, a ambição, a cupidez,  o fanatismo cego que, batidos em suas últimas trincheiras, tentam lhe barrar o caminho e lhe suscitam entraves e perseguições; por isso lhe é preciso também combater...As lutas que se tem a suportar são todas morais e o seu termo se aproxima...estas durarão apenas alguns anos, porque a luz, em  lugar de partir de um só foco, jorra sobre  todos os pontos do globo e abrirá mais cedo os olhos aos cegos.

Essas palavras de Jesus devem, pois, entender-se como as cóleras que ele previa que sua doutrina iria levantar, os conflitos momentâneos que lhe iriam ser a consequência, as lutas que teria que sustentar antes de se estabelecer como ocorreu com os Hebreus antes da sua entrada na Terra Prometida e não como um  desígnio  premeditado, da sua parte, de semear a desordem e a confusão. O mal deveria vir dos homens e não dele"... ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 23, baseado  em São Lucas, 12:49 a 53 ).


Que todos tenhamos um bom fim de semana, cheio de paz, harmonia, amor e caridade.
Que a Luz do Divino Mestre Jesus seja conosco. 


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Não vim trazer a paz, mas a divisão I

 
 
"Assim quem dentre vós não renunciar a tudo que tem, não pode ser meu discípulo". - (São Lucas. 14:33 ) -
 
 
Bom dia! Que o nosso Irmão Maior, possa estar conosco, nos induzindo ao entendimento e à prática de seus ensinamentos.
Que Sua Luz seja conosco.



 
 
Não vim trazer a paz, mas a divisão I
 
 
"Foi Jesus, a personificação da doçura e da bondade, ele que não cessou de pregar o amor ao próximo, quem pode dizer: "Eu não vim trazer a paz, mas a espada; eu vim separar o filho do pai, o esposo  da esposa; eu vim lançar o  fogo sobre a Terra e tenho pressa que ele se acenda? Essas palavras não estão em contradição flagrante com  o seu ensinamento? Não há blasfêmia em lhe atribuir a linguagem de um conquistador sanguinário e devastador? Não , não há nem blasfêmia, nem contradição nessas palavras, porque foi ele mesmo quem as pronunciou e elas testemunham a sua alta sabedoria; somente a forma, um pouco equívoca, não exprime exatamente  o seu pensamento, o que fez com que se desprezasse seu sentido verdadeiro: tomadas ao pé da letra,  tenderiam a transformar a sua missão, toda pacífica, numa missão de perturbações e de discórdias, consequência absurda que o bom senso faz afastar, porque Jesus não poderia se contra dizer.
 
Toda ideia nova encontra forçosamente oposição e não há uma única que tenha estabelecido sem lutas; ora em semelhante caso, a resistência está sempre em razão da importância dos resultados previstos, porque quanto maior, mais fere interesses... A medida da importância e dos resultados de uma ideia nova se encontra, assim, na emoção que causa em seu aparecimento, na violência da oposição que levanta e no grau e persistência da cólera dos seus adversários.
 
Jesus vinha proclamar uma doutrina que solapava pelas bases os abusos nos quais viviam os Fariseus, os Escribas e os Sacerdotes do seu tempo; assim o fizeram morrer, crendo matar a ideia matando o homem; mas a ideia sobreviveu, porque era verdadeira; cresceu porque estava nos desígnios de Deus e saída de um obscuro burgo da Judéia, foi plantar sua bandeira na  própria capital do mundo pagão, ( Roma ),  em frente dos seus inimigos mais obstinados, daqueles que tinham maior interesse em combate-la, porque ela derrubava as crenças seculares que muitos tinham bem mais por interesse do que por convicção.
 
Há a observar-se que o Cristianismo chegou quando o paganismo estava em seu declínio e se debatia contra as luzes da razão. Era praticado ainda quanto à forma, mas a crença tinha desaparecido, só o interesse pessoal o sustentava.
 
Infelizmente os adeptos da nova doutrina não se entenderam sobre a interpretação das palavras do Mestre, a maior parte veladas sob alegoria e a figura. Daí nasceram, desde o início, as seitas numerosas que pretendiam, todas, terem a verdade exclusiva e que dezoito séculos ( e até o momento atual ), não puderam por de acordo. Esquecendo o mais importante dos divinos preceitos, aquele do qual Jesus havia feito a pedra angular de seu edifício e a condição expressa de salvação: a caridade, a fraternidade e o amor ao próximo, essas seitas trocavam anátemas e se arrojaram umas sobres as outras, as mais fortes esmagando  as mais fracas, abafando-as no sangue, na tortura e nas chamas das fogueiras. Os cristãos vencedores do Paganismo, de perseguidos se fizeram perseguidores; foi com o ferro e o fogo que plantaram a cruz do cordeiro sem mácula, nos dois mundos. É um fato constatado que as guerras religiosas foram as mais cruéis e fizeram mais vítimas do que as guerras políticas e que em nenhuma se cometeram mais atos de atrocidades e de barbárie". ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 23, baseado em São Lucas, 12:49 a 53 ).   

 
Nota: Os dois parênteses incluídos no texto foi de nossa responsabilidade.
 
 
Esta reflexão, serve como base para  no século XXI, quando muitos de nossos irmãos em Humanidade, utilizam as palavras do Cristo, para se degladiarem em busca das coisas que o mundo material oferece e para imporem a sua verdade. Oremos por eles, rogando ao Pai, que eles ainda tenham tempo de entender que todos nós só deveremos estar preocupados com a prática da caridade; que se resume nas palavras Dele: "Amar o próximo como Eu vos amei".

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Deixai aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos

 
 
"Assim quem dentre vós não renunciar a tudo que tem, não pode ser meu discípulo". - ( São Lucas. 14:33 ) -
 
 
Caros Irmãos!
Agradeçamos por cada momento, cada oportunidade vivida aqui, agradeçamos a mãe Terra que nos acolhe em seu seio com tanto amor e façamos a nossa parte com a natureza, cuidando dela como ela cuida de nós. Oremos irmãos, contra o desmatamento, oremos para que a água, esse alimento vital nunca nos falte. Que a Mãe Natureza nos perdoe por maltrata-la tanto.





                                       Deixai aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos.
 
"Que podem significar estas palavras? "Deixai aos mortos o cuidado  de enterrar seus mortos"? As considerações precedentes mostram primeiro que, na circunstância em que foram pronunciadas, não podem exprimir uma censura contra aquele que considera um dever de piedade filial ir enterrar seu pai; elas encerram, porém, um sentido profundo, que só um conhecimento mais completo da vida espiritual poderia  fazer compreender.
 
A vida espiritual, com efeito, é a verdadeira vida; é a vida normal do Espírito; sua existência terrestre é transitória e passageira; é uma espécie de morte comparada ao esplendor e à atividade da vida espiritual. O corpo não é senão uma veste grosseira que reveste momentaneamente o Espírito, verdadeira cadeia que o prende à gleba da Terra e da qual se sente feliz de estar livre. O respeito que se tem pelos mortos não se prende à matéria, mas, pela lembrança, ao Espírito ausente, é análogo àquele que se tem pelos objetos que lhe pertenceram, que tocou e que aqueles que o amam guardam como relíquias. É o que esse homem não poderia compreender por si mesmo; Jesus lhe ensina, dizendo: Não  vos inquieteis com o corpo, mas pensai antes no Espírito; ide ensinar o reino de Deus; ide dizer aos homens que sua pátria não está na Terra, mas no céu, porque lá somente está a verdadeira vida". ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 23, baseado em São Lucas, 9:59,60 ).
 
 
Irmãos, que a graça e paz do Mestre esteja conosco.
Que tenhamos todos um bom dia, cheio de amor, tranquilidade e harmonia.
Que a nossa fé no futuro espiritual seja maior do que qualquer provação ou vicissitude aqui na Terra.
E que o Pai nos abençoe sempre abundantemente.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Deixar seu pai e sua mãe


"Assim quem dentre vós não renuncia a tudo que tem, não pode ser meu discípulo". - ( São Lucas. 14:33 ) -



Amados irmãos, bom dia!
Que o Consolador Prometido nos ampare mais uma vez nesta etapa do nosso trabalho e que ele possa trazer sempre para todos nós, paz, luz, resignação e muita fé para vencermos todas as provações e vicissitudes da vida.








                                                            Deixar seu pai e sua mãe


"Sem discutir as palavras, é preciso aqui procurar o pensamento, que era evidentemente este: "Os interesses da vida futura se sobrepõem a todos os interesses e todas  as considerações humanas", porque está de acordo com o fundo da doutrina de Jesus, ao passo que a ideia de renúncia à família seria a negação.

Não temos, aliás sob nossos olhos, a aplicação dessas máximas no sacrifício dos interesses e das afeições da família pela pátria? Censura-se um filho por deixar seu pai, sua mãe, seus irmãos, sua mulher, seus filhos para marchar em defesa do seu país? Não, se lhe reconhece ao contrário um mérito... Há pois deveres que  se sobrepõe a outros deveres. A lei não torna uma obrigação à filha deixar seus pais e acompanhar seu esposo? O mundo está repleto de casos em que as separações, as mais penosas, são necessárias; mas as afeições não são quebradas por isso; a distância não diminui nem o respeito, nem a solicitude, que se deve aos pais, nem a ternura pelos filhos. Vê-se, pois, que, mesmo tomadas ao pé da letra, salvo o termo odiar, essas palavras não seriam a negação do mandamento que prescreve honrar pai e mãe, nem do sentimento de ternura paternal e com mais forte razão se tomadas quanto ao espírito. Elas tinham por finalidade mostrar, por uma hipérbole, quanto era imperioso o dever de se ocupar com a  vida futura. Deveriam, aliás, ser menos chocantes num povo e numa época em que em consequência dos costumes, os laços de  família tinham menos força do que numa civilização moral mais avançada; esses laços, mais fracos nos povos primitivos, se fortificam com o desenvolvimento da sensibilidade e do senso moral. A própria separação é necessária ao progresso; ocorre nas famílias, como nas raças; elas se abastardam se não há cruzamento, se não enxertam umas nas outras; é uma lei natural, tanto no interesse do progresso moral quanto do progresso físico.

Essas coisas não são examinadas aqui senão do ponto de vista terrestre; o Espiritismo nos faz vê-las de mais alto, em nos mostrando que os verdadeiros laços de afeição são os do Espírito e não os do corpo; que esses laços não se rompem, nem pela separação, nem mesmo pela morte do corpo; que eles se fortalecem na vida espiritual pela depuração do Espírito: Verdade consoladora que dá uma grande força para suportar as vicissitudes da vida". ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 23, baseado nos Evangelhos de São Lucas, 18: 28 a 30, 9:61,62 e São Mateus, 19:29 ).


Meus irmãos, hoje os tempos são outros, para seguirmos os passos de Jesus, não precisamos mais deixar nosso familiares. Precisamos nos despojar do nosso orgulho, egoísmo, inveja, ódio, mágoas, ressentimentos; essas ferrugens que nos corroem e deixar que estes lugares sejam ocupados pelas virtudes: como o perdão, amor, humildade, caridade e outras tantas, que podemos ir adquirindo com o tempo. Precisamos ter a coragem de começar.... Que Sua luz esteja sempre conosco.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Moral estranha




"Assim quem dentre vós não renunciar a tudo que tem, não pode ser meu discípulo". - ( São Lucas. 14:33 ) -



Bom dia!
Mais uma semana nos permite o Pai de recomeçarmos, aproveitemos nosso precioso tempo para sempre estarmos imbuídos na prática do amor e da caridade. Que estejamos repletos da centelha divina para compartilharmos com todos que de nós aproximar.
Que Deus continue nos abençoando.




 


                                                             Quem não odeia seu pai e sua mãe

"Certas palavras, muito raras, de resto, fazem um contraste tão estranho na boca do Cristo, que, instintivamente, se rejeita seu sentido literal, e a sublimidade de sua doutrina não sofre com isso nenhum prejuízo. Escritas depois da sua morte, uma vez que nenhum Evangelho foi escrito durante a sua vida, é lícito crer que, nesse caso, o fundo do seu pensamento não foi tão bem exprimido, ou, o que não é menos provável, o sentido primitivo pode sofrer alguma alteração, passando de uma língua para outra. Bastaria que um erro fosse feito uma primeira vez, para que tivesse sido repetido nas reproduções, como se vê, tão frequentemente, nos fatos históricos.

A palavra ódio, nesta frase de  São Lucas: Se alguém vem a mim e não odeia seu pai e sua mãe, está nesse caso; não há ninguém que a tenha tido o pensamento de atribui-la a Jesus; seria pois supérfluo discuti-la e ainda menos procurar justifica-la. Seria preciso saber primeiro se ele a  pronunciou e na afirmação, saber se, na língua em que se exprimia, essa palavra tinha o mesmo valor que na nossa. Nesta passagem de São João: "Aquele que odeia sua vida neste mundo a conserva para a vida eterna", é certo que não exprime a ideia que lhe atribuímos.

A língua hebraica não é rica e havia muitas palavras com  vários significados. Tal é, por exemplo, aquele que, no Gênese, designa as fases da criação e serviu a uma só vez para exprimir um período de  tempo qualquer e a revolução diurna; daí, mais tarde, sua tradução para a palavra dia, e a crença que o mundo foi obra de seis vezes vinte e quatro horas. Tal é ainda a palavra que se dizia de um camelo e de um cabo, porque os cabos eram feitos de pelo de camelo e que foi traduzida por camelo na alegoria do buraco da agulha,

É preciso, aliás, ter em conta os costumes e o caráter dos povos, que influem sobre o gênio particular de suas línguas; sem esse conhecimento, o sentido verdadeiro de certas palavras escapa; de uma língua a outra, a mesma palavra tem mais ou menos energia; pode ser uma injúria ou uma blasfêmia em uma  e não significar em outra, segundo a ideia que a ela se atribuiu; na mesma língua, certas palavras perdem seu significado, alguns séculos depois; por isso, uma tradução rigorosamente literal não exprime sempre perfeitamente o pensamento; e para ser exato, é preciso por vezes empregar, não as palavras correspondentes, mas palavras equivalentes ou perífrases.

Essas advertências encontram uma aplicação especial na interpretação das Santas Escrituras e dos Evangelhos em particular. Se não leva em conta o meio no qual viveu Jesus, fica-se exposto a equivocar-se sobre o valor de certas expressões e de certos fatos, em consequência do hábito que se tem de comparar os outros a si mesmo. Por essa razão, é preciso pois afastar da palavra ódio a acepção moderna, como contrária ao espírito do ensinamento de Jesus". ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 23, baseado no Evangelho de São Lucas, 14:25,26,27,33 e São Mateus, 10:37 ).

Observação: Non odit em latim, Kai ou misei em grego, não que dizer odiar, mas, amar menos, não amar tanto quanto, igual a um outro. O que exprime o verbo grego e hebreu, do qual Jesus deve ter se servido







domingo, 19 de abril de 2015

Palestra "honrai vosso pai e a vossa mãe"


"Assim, quem dentre vós não renuncia a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo". -( São Lucas: 14:33 )-



Amados irmãos, bom dia!
O respeito que devemos a nossos pais tem que nos levar a renunciar a tudo para que, verdadeiramente, possamos amá-los como merecem. Neste planeta, nós os escolhemos e, portanto, sejamos sábios para não deixarmos incompleta a nossa missão regeneradora.
Vamos meditar nas palavras de nosso irmão João Moura, que em muito nos ajudarão nessa missão.
Que nosso Pai celestial e os bons Espíritos nos auxiliem na compreensão e na prática desses preciosos ensinamentos.






Um lindo e abençoado dia a todos com nosso abraço fraterno!



sábado, 18 de abril de 2015

Oração pela família


"Honrai a vosso pai e  a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo sobre a terra, que o Senhor vosso Deus vos dará".  - ( Decálogo; Êxodo, cap. 20:12 ) -


Amados irmãos, bom dia!
Temos visto nessa semana a importância da família, tanto a nível pessoal quanto para a sociedade. Considerada a "célula mater" da sociedade, vamos apresentá-la a nosso Pai a fim de que por Ele seja abençoada e que por nós seja preservada em amor, compreensão, amizade, amparo e dedicação.
Meditando com essa linda canção vamos pedir a nosso Mestre Jesus que nos dirija na construção e edificação das nossas famílias e de tantas que precisam de nossas orações.





Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A ingratidão dos filhos e os laços de família II


"Honrai a vosso pai e  a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo sobre a terra, que o Senhor vosso Deus vos dará".  - ( Decálogo; Êxodo, cap. 20:12 ) -


Bom dia!
Que esta sexta-feira seja para todos nós repleta de harmonia e boas ações, que o Mestre possa nos acompanhar, nos auxiliando e nos conduzindo.
Que sua graça e sua luz continue nos  fortalecendo a seguir sempre rumo a Ele.








                                         A ingratidão dos filhos  e os laços de família



"Desde o berço, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz de sua existência anterior; é a estuda-los que é preciso se aplicar. Todos os males tem seu princípio no egoísmo e no orgulho; espreitai, pois, os menores sinais que revelem os germes desses vícios, e empenhai-vos em combate-los. Se deixais se desenvolverem o orgulho e o egoísmo, não vos espanteis de ser mais tarde pagos pela ingratidão. Quando os pais fizeram tudo o que deviam para o adiantamento moral dos filhos, se não saem bem, não tem censuras a se fazer e sua consciência pode estar tranquila...

Deus não faz a prova acima das forças daquele que a pede; não permite senão aquelas que podem ser cumpridas; se não se triunfa, não, é, pois, a possibilidade que falta, mas a vontade, porque quantos há que em lugar de resistir aos maus arrastamentos, neles se comprazem; a estes estão reservados os prantos e os gemidos em suas existências posteriores; mas admirai a bondade de Deus, que nunca fecha a porta ao arrependimento. Chega um dia em que o culpado está cansado de sofrer, em que seu orgulho está enfim domado e é então que Deus abre os braços paternais ao filho pródigo que se lhe lança aos pés. As fortes provas, entendei-me bem, são quase sempre o indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito, quando são aceitas por amor a Deus. É um momento supremo e nele, sobretudo, importa não falir murmurando, se, não se quer perder o fruto e ter de recomeçar...

De todas as provas, as mais penosas são as que afetam o coração; alguém suporta com coragem a miséria e as privações materiais, mas sucumbe ao peso dos desgostos domésticos, esmagado pela ingratidão dos seus... Mas que pode melhor, nessas circunstâncias, revelar a coragem moral que o conhecimento das causas do mal e a certeza de que, se há extrema aflição não há desesperos eternos, por que Deus não pode  querer que sua criatura sofra sempre? Quer mais consolador, mais encorajador que esse pensamento de que depende só de mais si, de seus próprios  esforços, abreviar o sofrimento, destruindo em si as causas do mal?... Nesse golpe de vista lançado sob o conjunto, os laços de família aparecem sob sua verdadeira luz; não são laços frágeis da matéria reunindo os membros, mas os laços duráveis do Espírito, que se perpetuam e se consolidam em se depurando, em lugar de se romperem pela reencarnação.

Os Espíritos que a semelhança dos gostos, a identidade de progresso moral e afeição levam a se reunirem, formam famílias; esses mesmos Espíritos, em suas migrações terrestres, se procuram para se agruparem como o fazem no espaço; daí nascem as famílias unidas e homogêneas e em sua peregrinações, estão momentaneamente separados, reencontram-se mais tarde, felizes com os novos progressos"... ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 14, Santo Agostinho, Paris, 1862).





                                                     Façamos a nossa parte.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

A ingratidão dos filhos e os laços de família I


"Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo sobre a terra, que o Senhor vosso Deus vos dará". - ( Decálogo; Êxodo, cap.  20:12 ) -


Bom dia Irmãos!
Que a paz do Senhor esteja conosco.
Queremos nos desculpar pela não publicação de ontem, devido a um problema técnico. Ela já está disponível com a data de hoje.
E o assunto de hoje  por ser de extrema importância e muito extenso, nos o dividiremos em duas partes. Contamos com a compreensão de todos e uma boa leitura.






                                            A ingratidão dos filhos e os laços de família


"A ingratidão é um dos frutos mais imediatos do egoísmo; revolta sempre os corações honestos; mas a dos filhos com relação aos pais, tem um caráter ainda mais odioso; é sob esse ponto de vista especialmente que vamos encara-la para analisar-lhe as causas e os efeitos. Aqui como por toda a parte, o Espiritismo veio lançar luz sobre um dos problemas do coração humano.

Quando o Espírito deixa a Terra, carrega consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua natureza e vai para o espaço se aperfeiçoar ou ficar estacionário, até que queira ver a luz. Alguns, pois, partiram carregando consigo ódios poderosos, desejos de vingança insatisfeitos; mas alguns destes, mais avançados que os outros, é permitido entrever algo da verdade; eles reconhecem os funestos efeitos de suas paixões e então, tomam boas resoluções; compreendem que para ir a Deus não há senão uma senha: caridade; ora, não há caridade sem esquecimento de ultrajes e  de injúrias; não há caridade com ódio no coração e sem perdão.

Então, por um esforço inaudito, olham aqueles que detestaram na Terra, mas ante essa visão, sua animosidade desperta; revoltam-se com a ideia de perdoar e mais ainda com a de abdicarem de si mesmos, sobretudo, à  de amarem aqueles que talvez lhe destruíram a fortuna, a honra, a família. Entretanto, o coração desses infortunados está abalado; eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários; se a boa resolução vence, pedem a Deus, imploram aos bons Espíritos que lhes deem forças no momento mais decisivo da prova.

Enfim, depois de alguns anos de meditação e de preces, o Espírito se aproveita de um corpo que se prepara na família daquele que detestou e pede para ir cumprir na Terra os destinos desse corpo que vem a se formar...O contato incessante dos seres que odiou é uma prova terrível, sob a qual sucumbe, às vezes, se sua vontade não é bastante forte. Assim, segundo triunfe a boa ou a má resolução, será amigo ou inimigo daqueles no meio do qual foi chamado a viver. Por aí se explicam esses ódios, essas repulsas instintivas que se notam em certas crianças e que nenhum ato anterior parece  justificar...para compreende-la é preciso voltar os olhos sobre o passado.

Ó Espíritas! compreendei hoje o grande papel da Humanidade; compreendei que quando produzis um corpo, a alma que nele se encarna vem do espaço para progredir; sabei vossos deveres e colocai todo vosso amor em aproximar essa alma de Deus; é a missão que vos está confiada e da qual recebereis a recompensa, se a cumprirdes fielmente. Vossos cuidados, a educação que lhe derdes ajudarão seu aperfeiçoamento  e seu bem estar futuro, ( -' ou o atraso do seu desenvolvimento moral'- ). Pensai que a cada pai e a cada mãe Deus perguntará: "Que fizestes do filho confiado a vossa guarda?...

Não rejeiteis, pois, a criança de berço que repele sua mãe, nem aquele que vos paga com ingratidão; não é o acaso que o fez assim e que vo-lo deu. Uma intuição imperfeita do passado se revela e daí julgais se um ou outro já muito odiou ou foi muito ofendido; que um ou outro veio para perdoar ou para expiar. Mães, abraçai, pois, o filho que vos causa desgosto e dizei-vos: Um de nós dois foi culpado. Merecei as alegrias divinas que Deus atribui à maternidade, ensinando a essa criança que ela está sobre a Terra para se aperfeiçoar, amar e bendizer.

A tarefa não é tão difícil como o poderíeis crer; não  exige o saber do mundo, o ignorante como o sábio pode cumpri-la e o Espiritismo veio facilita-la, dando a conhecer a causa das imperfeições do coração humano"... ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, Santo Agostinho, Paris, 1862 ).


Irmãos, agradecidos estamos pela oportunidade que Deus nos concede e pela gratidão de vocês em sempre perdoarem as nossas falhas. Mas continuaremos tentando fazer o melhor possível para nosso crescimento moral, intelectual e espiritual.
Que Deus nos abençoe abundantemente.

O parentesco corporal e o parentesco espiritual



"Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo sobre a terra, que o Senhor vosso Deus vos dará". - (Decálogo; Êxodo, cap. 20:12 ) -


Caros Irmãos, que a paz esteja conosco, a benevolência e o amor do Cristo penetre em nossos corações.
Sejam bem-vindos mais um dia.





                                           O parentesco corporal e o parentesco espiritual


"Os laços de sangue não estabelecem, necessariamente, os laços entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas  o Espírito não procede do Espírito,  porque o Espírito existia antes da formação do corpo; não foi o pai quem criou o Espírito do filho, ele não fez  senão fornecer-lhe um envoltório corporal, mas deve ajudar o seu desenvolvimento intelectual e moral, para faze-lo progredir.
Os Espíritos que se encarnam numa mesma família, sobretudo entre parentes próximos, são o mais frequentemente, Espíritos simpáticos, unidos por relacionamentos anteriores, que se traduzem por sua afeição durante a vida terrestre; mas pode ocorrer também que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns aos outros, divididos por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem da mesma forma por seu antagonismo na Terra, para lhes servir de prova. Os verdadeiros laços de família não são, pois, os da consanguinidade, mas os da simpatia e da comunhão de  pensamentos que unem os Espíritos antes, durante e após a sua encarnação. De onde se segue que dois seres nascidos de pais diferentes, podem ser mais irmãos pelo Espírito do que se fossem pelo sangue, podem se atrair, se procurar, dar-se bem juntos, enquanto que dois irmãos consanguíneos podem se repelir, como se vê todos os dias;  problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade  das existências.
Há pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais; as primeiras, duráveis, se fortalecem pela depuração e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através de diversas migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e frequentemente, se dissolvem moralmente. desde a vida atual. Foi isso que Jesus quis fazer compreender em dizendo aos seus discípulos; Eis minha mãe e meus irmãos, quer dizer, minha família pelos laços espirituais, porque quem quer que faça a vontade do meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
A hostilidade de seus irmãos está claramente expressa na narração de São Marcos, uma vez que, disse ele, se propunham se apoderar dele, sob o pretexto de que havia perdido o espírito. A notícia da chegada, conhecendo-lhes os sentimentos a seu respeito era natural que dissesse, falando dos discípulos, do ponto de vista espiritual: "Eis meus verdadeiros irmãos"; sua mãe se encontrava com eles e generaliza o ensinamento, o que não implica de nenhum modo que tenha pretendido que sua mãe segundo o corpo não lhe era nada como Espírito e que não tivesse por ela senão indiferença; sua conduta em outras circunstâncias, provou suficientemente o contrário". ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 14, baseado no Evangelho de São Marcos, cap. 3:20,21 e 31).


Mais uma oportunidade  nos concedeu o Senhor em estarmos juntos fazendo nossa reflexão. Agradecidos estamos com a sua presença e desejamos que estes textos façam uma mudança em nosso comportamento, nos levando sempre ao caminho do bem, na direção do Mestre.
Bom dia!

terça-feira, 14 de abril de 2015

Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?

 
 
"Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo sobre a terra, que o Senhor vosso Deus vos dará". - (Decálogo; Êxodo, 20:12 ) -
 
 
 
Bom dia!
Que o nosso dia seja repleto de gratidão ao Criador, por tudo que acontece em nossa vida, que saibamos acreditar que em todas as nossas horas de angústia ou felicidade, Ele sempre está ao nosso lado. Ainda, que nos perdoe a nossa falta de fé, que às vezes em nossa imperfeição ainda duvidamos disto.





                                             Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?

 
" Admira-se e com razão, ver, nessa circunstância, Jesus mostrar tanta indiferença para com os seus parentes e de alguma sorte, renegar sua mãe. No que tange a seus irmãos, sabe-se que não tiveram jamais simpatia por ele; Espíritos pouco avançados, não tinham compreendido a sua missão; sua conduta, a seus olhos, era bizarra e seus ensinamentos não lhes haviam tocado, uma vez que não houve nenhum discípulo entre eles; parecia mesmo que partilhavam, até um certo ponto, das prevenções de seus inimigos; é certo, de resto, que o acolhiam mais como um estranho do que como irmão, quando ele se apresentava na família, e São João disse, positivamente, "que não acreditavam nele". ( 7:5 )
 
Quanto à sua mãe, ninguém poderia contestar sua ternura por seus filhos; mas é preciso convir também que não parecia ter feito uma ideia muito justa da sua missão, porque não se a viu jamais seguir seus ensinamentos, nem lhe prestar testemunho como o fez João Batista; a solicitude maternal era, nela, o sentimento dominante. A respeito de Jesus supor-lhe ter renegado sua mãe seria desconhecer-lhe o caráter: um tal pensamento, não poderia animar aquele que disse : Honrai a vosso pai e a vossa mãe". É preciso, pois, procurar um outro sentido para as suas palavras, quase sempre veladas sob forma alegórica.
 
Jesus não negligenciou nenhuma ocasião de dar um ensinamento; tomou, pois, a que lhe oferecia a chegada de sua família para estabelecer a diferença que existe entre o parentesco corporal e o parentesco espiritual.
 
Certas palavras  parecem estranhas na boca de Jesus e contrastam com sua bondade e sua inalterável benevolência para com todos. Os incrédulos não deixaram de fazer disso uma arma, dizendo que ele próprio se contradizia...sendo que sua doutrina é a lei de amor e de caridade...É preciso tirar esta consequência rigorosa de que certas máximas estão em contradição com o princípio, é que as palavras que se lhe atribuem foram mal expressadas, mal compreendidas ou não são dele". ( O Evangelho Segundo o Espiritismo. cap. 14, baseado no Evangelho de São Marcos, 3: 20,21 e 31 a 35, São Mateus, 12:46 a 50).
 
 
Queridos irmãos, reflitamos esta mensagem, recordando sempre que todos somos irmãos em Humanidade e que Jesus, o Embaixador do amor na Terra jamais iria se contradizer.
Que sua paz prevaleça em nós.  

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Piedade filial

"Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo sobre a terra, que o Senhor vosso Deus vos dará". - (Decálogo; Êxodo, 20:12 ) -



Bom dia irmãos!
É com muita disposição e paz que começamos esta semana. Que o Senhor possa nos encher de energias salutares para que possamos aproveitar de cada instante, procurando sempre trabalhar a nossa reforma  íntima, nunca se esquecendo do próximo.




                                         
                                                                      



                                                                    Piedade Filial


"O mandamento : Honrai a vosso pai e a vossa mãe, é uma consequência da lei geral de caridade e de amor ao próximo, porque não se pode amar o próximo sem amar pai e mãe; mas a palavra honrai encerra um dever a mais a seu respeito; o da piedade filial. Deus quis mostrar com isso que ao amor, é preciso acrescentar o respeito, as atenções, a submissão e a condescendência, o que implica a obrigação de cumprir para com eles, de um modo mais rigoroso ainda, tudo o que a caridade manda para com o próximo. Esse dever se estende naturalmente às pessoas que estão  no lugar de pai e mãe e que tem tanto mais mérito quanto seu devotamento é menos obrigatório, Deus pune sempre de maneira rigorosa toda violação a esse mandamento.

Honrar a seu pai e a sua mãe, não é somente respeita-los: é assisti-los na necessidade, proporcionar-lhes o repouso na velhice, cerca-los de solicitude como fizeram por nós em nossa infância.
É sobretudo para com os pais sem recursos que se mostra a verdadeira piedade filial.  Satisfazem esse mandamento aqueles que creem fazer um grande esforço dando-lhes apenas o necessário para não morrerem de fome, quando eles mesmos não se privam de nada? em os relegando aos ínfimos aposentos da casa, para não os deixar na rua, enquanto se reservam o que há de melhor, de mais confortável? Felizes ainda quando não o fazem de má vontade e não mercadejam o tempo que lhes resta a vida, descarregando sobre eles os trabalhos da casa! Cabe, pois, aos pais velhos e fracos serem os servidores de filhos jovens e fortes? Sua mãe regateou seu leite quando estavam no berço? contou suas vigílias quando estavam doentes, seus passos para lhes proporcionar o de que tinham necessidade? Não, não é somente o estritamente necessário que os filhos devem a seus pais pobres, mas também tanto quanto possam, as pequenas doçuras do supérfluo, as amabilidades, os cuidados delicados, que não são do interesse do que eles receberam, o pagamento de uma dívida sagrada. Só aí está a piedade filial aceita por Deus.

Ai! pois, daquele que esquece o que deve aos que os sustentaram em sua fraqueza, que com a vida material lhe deram moral, que, frequentemente, se impuseram duras privações para assegurar seu bem-estar! Ai! do ingrato, porque será  punido pela ingratidão e pelo abandono; será atingido em suas mais caras afeições, algumas vezes desde a vida presente, mas certamente numa outra existência, em que suportará o que terá feito aos outros suportarem.

Certos pais, é verdade, menosprezam seus deveres e não são para os filhos o que deveriam sê-lo; mas cabe a Deus puni-los e não aos seu filhos; não cabe a estes censura-los,  porque talvez eles próprios merecessem que fosse assim. Se a caridade estabelece como lei retribuir o mal com o bem, ser indulgente para com as imperfeições alheias, não maldizer o próximo, esquecer e perdoar os erros, amar mesmo aos inimigos, quanto essa obrigação é maior ainda com relação aos pais? Os filhos pois devem,  tomar por regra de conduta com os pais, todos os preceitos de Jesus concernentemente ao próximo e dizer-se que todo procedimento repreensível em face de estranhos o é ainda mais em face dos parentes e que o que talvez não fosse senão uma falta no primeiro caso, pode vir a ser um crime no segundo, porque, então, à falta de caridade se une a ingratidão". ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 14 ).


Bom meus irmãos,  vimos hoje uma lição extremamente importante. Quando se fala honrar pai e mãe, projeta-se esta parte do Evangelho a todos os pais e mães, sejam os desprovidos ou abastados materialmente, sejam o sanguíneos ou do coração. O nosso dever filial para com eles é o mesmo. Reflitamos sobre o assunto e façamos uma avaliação íntima sobre nosso comportamento diante daqueles que nos deu a vida. Não podemos esquecer que nós escolhemos vir com eles e eles conosco.
Que a luz do Mestre esteja sempre conosco.

domingo, 12 de abril de 2015

Honrai a vosso pai e a vossa mãe


"Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo sobre a terra, que o Senhor vosso Deus vos dará". -( Decálogo, Êxodo, 20: 12 )-



Amados irmãos, bom dia!
Fechando mais uma semana de estudos, vamos sugerir que assistam essa entrevista com nosso irmão Júlio César. São várias as perguntas e para cada uma delas, sugerimos refletir, pois, nelas encontraremos muitas respostas e orientações para nossa caminhada.
Que nosso divino Mestre Jesus e a Espiritualidade Maior sejam conosco para que possamos haurir tão preciosos ensinamentos.








A todos um domingo repleto de paz e graça.
Um abraço fraterno!

sábado, 11 de abril de 2015

Crê e trabalha


"Não  se acende uma candeia para colocar sob a alqueire; mas a colocam sobre um candeeiro, a fim de que ela clareie todos aqueles que estão na casa". - ( São Mateus 5:15 ) -



Amados irmãos, bom dia!
Sabemos que não estamos aqui por acaso como também  que nossa caminhada não será fácil.
Temos consciência que aqui viemos para nos melhorarmos, pois, se assim não fosse, aqui não estaríamos. Portanto, "a cada dia basta o seu mal" e se nos sentirmos fracos, abalados ou com falta de forças para prosseguir, lembremo-nos que, a cada novo dia temos a oportunidade de recomeçar em busca de melhores escolhas. 
Vamos meditar sobre essa linda mensagem e manter viva a nossa certeza de que não estamos sozinhos, basta-nos crer e trabalhar.








Que a graça e a paz do nosso Mestre Jesus seja conosco.
Um abraço fraterno!

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Carregar sua cruz. Quem quiser salvar sua vida, a perderá.


"Não  se acende uma candeia para colocar sob a alqueire; mas a colocam sobre um candeeiro, a fim de que ela clareie todos aqueles que estão na casa". - ( São Mateus 5:15 ) -


Bom dia!
Desejamos a todos um dia cheio de alegrias e fé. Jesus, nossa inspiração, que nos conduza para o caminho do bem, aproveitando sempre as oportunidades que o momento nos oferece.






                             Carregar sua cruz. Quem quiser salvar sua vida, a perderá.

"Regozijai-vos, disse Jesus, quando os homens vos odiarem e vos perseguirem por minha causa, porque por isso sereis recompensados no céu. Estas palavras podem ser traduzidas assim: Sede felizes quando os homens, por sua má vontade a vosso respeito, vos propiciam a ocasião de provar a sinceridade de vossa fé, porque o mal que vos fazem reverte em vosso proveito. Lamentai-os, pois, pela sua cegueira e não os maldigais.

Depois ajunta: "Aquele que quiser me seguir, carregue sua cruz", quer dizer, suporte corajosamente as tribulações que a sua fé suscitará; porque aquele que quiser salvar sua vida e seus bens em me renegando, perderá as vantagens do reino dos céus, ao passo que aqueles que tiverem perdido tudo neste mundo, mesmo a vida, para o triunfo da verdade, receberão na vida futura o prêmio da sua coragem, da sua perseverança e da sua abnegação; mas aqueles que sacrificam os bens celestes aos gozos terrestres, Deus diz : Já recebestes a vossa recompensa". ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap, 24, baseado em São Lucas, 6:22-23, 9:23-25,  São Marcos, 8:34-36, São Mateus, 10:38-39 e São João, 12:24-25 ).