segunda-feira, 13 de abril de 2015

Piedade filial

"Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo sobre a terra, que o Senhor vosso Deus vos dará". - (Decálogo; Êxodo, 20:12 ) -



Bom dia irmãos!
É com muita disposição e paz que começamos esta semana. Que o Senhor possa nos encher de energias salutares para que possamos aproveitar de cada instante, procurando sempre trabalhar a nossa reforma  íntima, nunca se esquecendo do próximo.




                                         
                                                                      



                                                                    Piedade Filial


"O mandamento : Honrai a vosso pai e a vossa mãe, é uma consequência da lei geral de caridade e de amor ao próximo, porque não se pode amar o próximo sem amar pai e mãe; mas a palavra honrai encerra um dever a mais a seu respeito; o da piedade filial. Deus quis mostrar com isso que ao amor, é preciso acrescentar o respeito, as atenções, a submissão e a condescendência, o que implica a obrigação de cumprir para com eles, de um modo mais rigoroso ainda, tudo o que a caridade manda para com o próximo. Esse dever se estende naturalmente às pessoas que estão  no lugar de pai e mãe e que tem tanto mais mérito quanto seu devotamento é menos obrigatório, Deus pune sempre de maneira rigorosa toda violação a esse mandamento.

Honrar a seu pai e a sua mãe, não é somente respeita-los: é assisti-los na necessidade, proporcionar-lhes o repouso na velhice, cerca-los de solicitude como fizeram por nós em nossa infância.
É sobretudo para com os pais sem recursos que se mostra a verdadeira piedade filial.  Satisfazem esse mandamento aqueles que creem fazer um grande esforço dando-lhes apenas o necessário para não morrerem de fome, quando eles mesmos não se privam de nada? em os relegando aos ínfimos aposentos da casa, para não os deixar na rua, enquanto se reservam o que há de melhor, de mais confortável? Felizes ainda quando não o fazem de má vontade e não mercadejam o tempo que lhes resta a vida, descarregando sobre eles os trabalhos da casa! Cabe, pois, aos pais velhos e fracos serem os servidores de filhos jovens e fortes? Sua mãe regateou seu leite quando estavam no berço? contou suas vigílias quando estavam doentes, seus passos para lhes proporcionar o de que tinham necessidade? Não, não é somente o estritamente necessário que os filhos devem a seus pais pobres, mas também tanto quanto possam, as pequenas doçuras do supérfluo, as amabilidades, os cuidados delicados, que não são do interesse do que eles receberam, o pagamento de uma dívida sagrada. Só aí está a piedade filial aceita por Deus.

Ai! pois, daquele que esquece o que deve aos que os sustentaram em sua fraqueza, que com a vida material lhe deram moral, que, frequentemente, se impuseram duras privações para assegurar seu bem-estar! Ai! do ingrato, porque será  punido pela ingratidão e pelo abandono; será atingido em suas mais caras afeições, algumas vezes desde a vida presente, mas certamente numa outra existência, em que suportará o que terá feito aos outros suportarem.

Certos pais, é verdade, menosprezam seus deveres e não são para os filhos o que deveriam sê-lo; mas cabe a Deus puni-los e não aos seu filhos; não cabe a estes censura-los,  porque talvez eles próprios merecessem que fosse assim. Se a caridade estabelece como lei retribuir o mal com o bem, ser indulgente para com as imperfeições alheias, não maldizer o próximo, esquecer e perdoar os erros, amar mesmo aos inimigos, quanto essa obrigação é maior ainda com relação aos pais? Os filhos pois devem,  tomar por regra de conduta com os pais, todos os preceitos de Jesus concernentemente ao próximo e dizer-se que todo procedimento repreensível em face de estranhos o é ainda mais em face dos parentes e que o que talvez não fosse senão uma falta no primeiro caso, pode vir a ser um crime no segundo, porque, então, à falta de caridade se une a ingratidão". ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 14 ).


Bom meus irmãos,  vimos hoje uma lição extremamente importante. Quando se fala honrar pai e mãe, projeta-se esta parte do Evangelho a todos os pais e mães, sejam os desprovidos ou abastados materialmente, sejam o sanguíneos ou do coração. O nosso dever filial para com eles é o mesmo. Reflitamos sobre o assunto e façamos uma avaliação íntima sobre nosso comportamento diante daqueles que nos deu a vida. Não podemos esquecer que nós escolhemos vir com eles e eles conosco.
Que a luz do Mestre esteja sempre conosco.

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